terça-feira, 20 de novembro de 2012

Capítulo 25



No apartamento de Rosa...


Janete: Nossa!! Que coisa hein, amiga!! Falou espantada com o que Rosa falava pra ela.


Rosa: Imagina como tá a cabeça do Claude?


Janete: Faço ideia, ele adorava esse pai, como se fosse uma pessoa perfeita, um herói.


Rosa: Pois é, eu entendo a Estela, mas acho que ter escondido o que o Eduardo fez, foi pior o Claude tá se sentido traído, traído pelo pai e pela mãe.


Janete: Isso na cabeça complicada do Claude é terrível mesmo.


Rosa: Ele vai sair de casa, vai morar num flat.


Janete: Não se preocupa amiga, logo ele faz as pazes com a mãe dele e tudo vai voltar ao normal.


Rosa: Eu sei, acho até bom ele ter esse tempo pra ele, mas a minha mãe vai ter que me explicar muita coisa...


Janete: Por quê?


Rosa: Porque ela acusou Estela injustamente fez com que Estela confessasse na frente do Claude, isso não se faz, ela vai ter que me ouvir... Falou terminando de se arrumar.


Janete: O que você vai fazer?


Rosa: Vou lá na mansão conversar com ela. Tchau amiga.


Janete: Tchau!! Boa sorte.


Rosa foi pra mansão, quando chegou lá Pepa já foi logo contando que Colibri a levou no colo para o quarto.


Rosa: Como é que é?


Pepa: Isso mesmo que eu tô te dizendo.


Rosa: Mas que atrevimento dele... Falou indignada.


Pepa: Mas o pobre não ia se atrever a fazer uma coisa dessas se ela não permitisse né... Falou jogando seu veneno.


Rosa revirou os olhos e disse...


Rosa: Estou subindo pra conversar com a minha mãe, não quero ninguém escutando minha conversa com ela hein... Falou Rosa alterada.


Pepa: Que horror, do jeito que você fala ate parece que sou uma bisbilhoteira, que fico escutando conversas dos meus patrões... Falou se virando de costas pra Rosa e lavando suas panelas.


Rosa respirou fundo e foi pro quarto de Amália.


Rosa: Bom dia... Falou abrindo as cortinas.


Amália: Quem deu ordens pra abrir as cortinas?


Rosa: Ninguém precisa dar ordens pra mim, mamãe...


Amália: Por que tá falando assim comigo?


Rosa: Precisamos conversar e vai ser agora.


Enquanto isso na construtora...


Fernando: Você foi criado num orfanato não é mesmo?


Guilherme: Sim.


Fernando: E quem pagou seus estudos?


Guilherme: Eu sempre trabalhei, mas depois que conheci seu Giovanni, ele me ajudou muito.


Fernando: Ah é? E como vocês se conheceram?


Guilherme: Rosa me apresentou ele.


Guilherme: Nos conhecemos na faculdade, eu fazia direito e ela engenharia...


Fernando: Nessa época você trabalhava pra pagar sua faculdade?


Guilherme: Aham, eu consegui uma bolsa de estudos na faculdade eu só pagava a metade do curso...


Fernando: E quando conheceu o seu Giovanni foi trabalhar com ele?


Guilherme: Eu gostei do seu Giovanni de cara e ele também gostou muito de mim, ele me convidou pra vir fazer um estágio no setor jurídico da empresa, ele quis me ajudar e eu fiz por merecer o cargo que tenho hoje...


Fernando: Nessa época você já tinha interesse na filha do seu Giovanni? Porque você é apaixonado por ela não é mesmo?


Guilherme: A minha vida particular não lhe diz respeito...


Fernando: Todos os fatos me dizem respeito quando tem um assassino a solta, que mata pessoas do seu convívio eu preciso saber de tudo...


Guilherme: Eu posso saber do que eu estou sendo acusado? É o fato de ter vindo de baixo ser órfão que me faz um suspeito pra você investigador? Porque ao que eu saiba você não tem nada de concreto contra mim...


Fernando: Calma Guilherme, não sei por que você tá tão nervoso, você sabe que investigar é o meu ofício e como advogado você sabe que eu tenho que interrogar todas as pessoas que tem ligações com as vitimas...


Guilherme: Eu não estou nervoso, só quero saber com base em que você esta me interrogando...


Fernando: Com base que todos são suspeitos pra mim até que eu ache esse assassino, não é porque você é órfão ou não é simplesmente porque você convivia diariamente com todas as vitimas, com umas ate bem mais do que com outras não é mesmo?


