Capítulo 2

Os dias se passaram e Claude estava cada vez mais folgado Rosa não aguentava mais, ele fazia sua mãe de empregada, D. Amália como era uma boa pessoa fazia todas as vontades do francês, já tinha se afeiçoado a ele, ficou com pena dele não ter família, um certo dia Frazão foi até o cortiço falar com Claude...


Claude: D. Amália pode fazer a gentileza de nos trazer um café?


D. Amália: Claro doutore é um prazer...


Frazão: Claude você não tem vergonha não de fazer essa senhora de empregada?


Claude: Non tenho vergonha non eu tenho fome, ah Frazon esse povo gosta de servir, mas me fala fez o que te pedi?


Frazão: Sim, já fiz o que você me pediu, mas acho que vai demorar alguém se interessar por esse imóvel.


Claude: Mon Die Frazon eu preciso vender isso aqui eu preciso de dinheiro.


Frazão: Claude se você conseguir vender isso aqui vai ser pra algum empresário que queira construir prédio aqui.


Claude: E o qui qui tem ham?


Frazão: Você não pensa nessa gente que não tem pra onde ir?


Claude: Non posso fazer nada né, eu preciso desse dinheiro pra tocar minha vida ham... Disse olhando D. Amália que fazia o café pra ele bem com um sorriso no rosto.


Frazão: Você pode trabalhar, vai lá naquela construtora que eu te indiquei garanto que você pega um trabalho.


Claude: Ah Frazon como eu posso trabalhar de empregado sendo que eu sempre fui o chefe, non Frazon, eu quero esse dinheiro e vou embora pra França nada me prende aqui...

Nesse momento Rosa chega do trabalho olha pra Claude com cara feia, Frazão se levanta e a cumprimenta.

Frazão: Boa tarde...

Rosa: Boa tarde, com licença... Disse indo até a cozinha.

Frazão: Eita eu acho que ela não gostou de me ver aqui...

Claude: Non liga non, essa solteirona é assim mesmo parece que chupa limon todo dia cedo... Disse reparando em Rosa... Nesse momento Amália chega com o cafezinho e os serve, depois volta pra cozinha, o que deixa Rosa indignada.

Frazão: Hum, mas esse café é uma delicia...

Claude: É sabe que eu tenho que admitir que pobre gosta de comer bem, aqui não tem miséria não, D. Amália faz uma comida muito boa... Disse ele sorrindo.

Frazão: Ai Claude você não tem jeito mesmo, bem já está na minha hora, pensa em ir lá na construtora.

Claude: Tchau Frazon... Disse não querendo mais falar em trabalho, Claude leva Frazão até o portão do cortiço...

Enquanto isso Rosa na cozinha começa brigar com sua mãe...

Rosa: Mamãe, a senhora não tem nada que ficar servindo esse inútil desse francês folgado... Disse ela irritada.

 

Amália: Serafina, pra mim não tem importância, onde come três come quatro, minha filha não é porque ele não foi convidado a morar aqui que eu vou negar comida pra ele, não me custa nada fazer as coisas pra ele filha...

Rosa: Mas mãe, ele é um idiota me tirou do meu quarto um abusado, não tem respeito por ninguém.

Amália: Filha eu tava conversando com ele e ele não tem ninguém aqui, aliás ele não tem família nenhuma em lugar nenhum, coitado filha, nós somos acostumados com a pobreza, mas ele sempre viveu no luxo imagina agora ter que viver assim deve ser muito duro.

Rosa: Ai mamãe, a senhora não existe viu, eu tô pouco me importando se ele tem ou não tem ninguém nessa vida acho até que deve ter parente, mas que nenhum suporta esse estafermo.

Amália: Serafina tenha paciência e não se preocupe comigo eu não acho ruim servi-lo tenho muita pena dele.

Rosa respira fundo, emburrada...

Enquanto isso no pátio do cortiço Claude vinha tranquilamente, D. Pepa com seu Afrânio chegavam da feira como sempre brigando e a fofoqueira estava tão entretida com seu Afrânio que não viu o francês e se bateu com ele derrubando nele uma cartela de ovos.

Claude: Mon Die olhe o que a senhora fez, non olha por onde anda non?? Disse o francês irritado.

Pepa: Descurpa seu moço das elegância...

Afrânio: Pepa tu não tá vendo que esse aí e o Frances dono do Cortiço...

Pepa: Ih é verdade, me descurpa viu dotore deixa eu limpar o senhore... Disse passando um pano em Claude que ficou ainda mais lambuzado.

Claude: Para chega ham (gritou Claude irritado) inferno de lugar argh!!!... Disse saindo dali..

