sexta-feira, 25 de abril de 2014

Capítulo 29

No estacionamento da Construtora, Erci conversa com seu amigo...


Edson: Erci o que foi que me chamou assim com tanta urgência, hein?


Erci: Quero que tire umas fotos.


Edson: De quem? Não estou vendo ninguém aqui.


Erci: Aqui é o prédio da construtora do Claude.


Edson: Eu sei, mas você acha que a essa hora ele está aí?


Erci: Claro que está, eu acabei de falar com ele, ele já deve estar descendo, já furei o pneu do meu carro e claro que ele sendo um homem educado não vai me deixar aqui sozinha, quero que você tire todas as fotos que puder, mas presta atenção nos siga sem que ele perceba, eu vou dar um jeito de beijá-lo na entrada do meu prédio, não quero que você perca essa foto, por favor, consegue fazer isso?


Edson: Claro esse é meu trabalho, assim que ele se for eu vou até seu apartamento e vamos selecionar as fotos ok?


Erci sorriu e disse...


Erci: Claro!! Amanhã São Paulo inteira vai pensar que Claude Antonie Geraldy tem um novo amor!


Edson: Erci, você é uma diaba...


Os dois riram, enquanto isso, Claude já colocava seu terno e foi em direção ao elevador...


No estacionamento, Edson ficou num lugar estratégico, Erci furou o próprio pneu e fingia estar no celular andando de um lado para o outro, Claude a viu e foi até ela.


Claude: O que houve?


Erci: Meu pneu furou, agora to ligando pra um taxista amigo meu, mas ele não tá atendendo.


Claude olhou para o pneu e viu que não teria nem como ele trocar pra ela... Olhou de um lado para o outro e viu que já estava tudo deserto e seria perigoso deixá-la ali sozinha, suspirou desanimado, não queria se aproximar de Erci, pois sabia que ela não dava ponto sem nó.


Claude: Vamos comigo, eu te dou uma carona.


Erci sorriu e disse...


Erci: Não quero te incomodar, pode ir eu vou ficar tentando aqui até o taxista atender.


Claude: Deixe de bobagem, venha, está tarde e é muito perigoso uma mulher ficar nesse local sozinha esperando um táxi... Falou indo para seu carro, Erci foi indo atrás dele.


O fotografo já começou a tirar as fotos dos dois no carro, seguiu eles até o prédio e fotografou quando Claude desceu do carro e abriu a porta para Erci.


Erci não perdeu tempo assim que se aproximou de Claude o beijou e o puxou pelo pescoço para que ficassem bem próximos, o fotógrafo tirou fotos de todos os ângulos.


Claude foi pego de surpresa, pegou nos braços dela com força e a empurrou furioso.


Claude: Você ficou louca?


Erci Desculpa! Só queria te agradecer.


Claude: Mon Die!! Non precisava... Falou isso bravo e a deixou ali, feito uma planta, saiu com seu carro, acelerado.


No dia seguinte, Petrus já estava sentado a mesa do café da manhá com o jornal nas mãos quando se deparou com fotos de Claude e um titulo com letras garrafais...


“O solteiro mais cobiçado de são Paulo, parece ter encontrado um novo amor!”


A sequência das fotos dava a entender que Claude saiu de sua construtora acompanhado de Erci e a deixara em seu prédio se despedindo dela com um caloroso beijo...


** Safado, eu sei que o que eu estou fazendo não está certo, mas pelo menos Rosa não cairá nas mãos desse canalha novamente, eu nunca seria capaz de traí-la dessa forma tão baixa!** Pensou Petrus.


Nesse momento Rosa estava descendo a escada, Petrus fez questão de deixar o jornal jogado na mesa displicentemente, na página do suposto flagrante de Claude.


Rosa: Bom dia! Disse isso e lhe deu um selinho.


Petrus: Bom dia, meu amor!


Rosa: Por que não me acordou?


Petrus: Você estava dormindo tão tranquilamente, fiquei com pena de te acordar, fiz o café do jeitinho que você gosta te amo, sabia? Rosa o olhou sem graça e só lhe lançou um sorriso tímido... Você me faz muito bem, fazia tempo que não dormia aqui comigo. Alias esses últimos tempos quase não tem tido tempo para mim... Reclamou Petrus dengoso.


Rosa: Sinto muito!! Falou Rosa com remorso por não ter nem percebido que algo estava acontecendo com Petrus. **Como pude ser tão insensível e não me dei conta de nada.**


Nesse momento ela olha para o jornal e vê a foto de Claude estampada na primeira pagina, ela corre os olhos por toda a reportagem, seu coração parece sair pela boca, seus olhos ficam cheios de lágrimas, Petrus percebe na hora o quanto Rosa está sofrendo de ver Claude aos beijos com outra.


Petrus: Viu, querida? Bem que naquele jantar eu vi que eles estavam muito íntimos, você não achou? Cutucou ele.


Rosa reuniu forças para responder a Petrus sem que ele percebesse o que ela estava sentindo.


Rosa: Nem reparei! Falou isso fechando o jornal e o jogando pro lado.


Petrus: O que foi minha pedra preciosa?


