Na mansão
Geraldy...
Henrique pai de
Claude fez fortuna no Brasil com sua construtora, era um homem muito rico e
poderoso, todos tinham muito respeito por ele, menos Dadi que cuidava dele como
se ele fosse um bebê...
Henrique:
Dadiiiiiiiiiiiiiiii...
Dadi vem ver o que
seu patrão quer e diz...
Dadi: Não precisa
gritar, estou aqui e não sou uma velha surda como o senhor.
Henrique: Olhe o
respeito, insolente!!
Dadi: O que
deseja?
Henrique: Meu
cachimbo.
Dadi: O senhor não
pode fumar cachimbo.
Henrique: Mas eu
quero.
Dadi: Vai ficar
querendo.
Henrique: Você é
uma chata sabia só não te mando embora porque sei que o Claude vai atrás de
você em qualquer lugar que esteja.
Dadi: O senhor me
adora, porque cuido muito bem do senhor.
Henrique: Te adoro
como adoro jiló.
Dadi: Está na hora
do seu remédio vou buscar...
Henrique: Aproveita
e traga meu whisky.
Dadi: O senhor não
pode beber, mas trago um suco de laranja.
Henrique:
Empregada abusada, isso que você é...
Dadi vira as
costas para o velho francês que começa resmungar enquanto ela vai buscar o
remédio...
Ela volta com suco
e seus remédios...
Dadi: Tome!! Falou
dando nas mãos dele os remédios.
Henrique: Aonde
está Freitas que não chega nunca, já faz mais de duas horas que liguei pra ele
vir aqui... Falou tomando seu remédio.
Dadi: Não seja
caduco, não faz nem dez minutos que o senhor ligou pra ele, com certeza ainda
deve estar em casa.
Henrique: Estou
cercado por incompetente e você é uma dessas pessoas.
Dadi: Não seja mal
agradecido.
Henrique: Hahaha,
ainda tenho que ser grato por ter você na minha vida?
Dadi: Tem sim
senhor... Nesse momento toca a campainha e o velho fala...
Henrique: Deve ser
o Freitas.
Dadi: Não é não
daria tempo.
Henrique: Não
fique me olhando feito uma pateta, vai atender a porta.
Dadi foi atender e
viu que era Nara, pelo vidro da porta.
Dadi: É dona Nara.
Henrique: Deve
estar atrás de Claude, cansativa essa moça, hein! Mas foi muito bom ela vir...
Falou dando um sorrisinho.
Dadi abre a porta
e Nara entra na mansão...
Nara: Oi Dadi,
onde está Claude?Falou o procurando pela sala.
Dadi: Não está.
Nara: Onde ele
foi?
Henrique que
estava em sua cadeira de rodas motorizada foi até a sala e disse...
Henrique: Está na
França.
Nara: Oi Dr.
Henrique, como vai?
Henrique:
Morrendo!
Nara: Que horror!
Henrique: O que se
espera de um velho doente, só a morte, não é mesmo?
Dadi: Às vezes ele
exagera.
Nara revirou os
olhos e disse.
Nara: O que o
Claude foi fazer na França?
Henrique:
Negócios.
Nara: Mas ele nem
me avisou que ia viajar.
Henrique: Você
avisa a ele todos os seus passos?
Nara ficou sem
graça, aquele velho tinha o poder de fazer as pessoas ficarem sem graça.
Nara: Claro que
sim.
Henrique: Duvido!!
Nara: O que quer
dizer com isso?
Henrique: Duvido
que diga a meu filho todas as vezes que vai se encontrar com Julio, aquele
funcionário exibicionista da minha empresa.
Nara ficou pálida,
Dadi ficou envergonhada com o assunto, pediu licença e saiu.
Nara: Do que está
falando? Quem é Julio?
Henrique: Sabe de
uma coisa, Nara, costumo lidar com pessoas burras, mas você é diferente.
Nara ficou
irritada e disse.
Nara: O senhor está
me chamando de burra?
Henrique: Não!!
Claro que não, disse que você é diferente, eu disse que estou acostumado a
lidar com pessoas burras, mas você é muito mais que burra, chega a ser
patética.
Nara: Eu não vou
admitir que o senhor me insulte assim, Claude vai saber disso.
