quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cena 2

Cena de Natal...

Claude não aguenta mais o pessoal intrometido do cortiço, seu Giovanni que fica lhe jogando na cara que Rosa não engravidou ainda que Terezinha e Beto se casaram muito depois deles e Terezinha já tem um bebe, Rosa não, Claude pensa **esse italiano dos infernos, se ele soubesse que é a coisa que eu mais quero é ser pai, mas non posso fazer nada se Rosa não engravidou ainda, mas eu compareço sempre e com muito vigor ham** pensava Claude quando de repente teve uma ideia genial para se livrar de seu Giovanni e de toda aquelas pessoas inconvenientes do cortiço

Claude: Cherry, nós podíamos viajar nesse natal que você acha ham??

Rosa: Viajar no natal Claude você ficou maluco é??

Claude: Meu amor, pensa bem Paris, friozinho só nós dois bem romântico ham???... Falava ele tentando a convencê-la

Rosa: Claude, mas e meus pais??? Eu nunca passei natal longe deles...

Claude: Meu amor, você  agora é minha também, me dá esse presente ham... Dizia dengoso pegando nas mãos dela

Rosa: Ai Claude, está bem, só tenho que ver como vou dizer isso a eles... Disse apreensiva

Claude fica todo animado, vai pra construtora cantarolando, no caminho ele fala...

Claude: Quem sabe nesse clima de romance ela não engravida... Fala animado pra ele mesmo, chegando na construtora, ele pede pra dona Janete marcar as passagens pra ele e pra Rosa, para eles passarem um natal lindo e romântico na cidade luz, mas como Janete anda ocupadíssima por ser fim de ano e está sozinha como secretária na construtora, Dona Janete não marca na hora, depois ela esquece, isso vai fazer com que eles tenham que passar o natal, em casa e o pior pra Claude, com seu sogro e a turma do cortiço

Passam os dias, chega o dia do suposto embarque, Rosa estava em casa com Claude arrumando as mala...

Claude: Como seu pai reagiu a notícia que você vai viajar comigo no natal??

Rosa: Ah Claude, você conhece o papai né?? Ela colocando seus casacos na mala.

Claude: Ah deve ter me xingado, seu pai me odeia, eu nunca fiz nada pra ele ham...

Rosa: Fez sim... Disse ela se aproximando dele

Claude: Non fiz non... Disse abraçando ela

Rosa: Você roubou a filha dele...

Claude agarra ela a jogando na cama em cima dos casacos, que estavam espalhados pela cama, um tempo depois Claude e Rosa foram resolver algumas coisas no escritório e Claude mandou chamar dona Janete...

Janete: Me chamou doutor??

Claude: Sim, cadê as passagens??

Janete: Passagens??

Claude: É dona Janete, as passagens, que eu mandei a senhora comprar, onde eston, hoje é o dia do embarque

Janete: Ai meu Deus o senhor jura que pediu isso pra mim?? Fala ela desesperada por ter esquecido

Claude: Claro dona Janete não tô louco né, porque não vai me dizer que a senhoo...

Janete: Esqueci doutor... Falou com medo a reação do patrão

Claude: Mas o que a senhora tem na cabeça??? Falou gritando

Rosa: Calma meu amor, Janete tá tendo muito trabalho aqui, só ela de secretária, pra todos nós... Fala fazendo carinho no francês... Também não é o fim do  mundo, vamos no réveillon e passamos o natal aqui lá no cortiço garanto que meu pai e minha mãe vão adorar

Claude: Era disso que eu tinha medo... Falou revirando os olhos e a abraçando

Rosa: Não exagera meu amor... Diz abraçada a ele, encostada com sua cabeça no ombro do francês.

Claude fazia gestos de estrangulamento para Janete, que saiu da sala com medo, passando as mãos no pescoço.

Chega à véspera de natal, Claude e Rosa estavam no carro, indo em direção ao cortiço, Rosa não os avisou que não iria mais viajar quis fazer uma surpresa, chegando lá, seu Giovanni foi recebê-los e não se aguentava de felicidade de ver a filha, mas como não gosta do nosso francês, já começou a provocá-lo...

