sábado, 12 de abril de 2014

Capítulo 1


Na mansão Geraldy...


Henrique pai de Claude fez fortuna no Brasil com sua construtora, era um homem muito rico e poderoso, todos tinham muito respeito por ele, menos Dadi que cuidava dele como se ele fosse um bebê...


Henrique: Dadiiiiiiiiiiiiiiii...


Dadi vem ver o que seu patrão quer e diz...


Dadi: Não precisa gritar, estou aqui e não sou uma velha surda como o senhor.


Henrique: Olhe o respeito, insolente!!


Dadi: O que deseja?


Henrique: Meu cachimbo.


Dadi: O senhor não pode fumar cachimbo.


Henrique: Mas eu quero.


Dadi: Vai ficar querendo.


Henrique: Você é uma chata sabia só não te mando embora porque sei que o Claude vai atrás de você em qualquer lugar que esteja.


Dadi: O senhor me adora, porque cuido muito bem do senhor.


Henrique: Te adoro como adoro jiló.


Dadi: Está na hora do seu remédio vou buscar...


Henrique: Aproveita e traga meu whisky.


Dadi: O senhor não pode beber, mas trago um suco de laranja.


Henrique: Empregada abusada, isso que você é...


Dadi vira as costas para o velho francês que começa resmungar enquanto ela vai buscar o remédio...


Ela volta com suco e seus remédios...


Dadi: Tome!! Falou dando nas mãos dele os remédios.


Henrique: Aonde está Freitas que não chega nunca, já faz mais de duas horas que liguei pra ele vir aqui... Falou tomando seu remédio.


Dadi: Não seja caduco, não faz nem dez minutos que o senhor ligou pra ele, com certeza ainda deve estar em casa.


Henrique: Estou cercado por incompetente e você é uma dessas pessoas.


Dadi: Não seja mal agradecido.


Henrique: Hahaha, ainda tenho que ser grato por ter você na minha vida?


Dadi: Tem sim senhor... Nesse momento toca a campainha e o velho fala...


Henrique: Deve ser o Freitas.


Dadi: Não é não daria tempo.


Henrique: Não fique me olhando feito uma pateta, vai atender a porta.


Dadi foi atender e viu que era Nara, pelo vidro da porta.


Dadi: É dona Nara.


Henrique: Deve estar atrás de Claude, cansativa essa moça, hein! Mas foi muito bom ela vir... Falou dando um sorrisinho.


Dadi abre a porta e Nara entra na mansão...


Nara: Oi Dadi, onde está Claude?Falou o procurando pela sala.


Dadi: Não está.


Nara: Onde ele foi?


Henrique que estava em sua cadeira de rodas motorizada foi até a sala e disse...


Henrique: Está na França.


Nara: Oi Dr. Henrique, como vai?


Henrique: Morrendo!


Nara: Que horror!


Henrique: O que se espera de um velho doente, só a morte, não é mesmo?


Dadi: Às vezes ele exagera.


Nara revirou os olhos e disse.


Nara: O que o Claude foi fazer na França?


Henrique: Negócios.


Nara: Mas ele nem me avisou que ia viajar.


Henrique: Você avisa a ele todos os seus passos?


Nara ficou sem graça, aquele velho tinha o poder de fazer as pessoas ficarem sem graça.


Nara: Claro que sim.


Henrique: Duvido!!


Nara: O que quer dizer com isso?


Henrique: Duvido que diga a meu filho todas as vezes que vai se encontrar com Julio, aquele funcionário exibicionista da minha empresa.


Nara ficou pálida, Dadi ficou envergonhada com o assunto, pediu licença e saiu.


Nara: Do que está falando? Quem é Julio?


Henrique: Sabe de uma coisa, Nara, costumo lidar com pessoas burras, mas você é diferente.


Nara ficou irritada e disse.


Nara: O senhor está me chamando de burra?


Henrique: Não!! Claro que não, disse que você é diferente, eu disse que estou acostumado a lidar com pessoas burras, mas você é muito mais que burra, chega a ser patética.


Nara: Eu não vou admitir que o senhor me insulte assim, Claude vai saber disso.