Pepa: Tá vendo coisa viva, tudo culpa sua...

Afrânio: Culpa minha nada, você que tava brigando comigo e não viu ele... Afrânio começa a rir e diz... O pão francês ficou igual uma rabanada encharcada de ovo... kkkkk...

Pepa: É mesmo acabei com a pose dele... kkkkkk...

Claude sobe as escadas reclamando...


Claude: Ow povin... Agora vou ficar cheirando a ovo... Disse com raiva, quando ele chega dentro de casa Rosa coloca as mãos na boca e começa a rir muito.


Rosa: Quem foi que fez isso com você?? Quero descer pra dizer parabéns e dar um abraço bem forte nessa pessoa... kkkkkkkkkk...


Claude: Engraçadin... Disse fazendo careta.


Amália: Meu filho o que que aconteceu?


Rosa: Filho??

Claude: D. Amália sua vizinha que derrubou uma cartela de ovo, eu vou tomar banho a senhora leva uma toalha e minhas roupas, por favor...

Rosa: Pegue você mesmo, chega de fazer minha mãe de empregada... Disse irritada.

Claude: Non pedi nada pra você sua enxerida, mulherzinha irritante.

Amália: Não precisa brigar, vai meu filho tomar seu banho daqui a pouco eu levo suas coisas lá.

Rosa: Mamãe!!! Disse repreendendo a mãe e bufando logo em seguida, cruzando os braços.

Depois de um tempo Seu Giovanni já estava em casa, Claude se arrumava no quarto, Rosa e Amália arrumavam a mesa pro jantar.

Amália: filha vai chamar o doutore vai?

Rosa: Não...

Amália: Filha não faça assim... Disse a senhora toda carinhosa.

Giovanni: Amália deixa esse francês morto de fome lá no quarto e vamos jantar...

Amália: Giovanni!!! Vai filha chamá-lo...

Rosa: Ai tá bem... Rosa foi até o quarto, ela ia bater na porta, mas a porta estava aberta então ela entrou, viu Claude sem camisa, ela ficou olhando o tórax do francês

Claude se vira e leva um susto.

Claude: Ai que susto o que que foi ham? Quii quii é não sabe bater na porta não?

Rosa: Não... Aqui é meu quarto eu entro a hora que eu quiser.

Os dois ficaram se olhando por um momento Rosa achou Claude bonito, mas balançou a cabeça e disse...

Rosa: É pra você vir jantar...

Claude: Hum está bem já vou, o que temos no jantar?

Rosa: Temos ovos, em sua homenagem... Disse rindo.

Claude: Abusada...

Rosa: Encosto...

Rosa virou a cara para o francês e saiu do quarto, Claude mostrou a língua pra ela e resmungou.

Claude: Mulherzinha chata di galocha... Disse terminando de se arrumar.

Um tempo depois Claude já estava na mesa junto com a família Petroni...

Giovanni: Ma que cheiro é esse de ovo Amália?? Perguntou o velho sem saber que o cheiro vinha do francês.

Rosa soltou uma gargalhada e disse...

Rosa: Acho que alguém andou se refestelando no galinheiro papai... Disse rindo.

Claude só fez cara feia pra ela...

Amália: Doutore, amanhã suas roupas estarão limpinhas tá.

Claude sorriu pra D. Amália.

Claude: Obrigado, Dona Amália a senhora é uma pessoa incrível... Disse sincero pra senhora que o tratava como um filho.

Rosa e Seu Giovanni só fazem cara feia.

Giovanni: Minha filha como tem passado ham?

Rosa: Péssima papai, ando morrendo de dores nas costas porque esse energúmeno se apossou do meu quarto, tenho ido trabalhar com dor.

Giovanni: Eu acho que isso já passou dos limites o senhore não acha?

Claude: non acho non...

Amália: Per favore não vamos brigar na hora da comida.

Rosa: Mamãe, para de defender esse imprestável.

Amália: Filha só não quero que minha casa viva em pé de guerra.

Giovanni: Amália esse homo tá abusando da nossa paciência.

Claude: Que que eu fiz? Disse cínico.

Rosa: Cara de pau... Disse indignada.

Amália: Vocês querem parar com isso vamos resolver esse assunto em uma outra hora, agora vamos comer em paz.

Todos se calam, D. Amália começa a servir o jantar e Claude quando vê que é bife fala...

Claude: Eu non como carne vermelha...

Giovanni: Então não coma...

Rosa bufa de raiva e diz...

Rosa: Porque você não vai comer na casa da senhora sua mãe hein?

Amália: Filha... Doutore, não tem nada só ovos mesmo... Rosa gargalhou e disse.

