domingo, 18 de novembro de 2012

Capítulo 2



Rosa sentou e ficou um tempo com a cabeça baixa digerindo o que acabara de ver naquele jornal.


Dadi: D. Rosa a senhora tá pálida, quer um copo de água com açúcar?


Rosa: Não, Dadi... Disse ela com lagrimas nos olhos.


Dadi: Não fica assim, essas mulheres que frequentam essas festas são todas atiradas... Falou tentando animar Rosa.


Rosa: Aqui diz que eles tiveram um caso a um tempo atrás, você a conhece Dadi.


Dadi: D. Rosa a senhora quer uma xícara de chá?


Rosa: Dadi, não me enrola, fala...


Dadi baixou a cabeça e ficou envergonhada...


Dadi: Desculpa D. Rosa, mas acho que a senhora não deve ficar preocupada por conta disso, eu conheci essa mulher sim Dr. Claude não gosta dela nem nunca gostou.


Rosa: Mas teve um romance com ela, Dadi.


Dadi: Uma coisa rápida, no final do namoro ele fugia dela como o diabo foge da cruz, ela é uma mulherzinha vulgar.


Rosa levantou da cadeira, foi caminhando em direção a escada e Dadi disse...


Dadi: D. Rosa, não briga com ele, a senhora o conhece, tenha paciência, vocês estavam se dando tão bem, não deixa que essa mulherzinha estrague tudo.


Rosa só olhou pra Dadi com lágrimas nos olhos, Dadi sentiu pena dela...


No quarto Claude dormia tranquilamente de bruços bem a vontade na cama, só com um lençol  cobrindo-o da cintura pra baixo.


Rosa passou os olhos pelo corpo másculo, fazendo seu próprio corpo se arrepiar por inteiro demonstrando toda sua fraqueza diante dele.


Ela se aproximou da cama sentou ao lado dele e disse...


Rosa: Claude?? Claude??


Claude se mexeu virou o rosto, mas não acordou...


Rosa: Claude acorda... Falou um pouco mais alto.


Claude acorda assustado...


Claude: Que que foi ham? Por que você tá me acordando essa hora hein? Você sabe que detesto ser acordado assim... Falou ele bravo olhando pro relógio.


Rosa: O que que isso hein? Falou mostrando o jornal pra ele.


Claude respirou fundo e disse...


Claude: Um jornal...


Rosa: Não me enrola eu tô falando da foto, o que significa isso hein?


Claude: Não significa nada, foi apenas uma foto.


Rosa: Essa mulher tô pendurada no seu pescoço te beijando...


Claude: Não acredito que você me acordou a essa hora por causa de uma bobagem dessa... Falou levantando.


Rosa: Bobagem? Você acha mesmo você estar atracado com uma mulher se beijando uma bobagem? Eu acho que mereço uma explicação.


Claude: Não seja ridícula, não tem explicação nenhuma... Falou ele bravo.


Rosa: Não significo nada pra você não é mesmo? Perguntou ela chorando.


Claude: Eu gosto de você.


Rosa: Isso não é o bastante, será que você não vê que eu preciso ser importante pra você... Disse se entregando ao choro.


Claude: Mon Die... Você devia saber que esse tipo de eventos sempre tem um fotografo, pra tirar umas fotos assim... Falou nervoso.


Rosa: Ah Claude, ele só tirou porque você beijou essa fulana ai... Disse Rosa chorando.


Claude: Para com isso, você sabe que nessas festas sempre tem uma mulher vulgar como essa, pra querer tirar proveito da situação, gosta de sair em revistas e se aproxima de homens importantes como eu...


Rosa: Não minta, aqui diz que vocês tiveram um romance...


Claude: Nada sério, aliás nunca tive nada serio com ninguém, a única mulher que eu tô tendo um relacionamento, mais sério é você, portanto não admito que você me venha cobrar nada.


Rosa: Você queria o que hein? Que eu visse e fingisse que não tivesse visto?


Claude: Acho que essa discusson já foi longe demais, quando você aceitou ficar comigo, aceitou tudo que eu falei, eu nunca te prometi nada, e até hoje nesses dois anos tenho te respeitado, sabe por quê? Porque você nunca me cobrou nada, você era diferente das outras que sempre querem mais é por isso que tá durando tanto, mas se isso mudar sinto muito... Falou indo pro banheiro.


Rosa foi pra varanda do quarto e chorou silenciosamente...


Após o banho Claude se arruma e Rosa o observa calada, depois dele ter se arrumado ele vai até e diz...


Claude: Vou pra construtora, não sei que horas eu volto... Sai sem nem dar o beijo que costuma dar nela ao sair de casa.


Na construtora...


Frazão: Que cara é essa?


Claude joga o jornal na mesa...


Frazão: Eu sabia, eu te avisei.


Claude: Tive uma discusson séria com Rosa... Falou andando de um lado pro outro.


Frazão: Também pudera né, ver uma foto de Nara te agarrando assim.


Claude: É eu sei, mas ela tinha que confiar em mim, ela sabe que sou assediado, Nara não significa nada pra mim.


Frazão: Falou isso pra ela?


