Claude: Onde você tá me
levando.
Rosa: Você vai saber assim
que chegarmos lá.
A intenção de Rosa era
levar Claude a fazenda onde tudo começou... Ela pegou a estrada e tinha a
certeza de que dessa vez ela pegaria a direção certa.
Mas infelizmente depois de
dois anos as coisas mudaram por ali, a estrada que dava pra fazenda tinha sido
asfaltada e ela acabou pegando uma estrada de terra que daria num lugar
totalmente desconhecido.
Claude acabou dormindo no
carro, pois estava cansado e quando acordou disse...
Claude: Já estamos
chegando, amor?
Rosa ficou nervosa, pois
teve a impressão de estava andando em círculos, mas não falaria nada a ele.
Rosa: Qua... Quase...
Claude: Por que tá
gaguejando?
Rosa: Na... Na... Nada...
Claude: Onde estamos Rosa?
Perguntou mais sério.
Rosa: Amor.
Claude: Ham?
Rosa: Não gosto quando me
chama assim, sempre me chama assim é pra brigar comigo.
Claude suspirou e disse...
Claude: Cherry onde
estamos?
Rosa: Não sei... Disse
meio querendo chorar.
Claude: Como?? Falou e
tirou o lenço que Rosa havia colocado em seus olhos... Como não sabe?
Rosa: Não sei, acho que me
perdi não to conseguindo achar a fazenda.
Claude olhou em volta e
não reconheceu nada, viu que estavam no meio do nada...
Claude: Rosa, mon Die que
irresponsabilidade, ham... Gritou ele.
Rosa: Calma não grita
comigo senão eu fico mais nervosa.
Claude: Pare esse carro
agora e venha pra cá... Falou ele firme, saindo do banco do passageiro.
Rosa saiu e sentou onde
Claude estava Claude assumiu a direção carrancudo.
Rosa: Não precisa ficar
assim...
Claude: Não me
desconcentre, estou tentando nos tirar daqui antes que anoiteça... Disse bravo.
Rosa cruzou os braços
emburrada e virou o rosto pra janela.
Claude dirigiu por um
tempo e com medo de ficar sem gasolina parou.
Claude: Mon Die!! Para
onde você nos trouxe, ham? Não vejo ninguém, nenhuma viva alma nessa estrada.
Rosa não falou nada...
Claude saiu do carro pra
ver se conseguia algum sinal do celular, ficou ainda mais nervoso quando viu a
noite cair e ver que não tinha sinal no celular nem que ele subisse no carro. Ele foi até a janela do
carro onde estava Rosa e a provocou dizendo...
Claude: Da próxima vez
contrata uns capangas e manda me sequestrar e me jogar no meio do nada...
Gritou ele.
Rosa: Pois é isso que você
merecia mesmo, pois voltou a ser um cavalo como antes... Grosso, estúpido,
cavalo...
Claude: Mon Die, você nos
coloca numa situaçon dessa e ainda acha que tá certa?
Rosa: Não to falando que
estou certa, só estou falando que você não precisa me tratar assim...
Claude: Ah, por favor, ham
você foi irresponsável como sempre, teimosa como sempre, eu sabia que isso não
ia acabar bem, eu tinha a certeza de que alguma coisa ia acontecer, quando vi
que você estava atrás do volante... Gritou ele.
Rosa: Mas você é muito
grosso mesmo, tá falando o que? Que não sei dirigir.
Claude: Não tem senso de
direçon, você é uma estabanada, se perde até na mansão imagina numa estrada
dessa... Gritou ele.
Rosa ficou furiosa, saiu
do carro e bateu a porta com força, mas o que ela não lembrava é que o carro
era automático assim que batesse a porta ele se trancava e os vidros subiam
rapidamente...
Claude: O que você fez??
Rosa olhou para trás e viu
que tinha acabado de fechar o carro com as chaves dentro...
Claude: Mon Die!! Às
chaves?
Rosa: Ain…
Claude: Está bom pra você?
Tá feliz agora? Vamos ter que passar a noite aqui nessa estrada e no frio...
Rosa: Não exagere, é só
pegar uma pedra e quebrar o vidro.
Claude: Você acha fácil
quebrar o vidro desse carro?
Rosa: Claro que sim...
Falou pegando uma pedra.
Claude: Não faça isso sua
doida... Claude gritou, mas já era tarde Rosa havia atirado a pedra com tanta
força que estilhaçou o vidro da janela do carro.
Rosa se encolheu e quando
se virou viu que tinha alcançado seu objetivo, ela sorriu e disse...
Rosa: Viu francesinho
mimado...
Claude: Hum... Destruir e
quebrar é com você mesmo né, é especialista nisso.