Henrique: Cala a boca, você poderia ter feito um ótimo casamento com o Claude, se fosse uma mulher decente, ele gosta muito de você, infelizmente. Mas como você além de burra, é também uma vagabunda que se esfrega com qualquer que te de atenção.


Nara se virou indo em direção da porta.


Henrique: Você achou mesmo que eu ia permitir que uma mulher como você enganasse meu filho?


Nara: Já disse que não sei do que o senhor está falando.


Henrique: E eu já disse que odeio seu teatrinho?? Gritou o velho... Não me venha com essa história de que não sabe do que estou falando, se tem uma coisa que odeio é quando uma pessoa subestima minha inteligência, eu sei de tudo, Nara, sei até os horários que você se encontrava com seu amante.


Nara ficou tremendo...


Henrique: Quero que termine tudo com meu filho, não quero ter que falar pra ele sobre seus casos, por isso tenha um pouquinho de dignidade e saia da vida do meu filho.


Nara: O Claude nunca vai aceitar que eu termine, ele me ama.


Henrique: Escuta aqui menina, eu não estou pedindo, estou mandando, que termine tudo com Claude, se não fizer isso, seu pai será escorraçado da minha empresa, com a ficha mais suja que um desses políticos de Brasília, você me conhece e sabe do meu poder, eu posso até fazer com que acreditem que ele estava me roubando, sabia? Já pensou Egidio e sua querida filha na lama?


Nara: O senhor não pode fazer isso, pense no Claude, ele vai sofrer, por favor... Implorou Nara.


Henrique: Termine com ele ou sua família vai saber o que significa sarjeta... Disse isso e apertou o botão de sua cadeira elétrica e saiu da sala.


Nara: Velho desgraçado!! Nara saiu bufando da mansão.


Dadi: O senhor não devia ter feito isso, quando Claude souber vai ficar magoado.


Henrique: Melhor magoado, do que corno!


Nesse momento a campainha toca novamente, dessa vez é Freitas...


Dadi: Aqui está o Freitas.


Henrique: Eu já o vi, não sou cego, sente-se Freitas... Falou indicando um lugar para Freitas se sentar... Agora pode sair intrometida... Disse ele a Dadi que estava parada olhando pra ele.


Dadi revirou os olhos abaixou e falou no ouvido de Freitas...


Dadi: Hoje ele está pior do que de costume. Está igual um dragão cuspindo fogo em todo mundo.


Freitas: Já percebi! Disse sorrindo.


Henrique: Ande, pare de falar mal de mim e saia preciso falar um assunto particular com Freitas.


Dadi: Sim senhor... Disse saindo.


O velho francês teve uma reunião a portas fechadas com Freitas, que saiu de lá todo misterioso com um envelope nas mãos.


Na cozinha...


Socorro era cozinheira da mansão e também muito curiosa...


Socorro: O que será que esse velho tanto fala com o Dr. Freitas hein.


Dadi: Não sei, mas só pode ser negócios...


Henrique: Parem de fuxicar da minha vida, Dadi diga para Rodrigo preparar o carro que preciso sair.


Dadi: Mas aonde o senhor vai a essa hora?


Henrique: Não é da sua conta... Falou virando aquela cadeira em direção da sala.


Dadi: Esse homem está cada vez, mais ranzinza... Falou Dadi indo falar com Rodrigo.


Um tempo depois...


Rodrigo já aguardava Henrique com o carro na porta da mansão...


O velho francês se levanta daquela cadeira e vai andando até o carro...


Rodrigo abre a porta para ele e ao se sentar no lugar do motorista diz...


Rodrigo: Para onde vamos, doutor?


Henrique da um sorriso e diz...


Henrique: O lugar de sempre, Rodrigo, cuidado no caminho, essas estradas pro interior estão péssimas.


Rodrigo: Sim senhor.


Serafina Rosa era uma moça muito humilde que morava no bexiga e trabalhava na pizzaria La Mama Pepa, que era do casal Pepa e Afrânio, Pepa era uma imigrante italiana como os pais de Serafina Rosa que melhorou de vida no Brasil abrindo essa  pizzaria com o seu marido, mas era uma patroa muito exigente, Rosa só aturava trabalhar ali, porque tinha que mandar dinheiro pra ajudar sua mãe que morava no interior com uma tia idosa.


