domingo, 11 de novembro de 2012

Capítulo 1





França...


Rosa: É lindo... Falou encantada ao ver o lindo anel de brilhante que Claude deu à ela.


Claude: Pensei que não fosse gostar.


Rosa: Por quê?


Claude: Você nunca se interessa por essas coisas.  Ontem mesmo passamos por uma joalheria e parece que nada que você viu na vitrine te chamou a atenção.


Rosa: Você sabe que não sou muito ligada a essas coisas. Mas esse anel eu adorei... Rosa sorriu e Claude a beijou...


Os dias na França foram tranquilos, Rosa amava viajar com Claude, ele se soltava mais quando não estava no Brasil, parecia mais ele mesmo.


Claude: Tá triste?


Rosa: Queria que esses dias não tivessem passado tão depressa...


Claude: Não vai faltar oportunidade pra voltarmos... Falou colocando o braço em volta dos ombros dela e caminharam para sala vip do aeroporto esperar o voo para o Brasil.


Rosa se aconchegou no peito dele e disse...


Rosa: Eu amo viajar com você, você fica mais leve se dedica mais pra gente, fica mais atencioso.


Claude sorriu e disse...


Claude: Natural, no Brasil quase não tenho tempo, sempre chego tarde em casa, geralmente tem eventos que preciso ir, você sabe.


Rosa: Eu sei, não tô reclamando.


Claude: Amanhã mesmo eu tenho uma recepçon pra ir, não posso faltar vários empresários vão estar lá.


Rosa: Você vai me levar?


Claude: Non... Você não iria se sentir bem ham. Esses eventos geralmente são chatos... Falou ele disfarçando.


Rosa: Entendo... Falou ela um pouco triste, Claude nunca a levava nessas festas, talvez tivesse vergonha dela, como ele iria explicar a relação dos dois, Rosa tinha sido apenas uma secretaria, nem ela sabia o que realmente ele viu nela, uma mulher simples com hábitos mais simples ainda..


Já fazia dois anos que ela e Claude tinham um relacionamento, ele a convidou para morar com ele logo que se conheceram, pediu que largasse o emprego de secretaria, Rosa estava perdidamente apaixonada por ele e aceitou na mesma hora, só que Claude nunca se declarou apaixonado e sempre foi muito claro que ele não queria casar muito menos ter filhos.


Mas ela acreditava que com o tempo ele iria querer construir uma família, se casar, ter filhos, com essa ilusão ela foi sonhando em um dia ser a esposa de Claude, estava tão apaixonada que nem se deu conta dos obstáculos que teria que enfrentar...


Rosa era sozinha não tinha família, seus pais haviam morrido num terrível acidente de carro, ela ficou sozinha, morou parte de sua vida em um orfanato, quando completou dezoito anos foi trabalhar numa loja de roupas no shopping, lá conheceu a mulher do engenheiro Coutinho, que lhe ofereceu uma vaga como secretaria, Rosa ficou muito agradecida e fez de tudo para que eles não se arrependessem da chance que estavam lhe dando...


A vida dela era simples trabalhava e estudava, quando viu Claude entrar no escritório aquela manhã, logo viu que aquele homem iria tirar o sono dela, ele  era a própria visão do paraíso, alto, um corpo lindo assim como o rosto, e o sorriso... Ah o sorriso era de matar qualquer mulher, ele parecia saber do seu poder de sedução e soube usar isso muito bem ao seu favor quando a convidou para sair pela primeira vez, Rosa não teve como negar, ficou encantada com o lugar que ele a levou..


Após doze horas de voo, Claude e Rosa finalmente chegam em casa, Dadi a governanta de Claude já os esperava, Frazão o advogado e melhor amigo do francês também o aguardava já sentado no sofá da ampla sala do apartamento de Claude onde morava com Rosa.


Dadi: Como foram de viagem?


Rosa: Muito bem Dadi, obrigada foi uma das melhores... Falou olhando o dedo com o anel caríssimo que Claude havia dado a ela na viagem...