Giovanni: Madona mia... Eu pensei que esse aí fosse levar você minha filha, praquele lugare de gente que não gosta de tomar banho... Dizia seu Giovanni abraçando Rosa

Claude: Tá vendo Serafina por issi que non queria passar o Natal no Brasil, pra non ter que aguentar esses desaforos... Falou o francês emburrado

Amália: Ai dotore Crodi não liga pra esse velho turrão não, ele gosta de implicar com o senhore.

Rosa: Ai papai não começa a implicar com o Claude

Claude: Non minha sogra eu non ligo, eu já me acostumei com a “implicância” do meu sogro ham.

Rosa: Mãe a gente veio pra cá porque aconteceu um imprevisto... Nós não pudemos viajar.

Claude: Imprevisto sim... Eu deveria ter imaginado que Janete ia me aprontar uma coisa assim aquela lá vive com a cabeça sei lá onde mon Dieu

Rosa: Para Claude assim vai todo mundo pensar que você não gostou de vir pra cá passar a noite de Natal com o pessoal do cortiço.

Giovanni: É verdade dotore todo  mundo vai achar que o senhor está não satisfeito de passar a noite aqui com a gente.

Claude: Imagine só meu sogro esse aqui seria o único lugar no mundo onde eu gostaria de estar agora hã... Fala o francês de forma irônica

Rosa: Meu amor, por favor, faz um sacrifício e melhora essa carinha melhora vai... Diz Rosa bem no ouvidinho do francês

Claude: Mon amour por você eu faço qualquer sacrifício... Diz Claude dando um beijo em Rosa

Giovanni: Vamos parar com esse agarramento aqui que isso e festa de família

Claude: Nós non somos de família também non meu sogro?

Giovanni: O senhore entrou pra família tem pouco tempo ainda tá em fase de teste

Claude: Italiano miserável... Diz Claude baixinho... Eu lá sou combustível pra estar em fase de teste

Giovanni: O senhore disse arguma coisa?

Claude: Non

Giovanni: Ainda bem... O senhore chegou bem na hora de montar essa árvore de Natal pra mim... Hoje eu amanheci com as costas doendo Dio santo

Claude: Era só o que me faltava mon Dieu eu montando uma árvore de Natal... Diz o francês entre os dentes

Rosa: Meu amor eu te ajudo vai... Vamos montar vai ser divertido

Claude: Tá bom ma cher... Se você tá falando eu acredito

Claude e Rosa começam a montar a árvore sob a fiscalização de seu Geovanni, que só fica dando as coordenadas, todos já estão no pátio do cortiço cada um fazendo alguma coisa menos seu Afrânio e dona Pepa que resolvem se juntar pra perturbar ainda mais nosso francês.

Afrânio: Olha Pepa, esse pão francês cleptomaníaco não presta nem pra montar uma árvore sozinho

Pepa: Má também né lindo... Do jeito que esse homo e bonitão ele não precisa fazer quase nada né

Afrânio: Você também Pepa caiu nos encantos desse daí

Claude: Mon dieu eu non vou suportar esse mosquito da dengue zoando com minha cara non Serafina... Disse Claude emburrado.

Rosa: Meu amor finge que você não está escutando, por favor.

Claude: Eu mereço eu só posso ter jogado brioche na cruz .

Giovanni: Ma o senhore demora muito pra montar essa arvrinha de nada né mesmo dotore Crode

Rosa: Papai, por favor, o Claude tá se esforçando.

Claude: Deixa Serafina, deixa seu pai só tá querendo me perturbar.

Giovanni: Não senhore eu tô constatando o fato que o senhor é mole mermo... E por falar nisso e o meu neto o senhore  vai encomendar quando

Claude: Meu sogro a minha parte eu tô fazendo mais se não vem não é minha culpa

Giovanni: O senhore tá querendo dizer então que a culpa é da minha filha??

Rosa: Papai não começa com essa história, não é culpa de ninguém quando a gente menos esperar eu vou engravidar... Diz sorrindo pro pai.

