quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Capítulo 3

Claude: Non vou ficar...


Rosa: Você tem noção de quantas pessoas dependem da construtora?? E você quer jogar assim tudo pro alto só por conta de um ódio sem sentido...


Claude: A morte do meu pai non foi uma coisa sem sentido...


Rosa: Que que é Claude?? Vai querer deixar tudo que é seu pro seu sogro é isso??


Claude: Non é só ele que vai se beneficiar com isso, seu queridinho também vai...


Rosa: Eu não ia me importar se fosse só o Guilherme, eu confio nele e sei que ele nunca vai fazer nada pra me prejudicar ele sabe muito bem o quanto meu pai lutou por tudo aquilo lá... Claude fica com ciúmes e diz...


Claude: Então da tudo pra ele, faz o seguinte casa com ele, aposto que aquele carcamano do seu pai ia adorar, faz o que você quiser, mas me deixa em paz...


Rosa: Não fala assim do meu pai... Gritou ela...


Claude: Non adianta Rosa, eu non vou administrar nada, eu non quero...


Rosa: Claude pensa bem, era um sonho do nossos pais...


Claude: Você disse bem, era um sonho do meu pai, que o seu pai destruiu quando deu o golpe nele...


Rosa: Meu pai não deu golpe nenhum... Gritou ela novamente.


Claude: Deu sim, ele non valia nada... Gritou ele também.


Rosa: Chega Claude, eu sinto muito pelo que aconteceu com seu pai, mas isso não te da o direito de falar assim do meu pai, respeita a minha dor, da mesma forma que você amava e venerava seu pai eu também amava o meu e tô sofrendo muito... Disse ela chorando.


Claude baixou a cabeça...


Claude: Desculpa, pardon eu non queria te magoar assim...


Rosa começou a chorar...



Rosa: Deixa esse seu ódio de lado e juntos vamos fazer o que eles queriam Claude, por favor, não quero ver a nossa empresa nas mãos do Egidio.



Claude: Sinto muito Rosa, mas isso não será possível, non quero non posso trabalhar ao seu lado naquela empresa...



Rosa: Me odeia tanto assim Claude?? Será que não restou nada daquele sentimento bonito que você sentia por mim?? Ou aquilo era tudo mentira??



Claude: Non é nada disso, nunca foi nenhuma mentira, você sabe disso, nosso relacionamento acabou por outros motivos, eu já estava pensando em sair da empresa, por isso tive uma briga com seu pai no dia que ele foi morto...



Rosa: Você vai abandonar tudo?? Você é um covarde egoísta, não pensa nas pessoas que você vai prejudicar...



Claude: Pense o que quiser, mas non vou fazer nada do que seu pai exigiu naquele testamento... Disse isso e saiu.



Rosa: Egoísta covarde... Gritava ela enquanto ele saia porta fora.



Na casa de Claude...



Estela: Eu não tô acreditando que você vai recusar??



Claude: Non sei porque o espanto, a senhora já sabia que eu ia sair da empresa...



Estela: Mas era diferente, você ia sair porque vivia brigando com Giovanni, mas trabalhar com a Rosa eu pensei que fosse isso que você queria?



Claude: Non quero mãe, eu vou sofrer...



Estela: Por quê??



Claude: Porque eu ainda a amo... Disse ele irritado e se levantando.



Estela sorriu e disse...



Estela: Meu filho me escuta... Disse Estela abraçando o filho, pelas costas.



Claude: Non mamãe... Dizia balançando a cabeça negativamente.



Estela: Seria uma ótima chance pra você esquecer tudo o que aconteceu, e se dedicar a sua vida, ser feliz com a mulher que você ama Rosa não merece esse sofrimento todo, Claude não joga sua felicidade assim no lixo...



Claude: Eu tento mamãe, mas eu não consigo esquecer, eu não consigo esquecer o dia que eu achei meu pai morto... Disse ele chorando.



Estela: Filho não se martirize assim, Rosa não teve culpa do que aconteceu...



Claude: Eu sei que ela não teve culpa, mas cada vez que a gente ficava junto eu me lembrava de quem ela é filha, foi por causa daquele velho que meu pai perdeu a cabeça, eu não quero mais esse relacionamento só faz a gente sofrer, eu não vou ficar o dia inteiro ao lado dela.... Disse isso e subiu.



Na mansão dos Petronni...