Claude: Non Frazon, non vou ficar me explicando pra Rosa, nunca me expliquei pra mulher nenhuma não vai ser pra ela que vou ficar feito bobo falando o que eu sinto ou deixo de sentir.


Frazão: Eu não te entendo.


Claude: Por quê?


Frazão: Você tem uma mulher bonita, porque você não a leva nas festas, isso acabaria com essas periguetes que ficam em cima de você só pra se promover.


Claude: Rosa não é do nosso nível, Frazon, ela é envergonhada, simples, não nasceu pra frequentar esses tipos lugares, não tem sofisticação, elegância...


Frazão: E você acha Nara elegante?


Claude: Pode não ser elegante, mas tem jogo de cintura, traquejo sabe se comunicar não fica sem saber o que fazer por que afinal essa é a vida dela. Em Paris a levei num restaurante mais chique, ela ficou apavorada, se atrapalhou toda com os talheres, isso porque nos estávamos sozinhos, imagina ela num desses jantares que costumo ir?


Frazão: Mas isso é fácil de resolver, ensina tudo pra ela...


Claude: Non Frazon, não quero que ela mude, eu gosto dela do jeitinho que ela é.


Frazão sorriu e disse...


Frazão: Tá apaixonado né?


Claude: Claro que non...


Frazão: Como não, nunca vi você falar de ninguém assim, nesses dois anos que você está com ela, nunca mais vi você com outra mulher.


Claude: Eu não sou nenhum canalha não, nunca trai ninguém, sempre que meu interesse acaba eu termino e pronto!


Frazão: Eu sei, só que com as outras não durava mais que dois ou três meses...


Claude: Com Nara durou seis...


Frazão: Por que ela não queria aceitar o que já tinha acabado a muito tempo.


Claude: Vamos mudar de assunto ham.


Frazão: Tá bem, só mais uma coisinha...


Claude: Fala...


Frazão: Trata melhor a Rosa, ela é o amor da sua vida, deixa-a ser a mulher que você precisa, para com essas bobagens de que amor não existe.


Claude: Eu não tô apaixonado por ela, eu nunca me apaixonei por ninguém.


Frazão: Não seja teimoso, cuidado meu amigo, quando você se der conta pode ser tarde demais.


Claude: Do que você tá falando?


Frazão: Tô falando que ela pode se cansar de amar sozinha e ir embora.


Claude: Ficou louco? Ela não vai me abandonar nunca, ela me ama... Falou confiante... Agora para de falar besteiras ai e vamos trabalhar...


Nesse momento Janete que era engenheira da construtora entra na sala.


Janete: Com licença...


Frazão: Oi minha deusa.


Janete: Nem vem Frazão... Falou saindo de perto dele... Tá Claude mais um projeto pronto... Falou colocando uma pasta na mesa de Claude... Agora vou pra casa que eu tô morta hoje depois daquela festa... Falou isso e viu o jornal jogado na mesa... Nossa coitada da Rosa... Exclamou ela.


Claude não falou nada continuou fazendo o que estava fazendo.


Janete: Vou lá ver como que ela está? Afinal, ela não tem ninguém nesse mundo... Falou brava e saiu da sala.


Claude: Era só o que me faltava um motim ham.


Frazão sorriu e os dois continuaram a trabalhar...


Na casa de Nara...


Nara: Ai amiga ficou ótimo... Falou olhando o jornal.


Erci: Com isso você espanta a tal que mora com o Claude.


Nara: Claro se ele nuca apresenta ela pros amigos é porque ele não quer nada sério com ela.


Erci: Mas já faz tempo que estão juntos, eu nunca ouvi falar que ele tenha saído com alguma outra mulher nesse período.


Nara: Ahh Erci, mesmo que seja mais sério, você acha que ela vendo isso não vai ficar uma onça, lógico vai ter uma briga e Claude a manda passear em três tempos, eu o conheço sei que ele detesta cobranças..


Erci: É vê se agora aprende a segurar seu homem, chega de ceninhas de ciúmes de falar em casamento essas coisas que espantam ele.


Nara: Claro, dessa vez vou fazer tudo diferente... Falou sorrindo.


Na casa de Claude, Janete vai visitar Rosa depois de ter visto o jornal...


Janete: Amiga desculpa ter vindo sem avisar... Diz Janete cumprimentando Rosa.


Rosa: Você é minha amiga Janete, eu sempre estou pronta pra te receber...


Janete: Eu não queria vir, pensei que o Claude estivesse aqui...


Rosa: Ele já saiu tinha umas coisas pra resolver na construtora.


Janete: Rosa você viu o jornal?


Rosa: Eu vi sim Jane e ele já me explicou tudo...


Janete: E só porque ele te explicou você já tá satisfeita com ele...


Rosa: Janete não começa com isso, eu não gosto quando você fala assim do Claude...


Janete: Amiga e eu não gosto de ter ver assim entregue as vontades dele.


Rosa: Janete ele não me obriga a nada, eu sou assim também não quero arrumar uma briga com ele.


Janete: Você acha certo Rosa tudo que ele faz com você, todas essas festas que ele vai e não te leva, ele não te assume. Você é como se fosse uma amante pra ele...