Claude: Issi meu sogro

Giovanni: Ma como não e curpa de ninguém... A Terezinha que casou muito depois de você já me deu um netinho

Rosa: Papai as pessoas não são iguais, o senhor não entende, logo logo chega a minha vez o senhor vai ver

Afrânio: Esse não serve pra montar a árvore nem pra dar um neto pro seu Giovanni

Claude: Non se mete o mosquito da dengue que você non faz parte de família, enton non tá na conversa hã

Afrânio: Não me ofende não seu... seu... Pão francês, cleptomaníaco

Pimpinone: Não se mete seu Afrânio que o doutor tá com a razão você não tem nada a ver com isso... Diz seu Pimpinone

Claude: Eu devia ter deixado você se afogar naquele dia seu Aedes Aegypti...

Afrânio: Tá vendo Pimpa... Ele tá me provocando você tá vendo né?

Pimpinone: Seu Afrânio foi o senhor que se meteu onde não foi chamado

Pepa: Bem feito foca quem mandou você se meter onde não foi chamado... Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher nunca ouviu isso não

Rosa: Ow dona Pepa não sem mete a senhora também não viu... Que não tem ninguém brigando aqui não

Pepa: Como não linda vocês tão aqui fazendo o maior barraco na noite de natal e não tão brigando não, seu pai aí reclamando do seu marido que não da no couro

Claude: Que que issi hã... A senhora me respeite viu que non tem nada dissi que eu non dou no couro... Minha esposa non tem nada quer reclarmar nessa parte né mon amour

Rosa: Claude não da ouvidos essa fofoqueira invejosa, que a barraqueira aqui é ela.

Giovanni: Serafina você não fale assim com dona Pepa que não foi essa a educação que eu te dei tá ouvindo, o que você anda aprendendo por aí nessas casas que você frequenta agora?

Claude: Ai mon dieu agora além de broxa eu sou mal educado também, seu Giovanni agora o senhor está passando dos limites hã

Rosa: Mamãe... Pelo amor de Deus da um jeito no papai

Amália: Meu santo Antônio Giovanni não fala assim com o dotore

Giovanni: Ma Amália eu não tô falando nada demais eu só tô falando o que eu penso

Afrânio: Todo mundo aqui pode falar o que pensa menos eu né?

Rosa: Cala boca seu Afrânio que o senhor já está me irritando

Afrânio: Poxa Fina, não fala assim comigo não.

Rosa: Eu já cansei de dizer que eu não gosto que me chamem de Fina

Nisso desce Terezinha e Beto que tinham ido trocar a fralda do bebê

Terezinha: Mais que gritaria é essa aqui hein, eu saio num minuto e quando eu volto tá esse reboliço todo aqui.

Rosa: É o pai Terezinha que pra variar resolver implicar com o Claude... Aí o seu Afrânio e a dona Pepa que não controlam essa língua deles resolveram se meter onde não foram chamados

Pepa: Arto lá viu ow lindinha eu tô aqui na minha festa de Natal e vocês começam a brigar na minha frente e eu tenho que ficar calada

Amália: Tá bom dona Pepa, por favor, vamos acabar com essa história de uma vez por todas.

Giovanni: Meu netinho já voltou... Vem com o vovô vem já que o vovô só tem um netinho não precisa dividir o colinho com ninguém né

Claude: Ai mon dieu... Italiano terrorista ele só pode ser a reencarnação do Mussolini

Giovanni: O meu genro ficou irritado com alguma coisa que eu disse é só tomar uma providência rápida

Claude: Mon dieu Serafina minha paciência tem limites

Rosa: Papai!!!

Giovanni: Eu não estou falando nada demais Serafina eu só estou constatando o fato de que eu só tenho um neto... Quando você já deveria ter me dado um a muito tempo mais fazer o que se seu marido é um incompetente que nem pra montar uma árvore serve

Claude: Pra mim já chega Serafina... Diz Claude jogando tudo que já tinha montado no chão... Se você quiser ficar aqui você pode ficar, que pra mim já deu... E o senhor fique sabendo senhor meu sogro que agora eu non quero é mais filho nenhum, tá me ouvindo, o senhor já tem um mesmo e no que depender de mim o senhor non vai ter outro é nunquinha... E sai deixando todos de com os olhos arregalados, Rosa dá um suspiro e vai atrás do marido.

Amália: Tá vendo o que você fez se Serafina não vier mais aqui em casa a culpa e sua... Disse brava pro velho Giovanni que ficou assustado.

