Matheus: Mãe, fala mais... Falou o menino
ajudando a mãe colocar a mesa para o jantar.
Rosa: Filho, de novo essa história? Você sabe
que a mamãe não gosta de tocar nesse assunto.
Matheus: Eu sei mãe, mas eu gosto de saber mais
sobre meu pai... Falou o menino com um olhar pidão que deixou o coração de Rosa
em pedaços.
Rosa: Está bem!! O que você quer saber?
Matheus: Como ele era? Eu procurei algum
documento dele e não achei, só sei que ele se chamava Antônio... Rosa teria
dito o nome que lhe veio na cabeça na hora que seu filho muito espevitado a
surpreendeu com a pergunta.
Rosa: É natural eu não ter nada de seu pai, nós
não éramos casados, só namorávamos e quando ele foi embora eu nem sabia que
estava grávida... Falou com amargura.
Matheus: Foi embora? Perguntou o menino
desconfiado.
Rosa: Não!! Quando ele viajou, filho seu pai era
um homem de bem, ele nunca me abandonaria grávida de um filho dele, íamos nos
casar, mas aconteceu essa tragédia... Mentiu Rosa ao menino, não queria que seu
filho sofresse por pensar que fora rejeitado pelo pai.
Rosa não podia dizer que tinha sido enganada
pelo pai de Matheus, não podia dizer ao filho que não sabia nada sobre seu pai,
então quando ele começou a fazer perguntas Rosa começou a inventar histórias...
Rosa: Agora vamos parar de falar nisso, eu não
me sinto bem lembrando essas coisas.
Matheus: Tudo bem, mamãe!! Eu te amo tanto, não
fica triste não tá? Falou o menino abraçando a mãe.
Rosa se emocionou e viu o quanto valeu a pena
ter ido enfrente e criado seu filho sozinha.
Seu pai virou as costas pra ela assim que soube
da notícia, a vida de Rosa virou do avesso sua mãe a protegia, mas logo ela
teve que abandonar a faculdade e começar a trabalhar para sustentar seu filho...
Com o tempo e com o crescimento de Matheus, o
velho Giovanni a acolheu em casa antes de morrer...
Só aí que Rosa pode se restabelecer, não
precisando pagar aluguel ela voltou a estudar e concluiu sua faculdade de
engenharia, seu filho hoje tem dez e ela já pode se manter tranquilamente com o
que ganha trabalhando em uma construtora como engenheira...
Aquela noite Rosa e Matheus jantaram felizes,
mas Rosa via nos olhos do filho que ele queria saber mais e mais sobre seu pai
e não pararia por aí as perguntas, conhecia muito bem seu filho e quando ele
colocava uma coisa na cabeça ia até o fim...
No dia seguinte...
Janete: De novo?
Rosa: Não sei mais o que inventar, eu acho que
qualquer dia eu vou cair em contradição e o Matheus vai perceber que estou mentindo.
Janete: Conta a verdade pra ele então.
Rosa: Eu não vou falar que fui enganada pelo pai
dele, não quero que meu filho sofra.
Janete: Você nunca me contou o que realmente
aconteceu.
Rosa: Eu não gosto de lembrar, quando eu fiquei
sabendo que estava grávida do Matheus prometi a mim mesma nunca mais nem pensar
naquele canalha, me desculpa amiga.
Janete: Tudo bem sabe o que eu acho que iria
tirar o foco desse assunto?
Rosa: O que?
Janete: Você arranjar um namorado.
Rosa sorriu e disse...
Rosa: Todos os meus namorados Matheus coloca um
defeito, às vezes até eu me divirto vendo o quanto ele é ciumento.
Janete: Rosa, você tem que se apaixonar não to
falando só transar não, to falando um amor, um homem que queira ser um pai pro
seu filho, um que elimine de vez essa obsessão que o Matheus tem em querer
saber sobre o pai.
Rosa: Será que existe esse homem, Janete?
Janete: Claro que existe amiga...
Rosa: Ah é? Então por que eu ainda não achei
hein? Falou rindo, Janete fez uma careta e as duas voltaram ao trabalho.
França- Paris...
Nara: Não quero Claude, não adianta insistir, eu
não quero filhos...
Claude: Eu sei que você está decidida e que não
vai mudar de ideia, por isso já marquei minha passagem para o Brasil, estou
embarcando essa semana para lá. Quero o divórcio!!
