quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Capítulo 17

Claude: Vamos para o quarto porque aqui Dadi vai ficar olhando a gente com essa cara feia... Falou rindo.


Dadi balançou a cabeça desaprovando o que o patrão estava fazendo e foi para cozinha...


Quando os dois chegam ao quarto, Nara começa a tirar a roupa do francês, ele fala...


Claude: Calma cherry, você sabe que eu não gosto assim ham? Eu que comando tudo aqui, tudo tá me ouvindo? Gritou ele.


Nara: Vem então, vem fazer o que quiser de mim... Falou puxando ele pra cama.


Na hora que ele se joga em cima dela na cama, ele fecha os olhos depois abre e pensar estar vendo Rosa.


Claude: Meu amor... Você voltou pra mim?


Nara: Voltei sim e vou ficar aqui com você pra sempre.


Claude ficou furioso e disse...


Claude: Você não é ela... Gritou ele.


Nara tem vontade de bater em Claude, mas engole seu orgulho porque ela sabe que outra oportunidade dessa ela não vai ter, então ela enlaça ele pelo pescoço e diz...


Nara: Finja!! Feche os olhos e finja que eu sou ela, não me importo que você faça amor comigo pensando nela.


Claude: Você não vale nada mesmo!!


Nara: Não mesmo!! Falou isso e o beijou...


No dia seguinte na construtora...


Frazão estava vendo o que conseguiria fazer pra contornar a situação da construtora, que já havia perdido três contratos...


Janete: Bom dia... Falou entrando na sala.


Frazão: Bom dia... Disse ele sério.


Janete: Nossa!! É a primeira vez que você me da um bom dia assim tão seco.


Frazão: Desculpa meu anjo, mas se o Claude continuar assim a construtora vai acabar falindo.


Janete: Eu não sabia que a situação era assim tão grave.


Frazão: Não está ainda, mas vai ficar se ele não reagir, ele nem aparece mais aqui e quando vem só bebe.


Janete: Eu não entendo, como que uma pessoa se sujeita a sofrer assim desse jeito só por orgulho, por não dar o braço a torcer de que ele é apaixonado por ela.


Frazão: Eu também não entendo, mas o Claude sempre foi incompreensível, não adianta a gente querer entender o que se passa pela aquela cabeça dele foi muita coisa, a rejeição dos pais, depois a morte dos dois uma seguida da outra, parece que ele criou uma muralha entre os sentimentos dele.


Janete: O pior é que ele tá jogando a felicidade dele por nada...


Frazão: Tá jogando tudo no lixo, até a construtora que parecia que era a coisa que ele mais amava nessa vida.


Janete: Acho que sem Rosa, nada faz sentido pra ele.


Frazão respirou fundo afundando a cabeça entre as mãos.


Janete viu que Frazão também estava mal pelo amigo e passou a fazer carinho na cabeça dele.


Frazão beijou as mãos dela e disse...


Frazão: Te adoro, sabia? Disse sincero.


Janete: Eu sei!! Disse ela sorrindo.


Mais tarde na casa de Claude ele se desperta com Nara ao seu lado, ele morrendo de dor de cabeça, a vê de costas pra ele e pensa ** Mon Die, o que que eu fiz ontem? Não podia ter dormido com essa mulher, ela vai infernizar minha vida.**


Pensou com as mãos na cabeça sentindo um peso enorme... Ele levantou e foi para o banheiro, se olhou no espelho e seu aspecto estava horrível...


Claude: A culpa disso tudo é sua, Rosa!! Falou olhando pro espelho.


Claude entrou debaixo do chuveiro e com o barulho da água Nara se desperta, ela passa as mãos pelo travesseiro de Claude e abre os olhos, ela sorri achando que já ganhou aquela parada, Nara se levanta enrolada no lençol e vai até o banheiro.


Nara derruba o lençol e entra debaixo do chuveiro beijando as costas de Claude, ele se afastou e disse...


Claude: Saia da minha casa agora.


Nara ficou olhando pra ele seria e disse...