Henrique: Cala a
boca, você poderia ter feito um ótimo casamento com o Claude, se fosse uma
mulher decente, ele gosta muito de você, infelizmente. Mas como você além de
burra, é também uma vagabunda que se esfrega com qualquer que te de atenção.
Nara se virou indo
em direção da porta.
Henrique: Você
achou mesmo que eu ia permitir que uma mulher como você enganasse meu filho?
Nara: Já disse que
não sei do que o senhor está falando.
Henrique: E eu já
disse que odeio seu teatrinho?? Gritou o velho... Não me venha com essa história
de que não sabe do que estou falando, se tem uma coisa que odeio é quando uma
pessoa subestima minha inteligência, eu sei de tudo, Nara, sei até os horários
que você se encontrava com seu amante.
Nara ficou tremendo...
Henrique: Quero
que termine tudo com meu filho, não quero ter que falar pra ele sobre seus
casos, por isso tenha um pouquinho de dignidade e saia da vida do meu filho.
Nara: O Claude
nunca vai aceitar que eu termine, ele me ama.
Henrique: Escuta aqui
menina, eu não estou pedindo, estou mandando, que termine tudo com Claude, se
não fizer isso, seu pai será escorraçado da minha empresa, com a ficha mais
suja que um desses políticos de Brasília, você me conhece e sabe do meu poder,
eu posso até fazer com que acreditem que ele estava me roubando, sabia? Já
pensou Egidio e sua querida filha na lama?
Nara: O senhor não
pode fazer isso, pense no Claude, ele vai sofrer, por favor... Implorou Nara.
Henrique: Termine
com ele ou sua família vai saber o que significa sarjeta... Disse isso e
apertou o botão de sua cadeira elétrica e saiu da sala.
Nara: Velho
desgraçado!! Nara saiu bufando da mansão.
Dadi: O senhor não
devia ter feito isso, quando Claude souber vai ficar magoado.
Henrique: Melhor
magoado, do que corno!
Nesse momento a
campainha toca novamente, dessa vez é Freitas...
Dadi: Aqui está o
Freitas.
Henrique: Eu já o vi,
não sou cego, sente-se Freitas... Falou indicando um lugar para Freitas se
sentar... Agora pode sair intrometida... Disse ele a Dadi que estava parada
olhando pra ele.
Dadi revirou os
olhos abaixou e falou no ouvido de Freitas...
Dadi: Hoje ele está
pior do que de costume. Está igual um dragão cuspindo fogo em todo mundo.
Freitas: Já
percebi! Disse sorrindo.
Henrique: Ande,
pare de falar mal de mim e saia preciso falar um assunto particular com
Freitas.
Dadi: Sim senhor...
Disse saindo.
O velho francês
teve uma reunião a portas fechadas com Freitas, que saiu de lá todo misterioso com
um envelope nas mãos.
Na cozinha...
Socorro era
cozinheira da mansão e também muito curiosa...
Socorro: O que
será que esse velho tanto fala com o Dr. Freitas hein.
Dadi: Não sei, mas
só pode ser negócios...
Henrique: Parem de
fuxicar da minha vida, Dadi diga para Rodrigo preparar o carro que preciso
sair.
Dadi: Mas aonde o
senhor vai a essa hora?
Henrique: Não é da
sua conta... Falou virando aquela cadeira em direção da sala.
Dadi: Esse homem
está cada vez, mais ranzinza... Falou Dadi indo falar com Rodrigo.
Um tempo depois...
Rodrigo já
aguardava Henrique com o carro na porta da mansão...
O velho francês se
levanta daquela cadeira e vai andando até o carro...
Rodrigo abre a
porta para ele e ao se sentar no lugar do motorista diz...
Rodrigo: Para onde
vamos, doutor?
Henrique da um
sorriso e diz...
Henrique: O lugar
de sempre, Rodrigo, cuidado no caminho, essas estradas pro interior estão
péssimas.
Rodrigo: Sim
senhor.
Serafina Rosa era
uma moça muito humilde que morava no bexiga e trabalhava na pizzaria La Mama
Pepa, que era do casal Pepa e Afrânio, Pepa era uma imigrante italiana como os
pais de Serafina Rosa que melhorou de vida no Brasil abrindo essa pizzaria com o seu marido, mas era uma patroa
muito exigente, Rosa só aturava trabalhar ali, porque tinha que mandar dinheiro
pra ajudar sua mãe que morava no interior com uma tia idosa.