Rosa: Estou preocupada com você, vou me informar de algum especialista em esclerose múltipla, você tem que começar os tratamentos o quanto antes.


Petrus: Você me prometeu que não iria mais tocar nesse assunto... Falou com medo que ela descobrisse sua mentira.


Rosa: Não seja infantil, Petrus! Essa doença é grave, mas tem tratamento, eu quero cuidar de você.


Petrus: Por favor, Rosa! Não quero me tratar aqui no Brasil.


Rosa: Quer ir para os Estados Unidos eu posso te acompanhar, mas posso te garantir que no Brasil temos especialistas muito competentes nessa área.


Petrus: Não! Quero ir para Grécia, lá me tratarei e me casarei com você o que acha?


Rosa se assustou quando ele mencionou a palavra casamento, olhou no seu dedo, o anel de noivado reluzia e se lembrou que tinha prometido a ele se casar na Grécia, não podia deixar Petrus num momento tão delicado de sua vida. Ela simplesmente deu um sorriso meigo e disse...


Rosa: Como quiser!


Enquanto isso na casa de Claude...


Claude: Bom dia, Dadi.


Dadi: Bom dia... Respondeu Dadi entre os dentes.


Claude: O que foi Dadi, aconteceu alguma coisa, que cara é essa?


Dadi: É a única cara que eu tenho.


Claude: Ora agora eu sei que está acontecendo alguma coisa.


Dadi: E o senhor ainda pergunta? Quando o senhor disse que ia trazer a D. Rosa de volta eu acreditei que era mesmo isso que o senhor queria.


Claude: E é o que eu quero mais que tudo.


Dadi: Pois eu duvido muito que ela vá querer voltar com o senhor se comportando dessa forma.


Claude: De que forma você tá falando, Dadi?


Dadi: To falando do seu comportamento com aquela fulaninha.


Claude: De que fulaninha você tá falando mulher? Tá caducando?


Dadi: O senhor é que não está pensando bem se deixando envolver por aquela mulherzinha que não vale nada.


Claude: Você quer me dizer do que tá falando que eu não entendi nada até agora.


Dadi: To falando da sua foto com aquela tal amiga de D. Nara a tal Erci, vocês dois se agarrando o senhor acha que D. Rosa vai gostar de ver isso? Se é que ela ainda não viu né...


Claude: Mon Die que foto é essa?... Diz Claude pegando o jornal.


Dadi: E eu cheguei a acreditar que o senhor queria mesmo casar com D. Rosa.


Claude: É o que eu mais quero, Mon Die eu non vi quando tiraram essa foto.


Dadi: E o senhor acha que por isso a sem vergonhice é menor?


Claude: Me respeite, ham!! Não sou nenhum cafajeste, a Erci que armou isso tudo, ela deve tá a mando de Nara, Mon Die eu non quero nem imaginar o que Rosa vai pensar quando ela vir essa foto.


Dadi: Nem eu, tadinha...


Claude ficou desesperado com a hipótese de Rosa não querer mais nem olhar pra ele depois dessas fotos.


Mais tarde na construtora...


Frazão: Como você foi tão ingênuo?


Claude: Foi um golpe, muito baixo, essa Erci não vale nada, é igual Nara se não for pior. Minha vontade era de ir lá e fazer ela dar uma declaraçon dizendo que foi tudo armado.


Frazão: Não adianta, ela não vai fazer isso e se você for atrás dela, que é isso mesmo que ela quer, só vai dar mais motivos pra esses jornalecos ficarem fazendo suposições. Melhor coisa a fazer é deixar isso pra lá.


Claude: Como, Frazon? Rosa com certeza vai ver isso aí... Disse o francês triste.


Enquanto isso, no escritório de Rosa ela recebe a visita de Janete...


Janete: Oi amiga, eu disse a sua secretária que só vim te dar um beijo porque to com saudades, não quero te atrapalhar.


Rosa: Você não me atrapalha Jane, eu adoro quando você aparece, sinto tanta saudade do tempo em que conversávamos sempre, sinto muito a sua falta... Disse um pouco triste.


Janete: Eu também sinto a sua falta amiga, mas to te achando com uma carinha triste o que foi?


Rosa: Problemas, muitos problemas! Disse se sentando.


Janete: E por acaso um desses problemas se chama Claude Antoine Geraldy?


Rosa: O Claude não é mais meu problema.


Janete: Acho que ele tá mais pra solução dos seus problemas né, amiga?


Rosa: O Claude nunca foi solução pra nada na minha vida.


Janete: Ele tá tão mudado Rosa, eu sei que eu sempre o criticava, mas amiga o estado dele é de dar pena.


Rosa: Pois pra eu acho que ele se virou muito bem sem mim.


Janete: Eu tive conversando com ele, eu vi sinceridade nos olhos dele Rosa, ele te ama de verdade você conhece o Claude mais do que ninguém e sabe o quanto é difícil pra ele expor os sentimentos dele né, mas ele me falou que por ele ter sido tão cabeça dura ele perdeu a mulher da vida dele.


Rosa: Não se iluda com o Claude Jane, ele é um homem de muitas mulheres... Mas nenhum amor!