Pepa: Fran Fran, você tem que ser mais duro com os funcionários...


Afrânio: Ain meu panetone, já não disse pra você não me chamar assim aqui na pizzaria? Alguém pode ouvir...


Pepa: Amore estamos sozinhos e não mude de assunto, você tem que apertar essa gente eles não querem nada com o serviço, principalmente a Serafina.


Afrânio: Ah minha caçarola não fale assim, todos os nossos funcionários dão um duro danado aqui na pizzaria, a Serafina inclusive.


Pepa: E não me venha cheio dos elogios não porque quando você quer me dobrar você usa essa artimanha de meu panetone pra lá, minha caçarola pra cá, você tem que parar de defender esse povo principalmente aquela lá, ela é uma malandra não quer nada com o serviço.


Afrânio: Amore não fala assim ela é uma boa moça...


Pepa: Ela é uma sonsa isso sim, só não a mando embora porque gosto muito da mãe dela, quando chegamos no Brasil ela nos ajudou muito, agora vamos trabalhar e olho nessa gente.


Afrânio: Ta bom meu tiramisu de framboesa... Diz Afrânio jogando um beijo e piscando pra esposa.


A Pizzaria estava como sempre cheia de gente, Serafina estava lavando os pratos e pra variar deixou que um caísse e se quebrasse...


Pepa: Madona mia, você quer me levar à falência.


Rosa: Desculpa D. Pepa, escorregou da minha mão.


Pepa: O problema é que você parece que tem as mãos encerada, vive deixando tudo cair, se não fosse pela sua mãe você não estaria mais trabalhando no meu estabelecimento, sua desastrada.


Rosa: Desculpa D. Pepa isso não vai se repetir... Falou isso, mas pensou ** Velha chata, ai se eu pudesse saia daqui e nem olhava mais para trás, ain nossa senhora da Achiropita, faz acontecer um milagre comigo...** Pedia em pensamento.


Afrânio: Não seja tão dura com a menina, Pepinha.


Pepa: E você não defenda ela, isso vai ser descontado mais uma vez do seu salário, ouviu bem...


Rosa: Sim senhora.


Pepa saiu dali e já gritava com outro funcionário...


Pepa: Francesco o que você esta fazendo... Gritava Pepa para o rapaz que limpava a mesa... Dio Santo limpa essa mesa direito, quer me levar a falência você também, assim não me entra mais um cliente nessa pizzaria.


Nesse momento entra na pizzaria, Freitas e vai de encontro a Afrânio e diz...


Freitas: Por favor, a senhorita Serafina Rosa trabalha aqui?


Afrânio: Trabalha sim senhor...


Freitas: Preciso que entregue esse envelope para ela, somente para ela... Falou deixando o envelope na mesa.


Afrânio: Sim senhor, mas quem é... Afrânio se virou e quando se deu conta Freitas não estava mais ali... Parece um fantasma... Falou com medo.


Pepa se aproxima e pergunta...


Pepa: O que foi amore?


Afrânio: Aquele senhor deixou esse envelope pra Serafina.


Pepa: Me de aqui, quero ver... Ela tenta pegar.


Afrânio: Amore... Ele falou que tinha que entregar a ela... Falou Afrânio indo levar o tal envelope para Rosa... Serafina um senhor muito bem vestido veio entregar isso pra você.


Rosa: Pra mim?


Pepa: Só pode ser conta. Ou coisa pior.


Afrânio: Eu não o conheço, mas ele disse que teria que entregar em suas mãos, deve ser muito importante.


Rosa: Dio Santo, será mais contas pra eu pagar?


Pepa: Claro que é, abra de uma vez e volte ao trabalho... Rosa abriu o envelope lentamente com medo do que fosse uma conta muito alta pra ela pagar, ela ficou lendo atentamente sem dizer uma palavra, Pepa já roia as unhas de curiosidade e disse...


Pepa: Madona mia, em que encrenca você se meteu, Serafina?


Rosa lia que ali tinha uma proposta de trabalho na empresa Geraldy, em anexo uma carta que ela tinha que apresentar para Dr. Egidio quando se apresentasse na empresa.