Pepa: Fran Fran,
você tem que ser mais duro com os funcionários...
Afrânio: Ain meu
panetone, já não disse pra você não me chamar assim aqui na pizzaria? Alguém
pode ouvir...
Pepa: Amore
estamos sozinhos e não mude de assunto, você tem que apertar essa gente eles
não querem nada com o serviço, principalmente a Serafina.
Afrânio: Ah minha
caçarola não fale assim, todos os nossos funcionários dão um duro danado aqui
na pizzaria, a Serafina inclusive.
Pepa: E não me
venha cheio dos elogios não porque quando você quer me dobrar você usa essa artimanha
de meu panetone pra lá, minha caçarola pra cá, você tem que parar de defender
esse povo principalmente aquela lá, ela é uma malandra não quer nada com o
serviço.
Afrânio: Amore não
fala assim ela é uma boa moça...
Pepa: Ela é uma
sonsa isso sim, só não a mando embora porque gosto muito da mãe dela, quando
chegamos no Brasil ela nos ajudou muito, agora vamos trabalhar e olho nessa
gente.
Afrânio: Ta bom
meu tiramisu de framboesa... Diz Afrânio jogando um beijo e piscando pra
esposa.
A Pizzaria estava
como sempre cheia de gente, Serafina estava lavando os pratos e pra variar
deixou que um caísse e se quebrasse...
Pepa: Madona mia,
você quer me levar à falência.
Rosa: Desculpa D.
Pepa, escorregou da minha mão.
Pepa: O problema é
que você parece que tem as mãos encerada, vive deixando tudo cair, se não fosse
pela sua mãe você não estaria mais trabalhando no meu estabelecimento, sua
desastrada.
Rosa: Desculpa D.
Pepa isso não vai se repetir... Falou isso, mas pensou ** Velha chata, ai se eu pudesse saia daqui
e nem olhava mais para trás, ain nossa senhora da Achiropita, faz acontecer um
milagre comigo...** Pedia em pensamento.
Afrânio: Não seja
tão dura com a menina, Pepinha.
Pepa: E você não
defenda ela, isso vai ser descontado mais uma vez do seu salário, ouviu bem...
Rosa: Sim senhora.
Pepa saiu dali e
já gritava com outro funcionário...
Pepa: Francesco o
que você esta fazendo... Gritava Pepa para o rapaz que limpava a mesa... Dio
Santo limpa essa mesa direito, quer me levar a falência você também, assim não
me entra mais um cliente nessa pizzaria.
Nesse momento
entra na pizzaria, Freitas e vai de encontro a Afrânio e diz...
Freitas: Por
favor, a senhorita Serafina Rosa trabalha aqui?
Afrânio: Trabalha
sim senhor...
Freitas: Preciso
que entregue esse envelope para ela, somente para ela... Falou deixando o
envelope na mesa.
Afrânio: Sim
senhor, mas quem é... Afrânio se virou e quando se deu conta Freitas não estava
mais ali... Parece um fantasma... Falou com medo.
Pepa se aproxima e
pergunta...
Pepa: O que foi
amore?
Afrânio: Aquele
senhor deixou esse envelope pra Serafina.
Pepa: Me de aqui,
quero ver... Ela tenta pegar.
Afrânio: Amore...
Ele falou que tinha que entregar a ela... Falou Afrânio indo levar o tal
envelope para Rosa... Serafina um senhor muito bem vestido veio entregar isso
pra você.
Rosa: Pra mim?
Pepa: Só pode ser
conta. Ou coisa pior.
Afrânio: Eu não o
conheço, mas ele disse que teria que entregar em suas mãos, deve ser muito
importante.
Rosa: Dio Santo,
será mais contas pra eu pagar?
Pepa: Claro que é,
abra de uma vez e volte ao trabalho... Rosa abriu o envelope lentamente com
medo do que fosse uma conta muito alta pra ela pagar, ela ficou lendo
atentamente sem dizer uma palavra, Pepa já roia as unhas de curiosidade e
disse...
Pepa: Madona mia,
em que encrenca você se meteu, Serafina?
Rosa lia que ali
tinha uma proposta de trabalho na empresa Geraldy, em anexo uma carta que ela
tinha que apresentar para Dr. Egidio quando se apresentasse na empresa.