Rosa chega  até o carro, onde Claude já está entrando...

Rosa: Se você entrar nesse carro e for embora, não precisa mais vir me buscar, porque vou ficar aqui e não volto mais pra casa... Disse ela decidida, pra ele que ainda estava de costas pra ela

Claude se virou e disse...

Claude: Meu amor, você não quer, que eu volte lá e aguente, seu pai... Disse irritado

Rosa: Claude quando você se casou comigo já conhecia muito bem minha família, sabia que eles eram assim, mas se você estiver arrependido é muito fácil, de resolver isso, eles são minha família e eu não posso fazer de conta que eles não existem, principalmente meu pai

Claude se irrita a pega pelo braço e leva para dentro do Cortiço, dona Amália quando viu os dois entrando, resolve levá-los pra dentro, pra não ter mais brigas, todos ceiaram brincaram, só Claude, que parecia estar num velório, ficou emburrado a noite toda, não conversava com quase ninguém, até Rosa resolver ir embora, os dois se despediram e foram embora no meio do caminho Claude tentou conversar com Rosa, mas ela nem olhou pra Claude e ele começou a falar...

Claude: Tá vendo o porquê eu não queria ir nesse natal em família, aí estamos brigado tudo por causa de seu pai.

Rosa: Eu sei que meu pai não é fácil, mas você também não fica atrás, explode, não pensa em mim... Disse emburrada de braços cruzados dentro do carro

Claude: Aham, agora tenho que ouvir aquele velho maluco e não falar nada ham

Nesse momento eles descem do carro e vão brigando até o apartamento deles

Rosa: Não chame meu pai de maluco... Gritou ela

Claude: Eu xingo sim, italiano teimoso, ele nunca gostou de mim, fica me jogando na cara, que você não engravida, pois agora eu não quero ter nenhum filho, chega, ele que se contente com o filho do Beto

Rosa olha pra ele e começa a chorar, Claude percebe que falou besteira, mas não da o braço a torcer e finge que não vê as lágrimas nos olhos de Rosa, vai se servir de uma bebida, Rosa chega perto dele e diz...

Rosa: Pois fique você sabendo que agora é tarde, pra você tomar essa decisão... Diz isso e sobe pro quarto

Claude se espanta com o que ela disse, mas como nosso francês, é meio lento das ideias, sobe pra perguntar pra Rosa...

Claude: Serafina o que você quis dizer com issii??

Rosa: Que estou grávida... Falou chorando

Claude ficou paralisado, não conseguia pronunciar nenhuma palavra, ficou sem voz e começou a tossir muito até se sufocar.

Rosa se desespera, pega um copo de água pra ele, ele toma e diz...

Claude: Mon die Serafina issii é verdade?? Fala com lágrimas nos olhos

Rosa: Claro que é...

Claude a abraça e rodopia com ela em seu colo, fazendo Rosa dar risada...

Rosa: Para meu amor...

Claude: Ah é, pardon meu amor, você tá bem?? Não tá sentindo nada non?? Diz ele preocupado e alisando o ventre de Rosa

Rosa sorri e fala...

Rosa: Eu tô bem sim, mas... Você não disse que não queria filhos??

Claude: Eu sou um louco, um mentecapto, eu falei aquilo só pra irritar seu pai eu juro, me perdoa ham?? Mas porque você não me disse antes meu amor??

Rosa: Eu fiquei sabendo hoje, eu ia falar, quando fosse meia noite, seria meu presente pra você, mas aconteceu tudo aquilo...

Claude: Ow meu amor eu te amo tanto, eu non tô acreditando que vou ser pai, temos que voltar lá.

Rosa: Lá aonde??

Claude: No cortiço, eu quero falar a notícia pra todos, vamos meu amor... Dizia pegando nas mãos dela

Rosa: Não, essa notícia nos vamos comemorar a dois, só eu e você... Dizia abraçando ele, Claude lhe dá um lindo sorriso e fala...

Claude: Eu adorei essa ideia... A pega no colo e a leva pra cama começa beijando sua face e seu pescoço, encarando-a...

