sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Capítulo 4

Rosa subiu rápido...


Joana: Ei menina?? O que aconteceu?? Disse Joana subindo atrás dela.


Rosa: Vai acontecer Joana vai acontecer... Disse ela feliz... Trocando de roupa rápido.


Enquanto isso na cafeteria, Claude estava ansioso, não parava quieto suas pernas balançavam sem parar...


Claude: Mon Die tomara que eu esteja fazendo a escolha certa... Disse ele batendo com as pontas dos dedos na mesa.


Rosa: Joana, eu vou sair, diz pra minha mãe que não sei que horas eu volto, se eu for demorar muito eu ligo.


Joana: Tá bom, Deus te proteja... Disse dando um beijo na testa de Rosa.


Rosa: Obrigada, fica de olho na minha mãe... Disse isso e saiu...


Um tempo depois Rosa parou seu carro na frente da cafeteria que era toda de vidro dava pra ver certinho onde Claude estava sentado a aguardando... Rosa desceu do carro, respirou fundo foi caminhando lentamente até a porta da cafeteria, ela chegou bem perto da porta e podia ver Claude nitidamente...


Ele rodava uma colherzinha dentro da xícara de café, sem muito entusiasmo para beber, parecia que só estava rodando aquela colher para se acalmar...


Rosa abriu a porta da cafeteria, entrou e Claude logo a viu e fez um sinal, Rosa sorriu e foi até ele, ele se levantou e os dois ficaram se olhando...


Rosa: Oi...


Claude: Oi... Disse isso e lhe deu um beijo no rosto, Rosa queria que aquele momento se estendesse por mais tempo, era tão bom sentir Claude a beijando, mas ele logo se afastou e disse... Senta... Disse ele afastando a cadeira pra ela sentar.


Rosa: Obrigada... Disse se ajeitando na cadeira.


Claude foi e sentou a sua frente...


Claude: O que você vai tomar??


Rosa: O de sempre, já esqueceu qual era o meu preferido??


Claude: Cappuccino, com raspas de chocolate por cima... Ela sorriu pra ele por ele lembrar...


Rosa: Isso mesmo...


Claude: Eu lembro sim, só achei que você tivesse mudado, afinal já faz mais de ano que a gente não vem aqui, não sai junto... Enfim as pessoas mudam...


Rosa: Eu não mudei, não mudei em nada Claude, continuo gostando das mesmas coisas, tendo os mesmos pensamentos, amando as mesmas pessoas... Nesse momento Claude ficou sem graça...


Rosa: As coisas só não aconteceram como eu queria, mas eu não deixei de ser quem eu era...


Claude: Bem eu vou fazer o seu pedido, depois podemos ir direto ao assunto... Disse ele fugindo daquele assunto.


Rosa: Tudo bem...


Claude fez sinal pra uma garçonete anotar o seu pedido...


Enquanto isso na casa de Claude...


Estela: Onde está o Claude??


Dadi: Ele ficou um tempão no quarto, ai chegou um homem todo arrumado com esse papel pra ele assinar, ele desceu assinou, depois saiu e não disse pra onde ia... Disse dando o papel pra Estela.


Estela: E uma intimação... Ai eu rezo pra que achem logo esse assassino pra gente poder dormir em paz...


Dadi: Quem diria seu Giovanni ser achado assim num motel...


Estela: Mas ele não foi morto no motel não, parece que o levaram pra lá, eu tremo só de pensar que possa ser alguém conhecido...


Dadi: Credo D. Estela... Disse se benzendo... Deus nos livre.


Estela: Mas também não quero ficar pensando nisso... Tomara que o Claude tenha decidido alguma coisa, o prazo pra aceitar as ações já esta acabando... Disse ela preocupada.


Dadi: Eu queria tanto que ele voltasse com D. Rosa, um amor tão bonito não é...


Estela: Nem me fala os dois sempre foram tão unidos, se não fosse a morte do Eduardo os dois já estariam casados, Claude planejava ficar noivo dela, ele tava tão feliz, só de falar nela os olhos dele brilhavam, mas aconteceu tudo aquilo, ele se fechou de uma tal maneira que acabou terminando com ela... Disse ela triste.


Dadi: Por que ele cismou com seu Giovanni hein?


Estela: O Eduardo perdeu tudo, Giovanni comprou o que restava dele, Claude não acusava Giovanni assim abertamente, mas um tempo depois ele tava acusando e tinha um ódio mortal de Giovanni, foi depois que ele se aproximou de Nara, acho que Egídio conseguiu fazer a cabeça do meu filho...


Dadi: E seu Giovanni nunca teve raiva dele??


Estela: Giovanni era um homem muito bom, ele dizia que essa birra do Claude ia passar e eles ainda iam trabalhar na empresa como pai e filho...


Dadi: Ele gostava muito do Dr. Clodis né...


Estela: Gostava a amizade de Giovanni com Eduardo sempre foi muito forte, quando Eduardo se matou Giovanni chorava como uma criança, por isso que mesmo com os desaforos de Claude, ele sempre  nos ajudou...