Rosa: Dio Santo... Diz Rosa eufórica.


Pepa: Fala menina, o que que foi? Você vai presa porque não pagou alguma conta é isso né, eu sabia você tem cara de marginal mesmo.


Rosa começa a arrancar o avental que estava amarrado em sua cintura e vai andando pela pizzaria, falando bem alto...


Rosa: D. Pepa eu só tenho uma coisa a dizer pra senhora, nunca mais terei que aguentar os seus ataques de loucura, nem seus gritos, sua voz parece uma taquara rachada, sabia?!


Pepa: Desaforada, não vou permitir que fale assim comigo, hein.


Rosa: Eu é que não vou permitir que a senhora me trate mal novamente, a senhora é uma bruxa...


Afrânio: Fina o que é isso? Falou Afrânio embasbacado com a ousadia de Rosa.


Rosa: O senhor é um homem bom, seu Afrânio, não merecia uma mulher dessas.


Pepa: Dessa vez eu não vou relevar Serafina, nem mesmo pela sua mãe.


Rosa: Deixe a minha mãe fora disso, e quem não vai relevar sou eu D. Pepa, eu me demito...


Pepa: Ohh... Diz espantada.


Rosa: Eu se fosse a senhora fechava a boca, vai que entra uma barata voadora... Falou olhando todos os clientes... Sim, porque nessa pizzaria tem barata se vocês querem saber... Rosa grita e todos os clientes vão levantando e saindo da pizzaria, todos os empregados param pra olhar Rosa gritando e podia ser visto na cara de todos que tinham vontade de fazer o mesmo.


Pepa: Sua louca, você quer acabar com a reputação do meu estabelecimento...


Rosa: Isso aqui não tem reputação nenhuma, fique sabendo e pode ficar com essa merreca que a senhora chama de salário que me pagava, pra comprar seus pratos, aproveite e dedetize esse lugar, apesar de que a pior barata que tem aqui é a dona da pizzaria...


Pepa: Sua... Sua... Saia daqui e não volte nunca mais... Falou Pepa explodindo de raiva.


Rosa: Isso a senhora pode ficar tranquila porque não pretendo pisar nessa pocilga nunca mais... Diz Rosa saindo sem olhar pra traz, com um lindo sorriso nos lábios...


Na pizzaria todos riem de Pepa, que fica furiosa.


Pepa: Todo mundo volte ao trabalho, quero esquecer que essa cretina da Serafina trabalhou aqui... Gritou ela.


Afrânio: Não fica assim, amore... Falou Afrânio querendo amansar a fera.


Pepa: Me deixa Afrânio, me deixa... Disse indo pra cozinha.


No dia seguinte Rosa chega bem cedo na Construtora Geraldy.


Ela fica observando aquele monte de gente trabalhando, todos com muita pressa...


Silvia: O que deseja?


Rosa: Oi bom dia, como vai? Meu nome é Rosa, Serafina Rosa... Falou Rosa educadamente... Mas pode me chamar de Rosa.


Silvia: Muito prazer, meu nome é Silvia, o que deseja?


Rosa: Eu recebi essa carta... Falou mostrando a carta que havia recebido.


Silvia: Hum... Aqui diz que precisa falar com o Dr. Egidio. Me acompanhe... Silvia vai ate a sala de Egidio que se encontra ocupado.


Egidio: Por favor, Silvia, estou cheio de coisas pra resolver, já disse que não queria ser incomodado... Falou grosseiramente.


Silvia: Desculpa, doutor, mas essa moça chegou aqui com essa carta.


Egidio olhou Rosa dos pés a cabeça e viu uma moça simples, ele fechou a cara, pois como era muito esnobe não gostava de resolver nada com pessoas simples como Rosa.


Egidio: Era só o que me faltava... Falou pegando a carta, na carta estava escrito que ele, deveria ver uma colocação para ela ali na empresa, estava assinada por Freitas... O que significa isso?


Rosa: Um emprego pra mim.


Egidio: A troco de que, Freitas quer que você trabalhe aqui? O que você é dele?


Rosa: Nada, mas mandei currículo pra tanto lugar que eu acho que um deles deve ter caído nas mãos dele.