Nara deu de ombros, não queria mais esse
casamento, já estava de caso com um milionário italiano, as brigas entre ela e
Claude começaram quando Claude falou que não queria mais esperar e queria ser
pai, mas Nara muito vaidosa não quer filhos, acha que tendo filhos ela vai
envelhecer mais rápido e ficar gorda, Claude achava tudo aquilo muito egoísmo
da parte dela, por isso decidiu pedir o divórcio.
Nara: Pode ir pra onde você quiser, meus
advogados vão entrar em contato com você, quero tudo que eu tenho direito.
Claude: Nara, você é tão burra que às vezes me
assusta, no nosso acordo nupcial, tinha uma clausula de que se você não me
desse filhos, não teria direito a minha fortuna, mas como sou um homem
generoso, vou deixar pra você esse apartamento de Paris, o carro e uma pensão
que você poderá viver sem grandes luxos, mas viverá bem passar bem cherry...
Falou isso e saiu deixando Nara possessa.
Uma semana se passou e Claude já estava no
Brasil...
Frazão: Nem acredito, você aqui de volta, achei
que nunca mais ia te ver aqui no Brasil... Falou abraçando o amigo que a muito
tempo não via.
Claude: Dessa vez eu vim pra ficar...
Frazão: E como você está? Quando eu soube do divórcio
nem acreditei, achava que você fosse apaixonado por Nara.
Claude: Minha paixão saiu pela janela, quando vi
que Nara não passava de uma mulher fútil e vazia, ela não teve consideração por
mim nem quando perdi meu pai... Falou triste pela perda do pai.
Frazão: Você mudou mesmo francês, nem parece
aquele estudante de engenharia doido que fazia as meninas chorarem pelos
cantos.
Claude: Como eu me arrependo de ter feito
aquelas coisas Frazon, me arrependo tanto de ter sido tão volúvel, se eu
tivesse dado chance a alguma moça daquela época, hoje talvez eu estaria casado
e com o filho que eu tanto quero.
Frazão: Não fica assim todos nós erramos, é com
nossos erros que aprendemos a dar valor nas coisas que realmente importam.
Claude: Meu pai construiu esse império e deixou
pra mim e eu? Vou deixar pra quem, hein?
Frazão: Mulheres não faltarão pra você escolher
e ver qual você quer pra ser sua esposa e mãe do seu filho.
Claude: Mulheres como Nara, tô fora, já sou
vacinado contra essa praga...
Frazão: Eu soube que ela já está com outro.
Claude: Está sim, mas não me incomodo pelo menos
assim ela não fica no meu pé.
Nesse momento Rosa estava trabalhando quando
recebe uma ligação da escola de Matheus...
Rosa: Alô...
Diretora: Rosa?
Rosa: Sim.
Diretora: Bem aqui é da escola do Matheus, será
que você poderia vir aqui?
Rosa: O que aconteceu? Perguntou levantando
rápido da cadeira.
Janete: Que foi amiga?
Diretora: Seu filho se meteu numa briga, estou
avisando os pais da outro aluno envolvido, por favor, se a senhora puder...
Rosa não deixou a diretora terminar de falar e
foi logo dizendo.
Rosa: Já estou indo... Falou isso e desligou o
telefone... Janete se o Dr. Coutinho perguntar de mim, diga que tive um
problema sério pra resolver.
Janete: Eu falo sim, mas me conta o que houve.
Rosa: Não sei direito, mas parece que o Matheus
se meteu numa briga na escola, tchau amiga... Falou saindo rápido.
Rosa chegou rápido a escola e quando entrou na
diretoria, Matheus estava sentado ao lado do outro menino envolvido na briga.
Rosa: O que aconteceu?
Matheus: Mãe não foi culpa minha, ele me
provocou... Falou indo abraçar a mãe.
Menino: Ai mariquinha, vai pro colinho da mamãe
vai... Provocou o outro menino.
Matheus ficou com raiva e pulou novamente no
menino...
Matheus: Eu vou te encher de soco moleque.
A diretora e Rosa seguraram os dois...
Rosa: Mas o que é isso? Para com isso Matheus...
Falou chamando a atenção do filho, o outro menino começou a rir.
Diretora: Lucas pare com isso agora, senão antes
de seus pais chegarem já terei dado suspensão a você... Falou com autoridade
fazendo o menino baixar a cabeça e dizer...
Lucas: Desculpa!!
