domingo, 13 de abril de 2014

Capítulo 2

Maitre: Senhorita, acho melhor sair, está atrapalhando meus clientes...


Rosa: Dio Santo, eu posso muito bem ser uma cliente sua, não posso?


O Maitre a olhou de cima a baixo e viu que Rosa não podia pagar nada desse restaurante...


Maitre: A senhorita? Kkkkkkkkkkkk.. Gargalhou o maitre.


Rosa: Pois fique o senhor sabendo que daqui não saio...


Maitre: Então terá que consumir algo e aí no balcão mesmo, pois o restaurante está cheio.


Rosa: Pode me trazer o menu... Falou Rosa fazendo biquinho.


Maitre: Senhorita, não seja teimosa, sei que não tem dinheiro pra comprar nada aqui. Por favor, saia do meu restaurante.


Rosa: Me traga o menu, senão vou fazer um escândalo aqui.


O Maitre ficou com medo que ela fizesse um escândalo e disse...


Maitre: Por aqui, senhorita... Falou a levando para uma mesa perto da mesa onde estava Claude.


Maitre: Agora, por favor, se comporte.


Rosa sorriu e disse...


Rosa: Muito obrigada... Disse olhando pra Claude, mas Claude fez de conta que ela não estava ali.


Logo Nara aparece e Claude sorri... Ele se levanta de sua cadeira e vai ao encontro dela, ela estava vestida com um vestido longo muito elegante, Rosa olhou ela de cima a baixo e se olhou... ** Madona mia, esse sujeito é muito exigente, mesmo, nunca que ele olharia pra uma mulher como eu...** Pensou ela triste.


O maitre trás a carta de vinhos para Rosa...


Rosa bate o olho nos preços e diz...


Rosa: O que tem nesses vinhos? A garrafa é banhada a ouro por acaso.


Maitre: São vinhos franceses, senhorita!! Tudo que é bom custa caro.


Rosa: Hum... Pelos preços eles têm que ser de primeira classe mesmo e ainda fazerem biquinho... Falou Rosa debochada.


Maitre: O que vai querer?


Rosa: Não quero vinho nenhum o senhor pode me trazer água?


Maitre: Sim, já lhe trago o menu, já que a senhorita não vai beber nada, suspeito que já queira comer algo.


Rosa: Suspeita é? Falou ela com medo, pois não tinha dinheiro pra pagar nada desse menu.


O maitre se distanciou e Rosa pode ouvir a conversa de Claude e Nara.


Claude: Por que você tá fazendo isso comigo?


Nara: Não da mais!!!


Claude: Por quê? O que foi que eu fiz?


Nara: O de sempre né, você só pensa em trabalho, sempre me abandona.


Claude: Cherry, você tem que entender, que eu administro uma das maiores construtoras desse país, eu sou um homem ocupado, mas se é esse o problema eu juro que assim que der eu tiro umas férias, podemos viajar pra qualquer lugar que você quiser. O que acha? Falou beijando a mão dela.


Rosa: Aí que melação... Resmungou Rosa.


Nara: Você sempre promete, mas nunca cumpre, não adianta, nosso relacionamento acabou!!


Claude: Nara, você não pode fazer isso comigo. Me fala o que aconteceu?


Nara já estava cheia daquele papo, com ódio do que o velho tinha obrigado ela a fazer e resolveu se vingar...


Nara: Estou grávida!


Claude sorriu e disse...


Claude: Que maravilha, meu amor!


Rosa soltou um suspiro de desanimo...


Nara: Não é maravilha não.


Claude: Claro que é, eu sou louco pra ser pai... Falou com os olhos brilhando.


Nara: Deixa de ser ridículo, esse filho não é seu...


Rosa: Haa!! Exclamou Rosa tapando a boca com as mãos.


Claude largou a mão de Nara e disse...


Claude: Você tá de brincadeira comigo, não é?


Nara: Eu estou com cara de que estou brincando?


Claude: Como você foi capaz, sua... sua.. Preferiu não falar... E começou a respirar ofegante, com raiva.


Nara: Quer que eu diga como fui capaz, pois bem, eu digo, sabe quando me deixava sozinha porque sempre tinha um encontro ou jantar de negócios?? Então eu me sentia tão só que logo arranjei alguém pra me tirar daquela solidão, eu ia dizer que o filho era seu, pra mim ia ser tão fácil te enganar, mas como seu pai é um velho enxerido, mandou alguém me seguir e descobriu os meus casinhos, ai ele exigiu que eu terminasse com o filhinho idiota dele, satisfeito??


