terça-feira, 15 de abril de 2014

Capítulo 4

Silvia: Sim amiga, volte de onde você está seu protetor ficou uma fera quando soube da sua demissão, precisava ver o que ele falou para o Dr. Egidio, ai eu adorei... Falou suspirando.


Rosa: Meu protetor?


Silvia: Ai Rosa vem que aqui eu te explico tudo... Desligou o celular e foi pra mesa de Gurgel contar tudo que havia escutado na sala de Egidio...


Gurgel: Nossa!! Mas ela conseguiu fisgar o bonitão??


Silvia: Ai achei tão lindo ele defendendo ela. Mais lindo ainda ele esculachando o Dr. Egidio claro... Kkkk.


Gurgel: Ai que pena que eu perdi essa cena.


Rosa que estava no ponto de ônibus, sorriu e voltou em direção a empresa...


Enquanto isso na sala de Claude ele tinha uma reunião com Freitas, Frazão e Janete.


Claude: Eu quero que seja executada, o mais rápido possível a desapropriação desses terrenos.


Frazão: Claude, não seja radical, podemos dar mais uns dias de prazo pro proprietário desses imóveis.


Claude: A empresa Geraldy, não é nenhuma casa de caridade, meu pai não construiu esse império todo, dando prazos pra quem não cumpre com suas obrigações.


Freitas: Nós sabemos disso Claude, mas acho arriscado essa área é residencial, não podemos simplesmente ir expulsando as pessoas dali como se fossem animais, isso seria um prato cheio pra imprensa.


Claude: Não me interessa, já demos tempo demais ao proprietário, ele não conseguiu saldar a divida que tinha com a nossa empresa, eu estou dentro da lei... Tenho planos para aquele lugar.


Freitas: Mas Claude... Isso não é questão de lei e sim de bom senso.


Claude: Bom senso? Ah por favor, Freitas não me venha com essa sua conversinha fiada... Nesse momento Silvia bate na porta da sala de reuniões...


Freitas: Pode entrar.


Silvia: Com licença... Falou entrando.


Freitas: O que foi Silvia?


Silvia: Desculpa interromper, mas o senhor pediu que avisasse quando a Rosa chegasse, ela está lá na recepção.


Claude: Isso aqui, tá parecendo uma feira... Falou bufando.


Frazão: Ai o amor é lindo! Disse olhando pra Freitas.


Freitas: Como você é engraçadinho, Frazão!! Falou pegando suas coisas da mesa.


Claude: Aonde vai? Não terminamos a nossa reunião.


Freitas: Sinto muito Claude, mas esse assunto é urgente com licença... Disse saindo da sala.


Frazão: Nossa!! Ele nem disfarça mais. Acho que o amor tá fazendo bem a ele não está Janete?? Perguntou Frazão a Janete dando uma piscadinha pra ela, ela ficou sem graça e disse...


Janete: Não sei não doutor!!


Claude: Tá fazendo muito mal isso sim, tá sonhando feito um adolescente esquecendo que estamos numa das maiores empresas do país, quer até que eu perdoe a divida desses inadimplentes.


Frazão: Hum... Tudo isso é dor de cotovelo, quanta amargura... Falou baixinho.


Claude: Eu ouvi!! Disse se levantando e indo para a janela.


Na recepção, Freitas conversava com Rosa...


Rosa: O senhor quer que eu vá à casa do dono da empresa? Perguntou com medo.


Freitas: Sim, preciso que ele assine esses papéis, mas não quero mandar ninguém daqui, acho que você já reparou que aqui nessa empresa tem muita gente boa, mas são um pouco linguarudos, esses contratos são sigilosos, não quero ninguém bisbilhotando, por isso quero que você leve, eu confio em você Rosa! Disse sorrindo.


Rosa ficou meio desconfiada e disse...


Rosa: Confia em mim? Mas o senhor mal me conhece... Falou confusa e com medo de que Freitas estivesse mesmo interessado nela.


Freitas: Sim, confio, agora pegue um taxi e vá, o Dr. Henrique já está a sua espera e ele detesta funcionário que se atrasa.


Rosa: Sim senhor!! Rosa pegou os papéis e foi indo em direção ao elevador, Freitas a chamou de novo e disse...


Freitas: Sei que o dia pra você foi um pouco agitado, depois dessa tarefa cumprida pode tirar o resto do dia de folga.


Rosa: Obrigada! Disse isso e entrou no elevador.


Na hora que a porta do elevador se fecha, Claude sai da sala de reuniões e diz...


Claude: Você já resolveu o seu problema, Freitas?


Freitas: Já sim!! Falou indo pra sala junto com Claude.


Um tempo depois...