Nara: Eu não me importo com esse seu mau humor, eu vou embora sim, depois de tomar banho, me vestir, tomar meu café da manhã com você, como antes.


Claude: Põem uma coisa na sua cabeça, nada vai ser como antes, eu não te quero.


Nara: Quer sim, eu senti essa noite que você continua o mesmo.


Claude: Essa noite foi um erro, por favor, tome banho e vá embora... Falou isso e saiu do chuveiro, deixando Nara sozinha.


Nara estava determinada a não ceder, iria ficar ali o tempo que quisesse se Claude quisesse tira-la dali teria que ser a força e ela faria um escândalo...


Claude colocou uma roupa e desceu.


Claude: Bom dia, Dadi.


Dadi: Bom dia... Falou emburrada.


Claude: Dadi, desculpa sobre ontem, eu tava bêbado, Nara já tá de saída e isso não vai mais acontecer.


Dadi não suportava Nara...


Dadi: Não tenho nada com a sua vida... O senhor já é bem grandinho e sabe muito bem o que faz.


Claude respirou fundo e disse...


Claude: Eu sei que faltei com respeito com você por isso está chateada.


Dadi: Não é por isso que estou chateada e sim porque o senhor está acabando com sua vida, ficando com essa mulherzinha só vai piorar as coisas, se D. Rosa volta e encontra essa mulher aqui como vai ser, hein?


Claude: Não quero mais que fale o nome dessa mulher aqui... Nesse momento Nara, que vinha descendo, escuta a discussão e se aproveita pra colocar lenha na fogueira.


Nara: Muito bem, meu amor, vida nova, nada de falar de pessoas do passado... Falou sentando no lugar que era de Rosa... Onde está aquela geleia que eu gosto... Disse como se fosse a dona da casa.


Dadi: Deve estar na padaria esperando pela senhora.


Claude: Dadi!!


Nara: Insolente, pois então vá a padaria comprar.


Claude: Nara, como sua torrada seca, sem geleia, pare de encher a Dadi e não me atormente mais, eu vou sair e quando voltar espero que não esteja mais aqui... Falou jogando o guardanapo na mesa e saindo.


Nara: Viu o que você fez? Falou ela pra Dadi, que deu de ombros e foi pra cozinha.


Claude saiu de carro, mas não foi pra construtora, andou de carro por muitas horas, até que parou num bar e começou a beber...


Ele bebeu tanto que os donos do bar tiveram que ligar pra casa dele.


Dadi: Sim senhor, eu vou ligar pro amigo dele pra ir busca-lo.


Nara: Quem era?


Dadi: Ligaram desse bar aqui, parece que o Dr. Clodis bebeu tanto que não tá conseguindo nem andar direito.


Nara: Pra quem você tá ligando?


Dadi: Pro Dr. Frazão, ele vai ter que buscá-lo.


Nara: Deixa eu mesma vou... Falou pegando o papel onde Dadi havia marcado o endereço do bar...


Dadi: Ei espera aí... Disse correndo atrás dela, mas Nara foi rápida e saiu antes que Dadi a alcançasse...


Nara foi até o local colocou Claude no carro com a ajuda dos proprietários do bar...


E acabou levando Claude pra sua casa, com a ajuda da empregada e de Egídio, ela conseguiu colocar ele na cama... Claude já estava praticamente inconsciente de tão bêbado.


Egídio: Não sabia que ele gostava tanto assim dessa cafoninha.


Nara: Ele pensa que gosta papai, só tá assim porque levou um chute dela, mas ele vai voltar a ser o que era.


Egídio revirou os olhos e disse...


Egídio: A situação da empresa está feia.


Nara: Como o senhor sabe?


Egídio: Eu tenho meus informantes, porque o Frazão não vai com a minha cara e não me conta nada, mas eu descobri que eles já perderam três contratos.


Nara: Acho que seria bom, se o senhor fizesse a oferta de novo.


Egídio: Não deixa o francês se afundar mais, quando ele não tiver saída eu faço minha oferta de novo.


Enquanto isso...