Frazão se aproximou beijou a mão de Rosa e disse...


Frazão: Essa viagem te fez muito bem, está cada dia mais linda.


Rosa sorri com o galanteio de Frazão que sempre foi um encanto com ela...


Rosa: Obrigada Dr. Frazão...  Falou ela envergonhada.


Frazão: Me chame só de Frazão ham...


Claude: Vamos parar com essa conversinha ham, me fala Frazon como andam as coisas por aqui?


Rosa sorriu por Claude demonstrar um ciuminho bobo, ele era o que se podia chamar de um homem de gelo, uma simples demonstração de ciúmes pra Rosa já era alguma coisa...


Rosa: Eu vou subir e arrumar minhas coisas.


Claude: Não precisa se preocupar com isso, Rosa!! Pra isso temos empregados ham...  Falou ele meio impaciente.


Rosa: Desculpa!! Mas eu gosto dá licença... Falou saindo um pouco envergonhada por Claude chamar sua atenção na frente de Frazão...


Frazão: Oh francês, olha o jeito que você falou com a menina?


Claude: Às vezes eu perco a paciência com ela, essa mania que ela tem de fazer as coisas, igual uma empregada.


Frazão: Não precisava ter tratado ela assim.


Claude: Esquece isso, quero saber como foi aqui na minha ausência.


Frazão: Foi tudo como eu já tinha te falado mon ami e lá na França conseguiu aqueles investimentos?


Claude: Non... Perdi meu tempo viajando.  


Frazão: Não perdeu né, pode aproveitar uns dias com Rosa... Falou sorrindo.


Claude deu um sorrisinho e sentou no sofá com uma dose de whisky.


No quarto Rosa retirava as roupas das malas, Claude comprou muitas coisas pra ela em Paris, mas se sentia até mal em usar, não tinha nem aonde ir com aquelas roupas tão chique...


Dadi: D. Rosa deixa que eu ajeito essas coisas, vai descansar a viagem deve ter sido cansativa.


Rosa: Pode deixar, Dadi não vou conseguir relaxar antes de fazer isso, eu sei que o Claude não gosta, mas eu gosto de arrumar minhas coisas e as coisas dele também, pelo menos assim eu me sinto um pouco esposa dele.


Dadi: Tá chateada?


Rosa: Não Dadi, já tô acostumada com o jeito dele... Falou um pouco triste.


Dadi: Ele gosta muito de você, só não sabe demonstrar.


Rosa: Eu sei Dadi eu o conheço, sei que essa frieza dele é uma armadura, pra se proteger.


Dadi: Ele teve uma infância muito difícil, com pais ricos e sem amor... Dadi reparou no dedo de Rosa e viu o anel... Mon Die... Admirada tocou no anel... Não me diga que ele? Perguntou com um brilho nos olhos...


Rosa: Não Dadi, ele não me pediu em casamento, se é isso que você está pensando, ele só quis me fazer um mimo... Falou olhando pro anel.


Dadi: Não fica assim, você foi a única mulher que ele trouxe pra morar com ele, só você conseguiu um relacionamento mais sério com ele, ele te pedir em casamento é só questão de tempo.


Rosa: Não me importo muito com casamento e festas, o que eu queria mesmo era uma família, quero ter filhos com o homem que eu amo, Dadi.


Dadi: Tenha paciência, tudo vai acontecer à seu tempo.


Rosa sorriu e se coração se encheu de esperanças com o que Dadi havia lhe falado...


Após ter deixado Claude a par do que ele teria que fazer na construtora no dia seguinte, Frazão foi embora, Claude subiu e encontrou Rosa dormindo com uma camisola branca de seda, deitada com os cabelos espalhados pelo travesseiro, parecia mais um anjo...


Claude se aproximou da cama se ajoelhou diante dela e começou uma trilha de beijos pelo pé de Rosa subindo lentamente.