Claude: Eu te amo, você tá me fazendo o homem mais feliz do mundo... Diz isso e a beija, Claude retira o vestido de Rosa, com delicadeza, depois retira sua própria roupa, se deita em cima de Rosa com muito cuidado pois agora ela esta grávida e ele vai ser extremamente cuidadoso, com ela e seu filho, Claude faz carícias em Rosa, que se derrete toda em seus braços...

Claude percorre com muita calma e suavidade o corpo de Rosa depositando beijos molhados por onde passa, retirando a última peça dela, Rosa puxa Claude e o abraça fazendo carinho em sua nuca, beijando o pescoço de seu marido, que estava super carinhoso com ela, Rosa o enlaça com suas pernas a cintura do francês, Claude a olha como se estivesse com medo de machucá-la ou de machucar seu bebê...

Rosa: O que foi?? Você é sempre tão intenso... Diz ela olhando pra ele

Claude: Sabe o que é?? É que... Ele não termina a frase, porque Rosa percebe que ele tá com medo de machucar seu bebê, Rosa se vira ficando por cima, se encaixando perfeitamente nele, unindo os corpos num só movimento, Claude solta um gemido e diz...

Claude: Meu amor... Rosa fala...

Rosa: Xii... Não precisa ficar com medo ele tá bem protegido meu amor, começa se movimentar e levar Claude ao delírio, em pouco minutos, os dois chegam ao auge do prazer, fazendo com que Rosa se deitasse ao lado dele na cama, totalmente sem ar, ele a envolve em seus braços, aconchegando-a em seu peito e lhe dando um beijo na sua testa...

Claude: EU TE AMO, MON AMOUR...

Rosa: Eu também... No dia seguinte Claude estava ansioso para ir para o cortiço dar a notícia e participar de um almoço de natal em família... FIM

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Capítulo 6


Rosa colocou a gatinha ao lado de Claude na cama o francês estava dormindo e nem sentiu o bicho do seu lado, Rosa pensou que colocando a gata ali Claude teria uma reação alérgica na pele, ia deixar por um tempo depois ia vir tirar, mas acabou pegando no sono...


No outro dia D. Amália e seu Giovanni saíram cedo Rosa estava arrumando as cobertas no sofá quando Sergio entra em sua casa...


Sergio: Bom dia Fina...


Rosa: Bom dia Sergio, aconteceu alguma coisa?? Pra você estar aqui tão cedo...


Sergio: Não, nada grave, a netinha da Dona Antonieta que está chorando por causa da gatinha que sumiu, vim saber se você não viu...


Rosa coloca as mãos na cabeça e se lembra de Claude...


Rosa: Meu Deus o francês... Disse correndo até seu quarto.


Sergio foi atrás dela sem entender nada, Rosa entrou no quarto e a gatinha estava arranhando a janela pra sair, Claude estava todo empolado e respirava com dificuldade...


Rosa: Meu Deus Sergio, parece que ele não tá conseguindo respirar direito... Falou apavorada.


Claude só resmungava coisas sem noção...


Sergio: Fina o que você fez??


Rosa: Me ajuda aqui Sergio acho que ele não tá bem não... Disse nervosa.


Sergio: Ele tá tendo uma crise alérgica, teve um dia que um amigo meu teve uma crise dessas porque comeu um doce que tinha amendoim e ele era alérgico.


Rosa: Ainnn...


Sergio: Acho melhor chamar uma ambulância, calma eu vou chamar...


Rosa ficou ao lado de Claude pegou em sua mão e estava gelada...


Rosa: Francês não vai morrer hein... Disse chorando, Sergio chamou a ambulância e no caminho Rosa explicou pra ele o que tinha feito...


Sergio: Você ficou louca Serafina?? Disse Sergio bravo com a amiga.


Rosa: Ai eu queria me vingar dele, mas não sabia que ele ia ficar assim, eu dormi e esqueci o bicho lá no quarto... Disse ela chorando.


Sergio: Você foi irresponsável, podia ter matado ele... Gritou Sergio pra ela que chorou ainda mais.


Rosa: Assim você tá me deixando pior do que já estou...


Sergio: Ah Fina, mas você vacilou, não fica assim ele vai ficar bem, você vai ver... Disse abraçando a amiga.


Rosa ficou rezando até o médico dar notícias do francês...