Rosa: Muito fácil, eu só
imaginei que estava jogando essa pedra na cabeça de um certo francês cavalo...
Rosa entrou no carro e
bateu a porta fechando com força...
Claude também foi para seu
lugar, Rosa ficou de costas para ele, ele também nem dirigiu a palavra a ela,
ficou com os braços cruzados e emburrado.
As horas se passaram e os
dois ainda estavam quietos, pela janela quebrada, entrava um vento gelado, Rosa
começou a sentir frio e se encolheu Claude vendo a cena, tirou seu terno e
colocou sobre ela que estava encolhida...
Rosa: Não preciso do seu
terno... Falou brava retirando o terno de cima dela.
Claude: Deixa de ser
teimosa, vai acabar pegando uma gripe, está frio... Falou e colocou novamente
ao colocar o terno sobre ela, ele se aproximou e aspirou o perfume do pescoço
dela...
Rosa: Para... Disse
baixinho.
Claude: Me desculpa...
Desculpa por eu ter gritado com você, mas é porque fiquei nervoso... Falou
roçando a ponta do nariz no pescoço dela, suas mãos passavam pelas pernas dela
também.
Rosa: Para já falei...
Disse manhosa.
Claude: Me perdoa?
Rosa se virou pra ele,
sorriu e disse...
Rosa: Perdoo... Disse
passando as mãos pelo rosto dele.
Claude: Não se preocupe,
assim que amanhecer com certeza vai passar alguém aqui e nos ajudar.
Rosa: Me desculpa ter
feito isso, eu sou uma desastrada mesmo... Falou se aninhando no peito dele.
Claude: Tudo bem, meu
amor!! Cherry eu me exaltei, fiquei nervoso quando vi que estávamos perdidos,
afinal até agora eu non sei porque você estava me levando pra fazenda.
Rosa: Eu só queria te
fazer uma surpresa, eu pensei que pudesse chegar lá, mas eu me confundi com a
estrada asfaltada, tem anos que não voltamos aqui.
Claude: Ok mon amour, non
tem importância ham, agora me diga que surpresa você preparou pra mim lá, hein?
Rosa: Eu queria voltar lá
com você, foi lá que tudo começou, nosso primeiro beijo, foi lá que fizemos amor
pela primeira vez, eu achei que lá fosse o lugar ideal pra...
Claude: Ideal pra que
cherry?? Falava e beijava sua testa com carinho.
Rosa: Pra contar o que eu
tenho pra te contar.
Claude: E o que é que o
minha esposa tem pra me contar?
Rosa: Eu queria estar com
você lá, pra dizer que a nossa espera acabou, que agora sim seremos uma família
completa.
Claude levanta a cabeça e
a olha nos olhos com um sorriso nos lábios e diz...
Claude: Você tá querendo
me dizer que...
Rosa: Eu to grávida, meu
amor.
Claude: Mon Die eu non
posso acreditar, eu sou o homem mais feliz do mundo eu vou ser pai?
Rosa: Eu sabia que você ia
ficar feliz, por isso quis te contar num lugar especial.
Claude: Cherry o meu lugar
especial, é aonde você estiver eu hoje só posso dizer que sou o homem mais
feliz do mundo porque tenho você comigo e a minha felicidade só é completa
porque você é a mãe do meu filho, mon Die um filho, nosso filho espero que seja
lindo igual a você.
Rosa: Eu quero que tenha o
seu sorriso.
Claude: Mon Die, como você
está se sentindo, ham? Já foi ao médico? Quando você descobriu meu amor? Por
que non me contou antes?
Rosa: Calma Claude tá tudo
bem, eu fiz um teste de farmácia, mas vou marcar uma consulta com uma boa
obstetra.
Claude: Eu vou com você
mon amour, quero acompanhar tudo até o nascimento do nosso filhin... Diz Claude
passando a mão no ventre de Rosa.
Rosa: Pode ser uma menina já pensou nisso?
Claude: Menino ou menina non importa só quero que tenha saúde,
porque vai ser muito amado nosso bebê.
Rosa: Eu já o amo muito.
Claude: Eu também, tanto quanto a mãe dele... Diz Claude já
beijando Rosa e ficando por cima dela.
Rosa interrompe o beijo e diz...
Rosa: Amor aqui não...
Claude: Por que non cherry...?? Diz Claude a beijando de novo.
Rosa o afasta e diz...
Rosa: Amor nós estamos dentro do carro, no meio da estrada... Falou
dengosa já se entregando a ele.
Claude: Mon amour tenho certeza que ninguém vai nos ver
aqui... Diz Claude agarrando Rosa.
