Capítulo 28

Enquanto isso na casa de Nara...

Nara: Papai, que notícia maravilhosa é essa... Falou Nara vibrando.

Egídio: Eu tinha certeza que você ia gostar, Nara é sua chance minha filha, você tem que atacar...

Nara: Pode deixar comigo, dessa vez eu não vou deixar essa coisinha da Rosa se meter no meu caminha de novo.

Assim que Nara fica sabendo do rompimento entre Claude e Rosa ela se enche de esperança de reatar seu namoro com o francês ela decide armar um plano pra isso, ela segue para o Flat onde Claude agora mora e se aproveitava de ter encontrado um porteiro que não tinha nenhuma ética e o convence a dar a copia da chave do apartamento de Claude pra ela...

Porteiro: Madame tem certeza que isso não vai dar problema pra mim?

Nara: Só se você contar pra alguém, porque como vão descobrir? Eu não vou contar.

Porteiro: E o doutor não vai reclamar de encontrar a senhora lá no apartamento dele, se ele reclama pro gerente eu tô no olho da rua eu tenho família dona.

Nara: Você acha mesmo que ele vai reclamar de me encontrar no apartamento dele? Deixa de ser bobo que o dinheiro que eu tô te oferecendo é mais do que seis meses de salário seu aqui.

Porteiro: Tá bom, mas vê se não me complica hein... Diz entregando a chave a Nara depois de ter aceitado o envelope das mãos da ruiva.

Nara: Era só o que me faltava... Vai resmungando pelo elevador ate chegar ao quarto de Claude.

Quando chega lá ela se despe ficando só de lingerie e ela tira varias fotos na cama, no sofá, ate na cozinha ela pega sempre alguns objetos pessoais de Claude pra estar na foto e diz...

Nara: Aposto que a coisinha insignificante vai gostar de receber essas fotos.

Ela fica lá durante algum tempo ate que ouve a chave na porta e já se prepara para dar o bote, ela deita na cama em uma pose bem sexy.

Nara: Ate que enfim você chegou mon amour, já tava aqui quase dormindo de tanto te esperar.

Claude: Mon Die como você entrou aqui ham?

Nara: Isso não importa meu amor o importante é que eu tô aqui pra ficar com você a noite todinha.

Claude: Nara eu non sei como você entrou aqui, mas eu quero que você saia agora ouviu bem.

Nara: Vem cá vem amor vamos aproveitar bem juntinhos, tô morrendo de saudades de você, dos seus beijos da sua pele na minha.

Claude: Pois pode ficar sabendo que eu não tenho saudade nenhuma de nada que me lembre você.

Nara: Isso amor pode descarregar sua raiva em mim vem, vem que eu vou fazer você esquecer que aquela ridículazinha existe.

Claude: Você nunca mais abra sua boca imunda pra falar de Rosa ouviu bem?

Nara: Ela não te quer Claude ao contrario de mim que tô aqui louca querendo você.

Claude: Você não sabe nada do que você tá falando.

Nara: Eu posso não saber de tudo, mas o que eu sei é que quero você.

Claude: Sai daqui agora Nara... Diz pegando ela pelo braço e a arrancando de sua cama... Vista-se logo senão te ponho daqui pra fora desse jeito mesmo.

Nara: Você não tá falando sério, Claude?

Claude: Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida quero que você saia agora.

Nara: Você vai se arrepender viu Claude, vai sim sabe por que ela não quer você, aposto que não demora muito ela já vai estar com outro... Diz Nara se vestindo... Ela nunca te amou de verdade.

Claude: Sai daqui, sai daqui sua cobra e não apareça nunca mais ouviu bem... Gritou Claude.

Nara: Você vai se arrepender seu idiota, você vai ver só.

Claude coloca Nara pra fora e fecha a porta com força na cara de Nara que fica gritando no corredor ele vai escorregando pela porta enquanto chora como uma criança.

Claude: Ah Rosa por que que  tem que ser assim? Eu te amo tanto... Falava ele chorando compulsivamente.

Depois disso passou um mês, Rosa e Claude estavam cada vez mais distantes, cada vez que Rosa ia conversar com ele em sua sala, ele recebia um telefonema do assassino que o vigiava constantemente e sabia tudo o que ele fazia, Claude tinha muito medo e foi se afastando cada vez mais...

Claude: Não vejo a hora de passar esses seis meses, que tenho que ficar aqui.

Frazão: Ela tá sofrendo, por que você tá fazendo isso, hein?

Claude: Eu também tô sofrendo, mas vai ser melhor assim... Falou ele triste e abatido.

Frazão: Se abre pra mim, Claude. Confia em mim eu sou seu amigo... Disse Frazão sentado de frente pro francês.

Claude queria tanto se abrir pro seu amigo, contar toda a verdade, mas não podia, sabia que estava sendo vigiado, qualquer passo em falso dele, podia custar a vida de alguém, não queria colocar seu melhor amigo em risco também...

Claude: Não tem o que falar Frazon!! Vamos voltar pro trabalho ham... Falou disfarçando.

Frazão: Eu pensei que você confiasse em mim, Claude!!