Janete: Como foi a conversa com ele??



Rosa: Péssima...



Janete: Não fica assim não amiga, ele vai aceitar, duvido que ele queira que o Gui cuide das ações que eram do pai dele...



Rosa: Não sei o Claude só tem magoa naquele coração, eu olho pra ele e não o reconheço, não parece aquele Claude com quem eu cresci que me protegia, que enfrentava qualquer coisa por mim... Depois da morte do pai dele ele se tornou frio, o amor que ele sentia por mim acabou... Nesse momento Amália estava passando e disse...



Amália: Essa família Geraldy só trás sofrimento pra essa casa... Disse isso e subiu.



Rosa e Janete ficaram espantadas pela frieza com que Amália se referiu à família Geraldy.



Rosa: Agora ela ta assim, vive tratando D. Estela mal... Não sei por que ela ta agindo assim, elas sempre foram tão amigas...



Janete: Deve ser o efeito dos remédios, ela anda tomando muito remédio... Não se preocupa com isso não...



Nesse momento toca a campainha da mansão...



Janete vai atender...



Fernando: Meu nome é Fernando, eu sou investigador da policia, estou investigando a morte o seu Giovanni Petronni, será que eu posso conversar com a filha dele?? Disse ele mostrando o distintivo.

Janete: Claro pode entrar... Disse apontando pra ele entrar, nesse momento Rosa que estava na biblioteca vem ver quem é...



Rosa: O que o senhor deseja??



Janete: Rosa esse aqui é o investigador de polícia...



Fernando: Boa tarde... Disse estendendo a mão pra cumprimentar Rosa.



Rosa: Desculpa, o mau jeito, meu nome é Serafina Rosa... Disse pegando na mão dele... Mas esses dias tem sido complicado minha casa como o senhor pode ver anda cheia de jornalistas... Eu pensei que o senhor fosse um deles...



Fernando: Não tem problema eu entendo.



Janete: Bem eu vou na cozinha com licença...



Rosa: Sente-se por favor o senhor bebe alguma coisa??



Fernando: Não obrigado, eu vim só fazer umas perguntas, já chamei várias pessoas pra depor e tenho em mãos uns resultados de alguns exames feitos no corpo de seu pai.



É nítida a tristeza de Rosa quando toca no assunto da morte de seu pai...



Fernando: Desculpa, sei que deve ser difícil, mas eu tô fazendo meu trabalho e lutando contra o tempo...



Rosa: Eu sei, eu mais do que ninguém quero justiça, quero que se descubra quem fez isso.



Fernando: Bem D. Serafina...



Rosa: Pode me chamar de Rosa...



Fernando sorriu e disse...



Fernando: Quero que  a senhora me fala exatamente como foi o dia do seu pai no dia do assassinato.



Rosa: Bem eu não moro mais aqui na mansão, mas por coincidência uns dias antes de tudo isso acontecer, eu vim passar uns dias com a minha mãe, ela andava muito estressada... Rosa começou a contar como foi aquele dia e se lembrou que a noite seu pai e sua mãe tiveram uma forte discussão...



Lembranças...

Giovanni: Você só pode estar louca... Gritou Giovanni irritado.

Amália: Eu louca?? É muito fácil você me acusar de louca, desde que o Eduardo morreu você não faz outra coisa a não ser proteger Estela, esquece até que é casado comigo...

Giovanni: Do que que você tá falando?? Eu protejo ela e o Claude como se ela fosse minha irmã, Eduardo ia fazer a mesma coisa com você se eu tivesse morrido...

Amália: Você sempre gostou dela né confessa como eu fui burra, você deve tá pensando que agora que ela é viúva ela vai ficar com você, pois tire seu cavalinho da chuva, ela não te ama... Gritava Amália.

Giovanni: Você não sabe o que esta falando...

Amália: O Claude deve ter razão mesmo, você sempre fingiu ser amigo do Eduardo, encobria as coisas dele, porque eu me lembro muito bem daquela vez em que você...

Giovanni: Chega!!! Gritou ele apavorado com medo que ela prosseguisse com aquele assunto... Esses remédios que você toma devem tá fazendo mal a sua cabeça...

Amália: Ficou irritado, qualquer dia eu falo tudo o que aconteceu... Eu quero ver se a sua queridinha vai te perdoar...