Rosa: Não é verdade... Falou magoada.


Janete: Desculpa, mas eu fico irritada com tudo isso sabia.


Rosa: Janete eu não me importo, eu acho que não gostaria mesmo de ir nessas festas e quanto a ele não me assumir eu vivo com ele não é mesmo é quase um casamento... Falou ela tentando se convencer de que aquilo bastava.


Janete: Rosa minha amiga você merece muito mais do que isso, é um absurdo do jeito que ele te trata, como você pode saber ou não que gosta das festas se você não vai?


Rosa: Janete eu não gosto de estar no meio dessa gente, eles são muito esnobes...


Janete: Com o tempo você se acostuma, você tem que se dar o valor minha amiga, você é uma mulher linda e uma pessoa maravilhosa não tem porque ele te deixar trancada em casa e ir pra festas sozinho...


Rosa: Mas eu já falei eu não faço questão e também não quero brigar com ele...


Janete: Rosa você tem que assumir o seu lugar na vida do Claude, como você mesma disse estar no lugar de esposa dele, então tem que frequentar todos os lugares que ele estiver você tem que se impor e impor a sua presença ele tem que te mostrar pra sociedade, para que não aconteça mais esse tipo de coisas uma mulherzinha vulgar como essa Nara Paranhos se enroscando nele...


Rosa: O Claude é um homem que tem dificuldade de demonstrar os sentimentos dele, eu tenho medo de forçar uma situação e ele me deixar eu o amo demais e não sei o que seria da minha vida sem ele...


Janete: Meu Deus você não pode pensar assim, primeiro você tem que se amar pra depois amar o Claude...


Rosa: Eu o amo mais que tudo amiga... Diz Rosa com a verdade de todo o seu sentimento por Claude... Agora me conta você estava lá aquela fulana ficou pendurada nele a festa toda?


Janete: Ela é uma oportunista, ele não deu um pingo de confiança pra ela, mas a Nara ficou todo o tempo cercando o Claude, até que ela viu que o fotografo se aproximando dele e aproveitou e o agarrou pra sair na foto, publicidade gratuita e a esperança de voltar pra ele, mas ele não parece ter interesse algum.


Rosa: Ele me disse que não tem mesmo nenhum interesse nela... Diz Rosa com um sorrisinho no canto dos lábios.


Janete: Rosa, você acha mesmo que essas migalhas de afeto que o Claude te da te basta?


Rosa: Eu sei que ele vai mudar Jane, é tudo uma questão de tempo você vai ver, ele é um homem bom só teve uma infância conturbada, mas com o tempo ele vai querer casar e formar uma família você vai ver... Falou pouco confiante.


Janete: Eu espero que você esteja certa minha amiga, de todo o meu coração não quero ver você sofrer.


Já era noite quando Claude chegou em casa, ele abriu a porta do apartamento e a sala estava vazia, ele sentiu um vazio em seu peito, não ver Rosa sempre ali na sala a sua espera, achou estranho aquilo que estava sentindo e foi andando pelo apartamento ate que ele escuta uns sussurros de Rosa, quando ele passa pela porta da salinha de TV.



Claude para na porta e fica observando Rosa sentada no sofá assistindo a um filme de terror, ela agarrava uma almofada e quando passava uma cena mais forte, ela tapava seu rosto com a almofada.


Claude sorriu ele adorava aquele jeitinho espontâneo que ela tinha,  nem ele imaginava o quanto gostava dela, ele sempre jurou pra ele mesmo nunca se casar ou se apaixonar por ninguém, muito menos ter filhos, não queria colocar no mundo, crianças inocentes,  que fossem sofrer com brigas constantes dos pais, assim como ele sofreu..


Claude caminhou devagar até perto do sofá onde Rosa estava de costas para a porta, ele se apoiou no encosto do sofá, ela estava tão entretida com o filme que nem sentiu Claude tão próximo dela, ele beijou seu pescoço e mordiscou sua orelha, lhe dando um susto enorme...


Rosa: Ai que susto... Falou pulando do sofá.


Claude: Não sei por que você teima em assistir esse tipo de filme se morre de medo...  Falou num tom mais severo.


Rosa ainda estava assustada, mas disse...


Rosa: Devemos enfrentar nossos próprios medos.


Claude: Quem disse isso? Falou dando a volta no sofá e ficando de frente pra ela.


Rosa: Eu li num livro, eu não sou essa ignorante que você pensa que sou.


Claude: Eu nunca falei isso.


Rosa: Mas pensa...


Claude: Você não sabe o que eu penso...


Rosa: Sei sim, te conheço muito mais do que você imagina e acho que você deveria enfrentar seus medos também... Nesse momento Claude a tinha em seus braços e sussurrou no ouvido dela...


Claude: Não tenho medo de nada... Falou beijando o rosto dela.


Rosa: Tem sim, tem medo de construir uma família...  Claude a olhou sério... CONTINUA... RSRSRS...

Um comentário:

  1. O Claude não pode tratar a nossa heroína assim! Mas sei que a Rosa vai dar a volta por cima!!! (=

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