Rosa: Meu Santo Antônio sei que não é sua função, mas o senhor podia me ajudar, não permita que nada acontece a esse francês por favor... Rezava com os olhos cheios de lágrimas.


Um tempo depois o médico vem até Rosa e Sergio que aguardavam notícias do francês...


Med: O que vocês são do paciente?


Sergio: Err...


Rosa: Eu sou noiva dele... Sergio a olhou assustado.


Med: Ele está bem agora... Rosa abraçou Sergio e começou a rir de felicidade.


Sergio: Viu eu disse que ele ia ficar bem... Disse abraçando a amiga.


Rosa: Ai que bom doutor, eu posso vê-lo??


Med: Calma... Foi uma crise alérgica muito forte, o corpo dele ficou todo empolado e estava fraca a respiração dele, será que ele não sabia que era alérgico??


Rosa: Não sei, mas ele tá bem agora??


Med: Está sim... Vocês podem entrar, mas ele tá dormindo, Rosa ia entrando Sergio a puxou e disse...


Sergio: Que história é essa de noiva?


Rosa: Se eu não falasse isso ele não ia me deixar entrar pra vê-lo... Disse isso e foi atrás do médico.


Rosa entrou e ficou ao lado de Claude, pegou em suas mãos e disse...


Rosa: Ai francês que susto você me deu hein... Disse baixinho, Claude se mexeu, abriu os olhos lentamente, viu que Rosa segurava sua mão e os olhos vermelhos de choro, ele resmungou...


Claude: Devo tá muito mal mesmo, pra você estar segurando minha mão... Disse ainda sonolento.


Rosa: Francês... Disse sorrindo.


Claude sorriu pra ela e disse...


Claude: Que sorriso lindo...


Rosa: Deixa de ser bobo francês, você tem que descansar tenta dormir de novo eu vou ficar aqui cuidando de você tá bom... Disse pertinho dele.


Claude: Mon Die eu morri e tô no céu, você se transformou num anjo... Falou ainda meio sonolento do efeito dos remédios.


Rosa: Deve ser sonho mesmo, mas eu vou cuidar você sim... Disse isso depois acariciou a cabeça dele, Claude fechou os olhos e adormeceu em seguida...


Rosa ficou ali cuidando dele até que toca o celular dela, ela saiu do quarto pra atender...


Rosa: Oi mãe...


Amália: Filha o que aconteceu D. Pepa disse que você levou o Dr. Crodi pro hospital... Disse a senhora aflita.


Rosa: Não se preocupe mãe, foi uma crise alérgica forte que deu nele.


Amália: Alergia?? Alergia de que?? Ai não vai me dizer que foi minha comida...


Rosa: Não mãe... Foi do gatinho...


Amália: Mas que gato?? Se não temos gato aqui em casa.


Rosa: Ahh não sei mãe, olha não se preocupa eu tô cuidando dele e logo o médico vai dar alta e vamos pra casa tá bem...


Amália: Está bem...


Rosa : Tchau então mamãe, beijos... Disse isso e desligou o celular quando viu o médico entrando no quarto, Rosa entrou junto com ele e Claude já estava acordado...


Med: O senhor teve muita sorte que sua noiva lhe trouxe rápido para o hospital...


Claude: Noiva???


Rosa se engasgou e começou a tossir.


Med: Está tudo bem?


Rosa: Sim doutor... Disse sem graça.


Med: Bem o senhor teve uma forte crise alérgica não devia ficar com gatos, o senhor não pode é alérgico...


Claude: Mas eu non fiquei com gato nenhum ham, eu sei que sou alérgico.


Rosa com medo que o médico a entregasse começou a falar sem parar...


Rosa: Eu acho melhor ele descansar ele ainda tá muito abatido.


Sergio: É eu também acho...


Claude: Doutor o senhor deve tá enganado, eu non tenho gato e fico bem longe deles, fala a verdade pra mim eu tô morrendo né?? Eu tive um ataque do coraçon por isso tô aqui ham... Disse Claude apavorado.


Med: Não, o senhor só teve uma forte crise alérgica e o senhor ficou com algum gato porque suas roupas estavam cheias de pelo de gato.


Claude: Como é que é?? Ele olhou pra Rosa que não conseguia esconder o nervosismo.


Claude: Foi você né? Sua assassina... Disse tentando se levantar.