Enquanto isso na cafeteria...


Claude: Eu pedi que viesse aqui, pra dizer a você que eu aceito trabalhar com você na empresa...


Rosa sorriu, não acreditava no que ouvia... Por um impulso se ergueu de sua cadeira um pouco, tocou no rosto dele e o beijou no rosto...


Claude: Espera... Espera... Disse ele se afastando um pouco dela, Rosa ficou sem jeito se sentou novamente.


Rosa: Desculpa, é que fiquei feliz com a notícia... Obrigada Claude eu já não sabia mais o que fazer...


Claude: Eu quero deixar bem claro que vamos trabalhar juntos na empresa, vamos ficar o dia inteiro juntos, mas vai ser só trabalho nada mais, o fato da gente ter tido um relacionamento no passado não influenciou em nada minha decisão...


Rosa: Tudo bem... Disse ela triste com seu coração sangrando.


Claude: Quero que você saiba que minha vida pessoal vai continuar como está, depois desses seis meses, vou nomear o Frazão pra cuidar das minhas ações, porque já decidi que vou embora, por isso não quero que você pense... Rosa o interrompeu bruscamente...


Rosa: Já entendi...


Claude: Eu só quero que...


Rosa: Já disse que entendi, vamos ser sócios na empresa, mas sem misturar a vida pessoal, será apenas negócios, já entendi perfeitamente... Disse ela ríspida.


Claude: Desculpa se fui grosseiro, eu só queria deixar tudo muito claro.


Rosa: Vamos falar da reunião... Disse ela friamente, não se parecia em nada com a Rosa que chegou ali, minutos antes dessa conversa...


Claude: Que reunião??


Rosa: Pra nos apresentarmos a empresa como os novos acionistas...


Claude: Ah claro...


Rosa: Bem eu tendo 45% das ações eu tenho certeza que o Guilherme vai ficar do meu lado com os 10% dele, eu queria te nomear presidente.


Claude faz uma careta e diz...


Claude: Por que eu?? E não você??


Rosa: Porque vai ser a primeira vez que vou trabalhar na empresa, você já está lá a alguns anos, sabe como tudo aquilo funciona...


Claude: Tudo bem vai ser só por seis meses mesmo, depois você terá que assumir a presidência...


Rosa: Espero que até lá eu tenha aprendido alguma coisa...


Claude: Non se preocupe, o seu queridinho sabe tudo, acho que até mais que eu, vivia puxando o saco do seu pai...


Rosa respira fundo e faz de conta que não ouviu o que ele disse...


Rosa: Ainda bem que eu tenho ele pra me apoiar...


Claude revira os olhos sentindo ciúmes...


Claude: Que bom ham... Ele respira fundo e diz... Bem acho que nossa conversa já acabou ham...


Rosa: Claro, não quero mais tomar seu tempo... Disse se levantando... Tchau Claude... Oferecendo a mão pra ele.


Claude: Tchau... Disse apertando a mão dela e sentindo que ela estava gelada, um clima pintou nesse momento, ao tocar em sua amada, Claude sentiu seu corpo corresponder, mas rapidamente ele retirou a mão... Rosa se virou e ele disse... Rosa??


Rosa olhou pra ele novamente esperando o que ele iria falar, Claude estava nervoso, começou a gaguejar e finalmente disse...


Claude: non é nada non, era só pra te avisar que eu vou ligar pro Freitas pra marcar logo essa reunion...


Rosa: Tudo bem... Disse isso e saiu, Rosa foi andando rápido até o carro e quando entrou no carro pode respirar soltando aquela pressão de dentro do seu peito, não era nada agradável pra ela escutar tudo o que Claude falara, se sentiu péssima, com seu coração apertado deixou cair uma lágrima, mas limpou seu rosto ligou o carro e saiu dali...


Claude ainda olhava sua mãos e passou os dedos entre o rosto sentindo o perfume dela...


Claude: Ah mon Die como vai ser difícil esses seis meses...


Enquanto isso na delegacia... O investigador Fernando trabalhava concentrado relendo alguns depoimentos sobre a morte de seu Giovanni, quando entra na sala o seu assistente...


Pedro: chegou as analises feitas das roupas  e dos sapatos da vitima.


Fernando: ai que bom, e ai??


Pedro: Ai que nas roupas não achamos nada, nem um cabelo nem uma digital, nada... A pessoa que o transportou do local onde ele foi morto, com certeza usou luvas...


Fernando: E os sapatos??


Pedro: Nos sapatos foram detectados grãos de areia de praia, se calcular o tempo de uma morte e outra, dá o tempo certinho pro assassino ter matado seu Giovanni na praia depois ter ido do litoral até o motel se encontrado com a secretária a matado e feito a cena no motel...


Fernando: Claro, na praia, os Petroni tem uma casa na praia, acho que seria fácil o assassino ter atraído seu Giovanni pra lá...


Pedro: Alguém que ele tinha muita confiança ou muito apresso, pra sair a noite de casa, pegar um táxi e ir pro litoral...