Egidio: O que você sabe fazer?


Rosa: Tudo. Eu fiz um curso de computação e sei digitar bem rápido...


Egidio: Isso não me basta, preciso de gente com experiência, pegue essa carta e vá pra casa... Falou jogando a carta na direção dela, Rosa contou ate três pra não xingá-lo, pois seu sangue quente de italiano já estava fervendo... Agora saiam eu tenho muito o que fazer.


As duas saíram da sala de Egidio...


Silvia: Não fica assim, olha daqui a pouco o Dr. Freitas vai vir aqui, eu vou dar um jeito pra você falar com ele pessoalmente, mas você não pode ficar aqui, senão  se o Dr. Egidio te ver ele briga comigo.


Rosa sorriu e instintivamente deu um abraço forte em Silvia.


Rosa: Muito obrigada, não se preocupe, vou ficar escondida no banheiro, quando esse doutor ai chegar você me chama ta?


Silvia: Perfeito!!


Não demorou muito Freitas chega e vai para sua sala.


Freitas: Bom dia Frazão.


Frazão: Bom dia, Freitas.


Freitas: Tem falado com o Claude?


Frazão: Sim, acho que chega amanhã.


Freitas: Amanhã? Mas ontem estive com Dr. Henrique e ele não me disse nada.


Frazão: Por favor, nem fale pro velho, acho que Claude vem uns dias antes porque quer ficar com Nara, já que foi pra França sem nem avisá-la.


Freitas: Agora entendi.


Não demorou muito Silvia, bateu na porta e Freitas deu permissão para que entrasse...


Silvia: Doutor, tem uma moça aqui que precisa falar com o senhor.


Freitas: Quem é?


Silvia vai até a porta e chama Rosa...


Silvia: Essa é Rosa.


Freitas: Quem é você, desculpa, mas não estou lembrado de você... Falou olhando pra ela tentando lembrar-se de onde a conhecia.


Rosa: Sou Serafina Rosa... Ele continuou sem se lembrar... Serafina Rosa Petroni, o senhor foi onde eu trabalhava levar essa carta pra mim... Freitas se lembrou imediatamente de quem se tratava.


Freitas: A sim, claro! Você está com algum problema?


Silvia: O Dr. Egidio não cumpriu suas ordens.


Freitas: Ahh não? Pois vamos ver se ele não vai cumprir minhas ordens agora... Disse isso e saiu deixando todos confusos, Frazão que ouvia tudo foi até Silvia e perguntou o que estava acontecendo. Silvia explicou apenas o que sabia o que fez Frazão tirar conclusões precipitadas.


Rosa se sentiu uma intrusa ali...


Frazão muito simpático chegou até ela e disse...


Frazão: Prazer meu nome é Frazão, sou advogado da empresa, você conhece Freitas a muito tempo?


Rosa: Não o conheço.


Frazão: Ah entendi... Falou dando um sorrisinho sem vergonha.


Rosa ficou vermelha e pensou ** Hum, que pense o que quiser estou aqui para trabalhar**


Freitas entrou na sala de Egidio sem bater...


Freitas: Por que não fez o que eu disse que fizesse na carta?


Egidio: Que carta?


Freitas: A carta que aquela moça lhe apresentou.


Egidio: Olha aqui, Freitas, não é porque você é o puxa saco oficial do velho que eu vou ficar mimando suas namoradinhas.


Freitas: Escute aqui você, seu idiota, essa moça trabalhar aqui são ordens lá de cima, Dr. Henrique ficaria muito furioso se uma ordem dele não fosse cumprida, não é isso que você quer, é?


Egidio: Pode mandá-la de volta, vou ver o que posso fazer... Falou com raiva.


Freitas: Ah que bom, vejo que estamos nos entendendo... Falou isso e saiu da sala.


Já na sala de Freitas...


Freitas: Silvia, leve a Srta Serafina Rosa até a sala do Dr. Egidio, parece que ele vai passar a ela o que precisa fazer.


Rosa deu um sorriso lindo e disse...


Rosa: Muito Obrigada... Falou abraçando Freitas sem querer.


Frazão sorriu já pensando besteira.