Rosa: Dio Santo...
Diz Rosa eufórica.
Pepa: Fala menina,
o que que foi? Você vai presa porque não pagou alguma conta é isso né, eu sabia
você tem cara de marginal mesmo.
Rosa começa a
arrancar o avental que estava amarrado em sua cintura e vai andando pela
pizzaria, falando bem alto...
Rosa: D. Pepa eu só
tenho uma coisa a dizer pra senhora, nunca mais terei que aguentar os seus
ataques de loucura, nem seus gritos, sua voz parece uma taquara rachada,
sabia?!
Pepa: Desaforada,
não vou permitir que fale assim comigo, hein.
Rosa: Eu é que não
vou permitir que a senhora me trate mal novamente, a senhora é uma bruxa...
Afrânio: Fina o
que é isso? Falou Afrânio embasbacado com a ousadia de Rosa.
Rosa: O senhor é
um homem bom, seu Afrânio, não merecia uma mulher dessas.
Pepa: Dessa vez eu
não vou relevar Serafina, nem mesmo pela sua mãe.
Rosa: Deixe a
minha mãe fora disso, e quem não vai relevar sou eu D. Pepa, eu me demito...
Pepa: Ohh... Diz
espantada.
Rosa: Eu se fosse
a senhora fechava a boca, vai que entra uma barata voadora... Falou olhando
todos os clientes... Sim, porque nessa pizzaria tem barata se vocês querem
saber... Rosa grita e todos os clientes vão levantando e saindo da pizzaria,
todos os empregados param pra olhar Rosa gritando e podia ser visto na cara de
todos que tinham vontade de fazer o mesmo.
Pepa: Sua louca,
você quer acabar com a reputação do meu estabelecimento...
Rosa: Isso aqui
não tem reputação nenhuma, fique sabendo e pode ficar com essa merreca que a
senhora chama de salário que me pagava, pra comprar seus pratos, aproveite e
dedetize esse lugar, apesar de que a pior barata que tem aqui é a dona da
pizzaria...
Pepa: Sua...
Sua... Saia daqui e não volte nunca mais... Falou Pepa explodindo de raiva.
Rosa: Isso a
senhora pode ficar tranquila porque não pretendo pisar nessa pocilga nunca
mais... Diz Rosa saindo sem olhar pra traz, com um lindo sorriso nos lábios...
Na pizzaria todos
riem de Pepa, que fica furiosa.
Pepa: Todo mundo
volte ao trabalho, quero esquecer que essa cretina da Serafina trabalhou
aqui... Gritou ela.
Afrânio: Não fica
assim, amore... Falou Afrânio querendo amansar a fera.
Pepa: Me deixa
Afrânio, me deixa... Disse indo pra cozinha.
No dia seguinte
Rosa chega bem cedo na Construtora Geraldy.
Ela fica observando
aquele monte de gente trabalhando, todos com muita pressa...
Silvia: O que
deseja?
Rosa: Oi bom dia,
como vai? Meu nome é Rosa, Serafina Rosa... Falou Rosa educadamente... Mas pode
me chamar de Rosa.
Silvia: Muito
prazer, meu nome é Silvia, o que deseja?
Rosa: Eu recebi
essa carta... Falou mostrando a carta que havia recebido.
Silvia: Hum...
Aqui diz que precisa falar com o Dr. Egidio. Me acompanhe... Silvia vai ate a
sala de Egidio que se encontra ocupado.
Egidio: Por favor,
Silvia, estou cheio de coisas pra resolver, já disse que não queria ser
incomodado... Falou grosseiramente.
Silvia: Desculpa,
doutor, mas essa moça chegou aqui com essa carta.
Egidio olhou Rosa
dos pés a cabeça e viu uma moça simples, ele fechou a cara, pois como era muito
esnobe não gostava de resolver nada com pessoas simples como Rosa.
Egidio: Era só o
que me faltava... Falou pegando a carta, na carta estava escrito que ele,
deveria ver uma colocação para ela ali na empresa, estava assinada por
Freitas... O que significa isso?
Rosa: Um emprego
pra mim.
Egidio: A troco de
que, Freitas quer que você trabalhe aqui? O que você é dele?
Rosa: Nada, mas
mandei currículo pra tanto lugar que eu acho que um deles deve ter caído nas mãos
dele.