Diretora: D. Rosa a senhora pode levar seu filho
e amanhã bem cedo esteja aqui, precisamos conversar a sós sobre o comportamento
de Matheus, como vê os pais de Lucas ainda não chegaram...
Rosa pegou Matheus e o levou para casa... No
caminho Matheus tentou falar, mas Rosa estava tão brava com ele que disse...
Rosa: Em casa, Matheus! Em casa conversamos e aí
vou querer saber essa história direitinho, ouviu mocinho?
Matheus baixou a cabeça e não falou mais nada
até chegar em casa...
Quando chegaram encontraram Maria fazendo
almoço...
Maria: D. Rosa, a senhora em casa essa hora?
Maria cuidava de Matheus desde que ele era
pequeno, era comadre de Amália e gostava daquele menino como se fosse seu próprio
neto.
Rosa: É Maria, parece que esse menininho tem
muito a me explicar hoje... Falou olhando serio para o filho.
Na casa de Claude...
Claude: Dadi, que saudades... Falou indo abraçar
empregada que o criara como um filho.
Dadi: Saudades do meu menino... Falou emocionada
passando as mãos pela face de Claude.
Claude: Como está tudo por aqui?
Dadi: Tudo normal e com você meu querido, como
está?
Claude: Vou indo, Dadi. Me recuperando aos
poucos... Falou se referindo a morte repentina de seu pai.
Dadi: Vou preparar um jantar especial, com tudo
que você gosta.
Claude: Mercy, vou subir e descansar porque essa
viagem me cansou um pouco, porque ainda
tenho que ir na construtora ver como estão as coisas por lá.
Dadi: Dr. Frazão cuidou muito bem da construtora...
Claude: Eu sei Dadi, ele é um amigão... Falou
isso e subiu para seu quarto que depois de dez anos estava tudo perfeitamente
igual como ele deixou, Claude saiu do Brasil assim que se formou seu pai morava
na França e exigiu que ele fosse pra Paris trabalhar junto com ele nas empresas
Geraldy, depois de alguns anos em Paris ele conheceu Nara, com quem ficou
casado por mais de três anos.
Claude ficou olhando em volta e se lembrando de
cada momento ali, como ele era inconsequente não pensava no futuro, foi criado
pela mãe com muitos mimos, o que o fez pensar que era onipotente...
O tempo que passou com seu pai na França o fez
crescer e virar um homem responsável, aquele Claude da adolescência e da
faculdade não existia mais, hoje seus planos eram outros...
Na casa de Rosa...
Matheus: Foi isso... Falou o menino com a cabeça
baixa.
Rosa: Você tá querendo me dizer que avançou
naquele moleque só porque ele não deixou você entrar no time de futebol?
Matheus: Ele falou que eu não sei jogar.
Rosa: Matheus isso não é motivo pra brigar, você
sabe que não se pode resolver nada com briga, eu tô cansada de falar...
Matheus interrompe o sermão da mãe e diz...
Matheus: Ele me disse que eu não sei jogar e
nunca vou aprender porque eu não tenho pai pra me ensinar... Falou o menino
chorando e correndo pro quarto.
Rosa ficou paralisada com o que ouviu do filho...
Maria: É D. Rosa, esse menino tá precisando de
um pai.
Rosa: Ele não precisa de pai nenhum... Falou
indo atrás do filho... Matheus você não é o único que não tem pai na escola,
nem por isso os outros meninos saem por ai querendo brigar com todo mundo, isso
não justifica o que você fez.
Matheus: Garanto que sou o único que nem conhece
o pai, que nem sabe nada sobre ele.
Rosa: Meu Deus, você cismou com essa historia
hein, que que foi? Eu não te dou amor o suficiente, tá te faltando alguma
coisa? É futebol que você quer aprender pra ser aceito no grupo de amigos? Isso
não é problema eu te coloco na escolinha de futebol.
Matheus: Não é só isso mãe, não quero entrar em
escolinha nenhuma.
Rosa: O que você quer filho?
Matheus: Meu pai... Falou o menino com os olhos
lacrimejando.
Rosa olhou seu filho com pena, se culpava por
não ter conseguido dar um lar perfeito pra ele e cada lágrima que o filho
derrubava ela sentia mais raiva do pai dele, que a enganou, a seduziu e depois
jogou fora como um lixo qualquer...
Mais tarde na construtora Geraldy...
Claude: Como o Coutinho encarou a minha
proposta??