Rosa ficou de boca aberta...


Claude: Sua vagabunda... Gritou Claude. Todos no restaurante olharam pra ele.


Nara: Isso mesmo, francês idiota, faça seu showzinho, amanhã estará estampada na primeira pagina do jornal que você é um corno... Falou isso e saiu... Nara se vingou do modo que ela achava que seria mais dolorido para um homem e acertou em cheio, Claude todo cheio de orgulho ficou péssimo em saber que havia sido traído e que pior ainda, não descobriria nada senão fosse um detetive que provavelmente seu pai pagou para perseguir Nara.


Rosa ficou com pena de Claude, viu os olhos do francês ficarem vermelhos, o maitre chegou na mesa de Claude e disse...


Maitre: O senhor está bem?


Claude: Sim, me traga uma garrafa de whisky.


Maitre: Uma dose, o senhor quer dizer?


Claude: Está surdo? Eu pedi uma garrafa, o que é? Não me reconhece, está pensando que não vou pagar?


Maitre: Não senhor, com licença já trago.


Rosa não conseguia tirar os olhos dele, parecia hipnotizada, nem ao menos escutou quando o maitre lhe trouxe o cardápio.


Maitre: Senhorita?? Senhorita??


Rosa: Ham?


Maitre: Sua água e o menu.


Rosa pegou o menu e quando colocou os olhos nos preços quase caiu pra trás.


Rosa: Mas o que é isso?


Maitre: Algo errado?


Rosa: Tudo, Dio Santo, o prato mais barato que você tem aqui é salada?


Maitre: Sim, salada francesa com molho francês.

Rosa: Hum... Tudo francês, acho que até o alface e os pepinos são da França pra custar vinte e dois reais o prato... Falou debochada.


Maitre: Na verdade as verduras são compradas aqui mesmo, mas os ingredientes do molho são todos franceses sim...


Rosa: Não queira me enrolar, aposto que as verduras são compradas na feira, e esse tal molho é uma mistura de azeite com mostarda, não acha muito caro esse prato?


O maitre revirou os olhos e disse...


Maitre: Não é um prato, é uma porção pequena, pois se considera a entrada, senhorita! Falou ele todo esnobe, com um ar de cinismo... Vai querer a salada?


Rosa: Não, com vinte e dois reais eu como uma bela de uma massa no restaurante italiano que tem perto da minha casa no Bexiga, sou italiana e uma saladinha de nada não me sustenta.


Maitre: Ahh, então a senhorita prefere uma massa?


Rosa: Por enquanto vou ficar só com a água mesmo! Falou e sorriu para o maitre.


O maitre respirou fundo e deu as costas pra ela.


Enquanto isso Claude virava copos e mais copos de whisky puro goela a baixo, Rosa ficou observando ele e ele olhou pra ela e disse...


Claude: O que foi? Nunca viu um homem beber não?


Rosa: Não desse jeito.


Claude: Nunca viu um corno na sua vida?


Rosa não falou nada, baixou a cabeça e tomou um gole de sua água.


Claude se levantou de sua cadeira e foi até a mesa dela...


Claude: Por que ela fez isso comigo, hein?


Rosa: Não sei!


Claude: Você deve saber você é mulher como ela, já deve ter chifrado algum homem, com certeza.. Falou ele já sentindo o efeito do álcool na cabeça...


Rosa: Nunca trai ninguém.


Claude: Hahaha, não me venha com essa, as mulheres são todas iguais, nenhuma presta.


Rosa: Agora entendo o porquê sua noiva lhe traiu, o senhor é grosseiro, cavalo e estúpido.


Claude: Kkkkkkkkkkkkkkk... Claude riu acho que nunca tinha escutado isso antes, todos que se aproximavam dele só o bajulavam... Você não tem papa na língua, gostei de você.


Rosa sorriu... E Claude continuou a beber...


Rosa: Acho que você não deveria beber tanto assim.


Claude: Aquela maldita piranha...


Rosa viu o sofrimento nos olhos dele.


Claude: Quer saber? Eu nem gostava dela tanto assim... KKkkk... Falava e ria ao mesmo tempo. Claude chegou perto do ouvido de Rosa e disse... Ela não era cheirosa... kkkkk... Pra falar a verdade ela cheirava mal... Rosa ria junto com ele...