Egidio: O que você
sabe fazer?
Rosa: Tudo. Eu fiz
um curso de computação e sei digitar bem rápido...
Egidio: Isso não
me basta, preciso de gente com experiência, pegue essa carta e vá pra casa... Falou
jogando a carta na direção dela, Rosa contou ate três pra não xingá-lo, pois
seu sangue quente de italiano já estava fervendo... Agora saiam eu tenho muito
o que fazer.
As duas saíram da
sala de Egidio...
Silvia: Não fica
assim, olha daqui a pouco o Dr. Freitas vai vir aqui, eu vou dar um jeito pra você
falar com ele pessoalmente, mas você não pode ficar aqui, senão se o Dr. Egidio te ver ele briga comigo.
Rosa sorriu e
instintivamente deu um abraço forte em Silvia.
Rosa: Muito
obrigada, não se preocupe, vou ficar escondida no banheiro, quando esse doutor
ai chegar você me chama ta?
Silvia: Perfeito!!
Não demorou muito
Freitas chega e vai para sua sala.
Freitas: Bom dia
Frazão.
Frazão: Bom dia,
Freitas.
Freitas: Tem
falado com o Claude?
Frazão: Sim, acho que
chega amanhã.
Freitas: Amanhã?
Mas ontem estive com Dr. Henrique e ele não me disse nada.
Frazão: Por favor,
nem fale pro velho, acho que Claude vem uns dias antes porque quer ficar com
Nara, já que foi pra França sem nem avisá-la.
Freitas: Agora
entendi.
Não demorou muito
Silvia, bateu na porta e Freitas deu permissão para que entrasse...
Silvia: Doutor,
tem uma moça aqui que precisa falar com o senhor.
Freitas: Quem é?
Silvia vai até a
porta e chama Rosa...
Silvia: Essa é
Rosa.
Freitas: Quem é
você, desculpa, mas não estou lembrado de você... Falou olhando pra ela
tentando lembrar-se de onde a conhecia.
Rosa: Sou Serafina
Rosa... Ele continuou sem se lembrar... Serafina Rosa Petroni, o senhor foi
onde eu trabalhava levar essa carta pra mim... Freitas se lembrou imediatamente
de quem se tratava.
Freitas: A sim,
claro! Você está com algum problema?
Silvia: O Dr.
Egidio não cumpriu suas ordens.
Freitas: Ahh não?
Pois vamos ver se ele não vai cumprir minhas ordens agora... Disse isso e saiu
deixando todos confusos, Frazão que ouvia tudo foi até Silvia e perguntou o que
estava acontecendo. Silvia explicou apenas o que sabia o que fez Frazão tirar
conclusões precipitadas.
Rosa se sentiu uma
intrusa ali...
Frazão muito simpático
chegou até ela e disse...
Frazão: Prazer meu
nome é Frazão, sou advogado da empresa, você conhece Freitas a muito tempo?
Rosa: Não o
conheço.
Frazão: Ah
entendi... Falou dando um sorrisinho sem vergonha.
Rosa ficou
vermelha e pensou ** Hum, que pense o que quiser estou aqui para trabalhar**
Freitas entrou na
sala de Egidio sem bater...
Freitas: Por que
não fez o que eu disse que fizesse na carta?
Egidio: Que carta?
Freitas: A carta
que aquela moça lhe apresentou.
Egidio: Olha aqui,
Freitas, não é porque você é o puxa saco oficial do velho que eu vou ficar
mimando suas namoradinhas.
Freitas: Escute
aqui você, seu idiota, essa moça trabalhar aqui são ordens lá de cima, Dr.
Henrique ficaria muito furioso se uma ordem dele não fosse cumprida, não é isso
que você quer, é?
Egidio: Pode mandá-la
de volta, vou ver o que posso fazer... Falou com raiva.
Freitas: Ah que
bom, vejo que estamos nos entendendo... Falou isso e saiu da sala.
Já na sala de
Freitas...
Freitas: Silvia,
leve a Srta Serafina Rosa até a sala do Dr. Egidio, parece que ele vai passar a
ela o que precisa fazer.
Rosa deu um
sorriso lindo e disse...
Rosa: Muito
Obrigada... Falou abraçando Freitas sem querer.
Frazão sorriu já
pensando besteira.