Rosa chega à mansão de Henrique e é recebida por Dadi...


Dadi: Boa tarde...


Rosa: Boa tarde eu sou Serafina Rosa, trabalho na construtora Geraldy e vim trazer um documento pro Dr. Henrique assinar.


Dadi: Pode entrar eu vou chama-lo...


Henrique: Eu já estou aqui Dadi, estava mesmo esperando pela moça... Diz Henrique com um sorriso nos lábios.


Rosa: Prazer Dr. Henrique, eu vim trazer esse documento aqui pro senhor assinar...


Henrique: O prazer é todo meu, Serafina não é mesmo?


Rosa: É sim, mas quase todo mundo me chama de Rosa.


Henrique: Serafina é um nome tão lindo.


Rosa: Eu acho um pouco estranho.


Henrique: Mas é um lindo nome, assim como a dona dele.


Dadi revira os olhos e pensa ** Velho safado**


Rosa fica corada com o elogio recebido pelo patrão...


Henrique: Dadi onde está a sua educação, que não convidou a moça a entrar, entre e Dadi traga um suco pra moça está muito calor, vamos tomar enquanto eu vejo esses documentos...


Dadi estranha, pois nunca viu o patrão ser tão simpático assim com ninguém principalmente com um de seus funcionários, ela pede licença e sai para buscar o suco enquanto Henrique continua conversando com Rosa que admira a casa...


Henrique: Gostou da casa?


Rosa: Se gostei, nunca vi casa mais linda na minha vida, só em novela né...


Henrique: Você mora aonde?


Rosa: Eu moro num quartinho lá no Bexiga, mas é uma coisa muito humilde, acho que deve ser bem menor do que o banheiro dessa casa.


Henrique: Você gostaria de morar numa casa grande assim?


Rosa: Eu não ligo pra essas coisas, minha mãe me ensinou que a melhor casa que podemos ter é onde nosso coração se sinta feliz.


Henrique: E você acha que não seria feliz numa casa como essa?


Rosa: Sei lá, eu nunca pensei em morar em uma casa tão grande, acho que me perderia aqui dentro.


Henrique: Pois eu acho que você aprenderia tudo muito rápido e não ficaria perdida não.


Rosa acha muito estranho que aquele senhor a trate tão bem, sempre achou que essa gente rica fosse sempre muito esnobe, imediatamente se lembrou do homem que levou pra dormir em seu quarto e logo pensou **Não sei porque eu insisto em pensar naquele cretino, metido...**, logo Dadi chega com o suco e oferece um copo a Rosa que estica o braço pra pegar o copo e derruba o copo deixando cair tudo no chão e quebrando o copo.


Rosa: Oh meu Deus eu sou uma estabanada mesmo, me desculpa Dr. Henrique eu pago viu.


Henrique: Não foi nada, pode ficar tranquila isso acontece, pode deixar que a Dadi manda limpar.


Dadi fica apavorada com a simpatia do patrão e vai chamar a arrumadeira pra limpar aquela bagunça.


**Esse velho tá armando alguma...** Pensou Dadi.


Henrique: Enquanto Dadi manda limpar vamos dar uma volta no jardim... Diz Henrique indo na frente com a cadeira de rodas em direção ao jardim.


Rosa: O senhor quer que eu o empurre...


Henrique: Não precisa, eu controlo muito bem a cadeira, eu prefiro que você ande ao meu lado.


Rosa: O senhor se sente muito triste, preso a essa cadeira?


Henrique: Às vezes eu me sinto triste sim, mas não por causa da cadeira, porque sempre que eu me canso dela eu me levanto e saio andando.


Rosa: Então o senhor não.


Henrique riu vendo a cara de espanto de Rosa.


Henrique: Não!! Eu posso andar e ando muito, sempre passeio aqui pelo jardim...


Rosa: E porque então o senhor anda com ela... Diz Rosa apontando pra cadeira.


Henrique: Eu gosto de ver a cara dos bajuladores, achando que eu sou um coitadinho e ainda economizo as pernas pra quando preciso andar realmente.


Rosa: O senhor se sente muito sozinho morando aqui?


Henrique: Eu nunca me sinto sozinho, tem a Dadi, os outros empregado e também tem o 
Claude o meu filho você ainda não o conheceu?


Rosa: Não, eu não o conheci ainda, eu não sabia que ele morava aqui com o senhor...


Henrique: Mora sim ele é um ótimo rapaz, aposto que vocês se darão bem.


Rosa: Se ele for gente boa igual ao senhor com certeza né...


Henrique: Vamos voltar lá pra dentro?


Rosa: Acho que já está tarde, preciso ir... Falou ela meio com receio.