Fernando: Pra ele pegar um táxi, era porque não queria que ninguém soubesse aonde ele ia...


Pedro: O senhor já desconfia de alguém??


Fernando: Ainda é muito cedo pra dizer, mas posso adiantar que todos os funcionários da empresa, que vieram aqui, prestar depoimento falaram que Dr. Claude teve uma briga muito séria com a vítima no dia do assassinato... Disse ele se levantando e se servindo de um cafezinho.


Pedro: O francês??


Fernando: Ele mesmo, mas ao mesmo tempo que falaram isso, falaram também da grande amizade de seu Giovanni com Eduardo pai de Claude, falaram que as famílias sempre andaram juntas, que o Claude ia se casar com a filha do seu Giovanni, mas parece que depois da morte do pai, ele desistiu.


Pedro: Que história hein...


Fernando: Eu sinto que tem algo entre essas duas famílias que não tá certo, é só uma intuição mas eu vou investigar e se tem algum segredo eu vou descobrir... Pois é, mas eu já intimei o francês pra vir depor amanhã... Vamos esperar e ver o que ele tem a nos contar, enquanto isso quero que você vá até o motel e converse com o porteiro que estava lá no dia do assassinato...


Pedro: Sim senhor, já estou indo... Pedro sai apressado, Fernando fica em sua sala pensativo...


Fernando: Eu vou descobrir quem é o assassino e qual o mistério dessa morte...


Enquanto isso na casa de Claude...


Estela: Ai que bom que você chegou...


Claude: Por quê?? Aconteceu alguma coisa??


Estela: Não, só que você saiu assim sem avisar...


Claude: Mamãe, já sou bem grandinho ham...


Estela: Eu sei desculpa filho... Disse ela olhando pro filho carinhosamente...


Claude: Ahh mamãe, eu que tenho que pedir desculpas, eu vim de um encontro com a Rosa...


Estela sorriu e disse...


Estela: Ai que bom... Disse levando seu filho para sentar no sofá...


Claude: Non é nada disso que a senhora tá pensando...


Estela: Filho, não feche seu coração assim...


Claude: Eu resolvi aceitar as ações...


Estela: Que bom, Rosa deve ter ficado feliz, ela tava perdida, sem saber o que fazer...


Claude: É ficou sim... Disse ele com meio sorriso se lembrando de Rosa.


Estela: Eu sei que você não gosta que toque nesse assunto, mas...


Claude: Eu não gosto mesmo, eu vou trabalhar com ela na empresa, mas é só isso, depois dos seis meses eu deixou minhas ações pro Frazon cuidar depois vou pra França...


Estela não disse nada só ficou parada olhando pra ele assustada.


Claude: Quii quii foi ham??


Estela: Não sabia que seus planos eram ir embora do Brasil.


Claude: A senhora sabe por que que eu vou né...


Estela: Mas eu tenho fé de que você ainda vai se acertar com a Rosa se Deus quiser meu filho...


Claude: Mamãe, não conte com issi ham... Agora vou subir porque tô cansado... Disse isso e subiu.


No dia seguinte... Na casa de Claude...


Frazão: Claude já sabe o que tem que fazer né...


Claude: Claro, falar a verdade não omitir nada... Não se preocupe Frazon eu tô tranquilo, não fiz nada...


Frazão: Eu sei mon ami só que esses interrogatórios deixam as pessoas confusas, o investigador vai fazer o trabalho dele...


Claude: Tá... Tá... Vamos senon vamos chegar atrasados.


Claude e Frazão foram pra delegacia...


Fernando começou a interrogar Claude, o francês estava super tranquilo até as perguntas chegaram ao assunto do pai dele...


Fernando: Então o senhor acha que a vítima roubou seu pai??


Frazão: Não investigador, ele não acha nada disso... Falou olhando feio pra Claude.


Fernando: Por favor, o senhor não pode interromper o interrogado...


Claude: Bem, eu nunca consegui juntar provas contra ele, mas eu tenho a certeza de que ele foi o culpado pela falência do meu pai...


Fernando: O senhor odiava o seu Giovanni??


Claude não sabia o responder...


Claude: Sim, mas isso não quer...


Fernando: Calma Dr. Claude, ninguém aqui está lhe acusando... Disse Fernando tranquilo.


Claude: Mas está insinuando...


Fernando: O senhor conhecia bem a secretária do seu Giovanni??


Claude: Claro... Ela já trabalhava a algum tempo na empresa...


Fernando: Chegou a ter algum envolvimento com ela??


Claude: Como assim??


Fernando: Chegou a sair com ela??


Claude ficou nervoso, lembrou que um dia ele saiu com ela pra tomar uma bebida de tanto ela insistir, mas nunca contou a ninguém nem ao menos a Frazão...


Fernando: Responda Dr. Claude...


Frazão: Responde Claude... Disse ele confiante de que a resposta seria negativa.


Claude: Sai uma vez... Disse ele nervoso.


Frazão: Como??


Fernando levantou a sobrancelhas... Olhando pros dois intrigado... CONTINUA... RSRSRS...

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