Claude: Eu confio você é uma das pessoas que mais confio na vida, acredita em mim, não tá acontecendo nada. É coisa da minha cabeça mesmo, você sabe como eu sou complicado né.

Frazão ficou triste porque tinha certeza de que Claude estava mentindo, mas não tocou mais no assunto...

Na sala de Rosa...

Janete: Como você está?

Rosa: Bem...

Janete: Bem mesmo?

Rosa: Eu não vou ficar como eu fiquei da primeira vez...

Janete: Do que você tá falando?

Rosa: Tô falando que se o Claude não me quer, é problema dele...

Janete: Não vai fazer nada que você possa se arrepender depois.

Rosa: Vou sair com o Guilherme, hoje.

Janete: Você não acha que é cedo demais pra você desistir?

Rosa: Não acho não, acho que perdi tempo demais esperando um amor que o Claude nunca sentiu por mim.

Janete: Meu Deus, o Claude te ama.

Rosa: Maneira diferente de demonstrar amor você não acha?

Janete: Você não tá sendo precipitada assim só porque aquela louca da Nara te mandou aquelas fotos né?

Rosa: Nara nunca foi uma ameaça ao meu relacionamento com Claude, esse papel o próprio Claude fez sozinho.

Janete: Rosa, não dá esperanças falsas pro Gui, ele não merece.

Rosa: Eu tô indo nesse encontro com meu coração aberto, não quero mais sofrer, decidi ir pelo caminho mais fácil, pra não me machucar mais.

A noite Rosa saiu com Guilherme que não cabia em si de tanta felicidade...

Alguns dias se passaram e não se falava em outra coisa na empresa que não fosse o namoro de Rosa com Guilherme, Claude ficou arrasado...

Claude: Por que ela tá fazendo isso comigo, Frazon? Falou triste.

Frazão: Ela tá seguindo a vida dela, você mesmo deu espaço pra que isso acontecesse.

Claude: Não sabia que ela ia correndo pro braços desse sujeito, era mais fácil ela cravar um punhal em mim, seria menos doloroso.

Frazão: Vai lá na sala dela, Claude. Acaba com esse sofrimento todo.

Claude não falou nada, só respirou fundo e continuou o que estava fazendo...

Enquanto isso... No jardim da mansão Petroni...

Amália: Você realmente mudou a cara desse jardim o Giovanni iria gostar de ver como tá ele adorava passear por esse jardim...

Colibri: A senhora sente muita falta dele né...

Amália: Eu vivi mais de trinta anos casada com ele, foi meu marido, meu amigo, o pai da minha filha...

Colibri: Deve ser maravilhoso viver um amor assim...

Amália: Você ainda é jovem Carlos, ainda vai encontrar uma moça por quem vai se apaixonar...

Colibri: Sabe que eu acho muito diferente a senhora me chamando de Carlos, todo mundo me chama de Colibri desde que eu era muito novo, mas sabe que na sua boca fica lindo meu nome...

Amália sorri sem graça e colibri continua...

Colibri: Eu acho que eu poderia viver um amor assim como o que a senhora viveu com seu marido, mas não teria que ser necessariamente uma dessas meninas que tem por ai, sem conteúdo poderia ser uma mulher madura, por quem eu possa estar interessado, a quem eu teria muito amor pra dar e com quem eu também aprenderia muito.

Amália: O amor é sempre melhor quando partilhamos as mesmas coisas, os mesmos gostos, os mesmos interesses e isso acontece mais naturalmente entre pessoas da mesma idade...

Colibri: Eu acredito que o amor é um encontro de almas e isso não tem nada a ver com a idade, eu mesmo se tivesse um relacionamento como uma mulher como a senhora, acho que nós poderíamos ter muito a acrescentar um ao outro...

Amália: Você está enganado Carlos, nós somos de mundos diferentes, temos vidas diferentes, somos de décadas diferentes acho que você deveria procurar uma moça da sua idade, com quem você possa viver, casar, ter filhos, construir uma historia de vida como eu tive com o meu marido, eu já vivi a minha história de amor...

Colibri: É uma pena que a senhora pense assim...

Amália: Pois é assim que eu penso, agora você volte para o seu trabalho antes que eu me arrependa de tê-lo contratado... Falou alterada.

Na construtora...

Claude saiu de sua sala pra pegar uns papéis com Silvia...

Claude: Olá, Silvia!!

Silvia: Olá, doutor precisa de alguma coisa?

Claude: Preciso sim, quero rever aqueles contratos com a empresa de cimento.

Silvia: Pode deixar vou procurar... Nesse momento Rosa também vai falar com Silvia.

Rosa: Silvia, eu preciso daquelas plantas que a Janete deixou aí com você...  Falou ficando ao lado de Claude.

Claude: Pode procurar com calma, depois leve até minha sala, por favor!! Falou isso e saiu de perto de Rosa.

Rosa: Parece até que tenho uma doença contagiosa... Falou Rosa triste.

Silvia: Sinto muito D. Rosa, não sei nem o que dizer... Disse Silvia sem saber o que falar naquela situação.