Após fazerem amor, os dois
acabaram dormindo agarradinhos...
Assim que amanheceu, os
dois acordaram com o barulho de uma caminhonete, um fazendeiro que estava indo
para a cidade, acelerava o veículo, pra acordar eles.
Rosa se cobriu com o terno
de Claude e ainda sonolenta ela olha pro senhor que sorri pros dois e diz...
Senhor: O carro estragou?
Claude desceu do carro e
disse...
Claude: Não, é que
estávamos indo pra minha fazenda, e acabamos nos perdendo, estamos quase sem
gasolina e tivemos que dormir aqui mesmo.
Senhor: Se quiserem podem
vir comigo, eu estou indo pra cidade.
Rosa: Claro que queremos...
Falou Rosa aliviada.
Claude: Obrigado!! Vamos
aceitar a sua carona.
Senhor: Então subam... Os
dois subiram na caminhonete e logo estavam na cidadezinha do interior de lá,
Claude ligou pedindo ajuda...
Na construtora...
Freitas: Você sabe onde
está o Claude?
Frazão: Não sei a Rosa
veio aqui pegar ele pra dar um passeio ontem e hoje ele não apareceu. Está precisando de alguma coisa?
Freitas: São algumas
coisas da imobiliária, depois que Egidio passou a ser assistente de Gurgel,
essa parte ficou meio que abandonada.
Frazão: Eu já tinha pensado
nisso, mas preciso falar com o Claude pra ver se ele concorda,
eu tenho uma
pessoa ideal pra cuidar dessa parte da empresa.
Freitas: Que bom, Frazão!!
Eu confio em você nessa escolha... Disse isso e saiu da sala.
Na recepção...
Silvia: Você vai ter
coragem de largar o Dr. Claude? Justo agora que ele virou um chefe mais humano.
Janete: É uma proposta
irrecusável, vai mudar toda minha vida, Bia precisa de instabilidade, o Ricardo
tá me pedindo em casamento também... Falou sem muito animo.
Silvia viu o desânimo da
amiga e disse...
Silvia: Minha amiga, você
só vai se casar pra dar um pai pra sua filha?
Janete: Ele gosta de mim.
Silvia: Mas você não gosta
dele, vai mudar sua vida toda aceitando outro emprego e casando com alguém que
você só sente carinho, amiga?
Janete: Silvia, eu não sou
mais uma mocinha, Bia pede um pai ela precisa, quando você tiver seus filhos
vai entender que fazemos de tudo pelos nossos filhos.
Silvia: Me fala a verdade,
eu sei que o motivo mais forte dessa decisão é pela Bia, mas você tá triste, tá
sofrendo porque gosta do Dr. Frazão e ele nunca tentou nada com você né?
Janete: Silvia?? Falou
Janete envergonhada.
Silvia: Eu sei que você
gosta dele, eu via seus olhinhos cada vez que ele dava em cima de alguma
mulher.
Janete: O que adianta eu
gostar se ele só gosta de mim, como amiga.
Silvia: Pois eu acho que
ele gosta de você sim, só que isso deve assustar ele. Ele te respeita muito, te
admira não acho que isso seja só sentimento de amizade.
Janete: Não fale besteira,
Silvia. Vamos trabalhar, já falamos demais... Falou saindo de perto de Silvia.
Mais tarde na mansão...
Claude e Rosa dão a notícia
para Amália e ligam para Henrique e Dadi que estavam em viagem... Os três
vibram com a notícia...
Claude reservou aquele dia
especialmente para paparicar sua esposa.
Frazão: Que ótima noticia...
Falou feliz quando soube da gravidez de Rosa.
Claude: Aham, Frazon eu to
muito feliz.
Frazão: Claude, eu não
quero te atrapalhar, mas eu queria muito te sugerir uma pessoa pra vaga do
Egidio.
Claude: Amanhã,
conversamos sobre isso.
Frazão: Tá bem... Nesse
momento Janete entra na sala, Frazão logo coloca o telefone no gancho e sorri
pra ela...
Janete: Eu precisava muito
falar com o Dr. Claude, ele vira hoje?
Frazão: Não!! Frazão conta
que ele acabou de dizer que não vai pra construtora e conta a grande novidade.
Janete: Que maravilha! Eu
to muito feliz por eles, assim vai ser melhor eu dar a notícia de que vou embora,
ele deve tá tão feliz com essa notícia que nem vai ligar.
Frazão levantou de repente
e disse...
Frazão: O que? Você o que?
Janete: Doutor, me fizeram
uma proposta irrecusável de trabalho no Rio de Janeiro, eu já me decidi e vou
embora, afinal minha filha precisa de uma lar instável.
