Maitre: Senhorita,
acho melhor sair, está atrapalhando meus clientes...
Rosa: Dio Santo,
eu posso muito bem ser uma cliente sua, não posso?
O Maitre a olhou
de cima a baixo e viu que Rosa não podia pagar nada desse restaurante...
Maitre: A
senhorita? Kkkkkkkkkkkk.. Gargalhou o maitre.
Rosa: Pois fique o
senhor sabendo que daqui não saio...
Maitre: Então terá
que consumir algo e aí no balcão mesmo, pois o restaurante está cheio.
Rosa: Pode me
trazer o menu... Falou Rosa fazendo biquinho.
Maitre: Senhorita,
não seja teimosa, sei que não tem dinheiro pra comprar nada aqui. Por favor,
saia do meu restaurante.
Rosa: Me traga o
menu, senão vou fazer um escândalo aqui.
O Maitre ficou com medo que ela fizesse um
escândalo e disse...
Maitre: Por aqui,
senhorita... Falou a levando para uma mesa perto da mesa onde estava Claude.
Maitre: Agora, por
favor, se comporte.
Rosa sorriu e
disse...
Rosa: Muito
obrigada... Disse olhando pra Claude, mas Claude fez de conta que ela não
estava ali.
Logo Nara aparece
e Claude sorri... Ele se levanta de sua cadeira e vai ao encontro dela, ela
estava vestida com um vestido longo muito elegante, Rosa olhou ela de cima a
baixo e se olhou... ** Madona mia, esse sujeito é muito exigente, mesmo,
nunca que ele olharia pra uma mulher como eu...** Pensou ela triste.
O maitre trás a
carta de vinhos para Rosa...
Rosa bate o olho
nos preços e diz...
Rosa: O que tem
nesses vinhos? A garrafa é banhada a ouro por acaso.
Maitre: São vinhos
franceses, senhorita!! Tudo que é bom custa caro.
Rosa: Hum... Pelos
preços eles têm que ser de primeira classe mesmo e ainda fazerem biquinho...
Falou Rosa debochada.
Maitre: O que vai
querer?
Rosa: Não quero
vinho nenhum o senhor pode me trazer água?
Maitre: Sim, já lhe
trago o menu, já que a senhorita não vai beber nada, suspeito que já queira
comer algo.
Rosa: Suspeita é?
Falou ela com medo, pois não tinha dinheiro pra pagar nada desse menu.
O maitre se
distanciou e Rosa pode ouvir a conversa de Claude e Nara.
Claude: Por que
você tá fazendo isso comigo?
Nara: Não da
mais!!!
Claude: Por quê? O
que foi que eu fiz?
Nara: O de sempre
né, você só pensa em trabalho, sempre me abandona.
Claude: Cherry,
você tem que entender, que eu administro uma das maiores construtoras desse país,
eu sou um homem ocupado, mas se é esse o problema eu juro que assim que der eu
tiro umas férias, podemos viajar pra qualquer lugar que você quiser. O que
acha? Falou beijando a mão dela.
Rosa: Aí que
melação... Resmungou Rosa.
Nara: Você sempre
promete, mas nunca cumpre, não adianta, nosso relacionamento acabou!!
Claude: Nara, você
não pode fazer isso comigo. Me fala o que aconteceu?
Nara já estava
cheia daquele papo, com ódio do que o velho tinha obrigado ela a fazer e
resolveu se vingar...
Nara: Estou
grávida!
Claude sorriu e
disse...
Claude: Que
maravilha, meu amor!
Rosa soltou um
suspiro de desanimo...
Nara: Não é
maravilha não.
Claude: Claro que é,
eu sou louco pra ser pai... Falou com os olhos brilhando.
Nara: Deixa de ser
ridículo, esse filho não é seu...
Rosa: Haa!!
Exclamou Rosa tapando a boca com as mãos.
Claude largou a
mão de Nara e disse...
Claude: Você tá de
brincadeira comigo, não é?
Nara: Eu estou com
cara de que estou brincando?
Claude: Como você
foi capaz, sua... sua.. Preferiu não falar... E começou a respirar ofegante,
com raiva.
Nara: Quer que eu
diga como fui capaz, pois bem, eu digo, sabe quando me deixava sozinha porque
sempre tinha um encontro ou jantar de negócios?? Então eu me sentia tão só que
logo arranjei alguém pra me tirar daquela solidão, eu ia dizer que o filho era
seu, pra mim ia ser tão fácil te enganar, mas como seu pai é um velho enxerido,
mandou alguém me seguir e descobriu os meus casinhos, ai ele exigiu que eu
terminasse com o filhinho idiota dele, satisfeito??