À noite Freitas vai à mansão de Henrique, que mandou chamá-lo...


Freitas: O senhor mandou me chamar?


Henrique: Mandei sim, me conte tudo como foi o primeiro dia de trabalho dela?


Freitas: Até que podemos dizer que foi bem...


Henrique: Por quê? O que aconteceu?


Freitas: Digamos que ela é um pouquinho estabanada...


Henrique: Deixa muitas coisas caírem no chão?


Freitas: Entre outras coisas,


Henrique ri e diz...


Henrique: No inicio a mãe dela também era assim.


Freitas: Mas ela é uma boa moça, aprende rápido em breve será uma ótima funcionária...


Henrique: E me diga como ela é? É bonita?


Freitas ri e diz...


Freitas: É sim uma moça muito bonita...


Henrique: Então ela puxou a mãe, sempre foi uma mulher lindíssima Amália...


Freitas: O senhor tem alguma recomendação em especial a respeito dela?


Henrique: Não, pode continuar do jeito que está, mas fica de olho nela pra mim.


Freitas: Está bem, era só isso?


Henrique: Era sim, qualquer coisa você me fala.


Freitas: Pode deixar doutor e tenha uma boa noite...


Henrique: Uma boa noite pra você também, onde esta Dadi pra acompanhar você até a porta...


Freitas: Não precisa doutor.


Henrique: Precisa sim, Dadiii, cadê você sua velha enxerida?


Dadi: To aqui Dr. Henrique, o que o senhor deseja?


Henrique: Quero meu whisky e meu charuto, mas primeiro acompanhe o Freitas ate a porta...


Dadi: Das três coisas que o senhor me pediu, só posso fazer a última...


Henrique: Sua petulante, eu sou o seu patrão eu pago o seu salário.


Dadi: Eu sei sim senhor e é pra que o senhor continue pagando mesmo que eu cumpro as ordens do seu médico... Virou-se pra Freitas e disse... Vamos Dr. Freitas eu acompanho o senhor.


Henrique: Sua insubordinada, subversiva, você não perde por esperar...


Egidio foi obrigado a aceitar Rosa trabalhando na empresa, mas jurou que isso não ficaria assim, atormentaria tanto ela até que desistisse do emprego, dando a ela só serviços fora da empresa e teria que sair várias vezes...


Naquele mesmo dia já era noite...


Egidio: Quero que tire trinta copias desses documentos.


Rosa: Mas agora?Disse olhando o relógio e vendo que já passava de sua hora de sair.


Egidio: Sim, claro que sim, ou você vai se negar a fazer?


Rosa respirou fundo vendo que ele a provocava o tempo todo.


Rosa: Não!! Posso fazer tudo o que o senhor me mandar fazer, sem reclamar... Disse pegando a pilha pesada de papéis que Egidio fez questão de empurrá-los contra o corpo dela.


Rosa quase se desequilibra e cai, mas se segurou firme e saiu da sala indo tirar as tais cópias, chegando à sala de arquivos onde tinha uma maquina de fotocópias, ela começou a tirar as copias, estava com pressa e a tal maquina não cooperou, de repente parou de funcionar...


Rosa batia nela, apertava os botões, e nada de funcionar, não podia ir até a sala de seu chefe e reclamar da máquina, se era isso que ele estava esperando, ele então que esperasse sentado, pois ela não pediria ajuda a ele, decidiu ela mesma resolver o problema, abrindo a tal máquina, quando de repente montanhas de papeis começam a sair rapidamente da máquina voando por toda a sala, Rosa se desespera tentando catar os papéis, mas era inútil...


Egidio que já esperava que isso acontecesse, pois sabia muito que essa máquina estava com problemas foi até a sala de arquivos e se deparou com a sala toda cheia de papéis espalhados.


Egidio: O que pensa que está fazendo?


Rosa: Não foi culpa minha, essa maquina que tá maluca.


Egidio: Você estragou a máquina sua incompetente, saia daqui agora mesmo... Falou bravo.


Rosa: Mas doutor eu juro que não fiz nada.


Egidio: Você não serve pra trabalhar aqui. Agora saia!!!