Rosa acordou com o calor dos lábios de Claude subindo pela sua perna, olhou pra ele que a encarou com um olhar sedutor, sem deixar de deslizar seus lábios pela sua pele macia...


Ela sorriu e disse...


Rosa: Você não tem uma festa pra ir?


Claude subiu mais ainda com as mãos espalmadas levantando a camisola dela ele roçou os lábios no contorno do seu umbigo, fazendo Rosa perder o raciocínio.


Sua língua passou suavemente pelo ventre dela e logo suas mãos estavam tirando sua calcinha... Claude a acariciou intimamente com seus dedos nervosos.


Rosa fez carinho em seu cabelo e ele disse...


Claude: Ainda tenho tempo... Respondendo a pergunta que Rosa havia feito minutos antes daquelas carícias tão intensas que a levaram a beira da loucura.


Claude subiu mais ficando sobre ela a olhou nos olhos e disse...


Claude: Não resisto a você quando usa essa camisola... Falou beijando seu pescoço.


Rosa sorriu e o abraçou mais forte e logo os dois estavam se amando...


Um tempo depois Claude levantou...


Rosa: Onde vai ser a festa? Falou sentando na cama segurando o lençol sobre seu corpo.


Claude: Na casa de um empresário amigo meu, não adianta eu ficar falando quem é você não conhece... Falou ele indo pro banho.


Rosa se sentiu tão pequenininha, não gostava quando Claude tinha que ir a esses tipos de festas, ele nunca a levava, sempre falava que ela não iria gostar, mas ela sabia que ele tinha vergonha de apresentá-la como sua namorada, noiva, mulher, afinal nem ela mesmo sabia o que era dele.


Claude tomou banho e foi se arrumar na frente do espelho que tinha no closet, Rosa vestiu sua camisola, levantou e ficou encostada na porta...


Claude: Não precisa fazer essa carinha.


Rosa: Promete que você não vai demorar?


Claude: Não posso te prometer nada, você sabe que essas festas são longas, tem sempre muita gente...


Rosa: Não sei, nunca fui a nenhuma.


Claude: Vai começar?


Rosa não gostava de cobrar Claude em nada, afinal ele nunca prometeu nada além daquilo que ele já estava dando a ela.


Rosa: Desculpa... Disse com a cabeça baixa.


Claude foi até ela pegou em seu queixo fazendo-a olhar pra ele...


Claude: Amanhã, prometo te levar pra jantar fora... Falou isso e lhe deu um beijo na testa... Agora já vou, estou atrasado.


Claude colocou seu terno e saiu deixando Rosa triste.


A festa séria na casa de Egídio, Nara sustentava esperanças de reatar com Claude, eles já teriam tido um casinho passageiro, sem importância nenhuma pra Claude, mas pra ela sim, e ela não perdia a oportunidade de se aproximar dele, nesses eventos...


Frazão: O Claude tá demorando.


Janete: Será que dessa vez ele trás a Rosa?


Frazão: Não sei Nara já está pronta pra dar o bote no francês, veio vestida para matar... Falou olhando Nara do outro lado da festa.


Janete: E que que é Frazão? Vai ficar babando aí com essa perua?


Frazão sorriu e disse...


Frazão: Tá com ciúmes?


Janete: Hahaha, eu com ciúmes? Claro que não né!! Só tô achando ridículo você aí de olho nessa mulherzinha vulgar.


Frazão: Tudo culpa tua, porque se você me desse uma chance eu não estaria olhando pra mulher nenhuma... Falou chegando perto dela.


Janete: Olha o Claude chegando e sozinho, coitada da minha amiga, não sei como ela suporta tanta indiferença da parte dele...  Falou fugindo da investida de Frazão.


Claude: Boa noite... Disse sorrindo.


J&F: Boa noite, Claude.


Frazão: Demorou hein.


Claude: É tive que resolver umas coisinhas antes... Disse com um sorriso cínico.


Frazão: Sei cadê a Rosa?


Claude: Você sabe que eu não gosto de trazê-la nesse tipo de festas.