Rosa: Boa ideia mamãe... Disse rindo.

Claude: Non (disse se lembrando dos ovos que D. Pepa derrubou nele) pode deixar eu como arroz e salada... Disse sorrindo pra D. Amália.

Amália: Filho prometo que amanhã irei na feira e compro peixe fresquinho pra você... Disse sorrindo.

Giovanni: Filho??

Rosa: É pelo jeito a mamãe adotou esse cavalo... Disse com raiva.

Claude: Obrigado D. Amália, eu adoro peixe, não entendo como um anjo como a senhora pode ser mãe dessa criatura... Disse olhando Rosa com desdém.

Amália: Doutore... Falou repreendendo-o.

Claude: Pardon...

O jantar segue tranquilo depois disso, Giovanni não se conformava com as atitudes de Claude puxou Rosa num canto da cozinha enquanto Claude assistia TV junto com D. Amália.

Giovanni: Eu não tô gostando nada desse farabuto aqui na minha casa, amanhã vou falar pro Sergio e pro Colibri colocarem ele no olho da rua, a ponta pé...


Rosa: Não precisa papai eu já sei como fazer pra ele ir embora... Disse com um sorrisinho no canto dos lábios.

No dia seguinte Amália acordou cedo como de costume e viu que Rosa já havia se levantado...


Amália: Filha já está de pé, mas hoje é sábado você pode dormir até mais tarde... Disse dando um beijo na testa da filha que já tinha feito café.

Rosa: Mãezinha eu acordei cedo porque quero que a senhora descanse um pouco, sai com o papai vão visitar aquela sua comadre, a senhora sempre fala que faz tempo que não a vê...


Amália: Filha, mas eu tenho tanta coisa pra fazer, essa semana teve muitas encomendas de salgados e eu preciso colocar o serviço da casa em dia.


Rosa: Mãe, eu faço tudo, agora vai tomar um banho acordar o papai e irem passear eu cuido de tudo pode deixar... Disse querendo que seus pais saiam de casa pra ela colocar o plano de atormentar o francês em prática.


O casal foi pra casa dessa comadre que morava do outro lado da cidade, assim Rosa teria tempo o suficiente, mas antes de Amália ir deixou recomendações de tudo que Claude gostava e pediu a sua filha que não brigasse com o hospede que na casa dela nunca ninguém foi maltratado ele não seria também...


Rosa concordou com tudo, mas com as mãos pra trás os dedos cruzados e sorrindo ela levou os pais até o portão depois entrou em casa e disse...

Rosa: Hoje você me paga seu francês encostado... Disse indo pra área de serviço enchendo um balde de água, depois foi para o quarto dela onde o francês dormia, ela entrou e viu Claude deitado sem camisa, todo torto na cama, ela vê o corpo musculoso de Claude e sente um arrepio na espinha, ela pensou ** é uma pena molhar esse corpo lindo com essa água gelada, mas você merece francês** pensou isso e logo em seguida jogou a água em cima de Claude sem pensar muito...


Claude: Ai... ai... que frio... Disse assustado... Mon Die você ficou maluca... Gritou ele quando viu Rosa rindo a sua frente.

Claude: Ai eu vou te pegar sua desgraçada... Disse indo pra cima dela sem se lembrar que costumava dormir nu, Rosa coloca as mãos na boca quando vê Claude completamente nu.


Rosa: Não chega perto de mim seu tarado... Gritou ela sem conseguir tirar os olhos do corpo dele.


Claude pegou um travesseiro e colocou a sua frente tampando suas partes íntimas.


Claude: Issi non se faz sua maluca, você quase me mata de susto ham... Disse irritado.


Rosa: Pena que ficou no quase agora veste uma roupa e da o fora da minha casa... Gritou ela, Claude da um gargalhada...


Claude: Kkkkkkkkkkkkk coitada você pensa que eu tenho medo de você ?


Rosa: Mas deveria, porque eu não vou sossegar enquanto você não deixar minha família em paz.


Claude: Quii quii é?? Pretende me matar afogado com um balde de água?? Disse debochadamente e rindo da cara de Rosa.

Rosa: Seu ridículo... Disse indo pra cima dele, Claude a segurou em seus pulsos, a jogando na cama, se esquecendo que estava nu, ele fica a segurando, os dois ficam se encarando ofegantes, Claude percebe o incomodo dela e diz...

Claude: Quii quii foi tá me achando bonito? Disse com um sorriso cafajeste.

Rosa: Imbecil... Disse se soltando e saindo da cama, ficando de costas.