Rosa ficou de boca
aberta...
Claude: Sua
vagabunda... Gritou Claude. Todos no restaurante olharam pra ele.
Nara: Isso mesmo,
francês idiota, faça seu showzinho, amanhã estará estampada na primeira pagina
do jornal que você é um corno... Falou isso e saiu... Nara se vingou do modo
que ela achava que seria mais dolorido para um homem e acertou em cheio, Claude
todo cheio de orgulho ficou péssimo em saber que havia sido traído e que pior
ainda, não descobriria nada senão fosse um detetive que provavelmente seu pai
pagou para perseguir Nara.
Rosa ficou com
pena de Claude, viu os olhos do francês ficarem vermelhos, o maitre chegou na
mesa de Claude e disse...
Maitre: O senhor
está bem?
Claude: Sim, me
traga uma garrafa de whisky.
Maitre: Uma dose,
o senhor quer dizer?
Claude: Está
surdo? Eu pedi uma garrafa, o que é? Não me reconhece, está pensando que não
vou pagar?
Maitre: Não
senhor, com licença já trago.
Rosa não conseguia
tirar os olhos dele, parecia hipnotizada, nem ao menos escutou quando o maitre
lhe trouxe o cardápio.
Maitre:
Senhorita?? Senhorita??
Rosa: Ham?
Maitre: Sua água e
o menu.
Rosa pegou o menu
e quando colocou os olhos nos preços quase caiu pra trás.
Rosa: Mas o que é
isso?
Maitre: Algo
errado?
Rosa: Tudo, Dio
Santo, o prato mais barato que você tem aqui é salada?
Maitre: Sim,
salada francesa com molho francês.
Rosa: Hum... Tudo francês,
acho que até o alface e os pepinos são da França pra custar vinte e dois reais
o prato... Falou debochada.
Maitre: Na verdade
as verduras são compradas aqui mesmo, mas os ingredientes do molho são todos
franceses sim...
Rosa: Não queira
me enrolar, aposto que as verduras são compradas na feira, e esse tal molho é
uma mistura de azeite com mostarda, não acha muito caro esse prato?
O maitre revirou
os olhos e disse...
Maitre: Não é um
prato, é uma porção pequena, pois se considera a entrada, senhorita! Falou ele
todo esnobe, com um ar de cinismo... Vai querer a salada?
Rosa: Não, com
vinte e dois reais eu como uma bela de uma massa no restaurante italiano que
tem perto da minha casa no Bexiga, sou italiana e uma saladinha de nada não me
sustenta.
Maitre: Ahh, então
a senhorita prefere uma massa?
Rosa: Por enquanto
vou ficar só com a água mesmo! Falou e sorriu para o maitre.
O maitre respirou
fundo e deu as costas pra ela.
Enquanto isso
Claude virava copos e mais copos de whisky puro goela a baixo, Rosa ficou
observando ele e ele olhou pra ela e disse...
Claude: O que foi?
Nunca viu um homem beber não?
Rosa: Não desse
jeito.
Claude: Nunca viu
um corno na sua vida?
Rosa não falou
nada, baixou a cabeça e tomou um gole de sua água.
Claude se levantou
de sua cadeira e foi até a mesa dela...
Claude: Por que
ela fez isso comigo, hein?
Rosa: Não sei!
Claude: Você deve
saber você é mulher como ela, já deve ter chifrado algum homem, com certeza..
Falou ele já sentindo o efeito do álcool na cabeça...
Rosa: Nunca trai
ninguém.
Claude: Hahaha,
não me venha com essa, as mulheres são todas iguais, nenhuma presta.
Rosa: Agora
entendo o porquê sua noiva lhe traiu, o senhor é grosseiro, cavalo e estúpido.
Claude:
Kkkkkkkkkkkkkkk... Claude riu acho que nunca tinha escutado isso antes, todos
que se aproximavam dele só o bajulavam... Você não tem papa na língua, gostei
de você.
Rosa sorriu... E
Claude continuou a beber...
Rosa: Acho que
você não deveria beber tanto assim.
Claude: Aquela
maldita piranha...
Rosa viu o
sofrimento nos olhos dele.
Claude: Quer
saber? Eu nem gostava dela tanto assim... KKkkk... Falava e ria ao mesmo tempo.