Giovanni: Não é nada disso que você tá pensando, um dia você vai saber e vai se arrepender do que esta falando... Disse isso e saiu do quarto... 


Rosa ficou parada olhando pro nada...



Fernando: Você se lembrou de mais algum fato que possa ajudar na investigação??



Rosa: Ham??



Fernando: Você está bem??



Rosa: Estou sim, bem é só isso que eu posso falar, aquele dia foi igual a qualquer outro... Disse isso e escondeu o que ela ouviu da briga dos pais, com medo de prejudicar sua mãe.



Fernando: Tem certeza??



Rosa: Tenho claro... Disse se levantando meio sem jeito...



Fernando: Seu pai tinha algum inimigo??



Rosa: Não, que eu saiba não... O senhor disse que já tem alguns resultados de exames feitos no meu pai...



Fernando: Rosa o seu pai não foi morto pelo tiro que levou...



Amália: Como é?? Perguntou Amália que estava descendo as escadas...



Rosa: Mãe... Esse é o Fernando ele é investigador veio fazer algumas perguntas...



Fernando: Como vai D. Amália??



Amália: Indo... O senhor falava que meu marido não foi morto com um tiro??



Fernando: É as analises feita no corpo de seu Giovanni mostram que ele morreu envenenado, com isso descobrimos que ele não foi morto no motel, quando ele foi levado pra lá ele já estava morto a algumas horas...



Rosa: Meu Deus quem poderia ter envenenado ele assim, Fernando e a Gil?? Ela também foi envenenada??



Fernando: Não, ela foi morta com um tiro a queima roupa, o assassino fez parecer um crime passional, mas seu Giovanni provavelmente nem chegou a ver essa secretária, o horário das mortes não batem, quando seu Giovanni foi morto, Gilvania ainda estava em casa, isso foi confirmado pela colega que dividia o apartamento com ela.



Rosa: Eu sabia que meu pai não seria capaz de trair dessa forma tão baixa a minha mãe...



Amália não falava nada, o que deixou Fernando intrigado...



Na casa de Claude... Toca a campainha... Dadi vai atender...



Nara: Oi Dadi... Disse já entrando.



Dadi: Oi... Disse revirando os olhos.



Nara: Onde está o Claude??



Estela: Está lá em cima já vai descer... Disse Estela vindo da cozinha.



Dadi: Dá licença vou terminar o jantar...



Nesse momento Claude estava descendo...



Nara: Oi meu amor, que saudades, você nem foi em casa decidi vir aqui... Disse ela indo ao encontro dele se pendurando em seu pescoço.



Claude: Ham... Disse indo se sentar no sofá, com Nara do seu lado.



Nara: Ai o papai me falou da leitura do testamento eu acho que você fez muito bem de recusar, isso foi uma provocação daquele velho safado.



Estela: Pra você é bem conveniente que o Claude se recuse a cumprir o que Giovanni pediu, não é Nara?? Assim seu pai vai ficar com as ações... Disse estela alfinetando.



Nara: Não senhora, meu pai já declarou que não concorda com esse absurdo, ele vai abrir mão das ações...



Estela: Ah é?? Nossa como ele é um homem desprendido e honesto hein... Disse ironicamente.



Claude: Mamãe...



Nara: Deixa meu amor, sua mãe não gosta de mim, nem de meu pai eu não sei por que, eu nunca a tratei mal...



Estela: Ah minha querida o que foi que eu fiz?



Nara: A senhora sempre que pode fica me alfinetando...



Claude: Chega...



Estela: Vou para o meu quarto... Disse isso se levantou e subiu.



Nara fez careta pra Estela pelas costas, sem Claude ver...



Nara: Meu amor ela me odeia...



Claude: Minha mãe non odeia ninguém, deve ser ciúmes...



Nara: Que tal se a gente fosse naquele lugarzinho que a gente adora hein, prometo fazer você relaxar, te proporcionar uma noite inesquecível... Dizia beijando o pescoço do francês.



Claude: Non, eu tô com dor de cabeça, hoje foi um dia cansativo pesado... Disse se afastando dela.



Nara: Garanto que se fosse aquela coisinha sem graça você ia né, quando você vai esquecê-la hein??



Claude: Nara, por favor, ham non é nada disso eu to cansado, prometo que amanhã a gente sai tá bom... Disse dando um selinho nela.



Dadi entra na sala...



Dadi: Desculpa interromper, mas o jantar já está pronto...