De repente ele se levantou com a garrafa de whisky nas mãos como se fosse algo mais precioso do mundo.


Rosa: Onde você vai assim? Perguntou preocupada.


Claude: Vou correr, você não sabe? Eu corro muito bem sabia?


O Maitre viu que ele falava alto com a garrafa nas mãos e foi ver o que estava acontecendo.


Maitre: Senhor, posso lhe ajudar? Acho que é bom chamar um taxi, o senhor não pode dirigir assim.


Claude: Não se atreva a chamar um taxi, você me conhece muito bem sabe que eu detesto entrar nesses taxis fuleiros.


Maitre: Mas doutor...


Claude: Xiii, eu já vou, me deixa... Falou empurrando o maitre, Rosa ficou com medo que acontecesse algo a ele, levantou e foi atrás do francês.


Claude saiu e foi direto para o carro...


Rosa: O senhor não pode dirigir assim.


Claude: Quem vai me impedir?


Rosa: Eu... falou ficando entre ele e o carro.


Claude: Sai da minha frente, mulherzinha!!


Rosa: Não saio... Rosa viu a chave do carro na mão de Claude e puxou tão rápido que Claude ficou feito bobo olhando pra ela.


Claude: Da à chave do meu carro senão eu chamo a policia.. Rosa não deu ouvidos a ele, abriu a porta do carro e foi empurrando ele, para dentro.


Rosa: Não vou permitir que o senhor se machuque ou então machuque alguém! Disse já sentando no lugar do motorista.


Claude fechou os olhos e apoio sua cabeça no encosto do banco do carro.


Rosa deu partida no carro, mas como nunca dirigiu um carro daquele o carro saiu em disparada...


Claude: Mon Die!! Quer nos matar...


Rosa conseguiu controlar o carro e disse...


Rosa: Onde o senhor mora?


Claude: Não quero ir pra casa, me leve pra qualquer lugar menos pra minha casa...


Rosa começou a andar sem rumo, e Claude que ainda segurava a garrafa de whisky nas mãos voltou a beber, ela só conseguia vê-lo pelo retrovisor...


Ao passar pelo parque Ibirapuera, Claude sorriu e disse...


Claude: Pare aí!!


Rosa: Aqui??


Claude: Sim... Rosa mal parou o carro e Claude saiu ainda com a garrafa vazia na mão, começou a correr feito uma criança pelo gramado do parque...


Rosa: Ei espera aí... Falou estacionando o carro corretamente.


Claude estava bêbado, corria e gritava, sem parar, sem saber o que fazia começou a tirar a roupa e ria das pessoas que passavam por ele.


Rosa: Dio Santo, o senhor não pode fazer isso... Gritou Rosa atrás dele, mas ele corria de Rosa, acabou ficando só de cueca, as pessoas algumas riam e outras ficaram horrorizadas, um policial o viu daquele jeito e começou a correr atrás dele também, Rosa  foi pegando as roupas dele pelo caminho e  enfim conseguiu alcançá-lo.


Rosa: O senhor ficou maluco? Vai acabar sendo preso, vem comigo rápido.. Disse puxando ele para que pudessem fugir do policial.


Rosa conseguiu o levar para o carro, lá ela tentava colocar a calça nele, ele só cantava e ria...


Rosa aproveitou daqueles momentos pra passar as mãos no corpo másculo dele, sorrindo ela terminou sua tarefa, assim que colocou a calça no francês, ela foi para o banco do motorista e como não sabia onde ele morava o levou para seu quartinho no cortiço. Com dificuldade, pois Claude era um homem alto e pesado, Rosa o arrastava pelo pátio do cortiço. Enquanto ele cantava e gritava...


Rosa: Cala boca, vai acordar todo mundo, se D. Pepa vê que eu to levando alguém pra dentro do meu quartinho, é bem capaz dela me expulsar daqui.


Claude: Sabia que você é linda... Disse ele acariciando o rosto dela.


Rosa: Ai Dio Santo!! Não faz isso não! Falou quase derrubando ele.


Claude caiu na gargalhada...


Rosa: O senhor é pesado, sabia? Coopera... Disse entrando enfim no quarto, onde tinha uma cama de casal no canto da parede, ela o derrubou ali e sentou cansada.


Claude começou a ter ânsia de vomito, ela correu pra cozinha e pegou um balde, por pouco ele não vomita no seu tapete...