Frazão: Como assim? O que
tem a ver sua mudança com um lar instável pra Bia?
Janete: O meu futuro chefe
me pediu em casamento, ele gosta muito da Bia e...
Frazão: Você não pode
fazer isso, como vai ficar o Claude? Ele vai ficar perdido sem você aqui, além
do mais tínhamos planos pra você aqui na empresa... Disse nervoso, com medo de
perdê-la.
Janete: Dr. Frazão, o Dr.
Claude com certeza vai arranjar alguém que seja bem competente... Ela ficou
olhando pra ele que parecia incomodado com aquela notícia... Da licença eu vou
voltar ao trabalho.
Frazão pegou as chaves do
carro e saiu...
Claude: Frazon, eu acho
que essa ideia de fazer de Janete a nova executiva da empresa, uma ideia
maravilhosa, ela conhece tudo por lá e é muito competente, mas acho que você tá
usando isso pra que ela fique na empresa.
Frazão: Claro, Claude não
quero que ela vá embora..
Claude: Você já falou isso
pra ela, meu amigo?
Frazão: Não! Ela vai
casar...
Claude: Eu acho que se
existe um modo que possa fazê-la ficar, não é oferecendo a ela um cargo na
empresa, eu acho que você sabe como fazer pra ela mudar de ideia... Frazão
sorriu e Claude continuou... Vai lá Frazon, pede pra ela eu sei que você é
doido nela, não deixa esse Ricardo roubar a mulher que você ama.
Frazão levantou rápido foi
até o amigo e disse...
Frazão: Obrigado,
amigão... Frazão saiu correndo, Rosa que descia a escada disse...
Rosa: Nossa!! Aonde ele
vai com tanta pressa?
Claude: Ser feliz, meu
amor... Disse num sorriso lindo, pegando nas mãos dela.
Frazão chega à empresa e vê
Janete trabalhando ainda.
Frazão: Preciso conversar
com você.
Janete: Doutor eu preciso
terminar isso, pra ir embora...
Frazão: Deixa isso, vem
comigo... Disse pegando na mão dela e a levando para a sala dele.
Janete: Aconteceu alguma
coisa?
Frazão: Sim.
Janete: O que?
Frazão: Você não pode ir
embora.
Janete: Por quê?
Frazão não pensou duas
vezes a pegou puxando para junto dele e a beijou...
Janete não resistiu e se
entregou ao beijo, pois era apaixonada por ele...
Frazão: Fica, por favor,
eu sei que você não ama esse tal Ricardo, mas eu posso ser um ótimo pai para
Bia, ela me adora...
Janete se afastou e
disse...
Janete: Não é bem assim...
Frazão: Eu te amo, serei
um marido perfeito se aceitar se casar comigo, um pai exemplar diz que aceita,
por favor... Falou pertinho dos lábios dela.
Janete olhou pra ele
intensamente e os dois se beijaram novamente...
O tempo voou, Janete se
casou com Frazão e aceitou o cargo que era de Egidio na empresa, enquanto que
Rosa deu a luz a uma menininha linda...
Claude criou um projeto de
casas populares, que fez muito sucesso, Henrique e Dadi só viajavam e diziam
que queriam aproveitar todos os momentos da vida. Amália ajudava a cuidar da
pequena Maria Claudia.
Assim os anos se passaram,
Maria Claudia estava nas aulas de balé...
Claude e Rosa admiravam a
filha numa apresentação de balé, a menina como a mãe era toda atrapalhada, saia
do seu lugar e carregava o resto dos companheiros com ela fazendo com que todos
caíssem...
Prof: Maria Claudia parece
que tem dois pés esquerdos... Comentou ela com outra professora, balançando a
cabeça e vendo que sua apresentação seria um desastre.
Henrique: Que linda, ela
dança perfeitamente bem... Claude sorriu ao ouvir o pai falando isso.
Amália: Ela dança maravilhosamente
bem, pena que tem outros que não seguem os passinhos dela.
Dadi: Tadinha da bichinha
puxou a mãe toda atrapalhadinha... Sussurrou baixinho, para que não ouvissem.
Rosa ergueu os pés pra
poder alcançar o ouvido de Claude e disse...
Rosa: Maria Claudia puxou
meu lado estabanado, mas acho que o próximo será um francesinho muito certinho
e coordenado.
Claude olhou pra ela com
seu sorriso encantador e disse...
Claude: Você...??
Rosa: Aham... Disse
passando as mãos no seu ventre... Claude se aproximou mais dela e a beijou,
nesse momento o balé acabou e Maria Claude se curvava diante da plateia...
Maria Claudia: Mercy!!
Fazendo a reverência...
FIM.
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