Guilherme: Do que o senhor esta falando, investigador?


Fernando: Porque o senhor não relatou em seu depoimento que mantinha um envolvimento amoroso com a vítima a senhorita Gilvania...


Guilherme: Eu não mantinha um relacionamento com a Gilvania, por isso não disse achei irrelevante...


Fernando: Você vai me desculpar, mas quem tem direito de achar irrelevante ou não sobre qualquer informação aqui sou eu, porque você ocultou o fato?


Guilherme: Eu não tinha nada serio com ela só sai algumas vezes com ela, ela era uma mulher bonita e sabia ser persuasiva eu estava carente, mas não era serio eu não gostava dela...


Fernando: Mas isso não o impediu de sair algumas vezes com a moça não é mesmo? Eu gostaria que você fosse a delegacia, Guilherme, para prestar um novo depoimento e dessa vez eu espero que o você não se “esqueça” de me dizer nada...


Guilherme: Tudo bem Fernando eu vou... Falou nervoso.


Fernando se despediu dele e saiu...


Na mansão...


Rosa: A senhora me deve muitas explicações.


Amália: Sobre o que?


Rosa: A senhora não tinha o direito de fazer o que fez ontem, acusou a Estela sem ter provas.


Amália: Você nunca fica do meu lado, o que você queria hein? Que eu esquecesse tudo que eu ouvi tudo que eu vivi nesses últimos anos?


Rosa: Eu não tô contra a senhora, mas se a senhora tinha alguma coisa pra esclarecer com ela por que não a chamou pra ter uma conversa seria? Ao em vez disso a senhora a acusou sem provas, a pressionou na frente do filho com o único intuito de acabar com ela.


Amália: Não foi nada disso.


Rosa: Foi sim mamãe, seu orgulho foi mais forte que a senhora, sua raiva por ela te cegou. O que a senhora fez ontem não foi nada bonito.


Amália: Eu tô pouco me importando.


Rosa: Que bom, assim a senhora vai poder me explicar o que fez no dia em que meu pai morreu.


Amália: Do que você tá falando?


Rosa: Não é a senhora que gosta das coisas muito bem esclarecidas? Então essa é a sua chance de se esclarecer comigo.


Amália: O que você tá querendo dizer? Tá desconfiando de mim? Tá achando que fui eu que matei seu pai num acesso de loucura?


Rosa: Não, mamãe, não coloque palavras na minha boca, eu só quero saber o que a senhora fez naquela noite, a senhora já me enrolou uma vez, mas agora não vai conseguir, porque não saio daqui ate a senhora me falar o que fez naquela noite... Falou Rosa com firmeza.


Amália: Eu não tenho nada pra esconder, mas fique sabendo de que suas desconfianças me magoam profundamente.


Rosa: Fala, mamãe!!!


Amália respirou fundo e disse..


Amália: Naquela noite eu fui ligar para o meu cabeleireiro, desmarcando minha hora no salão, mas quando peguei no telefone, ouvi a voz de seu pai e de Estela, como eu já vinha desconfiando a muito tempo dos dois, fiquei escutando a conversa, ele tava nervoso e falava que não era pra ela falar nada, que Claude não podia saber e ela insistia...  Eu fiquei com tanta raiva que joguei o telefone, porque eu acreditava de que eles estavam falando do caso que eles tinham, fiquei ferida quando ele se preocupou com Claude e não com a gente... Eu não podia imaginar que era o segredo do Eduardo, depois disso ele subiu pra se arrumar, ai eu e ele tivemos uma briga, uma briga feia, eu tava morrendo de raiva dele ter coragem de me trair com a minha melhor amiga, tava me sentindo um lixo... Falou chorando.


Rosa: Eu escutei parte dessa briga, mas depois me tranquei no quarto e dormi, não ouvi mais nada, eu nem sabia que a senhora tinha saído aquela noite, só soube quando  a senhora falou pro investigador Fernando que estava no salão.. Mas nós duas sabemos que a senhora não ficou no salão nem por cinco minutos não é mesmo?


Amália: Eu tava com raiva, queria bater em seu pai, jogar tudo na cara dele, ai quando joguei o telefone eu desci decidida a brigar com ele, mas quando eu estava na escada eu o escutei marcando um encontro com Estela. Por isso que eu tenho raiva dela, porque ela não fala a verdade, ela se encontrou com ele na praia naquele dia, pode não ter sido pelo motivo que eu desconfiava, mas ela se encontrou sim...


Rosa: Mamãe continua, deixa sua rixa com a Estela pra lá.