Frazão: Ele tá meio indeciso, mas a mulher dele
falou que quer que ele venda a construtora sim, porque ele tem que descansar e
não pode se estressar com negócios.
Claude: Seria ótimo se ele aceitasse a minha
oferta, a construtora Geraldy praticamente ficaria sozinha no mercado, sem
concorrentes.
Frazão: A construtora do Coutinho apesar de não
ser uma grande construtora como a nossa, é uma construtora muito sólida, ela
está muito bem no mercado e a se você conseguir esse negócio vai ser muito
bom!! Muito bem mesmo!! Falou ele com um sorrisinho no conto dos lábios que chamou
a atenção do francês.
Claude: Hum!! Tá tão interessado assim nessa
compra? Ou tem algo por trás desse seu sorrisinho safado que eu conheço muito
bem... Disse sorrindo.
Frazão: Tem sim, uma linda engenheira dos olhos
verdes que trabalha pro Coutinho, é uma deusa... Falou suspirando.
Claude: Tá apaixonado, Frazon?
Frazão: Acho que sim, ei você podia sair com a
gente qualquer dia desses...
Claude: Eu? Sai pra lá, Frazon! Non tô a fim de
segurar vela non... Disse rindo.
Frazão: Não meu amigo!! Janete tem uma amiga que
anda meio triste, sei lá ela já me pediu pra ver algum amigo e sairmos a
quatro.
Claude: Não, senhor!! Tô fora encontro as
escuras, não quero não.
Frazão: Ai Claude coitada da menina.
Claude: Non Frazon, não gosto desse tipo de
coisa, às vezes a mulher nem se interessa e fica parecendo um encontro forçado,
porque eu duvido muito que essa amiga da sua deusa queira um encontro assim.
Frazão: Claude deixa de exagero, não vai ser
nenhum encontro, são só quatro amigos saindo pra jantar, depois dançar quem
sabe.
Claude: Quatro amigos? Ah Frazon non me enrola,
eu nem conheço sua deusa aí de olhos verdes, muito menos a amiga dela... Falou
examinando uns documentos.
Frazão: Chato você hein, a gente podia se divertir
você tá precisando sabia?
Claude: Não tô a fim...
Enquanto isso na construtora de Coutinho...
Janete: Relaxa amiga!! Isso é coisa da idade,
ele já tá entrando na tal pré-adolescência, se prepara.
Rosa: Maria acha que ele tá precisando de uma
figura masculina.
Janete: Ela tem toda razão, você deveria arrumar
um namorado.
Rosa: Só se for em uma revista né! Eu mostrar
uma figura masculina pra ele... Já disse que não quero me envolver com ninguém.
Janete: Rosa para com isso amiga, pensa no seu
filho, ele tá precisando disso, desse ambiente familiar pra poder colocar a
cabecinha dele em ordem.
Rosa: Jane, você quer o que, hein? Que eu saia
por aí e pegue o primeiro que me aparecer só porque o Matheus cismou que quer
um pai?
Janete: Não!! Mas você podia ficar mais aberta a
relacionamentos mais duradouros não é mesmo?
Rosa: Os meus relacionamentos duram o tempo que
tem que durar... Falou revisando um projeto.
Janete: Aham, eles duram até o momento em que
você vê que tá ficando mais sério, com o Thiago lembra quando ele quis te
apresentar pra família dele? Você ficou com tanto medo que aquilo acontecesse
que terminou com o cara no mesmo dia.
Rosa: Ai Jane, eu terminei com ele porque nós
brigamos. Pra falar a verdade eu não tinha muito a ver com ele.
Janete: Você nunca tem a ver com eles quando
eles querem algo mais sério, eu acho que você é a única mulher solteira que
rejeita um homem que quer um relacionamento sério.
Rosa: Eu gosto de ser diferente... Falou rindo,
mas Janete sabia que Rosa não conseguia se apaixonar por ninguém, sabia muito
bem que as marcas que o pai de Matheus deixou em seu coração ainda eram muito
fortes.
No dia seguinte...
Rosa vai a escola bem cedinho falar em
particular com a diretora...
Cecília a diretora da escola onde Matheus
estudava começou a conversa num tom bem calmo, deixando Rosa mais segura com
aquela situação...
Cecília: Rosa eu te chamei aqui pra conversar
porque o comportamento do Matheus ultimamente esta muito diferente.
Rosa: Diferente como?? Eu não tenho notado nada.