Claude: Pode olhar, admirar eu sei que sou lindo, mas você é só pra ver mesmo, porque você não faz meu tipo muito simplória... Disse descaradamente, deixando Rosa uma fera.

Rosa: Como você é idiota... Disse furiosa, saiu do quarto batendo a porta.

Depois de um tempo Claude já tinha tomado banho estava à vontade na cozinha, ele viu a mesa só tinha a garrafa do café, um pão e uma xícara, ele se levantou e procurou Rosa a fim de provocá-la.

Claude Cadê minhas frutas frescas??

Rosa: Única coisa fresca aqui e você seu encostado.

Claude: Sua mãe sempre compra minhas frutas, onde estão?? E meus brioches cadê?

Rosa: Estão no raio que o parta pra onde você deveria ir também...

Claude: Mas você é uma pessoa insolente mesmo, a primeira refeição pra mim é muito importante, se eu não como o que eu gosto passo o dia todo de mal humor ham...

Rosa: Escuta aqui você tá pensando que meu ouvido é pinico por acaso? Gritou ela pra ele.

Claude: Non precisa gritar como pobre tem mania de gritar que horror.

Rosa: Porque você não vai procurar alguma coisa de útil pra fazer hein?

Claude: Non aqui está tão bom... Disse debochadamente e rindo pra ela, Rosa bufou de raiva deu as costas pra ele e saiu, Claude ficou olhando o andar de Rosa, não conseguia tirar os olhos dela.

Rosa pensou que seu plano não estava dando certo, ela tinha que pegar mais pesado.

Um tempo mais tarde, Claude estava bem deitado no sofá assistindo, Rosa entra na sala e desliga a TV...


Claude: Ei quii quii é issi ham?

Rosa estou limpando casa não viu... Disse isso e começou a colocar um monte de coisas no sofá, passando o espanador por tudo.


Claude: Non sei por que pobre tem essa mania de limpeza...


Rosa: Diferente dos franceses que nem sequer tomam banho não e...

Claude: Ih quem dissii issi eu sou bem limpin, agora chega de conversa e vai lá buscar água pra mim...

Rosa: Se levante e pegue...

Claude: O criatura impertinente, vai buscar um copo de água pra mim... Disse Claude deitado no sofá com suas pantufas italianas aquecendo seus pés.


Rosa: Ah é quer água?? Engole saliva... Disse ela ainda limpando a sala.

Um tempo depois Claude já estava com fome, pois não comeu nada que ele costuma comer em seu café da manha...


Claude: Você não vai fazer almoço non, esse horário sua mãe já está com o almoço na mesa.


Rosa: É mesmo você tem razão preciso fazer seu almoço minha mãe recomendou tudo direitinho... Disse ela indo pra cozinha.


Claude: Isso mesmo assim que eu gosto...


Rosa fez o almoço e chamou Claude...


Claude: Quii quii issii??

Rosa: Seu almoço... Disse colocando o garfo num pedaço seco de um frango.

Rosa: Tá meio passado.

Claude: Meio?

Rosa: Tem arroz... Disse ela tentando tirar uma colherada de arroz da panela, mas não conseguia de tão duro.

Claude: Tem certeza que issii é arroz?? Tá mais parecendo cola... Disse Claude com cara de nojo.

Rosa: tem macarrão também...

Claude: Hum eu gosto de macarron, mas prefiro o meu peixe fresco ham, cadê?

Rosa: Tá lá na banca da feira se quiser vai lá comprar e faz...

Claude: Isso que você tá fazendo é ridículo sabia?

Rosa: Porque você não vai embora hein?

 

Claude: Porque eu não tenho pra onde ir...

Rosa: Tá certo, você fica aqui, mas para de ser folgado, não faça minha mãe de empregada, vai procurar o que fazer você não cansa de ficar só deitado nesse sofá não?

Claude: Ela gosta, eu não posso fazer desfeita né... Disse cinicamente, deixando Rosa furiosa.

Rosa: Você é muito cara de pau.

Claude: E você é muito ciumenta, tá ciúmes da mamãezinha.

Rosa: Não é nada disso você não entende né? Sua vida é vazia sem ninguém, sem amor, sem nada, não deve saber nem o que e amor de mãe... Claude se entristeceu, mas disse...

Claude: Secretariazinha ridícula.

Rosa: Se toca inútil ninguém te quer aqui não...

Os dois ficaram se olhando um de frente pro outro, até que Sergio chega na sala e entra gritando...

Sergio: Fina... Ele vê Rosa na cozinha e vai até lá.

Rosa: Oi Sergio, nossa que saudades... Disse indo abraçar o amigo que chegava de viagem, Claude olhou meio incomodado... CONTINUA... RSRSRS...