Rosa saiu antes que ele gritasse ainda mais... Chegou em casa triste, pensando que no outro dia seria demitida, pensou até em não ir mais.


Mas seu celular toca ela sorri quando vê que é sua mãe...


Rosa: Mamãe, que bom que ligou.


Amália: Minha filhinha liguei pra saber como foi no seu novo emprego.


Rosa: Não muito bem, tenho um chefe que é um chato, sabe como é né sou meio atrapalhada e acabei estragando uma máquina, acho que nem vou voltar lá amanhã, vai que eles cismam em cobrar de mim essa máquina.


Amália: Não senhora, vai voltar lá sim, nem parece minha filha, desistindo de uma coisa sem nem tentar, por favor, Serafina, me prometa que amanhã cedinho você estará lá nessa empresa e faça tudo para que seu chefe não tenha o que falar de você.


Rosa: Mas mamãe!!


Amália: Mas nada, agora tome um banho relaxe coma alguma coisa e descanse, meu amor, a mamãe está morrendo de saudades, beijos! Falou isso e desligou o celular.


No dia seguinte Rosa fez o que sua mãe falou, acordou cedo e chegou antes de todos na empresa, arrumou toda a bagunça que a máquina tinha feito, tirou as copias que precisava e foi para sala de Egidio, lá ela deixou tudo arrumado também e viu uma cafeteira numa mesinha decidiu fazer café, quem sabe assim apagaria a má impressão que seu chefe teve dela.


Nesse momento Egidio chega e entra na sala...


Egidio: O que está fazendo aqui?


Rosa: Bom dia, doutor, aqui estão as copias que me pediu ontem, estou fazendo um cafezinho para o senhor.


Egidio revirou os olhos e se sentou em sua cadeira, estava certo de que ela não voltaria depois do grito que ele deu por causa da máquina, ** Que menina insistente, mas não vou deixar que ela cresça aqui, se é a queridinha do velho então vai ficar com ele, não aqui, vou fazer da vida dela um inferno..** Pensou Egidio. Na verdade a vontade dele era de mandá-la embora, mas não podia.


** Acho que vou levar uma xícara de café pra ele** Pensou Rosa já colocando o café que acabara de fazer em uma xícara.


Só que muito desastrada assim que chegou perto de Egidio tropeçou no tapete da sala e acabou derrubando o café quente nele, que pulou ao sentir o liquido quente transpassar sua camisa importada.


Egidio: Suma daqui... Gritou ele.


Rosa saiu antes que ele a estrangulasse..


Silvia vê Rosa saindo da sala de Egidio e vai conversar com ela.


Silvia: O que foi?


Rosa: Eu sou uma desastrada mesmo, eu queimei o homem todo.


Silvia: Como assim? Perguntou assustada.


Rosa: Fui dar à ele uma xícara de café e acabei derrubando nele.


Silvia riu e disse...


Silvia: Ah, não fica assim, isso não é nada, sinto pelo café que foi desperdiçado naquele homem, kkkk, ninguém aqui gosta dele, mas já faz anos que ele é um dos chefes aqui, e a filha dele namora o filho do dono, por ai você já pode ver o porquê dele ainda está aqui não é?


Rosa: Ai Dio Santo, o que vai ser de mim, tenho até medo quando ele sair dessa sala.


Silvia: Enquanto ele resolve o que fazer com você, vem comigo vou te apresentar a todos que trabalham aqui na recepção... Silvia foi até a mesa de Janete e a apresentou... Janete essa aqui é a Rosa, ela ta trabalhando aqui, não sabemos ainda o que ela vai fazer. Dr. Egidio que vai resolver isso.


Janete: Como vai Rosa, seja bem vinda, aqui é muito bom de trabalhar as pessoas são bem legais, tirando seu Egidio é Claro.


Silvia: Rum!! E o Dr. Claude né amiga, ele te sacrifica.


Janete: Nem tanto, eu gosto do meu trabalho e Dr. Claude não é assim tão ruim.


Silvia: Ele é um esnobe isso sim, ele  faz você trabalhar feito um burro de carga, sabendo que você tem uma filha pequena e é mãe solteira ele podia ter um pouquinho de consideração, afinal faz muito tempo que você trabalha aqui.