Mrs. Smith: Acho que por hoje é só.


Rosa estava com a aparência cansada...


Mrs. Smith: Vá descansar minha querida, eu abusei demais de você hoje, está esgotada.


Rosa: Tudo bem, eu quero trabalhar assim nesse ritmo mesmo! Falou sorrindo.


Mrs. Smith: É cansativo, mas é bom ajuda a esquecer coisas  ruins que nos machucam.. Falou com tristeza, pois havia perdido um filho pequeno, num acidente terrível.


Rosa ficou sabendo da história da morte do filho dos americanos pela governanta, ele tinha apenas seis anos e viajava com a mãe para o norte dos Estados Unidos, quando aconteceu o acidente, por muitos anos ela se culpou, pelo que aconteceu, mas viu que aquilo não  traria seu filho de volta e decidiu então ajudar quem precisa...


Rosa: A senhora tem toda razão, a melhor terapia pra curar ou amenizar as feridas da vida, é esse trabalho que a senhora faz...


A americana sorriu e disse...


Mrs. Smith: Vamos minha querida, senão daqui a pouco o ministério do trabalho vai me prender por explorar uma moça tão delicada e meiga como você...


Rosa sorriu e acompanhou a americana...


Os dias se passaram Rosa cada dia trabalhava mais ainda, além de ajudar Mrs. Smith, com as assuntos das doações e eventos que a americana promovia, ela ainda ajudava Mr. Smith com trabalhos que ele trazia para casa, aos finais de semana a americana estava lhe ensinando inglês e como se portar nessas festas chiques que ela dava, Rosa não tinha mais tempo pra nada, mas ela estava gostando pois assim quando caia na cama dormia e nem pensava em Claude...


O francês estava péssimo, Nara se instalou na casa dele e ele nem ao menos teve forças para obrigá-la a sair de lá.


Dadi: Dr. Clodis, reaja...


Claude: Dadi me deixa sozinho, por favor... Falou com a aparência abatida, a dias não comia direito, nem dormia...


Dadi saiu do quarto com pena de Claude...


Nara: Como ele está? Perguntou quando estava subindo a escada.


Dadi: Do mesmo jeito, acho melhor a senhora não incomodá-lo.


Nara deu de ombros pra Dadi e entrou no quarto assim mesmo.


O tempo foi passando e a construtora já estava em risco, com os contratos cancelados e Claude nem ao menos aprecia por lá.


Frazão já estava desistindo de tudo...


Janete: Você vai desistir assim?


Frazão: O que você quer que eu faça o Claude não tá nem aí pra construtora ele é rico, acha que se perder essa empresa não vai fazer nenhuma falta pra ele.


Janete: Ele não pode pensar assim, tem muitos funcionários aqui, pais de família que isso Frazão, não deixa ele afundar isso aqui não.


Frazão: O que você me sugere fazer?


Janete: Ir a casa dele, o ameace, fale que se ele quer assim você vai abandoná-lo, ele não vai suportar perder o único amigo que ele tem.


Frazão ficou pensativo, mas depois de algum tempo ele viu que Janete tinha razão, que Claude precisava de um susto.


Frazão foi até a casa dele...


Dadi: Estão no quarto, aquela vampira da D. Nara não desgruda do pé dele, acho que ele tá mais pra baixo por causa disso também, porque ninguém merece essa mulher.


Frazão: Eu vou subir...


Dadi: Nem adianta Dr. Frazão, ela não abre a porta.


Frazão: Pois eu vou arrombar de for preciso... Falou decidido a tirar Claude daquele estado.


Frazão bateu na porta, mas Nara deu grito e disse..


Nara: Vai embora Dadi, Claude não quer falar com ninguém.


Frazão: Abre essa porta, Nara.


Nara viu que Frazão estava sério e decidiu abrir...


Nara: Ele não quer falar com ninguém, Frazão! Falou da porta do quarto sem deixar Frazão ver nada.


Frazão: Mas comigo ele vai falar... Falou empurrando ela e entrando no quarto, ele olhou pra cama e não viu Claude ali, foi pro banheiro também não o encontrou... Onde ele está?