Rosa se escondeu atrás de Sergio.


Med: Calma o senhor não pode se levantar ainda...


Rosa: Não foi nada disso que você tá pensando, foi por engano que aquele gato entrou lá... Disse com medo.


Claude: Mentirosa você planejou me matar sua terrorista, eu vou processar você sua... sua... argh...


Med: Eu não tô entendendo nada ela não é sua noiva?


Claude: Só se eu for louco pra ser noivo dessa onça... Eu vou te matar quando eu conseguir sair daqui.


Rosa: Francês eu juro que não implico mais com você e faço tudo que você quiser prometo... Disse ela mansinha, Sergio e o médico riam discretamente.


Med: Não parece “’onça”’ não... Disse o médico rindo da discussão dos dois.


Claude: Fica longe de mim, você deve ser parente de Mussolini, coisa ruim... Disse emburrado.


Rosa baixou a cabeça e ficou quieta.


Claude logo teve alta Sergio e Rosa o levaram pra casa sob os protestos do francês que queria que ligassem para Frazão, quando chegaram em casa, D. Amália já estava na porta a espera deles...


Amália: Meu Deus doutore o que foi que aconteceu?? Perguntou preocupada.


Claude: A senhora nem queira saber... Disse bravo.


Amália: Me fale como foi que isso aconteceu?


Claude olhou para D. Amália e não teve coragem de falar que foi sua própria filha que causou a reação alérgica.


Claude: É que... Ele olhou pra Rosa que pedia com o olhar para não contar nada.


Claude: D. Amália não se preocupe com isso eu já tô bem, graças a Deus, só quero me deitar porque estou um pouco sonolento pelos remédios... Disse olhando sério pra Rosa.


Amália: Claro Doutore, Sergio e Serafina ajudem o doutore...


Claude: Não... Só Sergio já tá bom... Disse olhando feio pra Rosa, ela se afastou sem graça.


Amália: Doutore pode descansar que depois eu levo uma sopa bem reforçada pro senhore... Disse sorrindo.


Claude: Muito obrigado D. Amália, a senhora é uma verdadeira dama...


Amália: Imagina doutore... Disse envergonhada.


Claude foi para o quarto ainda meio sonolento pegou no sono rapidamente, mais tarde Amália preparava um prato pra ele...


Rosa: Deixa que eu levo mamãe...


Amália: O que que deu em você?


Rosa: Nada, é que eu fiquei assustada com ele, nunca vi ninguém tendo uma crise daquele jeito...


Amália: Há males que vem para o bem, pelo menos assim você para de brigar com ele... Disse dando a bandeja com o prato de sopa e um copo de suco.


Rosa foi até o quarto e Claude ainda dormia, ela colocou a bandeja na cômoda, se sentou na cama próxima a ele, começou a passar o a mão pelos cabelos dele, Claude acordou pegou nas mãos dela e disse...


Claude: Veio terminar o serviço né? Tava querendo me estrangular enquanto eu dormia??


Rosa: Não... Disse ela sem graça por ele ter pegado ela mexendo nele.


Claude: Então o que você quer aqui??


Rosa: Eu vim te agradecer por você não ter me entregado a minha mãe...


Claude: Eu fiz isso por sua mãe, não por você estrupici... Disse bravo...


Rosa não queria brigar com ele então ficou encarando o francês...


Claude: Que que foi ham?? Rosa ficou sem graça e disse...


Rosa: Eu trouxe seu jantar... Disse ao se levantar e pegar a bandeja com a sopa...


Claude a olhou desconfiado...


Claude: Non quero non, deve ter alguma coisa nessa sopa, você tá muito boazinha non me convence.


Rosa: Deixa de ser chato francês...


Claude: Ah é? Enton prova...


Rosa: Ham?


Claude: Vai come uma colherada... Quero ver...


Rosa: Não vou comer nada, não gosto de sopa...


Claude pegou uma colher bem cheia fez que ia colocar na própria boca só pra enganá-la, mas colocou na boca de Rosa a lambuzando toda.


Rosa: Mas olha o que você fez me sujou toda... Disse pegando o guardanapo e se limpando, Claude começou a rir...