À noite Freitas vai
à mansão de Henrique, que mandou chamá-lo...
Freitas: O senhor
mandou me chamar?
Henrique: Mandei
sim, me conte tudo como foi o primeiro dia de trabalho dela?
Freitas: Até que
podemos dizer que foi bem...
Henrique: Por quê?
O que aconteceu?
Freitas: Digamos
que ela é um pouquinho estabanada...
Henrique: Deixa
muitas coisas caírem no chão?
Freitas: Entre
outras coisas,
Henrique ri e
diz...
Henrique: No
inicio a mãe dela também era assim.
Freitas: Mas ela é
uma boa moça, aprende rápido em breve será uma ótima funcionária...
Henrique: E me diga
como ela é? É bonita?
Freitas ri e
diz...
Freitas: É sim uma
moça muito bonita...
Henrique: Então
ela puxou a mãe, sempre foi uma mulher lindíssima Amália...
Freitas: O senhor
tem alguma recomendação em especial a respeito dela?
Henrique: Não,
pode continuar do jeito que está, mas fica de olho nela pra mim.
Freitas: Está bem,
era só isso?
Henrique: Era sim,
qualquer coisa você me fala.
Freitas: Pode
deixar doutor e tenha uma boa noite...
Henrique: Uma boa
noite pra você também, onde esta Dadi pra acompanhar você até a porta...
Freitas: Não precisa
doutor.
Henrique: Precisa
sim, Dadiii, cadê você sua velha enxerida?
Dadi: To aqui Dr.
Henrique, o que o senhor deseja?
Henrique: Quero
meu whisky e meu charuto, mas primeiro acompanhe o Freitas ate a porta...
Dadi: Das três
coisas que o senhor me pediu, só posso fazer a última...
Henrique: Sua
petulante, eu sou o seu patrão eu pago o seu salário.
Dadi: Eu sei sim
senhor e é pra que o senhor continue pagando mesmo que eu cumpro as ordens do
seu médico... Virou-se pra Freitas e disse... Vamos Dr. Freitas eu acompanho o
senhor.
Henrique: Sua
insubordinada, subversiva, você não perde por esperar...
Egidio foi
obrigado a aceitar Rosa trabalhando na empresa, mas jurou que isso não ficaria
assim, atormentaria tanto ela até que desistisse do emprego, dando a ela só
serviços fora da empresa e teria que sair várias vezes...
Naquele mesmo dia
já era noite...
Egidio: Quero que
tire trinta copias desses documentos.
Rosa: Mas
agora?Disse olhando o relógio e vendo que já passava de sua hora de sair.
Egidio: Sim, claro
que sim, ou você vai se negar a fazer?
Rosa respirou
fundo vendo que ele a provocava o tempo todo.
Rosa: Não!! Posso
fazer tudo o que o senhor me mandar fazer, sem reclamar... Disse pegando a
pilha pesada de papéis que Egidio fez questão de empurrá-los contra o corpo
dela.
Rosa quase se
desequilibra e cai, mas se segurou firme e saiu da sala indo tirar as tais cópias,
chegando à sala de arquivos onde tinha uma maquina de fotocópias, ela começou a
tirar as copias, estava com pressa e a tal maquina não cooperou, de repente
parou de funcionar...
Rosa batia nela,
apertava os botões, e nada de funcionar, não podia ir até a sala de seu chefe e
reclamar da máquina, se era isso que ele estava esperando, ele então que
esperasse sentado, pois ela não pediria ajuda a ele, decidiu ela mesma resolver
o problema, abrindo a tal máquina, quando de repente montanhas de papeis
começam a sair rapidamente da máquina voando por toda a sala, Rosa se desespera
tentando catar os papéis, mas era inútil...
Egidio que já
esperava que isso acontecesse, pois sabia muito que essa máquina estava com
problemas foi até a sala de arquivos e se deparou com a sala toda cheia de papéis
espalhados.
Egidio: O que
pensa que está fazendo?
Rosa: Não foi
culpa minha, essa maquina que tá maluca.
Egidio: Você
estragou a máquina sua incompetente, saia daqui agora mesmo... Falou bravo.
Rosa: Mas doutor
eu juro que não fiz nada.
Egidio: Você não
serve pra trabalhar aqui. Agora saia!!!