Nara só apontou com o dedo para a varanda...


Frazão foi até lá e viu Claude sentado no chão, com o olhar perdido.


Frazão: Chega né, Claude!! Já deu né... Falou pegando Claude como se fosse uma criança, Claude reclamou e gritou...


Claude: Me solta, me deixem em paz...


Frazão: Não!! Não vou te deixar em paz, quer fazer o favor de sair desse mundinho que você criou, deixa de ser egoísta, tem muita gente lá fora que precisa de você, para de ficar achando que é superior porque você não é... Gritou Frazão de uma forma que nunca havia gritado, Claude ficou assustado, nunca vira seu amigo daquele jeito.


Claude: Frazon...


Frazão: Vem aqui... Falou puxando Claude para o banheiro, o colocou debaixo da água gelada.


Claude: Para de me tratar como uma criança...


Frazão: Então vê se cresce e para de agir como um garotinho mimado que perdeu o brinquedinho...


Claude se calou tomou, banho e foi para sala conversa com Frazão.


Frazão: Claude é a última vez que eu falo, se você não reassumir seu lugar na construtora, ela vai falir, muitas pessoas que não tem nada a ver com suas neuras, serão prejudicadas, reflita o que eu tô dizendo, porque se você deliberadamente deixa acontecer isso, você não serve pra ser meu melhor amigo... Falou sério e saiu.


Claude: Frazon... Falou indo atrás dele, mas Frazão saiu como um foguete da casa do francês.


No dia seguinte...


Claude acordou cedo, tomou banho e foi pra construtora...


Claude: Estou aqui, já perdi muita coisa na minha vida e não quero perder sua amizade também, desculpa por esses dias estar tratando você assim tão mal... Falou de cabeça baixa.


Frazão: Claude, nada disso estaria acontecendo se você admitisse o que realmente te deixou nesse estado.


Claude: Não quero mais falar sobre isso Frazon, quero esquecê-la, estou aqui pra mudar e é isso que vou fazer... Falou triste.


Frazão: Tudo bem você que sabe, se você prefere assim eu não toco mais nesse assunto, tô feliz de te ver aqui de novo, aqui é seu lugar, Claude... Falou isso e foi dar um abraço no amigo...


Claude o abraçou e depois arregaçaram as mangas para ver o que podiam fazer pra consertar aquela situação, Claude analisando os prejuízos, viu como foi irresponsável de deixar as coisas tomarem esse rumo, mas estava disposto a não falhar mais...


Cinco anos se passaram...


E pra Rosa parecia que tinha passado uma vida inteira, Rosa conseguiu concluir o curso que fazia, nos estados Unidos, aprendeu muitas coisas com a americana, com as viagens que fez pelo mundo todo ao lado de Mrs. Smith, se tronou também uma executiva de sucesso ao lado de Mr. Smith...


Ele a contratou como sua assessora, ela já tinha seu escritório próprio e prestava serviços de finanças para empresa dele, Mrs. Smith ficou muito doente e veio a falecer, Rosa foi como uma filha pra ela cuidou dela até seus últimos dias com dedicação.


Mr. Smith era muito agradecido a Rosa por ter cuidado tão bem assim de sua esposa.


Rosa: Como está? Perguntou ao ver o americano tão calado.


Mr. Smith: Indo... Falou triste ainda pela morte da esposa, pegando nas mãos de Rosa com carinho.


Rosa: Ela era vida, alegria, não ia gostar de vê-lo assim.


Mr. Smith: Tudo aqui lembra ela, cada cantinho dessa casa...


Rosa: É... Depois que ela se foi eu evitei um pouco voltar aqui, ela me faz muita falta também, aprendi tanto com ela, com o senhor também... Falou com um sorriso meigo.


Mr. Smith: O que acha se mudarmos daqui?


Rosa: Como assim?


Mrs. Smith: Eu recebi algumas propostas de negócios no Brasil, eu tô pensando seriamente em ir pra lá, você viria comigo?