Cecília: Ele tá arredio, às vezes até agressivo
como você pode notar ontem com o Lucas.
Rosa: Não tô aqui pra passar a mão na cabeça do
meu filho, mas o Lucas provocou né, Cecília.
Cecília: Eu sei Rosa e já tomei providências a
respeito, falei com os pais dele só que a minha conversa com você é diferente.
Rosa: Diferente como assim?
Cecília: Rosa essa história do Matheus não
conhecer o pai, tá sendo muito difícil pra ele, você não tem contato com ele eu
sei que pra você pode ser bem difícil essa aproximação, você poderia fazer pelo
Matheus.
Rosa: Infelizmente Cecília isso é impossível o
pai do Matheus está morto, ele morreu de acidente durante uma viagem...
Cecília:
Eu sinto muito... Falou a diretora com pesar.
Rosa:
Foi uma fatalidade dessas que acontecem todos os dias.
Cecília:
E você não tem um namorado, um irmão alguém que possa suprir essa lacuna na
vida dele?
Rosa:
No momento eu não estou me relacionando com ninguém.
Cecília:
É evidente que a falta de uma figura masculina está afetando a formação do
Matheus e justo nessa fase que o menino precisa tanto de um pai, um tio algum
homem que esteja ao seu lado ele já está entrando na pré-adolescência é quando
ele mais vai precisar.
Rosa:
Infelizmente eu não posso me casar com qualquer um só pra suprir as
necessidades do meu filho, você não acha?
Cecília:
Longe de mim querer me meter na sua vida, mas as vezes Rosa quando acontece
alguma coisa muito marcante na nossa vida temos a tendência a nos fechar numa
redoma, pra não permitirmos que sejamos magoadas outra vez, sei que a perda do
pai do Matheus deve ter sido traumática pra você, mas você tem que seguir sua
vida você é nova bonita, precisa ter alguém e o seu filho também tá precisando
dessa pessoa, se permita conhecer alguém...
Rosa:
Eu não tenho trauma algum Cecília, eu só não conheci a pessoa certa ainda.
Cecília:
Mas eu tenho certeza que em breve ele aparecerá, enquanto isso porque você não
leva o Matheus a um psicólogo um especialista o ajudaria a suprir essa falta
que ele sente do pai.
Rosa:
Eu vou ver o que eu posso fazer.
Cecília:
Qualquer coisa que você precisar e que estiver ao meu alcance, pode contar
comigo está bem.
Rosa:
Obrigada eu vou conversar com ele também em casa... Diz Rosa se levantando pra
ir embora.
Cecília:
Faça isso... E qualquer coisa você me fala, obrigada pro ter vindo e desculpe
se fui indelicada.
Rosa:
Não foi, obrigada por tudo... Diz isso e sai.
Depois
de alguns dias e de tanto Frazão insistir em sair os quatro, Claude concordou
em ir e Janete convenceu Rosa de ir também...
Rosa:
Não sei onde eu tava com a minha cabeça que aceitei de sair com você, seu
namorado que você acabou de conhecer e que já tá querendo me empurrar um amigo.
Janete:
Para de reclamar, Rosa!! O amigo do meu delicinha veio da Europa não faz muito tempo,
acabou de se divorciar tá meio perdido ainda em São Paulo.
Rosa:
Ah tá então eu vou ser acompanhante de um europezinho rico metido a besta, já tô
vendo tudo Janete.
Janete:
Que isso, Rosa, é só um jantar ele não vai te agarrar não, eu te chamei porque
sabia que você ia ficar sozinha em casa mesmo, que custava vim fazer companhia
pra gente.
As
duas entram no restaurante conversando, Janete logo avista a mesa onde está,
Claude e Frazão...
Janete:
Olha lá, eles... Falou puxando Rosa que ia bem devagar.
Janete:
Boa noite, oi meu amor... Falou dando um selinho em Frazão...
Frazão:
Oi minha linda, esse é meu amigo Claude.
Quando
Rosa ouviu o nome do homem ela olhou bem pra ele, mas ele ainda estava de
costas pra elas...
Janete:
Não demoramos muito não né.
Claude:
Não nem um pouco... Falou educadamente... Boa noite sou Claude Antonie
Geraldy... Se apresentou com um lindo sorriso, se levantando para encará-las,
Rosa ficou branca feito cera... Mas Claude continuou sorrindo... CONTINUA...
RSRSRS...
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