Rosa saiu antes
que ele gritasse ainda mais... Chegou em casa triste, pensando que no outro dia
seria demitida, pensou até em não ir mais.
Mas seu celular
toca ela sorri quando vê que é sua mãe...
Rosa: Mamãe, que
bom que ligou.
Amália: Minha
filhinha liguei pra saber como foi no seu novo emprego.
Rosa: Não muito
bem, tenho um chefe que é um chato, sabe como é né sou meio atrapalhada e acabei
estragando uma máquina, acho que nem vou voltar lá amanhã, vai que eles cismam
em cobrar de mim essa máquina.
Amália: Não
senhora, vai voltar lá sim, nem parece minha filha, desistindo de uma coisa sem
nem tentar, por favor, Serafina, me prometa que amanhã cedinho você estará lá
nessa empresa e faça tudo para que seu chefe não tenha o que falar de você.
Rosa: Mas mamãe!!
Amália: Mas nada,
agora tome um banho relaxe coma alguma coisa e descanse, meu amor, a mamãe está
morrendo de saudades, beijos! Falou isso e desligou o celular.
No dia seguinte
Rosa fez o que sua mãe falou, acordou cedo e chegou antes de todos na empresa,
arrumou toda a bagunça que a máquina tinha feito, tirou as copias que precisava
e foi para sala de Egidio, lá ela deixou tudo arrumado também e viu uma
cafeteira numa mesinha decidiu fazer café, quem sabe assim apagaria a má
impressão que seu chefe teve dela.
Nesse momento Egidio
chega e entra na sala...
Egidio: O que está
fazendo aqui?
Rosa: Bom dia,
doutor, aqui estão as copias que me pediu ontem, estou fazendo um cafezinho
para o senhor.
Egidio revirou os
olhos e se sentou em sua cadeira, estava certo de que ela não voltaria depois
do grito que ele deu por causa da máquina, ** Que menina insistente, mas não vou deixar que ela
cresça aqui, se é a queridinha do velho então vai ficar com ele, não aqui, vou
fazer da vida dela um inferno..** Pensou Egidio. Na verdade a vontade dele era
de mandá-la embora, mas não podia.
** Acho que vou levar uma
xícara de café pra ele** Pensou
Rosa já colocando o café que acabara de fazer em uma xícara.
Só que muito
desastrada assim que chegou perto de Egidio tropeçou no tapete da sala e acabou
derrubando o café quente nele, que pulou ao sentir o liquido quente transpassar
sua camisa importada.
Egidio: Suma
daqui... Gritou ele.
Rosa saiu antes
que ele a estrangulasse..
Silvia vê Rosa
saindo da sala de Egidio e vai conversar com ela.
Silvia: O que foi?
Rosa: Eu sou uma
desastrada mesmo, eu queimei o homem todo.
Silvia: Como
assim? Perguntou assustada.
Rosa: Fui dar à
ele uma xícara de café e acabei derrubando nele.
Silvia riu e
disse...
Silvia: Ah, não
fica assim, isso não é nada, sinto pelo café que foi desperdiçado naquele
homem, kkkk, ninguém aqui gosta dele, mas já faz anos que ele é um dos chefes
aqui, e a filha dele namora o filho do dono, por ai você já pode ver o porquê
dele ainda está aqui não é?
Rosa: Ai Dio
Santo, o que vai ser de mim, tenho até medo quando ele sair dessa sala.
Silvia: Enquanto
ele resolve o que fazer com você, vem comigo vou te apresentar a todos que
trabalham aqui na recepção... Silvia foi até a mesa de Janete e a apresentou...
Janete essa aqui é a Rosa, ela ta trabalhando aqui, não sabemos ainda o que ela
vai fazer. Dr. Egidio que vai resolver isso.
Janete: Como vai
Rosa, seja bem vinda, aqui é muito bom de trabalhar as pessoas são bem legais,
tirando seu Egidio é Claro.
Silvia: Rum!! E o
Dr. Claude né amiga, ele te sacrifica.
Janete: Nem tanto,
eu gosto do meu trabalho e Dr. Claude não é assim tão ruim.
Silvia: Ele é um
esnobe isso sim, ele faz você trabalhar
feito um burro de carga, sabendo que você tem uma filha pequena e é mãe
solteira ele podia ter um pouquinho de consideração, afinal faz muito tempo que
você trabalha aqui.