Claude chegou perto do ouvido de Rosa e disse... Ela não era cheirosa... kkkkk...
Pra falar a verdade ela cheirava mal... Rosa ria junto com ele...
De repente ele se
levantou com a garrafa de whisky nas mãos como se fosse algo mais precioso do
mundo.
Rosa: Onde você
vai assim? Perguntou preocupada.
Claude: Vou
correr, você não sabe? Eu corro muito bem sabia?
O Maitre viu que
ele falava alto com a garrafa nas mãos e foi ver o que estava acontecendo.
Maitre: Senhor,
posso lhe ajudar? Acho que é bom chamar um taxi, o senhor não pode dirigir
assim.
Claude: Não se
atreva a chamar um taxi, você me conhece muito bem sabe que eu detesto entrar
nesses taxis fuleiros.
Maitre: Mas doutor...
Claude: Xiii, eu
já vou, me deixa... Falou empurrando o maitre, Rosa ficou com medo que
acontecesse algo a ele, levantou e foi atrás do francês.
Claude saiu e foi
direto para o carro...
Rosa: O senhor não
pode dirigir assim.
Claude: Quem vai
me impedir?
Rosa: Eu... falou
ficando entre ele e o carro.
Claude: Sai da
minha frente, mulherzinha!!
Rosa: Não saio...
Rosa viu a chave do carro na mão de Claude e puxou tão rápido que Claude ficou
feito bobo olhando pra ela.
Claude: Da à chave
do meu carro senão eu chamo a policia.. Rosa não deu ouvidos a ele, abriu a
porta do carro e foi empurrando ele, para dentro.
Rosa: Não vou
permitir que o senhor se machuque ou então machuque alguém! Disse já sentando
no lugar do motorista.
Claude fechou os
olhos e apoio sua cabeça no encosto do banco do carro.
Rosa deu partida
no carro, mas como nunca dirigiu um carro daquele o carro saiu em disparada...
Claude: Mon Die!!
Quer nos matar...
Rosa conseguiu
controlar o carro e disse...
Rosa: Onde o
senhor mora?
Claude: Não quero
ir pra casa, me leve pra qualquer lugar menos pra minha casa...
Rosa começou a
andar sem rumo, e Claude que ainda segurava a garrafa de whisky nas mãos voltou
a beber, ela só conseguia vê-lo pelo retrovisor...
Ao passar pelo
parque Ibirapuera, Claude sorriu e disse...
Claude: Pare aí!!
Rosa: Aqui??
Claude: Sim...
Rosa mal parou o carro e Claude saiu ainda com a garrafa vazia na mão, começou
a correr feito uma criança pelo gramado do parque...
Rosa: Ei espera aí...
Falou estacionando o carro corretamente.
Claude estava
bêbado, corria e gritava, sem parar, sem saber o que fazia começou a tirar a
roupa e ria das pessoas que passavam por ele.
Rosa: Dio Santo, o
senhor não pode fazer isso... Gritou Rosa atrás dele, mas ele corria de Rosa,
acabou ficando só de cueca, as pessoas algumas riam e outras ficaram
horrorizadas, um policial o viu daquele jeito e começou a correr atrás dele
também, Rosa foi pegando as roupas dele
pelo caminho e enfim conseguiu alcançá-lo.
Rosa: O senhor
ficou maluco? Vai acabar sendo preso, vem comigo rápido.. Disse puxando ele
para que pudessem fugir do policial.
Rosa conseguiu o
levar para o carro, lá ela tentava colocar a calça nele, ele só cantava e ria...
Rosa aproveitou daqueles
momentos pra passar as mãos no corpo másculo dele, sorrindo ela terminou sua
tarefa, assim que colocou a calça no francês, ela foi para o banco do motorista
e como não sabia onde ele morava o levou para seu quartinho no cortiço. Com
dificuldade, pois Claude era um homem alto e pesado, Rosa o arrastava pelo
pátio do cortiço. Enquanto ele cantava e gritava...
Rosa: Cala boca,
vai acordar todo mundo, se D. Pepa vê que eu to levando alguém pra dentro do
meu quartinho, é bem capaz dela me expulsar daqui.
Claude: Sabia que
você é linda... Disse ele acariciando o rosto dela.
Rosa: Ai Dio
Santo!! Não faz isso não! Falou quase derrubando ele.
Claude caiu na
gargalhada...
Rosa: O senhor é
pesado, sabia? Coopera... Disse entrando enfim no quarto, onde tinha uma cama
de casal no canto da parede, ela o derrubou ali e sentou cansada.