Janete: Ai Rosa, quando ele tava com você eu nunca soube que ele tivesse ficado com outra.


Rosa: Ele nunca quis compromisso, lembra? E as atitudes dele sempre provam que ele não mudou você não viu a foto dele no jornal? Ele tá lá se agarrando com aquela tal de Erci a melhor amiga da Nara, ele não tem ética.


Janete: O que? Que jornal é esse?


Rosa: Esse aqui veja você mesma... Diz entregando o jornal a Janete...


Janete: Eu não acredito nisso... Falou olhando o jornal com uma das mãos na boca se admirando com o que via.


Rosa: Tá bem nítida a foto, amiga.


Janete: Tem alguma coisa nessa história que não tá encaixando, eu vi o jeito que o Claude falou sobre você, era a verdade ele não tava fingindo, não!


Rosa: O Claude é um homem orgulhoso, o que mais o fez sofrer com nossa separação foi eu ter colocado um ponto final no nosso relacionamento, se é que posso chamar aquilo de relacionamento. Não foi amor!


Janete: Tem alguma coisa estranha aí Rosa, não é nesse jornal que a tal Erci tem uma coluna? Muito fácil pra ela implantar uma notícia falsa você não acha?


Rosa: Ele não me parece estar amarrado nessa foto, ele tá agarrando ela por que quer.


Janete: Isso deve ser armação dela e da tal de Nara.


Rosa: Claro que não, se fosse armação da Nara ele estaria agarrando ela e não essa Erci aí, ele não consegue ficar com uma só ele quer todas, ainda bem que eu me livrei dele.


Janete: Rosa me desculpa, mas você tá sendo injusta com ele, apesar de não gostar do que ele fazia contigo a cinco anos atrás, eu tenho que concordar que ele sempre foi sincero com você, ele nunca te iludiu, nunca te prometeu nada, sempre deixou muito claro o que ele queria e ele nunca te traiu.


Rosa: Eu sei Jane! Não quero mais falar sobre isso... Disse triste.


Janete: Rosa você sabe muito bem que eu nunca fui fã do Claude, por tudo que ele já fez pra você, mas o que eu sei é o que eu vi ele te ama de verdade ele foi sincero, isso é armação ele não ficaria com uma mulherzinha dessas depois de me dizer tudo o que me disse ao seu respeito, sem contar que ele nunca foi de querer sua vida exposta em jornais isso não faz sentido.


Rosa: Não sei mais o que pensar, mas também isso não importa... Disse ficando de costas pra amiga que ainda estava sentada, Rosa ficou parada olhando pela janela, só escutando o que Janete falava.


Janete: Rosa, o Claude não tem o porquê sair por aí falando que te ama e depois se encontrar com essa mulher. Ele nunca fez esse tipo de coisa... Janete ficou falando e depois reparou que Rosa estava muito quieta e disse... O que foi?


Rosa: Eu não quero mais pensar nisso não, Janete!! Mesmo porque o Claude já é passado na minha vida eu já decidi que é com o Petrus que eu quero e vou ficar.


De volta a construtora...


Frazão: Não fica assim, Rosa sabe que Nara e Erci não valem nada e vai perceber que isso foi uma armação.


Claude: Não vou conseguir me concentrar no trabalho, preciso falar com Rosa, me explicar dizer que não foi bem assim como tá escrito aí... Disse ele agoniado e pegando seu terno.


Frazão: O que você vai fazer?


Claude: Estou indo lá no escritório dela, pode ser que ela nem me atenda, mas vou ficar lá de plantão até ela me ouvir! Disse decidido pegou as chaves do carro e saiu.


No escritório de Rosa...


Janete: Como?


Rosa: Ele precisa de mim.


Janete: Você o ama?


Rosa: Eu gosto muito dele.


Janete: Gostar não é amar.


Rosa: Isso não importa.


Janete: Como não? Se você me falar que o ama, eu vou ser a primeira ficar feliz com sua decisão, mas se não o ama vai ser infeliz e não vou permitir que faça algo que a deixe infeliz.


Rosa: O Petrus está doente, os meus sentimentos é o que menos importa agora.


Janete: O que aconteceu?


Rosa explica toda a situação para Janete... Que fica sensibilizada com a situação de Petrus, mas diz...


Janete: Me desculpa, Rosa! Mas não acho que casando com ele por pena vai ajudá-lo de alguma forma, você será infeliz e o fará infeliz também, pensa nisso!! Falou Janete tentando colocar um pouco de bom senso na cabeça de Rosa.


Rosa não sabia o que dizer, estava confusa e de repente ela e Janete escutam a voz da secretária...


Márcia: O senhor de novo? Ela não pode lhe atender, ela está com visita.


Claude: É urgente, por favor... Disse Claude mais alto.


Rosa e Janete saem da sala pra ver o que estava acontecendo.


Rosa: O que foi? Você de novo, Claude?


Claude olhou para ela e não viu mais nada em sua volta, a sua vontade era de pegar Rosa pelos braços e levar para bem longe dali e fazer com que ela o ouvisse...



Claude: Você precisa me ouvir!! Por favor!! CONTINA... RSRSRS...

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