Rosa fez cara de nojo e disse...


Rosa: Ai eu mereço!!


Assim que vomitou ele despencou na cama num sono profundo, Rosa suspirou cansada foi tomar banho e quando voltou viu que ele tinha tirado a calça e a cueca, estava dormindo nu.


Rosa: Nossa Senhora da Achiropita, daí me forças, que homem lindo é esse?


Rosa se deitou num canto da cama, mas como o sono de Claude durante a noite foi agitado, ele acabou a prendendo com suas pernas e a abraçou, Rosa sorriu e pensou... ** Aproveita a oportunidade de dormir abraçada a um homem tão lindo como esse, porque outra oportunidade dessa você nunca mais vai ter Serafina Rosa** Rosa se aconchegou ainda mais no ombro do francês e passando os dedos no peito cabeludo dele, ela adormeceu.


Quando Claude acorda, estranha o lugar onde está...


Claude: Mon Die aonde eu vim parar?


Rosa: Oi bom dia... Fala Rosa sorrindo com uma xícara de chá.


Claude: Só se for pra você, aonde eu estou? Mon Die onde estão as minhas roupas? Diz Claude vendo que está despido.


Rosa: Estão aí, você tirou ontem...


Claude: A gente não??... Disse olhando pra Rosa que entendeu o que ele queria dizer...


Rosa: Não!! Você estava muito bêbado eu não sabia pra onde te levar eu resolvi te trazer pra minha casa.


Claude: Era melhor que você tivesse me deixado dormindo no banco da praça... Claude pegando sua roupa e começando a se vestir.


Rosa: Eu só queria te ajudar.


Claude: Eu non preciso da sua ajuda nem da de ninguém... Disse mal humorado.


Rosa: Não foi o que pareceu ontem, você tava péssimo bebeu e não conseguia nem ficar em pé!


Claude: Mon Die eu devia tá muito bêbado mesmo pra deixar você me trazer pra esse lugar.


Rosa: Você é mesmo um mal agradecido, hein.


Claude: Non gosto de ficar devendo favores a ninguém, muito menos uma empregadinha como você... Disse olhando o quarto de Rosa e vendo que se tratava de uma pessoa humilde.


Rosa: Pois fique você sabendo que essa empregadinha aqui, te tratou muito melhor do que sua noiva riquinha que te deu um belo de um fora.


Claude: Non fale dela, você non está a altura dela ouviu bem, aquilo tudo foi um mal entendido eu sei.


Rosa: Ah então você acha que ela é boa demais pra que eu fale dela? Mas eu acho que ela se acha boa demais pra você também por isso que ela te deixou e arrumou outro.


Claude: Eu vou embora, porque non pretendo discutir minha vida pessoal com umazinha como você e pode ficar tranquila que eu mandarei o meu motorista vir lhe entregar um cheque pra cobrir todos os gastos que você possa ter tido comigo...


Rosa: Seu cretino você pode enfiar o seu cheque, onde achar melhor...


Claude: Sua desbocada...


Rosa: Mereceu o chifre que aquela perua colocou em você, seu francês metido.


Claude: Louca, desequilibrada barraqueira...


Rosa pegou um vaso que estava perto de sua cama e lançou contra ele, que saiu correndo do quarto.


Claude: Mulherzinha sem classe... Gritou ele saindo do quarto.


Rosa: Eu posso até não ter classe, mas eu sou muito mais decente do que aquela safada da sua noiva...


Claude: Sua desclassificada, maldita hora que eu entrei naquele restaurante ontem.


Rosa: Vai mesmo atrás daquela safada que tava te traindo, seu idiota.


Claude: Mon Die eu espero nunca mais encontrar com essa mulherzinha na minha vida, ham... Eu mereço issi mesmo pra que fui beber tanto, aí que dor de cabeça, ainda fica pior com essa maluca gritando... Quando Claude vai saindo ele esbarra em Pepa.


Pepa: Madona mia, não tá me vendo?


Claude: Como não poderia, com a senhora desse tamanho todo?


Pepa: Grosso, só podia tá mesmo andando com Serafina.

Claude: A senhora vê se non me enche, hein... Diz e sai andando.

Pepa: Mas essa Serafina além de tudo agora anda trazendo homens pro nosso cortiço, esse cortiço aqui é de família não é nenhum bordel não, ta ouvindo... Diz Pepa bem alto pra que Rosa escutasse... CONTINUA... RSRSRS...

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