Claude começou a
ter ânsia de vomito, ela correu pra cozinha e pegou um balde, por pouco ele não
vomita no seu tapete...
Rosa fez cara de
nojo e disse...
Rosa: Ai eu
mereço!!
Assim que vomitou
ele despencou na cama num sono profundo, Rosa suspirou cansada foi tomar banho
e quando voltou viu que ele tinha tirado a calça e a cueca, estava dormindo nu.
Rosa: Nossa
Senhora da Achiropita, daí me forças, que homem lindo é esse?
Rosa se deitou num
canto da cama, mas como o sono de Claude durante a noite foi agitado, ele
acabou a prendendo com suas pernas e a abraçou, Rosa sorriu e pensou... ** Aproveita a
oportunidade de dormir abraçada a um homem tão lindo como esse, porque outra oportunidade
dessa você nunca mais vai ter Serafina Rosa** Rosa se aconchegou
ainda mais no ombro do francês e passando os dedos no peito cabeludo dele, ela
adormeceu.
Quando Claude
acorda, estranha o lugar onde está...
Claude: Mon Die aonde
eu vim parar?
Rosa: Oi bom
dia... Fala Rosa sorrindo com uma xícara de chá.
Claude: Só se for
pra você, aonde eu estou? Mon Die onde estão as minhas roupas? Diz Claude vendo
que está despido.
Rosa: Estão aí,
você tirou ontem...
Claude: A gente
não??... Disse olhando pra Rosa que entendeu o que ele queria dizer...
Rosa: Não!! Você
estava muito bêbado eu não sabia pra onde te levar eu resolvi te trazer pra
minha casa.
Claude: Era melhor
que você tivesse me deixado dormindo no banco da praça... Claude pegando sua
roupa e começando a se vestir.
Rosa: Eu só queria
te ajudar.
Claude: Eu non
preciso da sua ajuda nem da de ninguém... Disse mal humorado.
Rosa: Não foi o
que pareceu ontem, você tava péssimo bebeu e não conseguia nem ficar em pé!
Claude: Mon Die eu
devia tá muito bêbado mesmo pra deixar você me trazer pra esse lugar.
Rosa: Você é mesmo
um mal agradecido, hein.
Claude: Non gosto
de ficar devendo favores a ninguém, muito menos uma empregadinha como você...
Disse olhando o quarto de Rosa e vendo que se tratava de uma pessoa humilde.
Rosa: Pois fique
você sabendo que essa empregadinha aqui, te tratou muito melhor do que sua
noiva riquinha que te deu um belo de um fora.
Claude: Non fale
dela, você non está a altura dela ouviu bem, aquilo tudo foi um mal entendido
eu sei.
Rosa: Ah então
você acha que ela é boa demais pra que eu fale dela? Mas eu acho que ela se
acha boa demais pra você também por isso que ela te deixou e arrumou outro.
Claude: Eu vou
embora, porque non pretendo discutir minha vida pessoal com umazinha como você
e pode ficar tranquila que eu mandarei o meu motorista vir lhe entregar um
cheque pra cobrir todos os gastos que você possa ter tido comigo...
Rosa: Seu cretino
você pode enfiar o seu cheque, onde achar melhor...
Claude: Sua
desbocada...
Rosa: Mereceu o
chifre que aquela perua colocou em você, seu francês metido.
Claude: Louca,
desequilibrada barraqueira...
Rosa pegou um vaso
que estava perto de sua cama e lançou contra ele, que saiu correndo do quarto.
Claude:
Mulherzinha sem classe... Gritou ele saindo do quarto.
Rosa: Eu posso até
não ter classe, mas eu sou muito mais decente do que aquela safada da sua
noiva...
Claude: Sua
desclassificada, maldita hora que eu entrei naquele restaurante ontem.
Rosa: Vai mesmo
atrás daquela safada que tava te traindo, seu idiota.
Claude: Mon Die eu
espero nunca mais encontrar com essa mulherzinha na minha vida, ham... Eu
mereço issi mesmo pra que fui beber tanto, aí que dor de cabeça, ainda fica
pior com essa maluca gritando... Quando Claude vai saindo ele esbarra em Pepa.
Pepa: Madona mia,
não tá me vendo?
Claude: Como não
poderia, com a senhora desse tamanho todo?
Pepa: Grosso, só
podia tá mesmo andando com Serafina.
Claude: A senhora
vê se non me enche, hein... Diz e sai andando.
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