Rosa: Tá rindo né, eu só não te sujo porque você tá doentinho... Disse sorrindo pra ele.


Os dois ficaram rindo e logo os sorrisos cessaram e começaram a se olhar intensamente, Rosa disfarçou e disse.


Rosa: Come senão vai esfriar, você não quer que eu coloque na sua boca né...


Claude começou a comer e disse...


Claude: Tá uma delícia como tudo que sua mãe faz...


Rosa: É minha mãe tem mãos de fada...


Claude: Ela é diferente de você que tenta matar as pessoas...


Rosa: Desculpa, não foi minha intenção eu juro, eu não pensei que sua alergia fosse assim tão forte, me perdoa vai eu te salvei, se você estivesse na sua casa sozinho você morreria sabia...


Claude: Mas é muita cara de pau, se eu estivesse em casa ninguém ia colocar um gato perto de mim terrorista.


Rosa: Tá... tá... Me perdoa vai... Disse ela fazendo biquinho.


Claude: Eu vou pensar se vou te perdoar ou non, se você me tratar bem quem sabe...


Rosa revirou os olhos e Claude disse...


Claude: Porque que você implica tanto comigo ham??


Rosa: Você ainda pergunta , você invade minha casa, se apossa do meu quarto, da minha cama, da minha sala, da minha mãe, que te trata feito um filho vindo da guerra...


Claude: Como você é ciumenta, coisa feia...


Rosa: Eu sou ciumenta sim, tenho ciúmes de tudo que eu amo, vai me dizer que você não sente ciúmes?


Claude: Non...


Rosa: Ah fala sério você já deve ter sentido ciúmes de alguma namorada, sei lá, da sua mãe, do seu pai...


Claude: Meus pais morreram eu era muito pequeno fui criado em um colégio interno na França...


Rosa: Hum, eu sinto muito pelos seus pais...


Claude: Non se preocupe já faz tanto tempo, bem eu acho que nunca amei ninguém assim do jeito que você ama, porque nunca senti ciúmes.


Os dois ficaram em silêncio se olhando de novo daquele jeito intenso, era a primeira vez que eles conversavam sem terem nenhuma briga, Claude fica sem graça e quebra aquele clima...


Claude: Você sente muito ciúmes do seu noivo??


Rosa: Claro, ele é meu noivo e eu o amo... Disse meio sem graça.


Claude baixou a cabeça triste, depois disse...


Claude: Eu non quero mais pode levar o prato...


Rosa: Mas você não comeu nada, ah come só mais um pouquinho senão minha mãe vai pensar que eu fiz alguma coisa que você não quis comer...


Claude: Non, non quero mais quero descansar...


Rosa: Meu Deus você tá sentindo alguma dor?? Disse preocupada... Deixa eu ver se você está com febre... Disse isso e colocou a mão em sua testa pra ver a temperatura dele, Claude fechou os olhos ao sentir o toque dela em sua pele, aspirou seu perfume e disse...


Claude: Que perfume cheiroso... Disse bem pertinho dela, Rosa ficou sem graça voltou ao seu lugar e disse...


Rosa: Você acha??


Claude: Hum rum...


Rosa: Foi caro, soltei não sei quantos cheques a perder de vista... Disse ela sorrindo.


Claude sorriu e disse...


Claude: Eu adoro esse seu jeito espontâneo sabia?


Rosa: Verdade? O Júlio não gosta ele diz que às vezes eu falo demais.


Claude: Ele não sabe de nada... Disse a encarando.


Rosa: Você não vai comer mesmo, tem certeza que está bem não tá sentindo nada?? Você não é de recusar comida.


Claude: Estou bem sim...


Rosa: Então eu vou te deixar descansar... Disse se levantando e pegando a bandeja, quando ela ia abrir a porta , Claude a chamou...


Claude: Serafina... Ela olhou pra ele e sorriu por ela estar a chamando pelo nome.


Rosa: O que??


Claude: Obrigado...


Rosa deixou a bandeja na cômoda de novo, foi até ele lhe deu um beijo demorado na face fazendo o francês fechar os olhos dando um suspiro, depois olhou pra ele e disse...


Rosa: Boa noite durma bem Claude... Ele sorriu também, por ela o chamar pelo nome... CONTINUA... RSRSRS...