Janete era secretária de Claude, era mãe de uma menininha e era solteira, as vezes quando chegava em casa sua filha já estava dormindo, porque Claude exigia o Máximo dela, sem pensar na sua vida pessoal.


Rosa escutava aquilo tudo admirada de como podia existir pessoas assim como Claude.


Silvia: Bom mesmo é meu chefe, ele é adorável, sempre me trás uma flor é tão carinhoso. Dr. Frazão é um príncipe!


Janete: Claro ele te canta todos os dias... kkkkk.. Disse rindo.


Rosa: Dr. Freitas também é um homem bom.


As duas ficaram olhando pra ela e depois riram.


Rosa: Por que estão rindo?


Janete: O Dr. Freitas é um ótimo patrão sim, mas com você é todo especial... kkk...


Rosa: Não é nada do que você ta pensando... Falou brava.


Silvia: Calma!! Ninguém ta pensando nada, vocês são adultos e livres podem fazer o que quiser.


Rosa: Mas... Nesse momento Egidio sai da sala e grita...


Egidio: Rosaaaa..


Rosa vai ao encontro dele e diz...


Rosa: Sim, doutor?


Egidio: Preciso que leve esses documentos para que esse empresário assine pra mim, vou lhe dar o endereço.


Rosa: Sim senhor.


Egidio tinha já em mente um plano, deu esse trabalho pra ela fazer, mas iria dar o endereço errado e sabendo que ela era toda atrapalhada, com certeza perderia aqueles papeis e assim não teria como ela ficar trabalhando ali.


Egidio deu o endereço de um restaurante...


Egidio: É um pouco longe daqui, mas pode pegar um táxi que a empresa paga, preciso que entregue esses documentos ao senhor Rodolfo ele vai almoçar todos os dias nesse local.


Rosa: Pode deixar comigo... Disse feliz por ele não tê-la mandado embora e saiu rápido.


No restaurante...


Rosa: Como não tem reserva pra ninguém com esse nome? Olha ai direito, Albuquerque, Rodolfo Albuquerque.


Maitre: Mas senhora eu já disse não tem reserva pra ninguém com esse nome.


Rosa: Você deve tá enganado, porque eu não me enganaria o meu chefe falou pra eu vir aqui e entregar esses documentos pra esse senhor.


Maitre: Mas infelizmente a senhora deve ter se enganado...


Rosa: Enganado deve tá você meu filho, primeiro porque eu sou uma senhorita, tá vendo alguma aliança aqui na minha mão?... Diz Rosa levantando a mão pra mostrá-la ao maitre, nesse exato momento um garçom vinha passando com uma bandeja com um copo de água e vinha entrando um homem, Rosa acerta a mão na bandeja e voa o copo d’água e cai exatamente em cima do homem...


Claude: Mon Die olha só o que a senhora fez...


Rosa fica parada admirando a beleza daquele homem, então ela diz...


Rosa: Desculpe não foi a minha intenção...


Claude: Non foi sua intençon só que agora eu vou ter que me encontrar com minha noiva assim todo molhado...


Rosa não sabia por que, mas ao escutar que ele se encontraria com sua noiva, fez com que tivesse um aperto no peito.


Rosa: Me desculpe, se o senhor quiser eu posso ajudar o senhor a se secar... Falou se aproximando dele, já querendo limpar o terno dele.


Claude: Non toque em mim, a senhora já fez um estrago muito grande non quero que piore ainda mais, olhe só o meu Armani novin mon Die...


Rosa: Se quiser eu posso te comprar outro.


Claude: Você nem imagina quanto custa um Armani non é mesmo? Pois fique você sabendo que non conseguiria comprar um boton dos meus ternos, ham.


Rosa ficou indignada com a prepotência daquele homem, **Que sujeitinho esnobe, quem ele pensa que é o dono do mundo...**


Maitre: O senhor pode me acompanhar, sua mesa é a de sempre estávamos só aguardando o senhor... Ele sai em direção à mesa e diz...


Claude: Esse restaurante já foi melhor frequentado, ham... Disse se sentando à mesa, com ar de dono do mundo... CONTINUA... RSRSRS...

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