Henrique: Eu gostei muito de te conhecer, Serafina.


Rosa: Eu também gostei muito do senhor, é muito legal eu nunca podia imaginar que seria tão bom assim.


Henrique: Você é que é boa e muito bonita também espero que em breve nos encontremos de novo.


Rosa: Eu também espero Doutor e os documentos?


Henrique: Pode deixar que depois eu peço o Rodrigo pra entregar lá quando eu assinar, eu quero ler.


Rosa: O senhor tá certo, então eu já vou, foi um prazer mesmo... Diz Rosa saindo.


Henrique: O prazer foi todo meu e você não imagina quanto.


Dadi vê os dois se despedindo e quando o velho francês entra na casa ela já o bombardeia com perguntas.


Dadi: Quem é essa moça?


Henrique: Você é surda? Não ouviu ela dizer que trabalha na empresa?


Dadi: O que eu nunca vi foi o senhor tratar tão bem uma funcionária, ainda mais uma estabanada feito ela.


Henrique: O que você tem com isso velha enxerida?


Dadi: O senhor não tem vergonha não? Ela tem idade pra ser sua filha.


Henrique: O que que tem? Estou viúvo a muito tempo... Disse o velho provocando Dadi e saindo de perto dela com sua cadeira motorizada, Dadi foi indo atrás dele falando.


Dadi: Morreu cedo à coitadinha, porque não aguentou o senhor.


Henrique: Então eu sou muito forte, mesmo posso fazer o que eu quiser, já que não morri de ter você como uma cruz nas minhas costas.


Dadi: Eu cruz?? O senhor que é um velho caduco que já ta de miolo mole, pensando besteiras, todo assanhado pro lado de uma menina.


Henrique: Ela é linda não é Dadi?? Perguntou ele rindo.


Dadi: Cria vergonha nessa sua cara, o senhor tem idade pra ser avô dela.


Henrique: Avô não, pai no máximo, Dadi eu estou com tudo em cima, tenho uma saúde de ferro, aposto que muito melhor que qualquer garotão que tem por aí. Ainda posso fazer uma mulher muito feliz, em todos os sentidos... Falou rindo.


Dadi: Vai sonhando vai, se acha que essa moça vai gostar do senhor, se ela mostrar interesse pode ficar certo que é pela sua conta bancaria, seu velho assanhado! Ainda se fosse o Claude.


Henrique: Não!! Claude não iria gostar de Serafina, ela não faz o tipo dele.


Dadi: Ah, mas o seu ela faz né? Falou Dadi se mordendo de ciúmes.


Henrique: Está com ciúmes, Dadivosa?


Dadi: Mas que despautério, olhe bem pra minha pessoa, veja se sou mulher de ter ciúmes de um velho babão feito o senhor, hein? Tome tento Dr. Henrique! Disse ela brava.


Henrique: Mas seu chilique me pareceu uma cena de ciúmes, sabia?


Dadi: Quer saber, vou pra cozinha, porque tenho mais o que fazer do que ficar aqui discutindo com um velho esclerosado.


Dadi saiu da biblioteca como um foguete, deixando Henrique rindo dela.


Rosa estava indo embora e como Freitas já tinha liberado ela do trabalho aquele dia, resolveu passear um pouco no shopping, não tinha dinheiro, mas passear pelo shopping, ver aquelas pessoas animadas comprando iria deixá-la mais relaxada.


Claude terminou a reunião com Freitas e Frazão, mas ainda estavam num impasse, ele queria retirar o mais rápido possível, moradores de um lugar onde já era da empresa, mas Freitas achou melhor esperar...


Ele saiu da reunião com mais dor de cabeça do que entrou...


Frazão: Claude, é melhor mesmo esperar, garanto que seu pai vai ficar do lado do Freitas...


Claude: Claro, ele nunca me apoia em nada, ele sempre puxa mais o saco de Freitas como se Freitas que fosse o filho dele, não eu.


Frazão: Acho que já tá bem grandinho pra ter ciúmes não acha?


Claude: Ah não me enche! Falou emburrado... Vou embora porque minha dor de cabeça só aumentou aqui... Falou pegando suas coisas e saindo sem nem dar tchau a ninguém, passou pela recepção e foi direto para o elevador... Janete tentou detê-lo...


Janete: Dr. Claude ainda não consegui fazer... Claude a interrompeu abruptamente.


Claude: Amanhã, bem cedo quero esse relatório na minha mesa... Falou isso e logo a porta do elevador se fechou.


Janete: Ai que droga, ele não me deixou falar que eu não vou poder terminar esse relatório pra amanhã cedo, hoje tem apresentação da Bia na escola, vai terminar tarde, depois não vou aguentar passar a noite fazendo esse relatório.