Amália: Ai eu queria pegar os dois no flagra, assim que ele saiu eu chamei Afrânio pra me levar no salão, enganei Afrânio e assim que entrei no salão pedi um taxi e sai pela porta dos fundos e fui pro litoral.


Rosa: Por que a senhora mentiu pro Afrânio dizendo que ia demorar no salão? Porque a senhora foi de taxi pro litoral?


Amália: Afrânio sempre foi cupincha de seu pai, eu não podia confiar nele, aposto que era só eu falar pra ele me levar no litoral, que ele ia dar um jeito de avisar seu pai.


Rosa: E quando a senhora chegou lá na casa da praia o que viu?


Amália: Nada, o transito pra lá estava horrível, eu cheguei tarde lá, não tinha ninguém na casa, só vi umas taças de vinho, ai tive a certeza de que ele esteve ali com ela.


Rosa: Mamãe, a senhora não se lembra de mais nada? Não tá me escondendo nada?


Amália: Não, eu já falei tudo o que eu fiz se não acreditar, pode procurar o taxista que me levou, ele me deu o cartão, ele ficou me esperando eu entrei e sai da casa muito rápido.


Rosa: A senhora vai ter que dar outro depoimento pro Fernando.


Amália: Por quê? Não sei de nada, essa historia não vai mudar nada nas investigações.


Rosa: A senhora mentiu, mamãe, deveria ter falado toda a verdade no seu depoimento.


Amália: O que você queria que expusesse assim minha família, pra um estranho?


Rosa: Não interessa, ele tá investigando e qualquer detalhe pode ser uma pista que leve até o assassino. É só isso mesmo mamãe?


Amália: Só...


Rosa: Está bem, eu tenho que ir... Falou isso deu um beijo na testa da mãe e quando ia saindo do quarto Amália se lembrou de um detalhe...


Amália: Espere, Serafina.


Rosa: O que foi?


Amália foi até o closet e voltou com um brinco nas mãos e disse.


Amália: Achei esse brinco na soleira da porta da casa de praia naquela noite, eu achei que fosse de Estela, mas depois já não sei mais porque eu conheço a Estela e acho que ela não usaria um brinco tão grande, não faz o estilo dela.


Rosa: Isso é muito importante, mamãe... Falou pegando o brinco... Quando a senhora prestar seu novo depoimento, temos que dar esse brinco pro Fernando investigar.


Amália prestou um novo depoimento, Guilherme também e as investigações tomaram outro rumo, passou dois meses...


Janete: Ai amiga me desculpa, eu não tô conseguindo te ajudar com os preparativos do casamento, a construtora nesses últimos meses tá me consumindo.


Rosa: Não se preocupe amiga, eu também não tô tendo tempo pra ver essas coisas, mas acho melhor esperar mesmo não tem clima pra ver convidados, enfeites com o Claude ainda brigado com a mãe dele né.


Janete: Claro, Estela deve querer participar de todos os detalhes também, afinal o Claude é o único filho que ela tem.


Rosa: É, mas as coisas tão caminhando bem, o Claude tá mais tranquilo, agora que o foco das investigações mudaram, logo ele faz as pazes com a mãe dele e a gente organiza o casamento.


Enquanto isso na sala de Claude.


Frazão: Claude sabe o que eu pensei?


Claude: O que?


Frazão: Em fazer uma festa de inauguração das casas.


Claude: Eu já tinha pensado nisso, mas eu não quero uma coisa muito grande.


Frazão: Claro, eu vou falar com Janete e Rosa pra ver se elas dão alguma ideia pra festa.


Claude: Frazon eu tô me sentindo bem mais leve, tirando o probleminha que tenho com a minha mãe, as coisas estão indo bem, eu tô com a Rosa a construtora tá fazendo sucesso.


Frazão: Que bom que aquele escândalo não atrapalhou os negócios.


Claude: É acho que agora vamos ter um pouquinho mais de paz não é mesmo.


Frazão: Já se passaram dois meses e nada de descobrirem quem é o assassino.


Claude: Ele tá muito quieto né.


Frazão: E aquela história do brinco hein?


Claude: Estranho né.


Frazão: Muito.


Claude: Mas o mais estranho é o caso que o Guilherme santinho teve com aquela secretária... Disse ele baixinho.


Frazão: Não começa, Claude.. Disse sorrindo, achando graça do modo que o francês se referiu ao Guilherme... Se a Rosa escuta você falando assim do Guilherme é briga na certa.


Claude: Um dia eu ainda desmascaro esse ingomadin... CONTINUA... RSRSRS...

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