Claude: Vai chamar a minha mãe Dadi... Dadi subiu as escadas...



Nara: Eu vou jantar aqui...



Claude: Nara, não provoca a minha mãe, por favor...



Nara: Tá bem... Disse enlaçando ele pelo pescoço.



Na mansão dos Petroni Rosa, Guilherme e Janete conversavam na sala...



Janete: Amiga que história hein??



Guilherme: Eu tô muito preocupado com você Rosa.



Rosa: Por quê??



Guilherme: Sei lá, um psicopata tá solto matou seu pai, eu fico preocupado com a sua segurança principalmente agora que você vai dirigir a empresa... Disse ele preocupado.



Janete: Amiga o Gui tem razão... Você tem que tomar cuidado... Disse preocupada também deixando Rosa pensativa.



Na casa de Claude, no quarto de Estela...



Estela: Essa mulherzinha já foi embora Dadi??



Dadi: Vai jantar aqui... Disse revirando os olhos, pois também não gostava de Nara...



Estela: Não sei onde Claude está com a cabeça... Dizia balançando a cabeça negativamente.



Dadi: Ele deve ter esquecido a D. Rosa né...



Estela: Esqueceu nada, ele me confessou que ainda é apaixonado por ela que ainda a ama... Disse Estela sorrindo.



Dadi: Oxi e por que ele não volta pra ela??



Estela: A história da morte do Eduardo ainda martela na cabeça dele, coitado do meu filho tá tão confuso, tá sofrendo...



Dadi: Se pelo menos ele aceitasse essa proposta de trabalhar junto com ela, quem sabe com a proximidade ele não aguentaria e cederia...



Estela: É isso que eu quero, vou fazer de tudo pra ele aceitar e você vai me ajudar...



Dadi: Claro... Disse ela sorrindo.



Alguns dias se passaram... Estela insistia todos os dias com Claude, mas era inútil ele estava decidido a sair definitivamente da empresa...



Na mansão...



Rosa: O Claude já tá arrumando as coisas dele...



Janete: Ele é um teimoso mesmo né... Mas não fica assim, o Gui vai cuidar da sua parte na empresa... Ele não vai se apropriar do que é seu.



Rosa: Eu sei, mas eu tinha a esperança... Pensou bem e não terminou a frase.



Janete: De voltar com o Claude né??



Rosa: É, mas tenho que esquecê-lo não tem mais jeito... Disse ela triste.



Enquanto isso na casa de Claude...



Estela: Seu pai ficaria muito triste se ele estivesse vivo...



Claude: Por quê??



Estela: Por você estar desistindo de tudo, querer ir embora assim abandonar o que é seu nas mãos de um homem que eu particularmente duvido muito da honestidade.



Claude: Ele pode fazer o que quiser... Disse se servindo de um café, sem se importar com que a mãe dele falava.



Dadi entrou na conversa.



Dadi: É uma pena, meu irmão que trabalha pra construtora, disse que todos estão com medo do que possa acontecer, Dr. Egídio não parece gostar dos trabalhadores da obra, parece que já andou falando em reformular tudo, triste isso muita gente vai ser mandada embora...



Claude: Dadi diga ao seu irmão pra não se preocupar, Rosa não vai permitir que isso aconteça...



Estela: Como ela vai impedir sozinha, o Guilherme pode ser muito bom, mas eu acho que o Egídio sabe ser bem perspicaz...



Claude respirou fundo, se levantou e disse...



Claude: Perdi o apetite... Disse isso e subiu...



Estela: Teimoso... Disse ela jogando o guardanapo na mesa...



Claude se trancou no quarto e ficou horas pensando em tudo que sua mãe vinha falado todos esses dias...



No fim da tarde... Na mansão...



 Joana: Serafina telefone pra você... Disse com o aparelho na mão.



Rosa: Diz que eu não tô, não tenho ânimo pra conversar com ninguém...



Joana: É o Claude...



Rosa: Claude?? Perguntou sorrindo, pegando o telefone.



Joana: Sim... Disse ela sorrindo também...



Rosa: Alô... Disse ansiosa.



Claude: Lembra daquela cafeteria que costumávamos ir que você adorava...



Rosa: Claro...



Claude: Vem pra cá agora, estou te esperando...



Rosa: Tô indo... Disse ela sorrindo... CONTINUA... RSRSRS...

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