Janete era secretária
de Claude, era mãe de uma menininha e era solteira, as vezes quando chegava em
casa sua filha já estava dormindo, porque Claude exigia o Máximo dela, sem
pensar na sua vida pessoal.
Rosa escutava
aquilo tudo admirada de como podia existir pessoas assim como Claude.
Silvia: Bom mesmo
é meu chefe, ele é adorável, sempre me trás uma flor é tão carinhoso. Dr.
Frazão é um príncipe!
Janete: Claro ele
te canta todos os dias... kkkkk.. Disse rindo.
Rosa: Dr. Freitas
também é um homem bom.
As duas ficaram
olhando pra ela e depois riram.
Rosa: Por que
estão rindo?
Janete: O Dr.
Freitas é um ótimo patrão sim, mas com você é todo especial... kkk...
Rosa: Não é nada
do que você ta pensando... Falou brava.
Silvia: Calma!!
Ninguém ta pensando nada, vocês são adultos e livres podem fazer o que quiser.
Rosa: Mas... Nesse
momento Egidio sai da sala e grita...
Egidio: Rosaaaa..
Rosa vai ao
encontro dele e diz...
Rosa: Sim, doutor?
Egidio: Preciso
que leve esses documentos para que esse empresário assine pra mim, vou lhe dar
o endereço.
Rosa: Sim senhor.
Egidio tinha já em
mente um plano, deu esse trabalho pra ela fazer, mas iria dar o endereço errado
e sabendo que ela era toda atrapalhada, com certeza perderia aqueles papeis e
assim não teria como ela ficar trabalhando ali.
Egidio deu o
endereço de um restaurante...
Egidio: É um pouco
longe daqui, mas pode pegar um táxi que a empresa paga, preciso que entregue
esses documentos ao senhor Rodolfo ele vai almoçar todos os dias nesse local.
Rosa: Pode deixar
comigo... Disse feliz por ele não tê-la mandado embora e saiu rápido.
No restaurante...
Rosa: Como não tem
reserva pra ninguém com esse nome? Olha ai direito, Albuquerque, Rodolfo
Albuquerque.
Maitre: Mas
senhora eu já disse não tem reserva pra ninguém com esse nome.
Rosa: Você deve tá
enganado, porque eu não me enganaria o meu chefe falou pra eu vir aqui e
entregar esses documentos pra esse senhor.
Maitre: Mas
infelizmente a senhora deve ter se enganado...
Rosa: Enganado
deve tá você meu filho, primeiro porque eu sou uma senhorita, tá vendo alguma
aliança aqui na minha mão?... Diz Rosa levantando a mão pra mostrá-la ao
maitre, nesse exato momento um garçom vinha passando com uma bandeja com um
copo de água e vinha entrando um homem, Rosa acerta a mão na bandeja e voa o
copo d’água e cai exatamente em cima do homem...
Claude: Mon Die
olha só o que a senhora fez...
Rosa fica parada
admirando a beleza daquele homem, então ela diz...
Rosa: Desculpe não
foi a minha intenção...
Claude: Non foi
sua intençon só que agora eu vou ter que me encontrar com minha noiva assim
todo molhado...
Rosa não sabia por
que, mas ao escutar que ele se encontraria com sua noiva, fez com que tivesse
um aperto no peito.
Rosa: Me desculpe,
se o senhor quiser eu posso ajudar o senhor a se secar... Falou se aproximando
dele, já querendo limpar o terno dele.
Claude: Non toque
em mim, a senhora já fez um estrago muito grande non quero que piore ainda
mais, olhe só o meu Armani novin mon Die...
Rosa: Se quiser eu
posso te comprar outro.
Claude: Você nem
imagina quanto custa um Armani non é mesmo? Pois fique você sabendo que non
conseguiria comprar um boton dos meus ternos, ham.
Rosa ficou
indignada com a prepotência daquele homem, **Que sujeitinho esnobe, quem ele pensa que é o dono do
mundo...**
Maitre: O senhor
pode me acompanhar, sua mesa é a de sempre estávamos só aguardando o senhor...
Ele sai em direção à mesa e diz...
Claude: Esse
restaurante já foi melhor frequentado, ham... Disse se sentando à mesa, com ar
de dono do mundo... CONTINUA... RSRSRS...
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