Silvia: Calma, amiga!!


Claude já estava em seu carro, quando viu uma farmácia e disse...


Claude: Pare aqui, Rodrigo, vá comprar uma aspirina pra mim, minha cabeça está me matando, mas lembre-se compre aquela que eu sempre tomo.


Rodrigo: Sim senhor!! Rodrigo estacionou o carro e foi a tal farmácia, mas não encontrou a aspirina que Claude costuma tomar... Doutor, naquela farmácia não tinha.


Claude olhou em volta e viu um shopping...


Claude: Nesse shopping deve ter alguma farmácia.


Rodrigo: A sim, desculpa, doutor...


Claude: Deixe, eu mesmo vou comprar... Falou saindo do carro, atravessou a rua resmungando... Um monte de empregados, mas nenhum é capaz de realizar tarefas simples, eu tenho que fazer pessoalmente, senão morro de dor...


Logo na entrada do shopping havia uma sorveteria...


Rosa havia acabado de comprar um sorvete de baunilha e chocolate, estava de costas quando Claude esbarrou nela...


Muito atrapalhada, Rosa se vira e com o sorvete  nas mãos e derruba no terno de Claude...


Claude: Mon Die!! Falou e olhou para a responsável pelo acidente... Que falta de sorte a minha, milhares de pessoas nessa cidade e eu vou esbarrar justo em um acidente da natureza feito você.


Rosa: A culpa é toda sua, quem manda andar com esse seu nariz empinado achando que é melhor que os outros.


Claude: Claro, a pessoa mais desastrada do mundo e eu que tenho culpa, olhe o que fez com meu terno? Falou bravo.


Rosa: Grandes coisas, esse terno brega que você tem.


Claude: Brega? Isso aqui é um Armani, você não faz nem ideia do que seja né?


Rosa: Esse Armani ai deve ser igual você, outro emproado metido a besta.


Claude: Como você é ignorante. Escuta aqui, você anda me seguindo, ham?


Rosa: Aff, tá me achando com cara de jóquei pra seguir um cavalo feito você?


Claude: Pelo menos estatura você tem pra isso... Falou rindo da altura dela.


Rosa: Kkkkkkkk... Ai que engraçadinho ele, acho que você prefere as altas safadas não é mesmo? Falou debochando dele fazendo gestos de chifres na cabeça.


Claude: Sua debochada.


Rosa: Playboizinho metido a besta.


Um policial vê a confusão e se aproxima...


Policial: O que está acontecendo aqui?


Claude se recompõe e vê que aquela discussão com ela era ridícula, ele se ajeita e diz...


Claude: Não está acontecendo nada... Falou isso e com toda a sofisticação que ele tinha, saiu sem olhar para trás, deixando Rosa furiosa.


Rosa: Vai seu cavalo... Falou baixinho para que o policial não ouvisse... Droga, perdi meu sorvete todo.


Claude ficou com tanta raiva que até a dor de cabeça que sentia passou, foi direto para casa...


Claude chega em casa com o terno todo sujo de sorvete e isso não passa despercebido por Dadi...


Dadi: Mas o que foi que aconteceu com você?


Claude: Eu fui atropelado por um furaçon, um terremoto, um pequeno tsunami issi sim.


Dadi: Mon Die, mas isso tudo é uma pessoa só?


Claude: Issi tudo é a pessoa, a pessoa mais estabanada que eu já vi na minha vida...


Dadi: Então o mundo deve tá cheio desse tipo de gente, porque aqui mesmo hoje teve uma assim.


Claude: Ah é? E veio fazer o que aqui?


Dadi: Veio trazer uns documentos pro seu pai assinar, ela trabalha lá na construtora, você acredita que o seu pai ficou cheio de graça pra cima dessa moça.


Claude: Meu pai o que?


Dadi: Seu pai não tá batendo bem não, ele ta ficando lelé da cuca isso sim, você vai ter que levá-lo ao médico, vê se pode um velho daquele correndo atrás de uma moça que podia ser neta dele.


Claude começa a rir e diz...


Claude: Por acaso eu to sentindo um cheirinho de ciúme no ar?


Dadi: Você acha que eu to ficando doida, pra ter ciúmes do seu pai?


Claude: Non sei Dadi, mas se você viesse a ser minha nova mãe eu iria ficar feliz.


Dadi: Pode tirar o seu cavalinho da chuva, porque nem eu quero e pra ele eu já estou muito velha ele prefere as menininhas.



Claude: Vocês dois só podem estar querendo me levar à loucura issi sim... Diz Claude subindo pro quarto... CONTINUA... RSRSRS...

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