Rosa ficou calada por um momento...


Mr. Smith: Eu entendo se não quiser ir, você já tem sua própria vida aqui, está noiva e não vai querer acabar com tudo só pra seguir um velho como eu.


Rosa: Eu sempre pensei em voltar pro Brasil, afinal sou uma brasileira, Petrus sabe disso e concordou, só não esperava que fosse assim agora... Petrus era um grego que Rosa conheceu na Grécia, ele fez fortuna nos Estados Unidos os dois namoravam a quase dois anos e agora o grego havia pedido a mão dela em casamento.


Petrus.



Mr. Smith: Então você promete pensar minha querida?


Rosa: Claro!! Falou sorrindo.


Enquanto isso no Brasil, Claude se viu obrigado a vender uma parte de sua construtora para Egídio, mas conseguiu se reerguer depois de um tempo, Nara não perdeu a oportunidade de ficar no pé dele, ele nunca assumia que estivesse com Nara, mas ele já não expulsava mais ela da casa dele.


Isso foi dando mais poder a ela, que praticamente se mudou pra casa para lá, ele acabou aceitando-a...


À noite na casa de Rosa...


Rosa: Mrs. Smith quer ir embora daqui.


Petrus: Pra onde?


Rosa: Brasil!! Falou limpando delicadamente seus lábios com o guardanapo.


Petrus: E pretende te levar.


Rosa: Eu fiquei de pensar...


Petrus: Eu vou...


Rosa: O que?


Petrus: Eu conheço muito bem você, minha querida!! Sei que você não vai abandonar Smith assim, ainda mais agora que ele anda meio perdido com a morte de Elizabeth, por isso já estou dando minha resposta, eu vou com você pra qualquer lugar, desde que você fique sempre ao meu lado σπάνιο κόσμημα μου (minha joia rara)... Disse o grego charmoso pegando nas mãos de Rosa, ela sorriu e disse...


Rosa: Então está decidido, vamos para o Brasil.


Petrus: Eu tenho alguns negócios no Brasil também, acho que não teremos problemas com isso, tenho meu jatinho particular, quando precisarem de mim aqui nos Estados Unidos eu venho e pronto!!


Rosa: Eu te adoro!! Falou e em seguida o beijou.


Três meses depois... Rosa já estava devidamente instalada num apartamento amplo em São Paulo, Petrus queria que ela morasse na casa que ele havia comprado, mas ela recusou dizendo que se sentiria melhor morando num apartamento dela.


Petrus: Que bobagem, eu comprei essa casa pra você meu amor.


Rosa: É linda, vamos deixar pra morar aqui, depois do nosso casamento... Falou andando pela casa que realmente era o sonho de qualquer mulher.


Petrus: Quando será, hein? Você sempre tão atarefada com seu trabalho nunca acha tempo pra irmos pra Grécia... Petrus era de uma família tradicional da Grécia, não abria mão que o casamento deles fosse na Grécia com todos os costumes de lá, Rosa concordou, mas nunca tinha tempo pra tirar férias.


Rosa: Não precisa ter tanta pressa, não vou fugir de você... Falou o enlaçando pelo pescoço... Petrus aproveitou para lhe dar um beijo ardente.


Na construtora...


Claude estava concentrado em um de seus projetos...


Frazão: E aí? Conseguiu convencer o Egídio a investir no projeto?


Claude: Non, ele disse que essa construtora não pode financiar um projeto que visa tão pouco lucro...


Frazão: Eu já esperava isso dele né, ele é um egoísta e burro porque esse projeto vai bombar eu tenho certeza...


Claude: Eu sei... Falou olhando o projeto e lembrando se do dia em que Rosa falou sobre o projeto de casas populares...  Ele não sabe até hoje porque ele desenvolveu esse projeto, aproveitando a ideia dela, pois tinha certeza de que Rosa nunca ia saber disso.


Frazão: Que que foi?


Claude: Nada, eu só estava me lembrando de umas coisas.


Frazão: Eu sei que você não gosta que fale disso, mas você fez esse projeto pensando nela né?