Rosa: Não precisa dizer nada, ninguém tem culpa do Claude ter uma cabeça tão complicada.

Claude ficou observando os movimentos de Rosa pelo vidro de sua sala.

Viu quando Guilherme chegou e ficou parado olhando pra ela conversando com Silvia...

Guilherme: Rosa...

Rosa olhou pra ele e sorriu.

Guilherme pegou um estojo de veludo do bolso ficou de joelhos diante dela e disse...

Guilherme: Aceita se casar comigo?

Rosa olhou para o vidro e viu Claude os observando, esperou pra que ele a impedisse de aceitar, mas ele não fez nada, só baixou cabeça e fechou as cortinas, Rosa olhou pra Guilherme e disse...

Rosa: Aceito.

Guilherme foi até ela colocou o anel de noivado em seu dedo e disse...

Guilherme: Eu te amo!!

Rosa o abraçou e disse...

Rosa: Muito obrigada!!  Sussurrou ela no ouvido dele, Guilherme a abraçou mais forte ainda, os funcionários da construtora começaram a bater palmas, chamando a atenção de todos...

Frazão: O que será que tá acontecendo lá fora?

Claude: Veja você mesmo... Falou com os olhos vermelhos.

Frazao foi pra recepção e viu todos comemorando.

Frazão: Posso saber o que tá acontecendo?

Guilherme: Vou me casar com Rosa... Falou sorrindo.

Frazão ficou parado olhando sério pros dois, Janete que vinha de sua sala ficou escutou o que Guilherme disse também ficou sem fala.

Rosa vendo a reação dos dois disse...

Rosa: Que caras são essas? Parecem até que não gostaram da notícia.

Janete: Não é isso amiga, mas vocês pegaram a gente de surpresa.

Frazão: É... Isso mesmo!!!

Guilherme: A gente já está namorando a um mês...

Frazão: Eu sei, mas mesmo assim acho cedo.

Rosa: Já não sou nenhuma garotinha, Frazão!! Sei o que eu tô fazendo.

Frazão: Desculpa!! Não tá mais aqui quem falou... Disse isso e foi abraçar Rosa.

Claude trancou a porta da sua sala pra poder chorar em paz...

Janete: Eu queria falar com você, Rosa.

Rosa se afastou um pouco de todos e foi conversar com Janete.

Janete: Acho uma loucura isso que você tá fazendo!!

Rosa: Eu não acho, eu disse pra você que não ia ficar chorando pelos cantos, esperando a boa vontade do Claude, vou me casar sim e quer saber? Vou fazer uma festa de noivado e eu exijo a presença de todos inclusive do Claude!!

Janete: Rosa!!!

Rosa: Já está decidido... Falou se afastando, Janete só balançou a cabeça negativamente.

À noite na mansão...

Amália: Como assim casar?

Rosa: Casar mamãe!! Primeiro vamos noivar, quero fazer uma recepção aqui em casa... Falou sem parar de andar pra não ter que encarar a mãe.

Amália: Para, para com isso... Disse pegando no braço da filha a fazendo parar de andar e olhar pra ela...  Até ontem você amava o Claude. Hoje já tá falando em casar com o Guilherme, você enlouqueceu Serafina?

Rosa: Ué eu pensei que a senhora gostasse do Gui.

Amália: Isso não importa, eu gosto do Guilherme sim, mas não significa que você tenha que casar com ele assim, eu sei que você ama o Claude.

Rosa: Mas ele não me ama, eu cansei... Disse isso e subiu pra não chorar na frente da mãe.

Amália respirou fundo e balançou a cabeça.

Dois dias se passaram, Rosa chegou na construtora e foi direto pra sala de Claude...

Rosa: Bom dia!! Falou ao entrar na sala dele.

Claude: Isso é jeito de entrar na minha sala? Não bate mais.

Rosa: Não se preocupe Claude, essas coisas não aconteceram mais depois que eu me casar, pretendo fazer uma longa viagem.

Claude não conseguia olhar pra ela...

Rosa: Olha pra mim.

Claude: Por que você tá fazendo isso comigo? Falou nitidamente abatido.

Rosa: Diz que me ama, diz que me ama que eu acabo com isso... Suplicou Rosa perto dele.

Claude: Rosa, por favor... Disse com seus olhos vermelhos... Saia de perto de mim, por favor... Falou se afastando dela.

Rosa respirou fundo prendeu o choro e disse...

Rosa: Tá certo, Claude, eu vim aqui só pra deixar o convite do meu noivado.

Claude: Não precisa!!! Falou de costas pra ela.

Rosa: Eu exijo sua presença, afinal somos sócios numa empresa que passa por dificuldades, depois de todos esses escândalos, você não vai querer que os investidores pensem que nossa sociedade esta em risco, vai?

Claude: Pro inferno os investidores, eu não vou nesse noivado.

Rosa: Vai sim!! Se você não for, vou achar que ainda sente algo por mim.

Claude não falou nada... Rosa jogou o convite na mesa do francês e saiu da sala batendo a porta... CONTINUA... RSRSRS...