Claude: Por que tá me perguntando isso?


Frazão: Eu lembro quando ela deu essa sugestão, me lembro também que você riu dela e disse que a construtora não era nenhuma instituição de caridade.


Claude: Frazon, por favor, eu não gosto de falar desse assunto... Falou fechando a cara, pois não gostava de lembrar que tratava Rosa tão mal, não gostava de admitir pra ele mesmo que o culpado daquele relacionamento não ter dado certo era ele.


Frazão: Tá certo já estou de saída...


Claude: Non!! O americano aquele que eu tive contato com ele uns meses atrás, lembra?


Frazão: Claro!! Você falou que ele se interessou pelo projeto, mas a esposa dele morreu e vocês não se falaram mais.


Claude: Pois é!! Ele me mandou um e-mail, dizendo que está no Brasil, bem eu fiquei eufórico, ai marquei logo uma reunião com ele, O que você acha?


Frazão: Ótimo!! Falou Frazão sorrindo.


Claude: Só que tem um probleminha...


Frazão: Fala...


Claude: Parece que ele tem uma assessora de finanças, sabe essas economistas chatas, que prestam serviço pras empresas dizendo o que os donos podem ou não fazer, ele disse que confia nela cegamente e que se ela falar não é não.


Frazão: Meu Deus, vamos torcer pra que essa mulher não seja tão implacável, que veja que esse projeto vai ajudar muitas pessoas.


Claude: Tomara.


Frazão: Vai ser aqui mesmo a reunião?


Claude: Não!! Achei melhor deixar o Egídio de fora, ele é meu sócio, mas esse projeto é só meu, ele não vai ter participação nenhuma.


Frazão: Que bom!!


Nas empresas Smith...


Mr. Smith: Desculpa te tirar da sua folga.


Rosa: O que é isso? Eu já não tava mais aguentando ficar em casa, amanhã mesmo eu já começo a trabalhar meu escritório já está montado... Falou sorrindo.


Mr. Smith: Está feliz, minha querida?


Rosa: Estou sim, só tenho a agradecer... Foi uma ótima ideia a gente ter voltado pro Brasil, o senhor já está com um novo ânimo.


Mr. Smith: Tô empolgado com um projeto novo de um engenheiro, é muito bonito, ajuda pessoas de baixa renda a terem suas casas próprias... Elizabeth iria gostar de um projeto desses.


Rosa: Com certeza.


Mr. Smith: Mas recebi a informação de que o sócio dele, não é muito confiável e ele também andou meio quebrado um tempo atrás, eu queria que você fosse comigo, na reunião que ele marcou amanhã.


Rosa: Claro!! Onde vai ser?


Mr. Smith: Aqui está o endereço do restaurante, amanhã às treze horas.


Rosa: Tudo bem estarei lá com certeza... Agora preciso ir, ainda tenho que ver algumas coisas no meu escritório... Falou isso dando um beijo no velho americano.


No dia seguinte...


Já estavam no restaurante, Mr. Smith, Claude e Frazão...


Claude: Será que ela demora?


Mr. Smith: Não ela é muito profissional, não se atrasa nunca, já deve estar chegando por aí... O americano sorriu quando viu Rosa entrar... Olha ela chegando aí... Falou sorrindo pra ela.


Rosa estava com seus cabelos soltos, com cachos dourados nas pontas, com uns óculos escuros, trajava uma saia justa preta com uma, blusa de seda verde, sempre impecavelmente vestida, ela não andava e sim deslizava no caminho até a mesa, o que chamou a atenção de Frazão...


Frazão: Nossa!!


Claude: Frazon, por favor, ham! Falou sem dar muita importância pra mulher que se aproximava deles.


E quando ela se aproximou, ficando bem perto deles, Claude levantou o olhar pra ela na hora em que ela retira os óculos e com um sorriso lindo ela diz...


Rosa: Boa tarde!! Mas ao se dar conta de quem estava à mesa, Rosa sente seu coração acelerar... CONTINUA... RSRSRS...

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