Janete: Por que hein?


Claude: Porque acho que ela não ficaria confortável com essa gente toda, Rosa é muito tímida, da licença vou conversar com o Egídio... Falou isso e saiu de perto de Janete e Frazão.


Na casa de Claude...


Rosa não conseguia dormir, levantou e foi até a cozinha tomar um copo de água.


Dadi escutou o barulho e foi ver o que era...


Dadi: A senhora quer que eu faça alguma coisa? Um suco, um chá?


Rosa: Não Dadi, obrigada, desculpa eu te acordei né.


Dadi: Não, eu já estava acordada, eu já acostumei, não consigo dormir enquanto Dr. Claude não chega, a senhora também não consegue dormir né?


Rosa: É... Falou tomando um gole de água.


Dadi: Por que essa carinha? A senhora sabe que essas festas são só negócios.


Rosa: É o que ele diz né.


Dadi: D. Rosa, o Dr. Claude já teve várias mulheres, mas nunca nenhuma como a senhora, já fazem dois anos que vocês estão juntos as outras não passavam de um ou dois meses.


Rosa: O Claude não me ama.


Dadi: Ele pensa que não ama, é uma forma que ele encontrou de se proteger, ele via muitas brigas dos pais, cresceu com essa ideia de que de que casamento não da certo, mas o fato dele se envolver assim com a senhora, já mostra que ele tá mudando e que um dia quem sabe...


Rosa: É eu acho que você tem razão, ele passou por momentos difíceis na infância, com pais que não se amavam, eu vou fazer de tudo pra manter esse relacionamento, Dadi... Falou ela mais confiante.


Dadi sorriu e ela logo em seguida subiu para o quarto.


Na festa...


Claude: Nara para com isso, por favor... Falava ele pra Nara parar de se pendurar em seu pescoço.


Nara: Ai Claude, deixa de ser chato... Vem vamos tirar uma foto... Falou puxando ele.


Claude: Non Nara, por favor, ham você sabe que não gosto de ficar me exibindo pra fotografo...


Nara: Mas eu adoro, mon amour... Falou sem desgrudar dele, um fotografo amigo de Nara já estava de plantão esperando que ela se aproximasse com Claude.


Claude deu um sorrisinho meio sem graça, Nara se aproveitou da situação e lascou um selinho nele, bem na hora que o fotografo clicou...


Claude não gostou e disse...


Claude: O que você pensa que está fazendo?


Nara: Ai porque ficou assim tão nervoso? Que eu saiba você não tá envolvido com ninguém ou está?


Claude: Não é da sua conta, com quem estou ou deixo de estar.


Nara: Ai Claude que grosseria... Falou ela emburrada.


Claude balançou a cabeça e disse...


Claude: Desculpa, mas não gosto que fiquem me exibindo, não sou nenhum troféu.


Nara: Desculpa, não foi minha intenção te expor assim, aquele beijo foi pura saudade, já tem dois anos que terminamos e você não apareceu com mais nenhuma mulher, bem... Achei que você...


Claude vendo onde aquela conversa iria levá-los tratou logo de interromper...


Claude: Nara me desculpe, mas preciso falar com alguns empresários que acabam de chegar... Falou saindo de perto dela.


Nara sorri e fica olhando pra Claude sem parar, Erci que via tudo, veio até a amiga e disse...


Erci: E aí? Seu plano deu certo?


Nara: Quase, ele tá meio arredio, mas consegui a foto que eu queria, agora quero essa foto bem grande com uma manchete de arrasar amiga.


Erci: Pode deixar comigo... Falou sorrindo.


Depois disso Claude não chegou mais perto de Nara. Passou a festa inteira a evitando.


Frazão: Eu vi o beijo.


Claude: Que beijo? Tá louco...


Frazão: O beijo que a Nara deu em você. Se prepara amanhã vai sair naquele jornalzinho que a Erci é editora.


Claude respirou fundo e bebeu de uma só vez sua champanhe.





Mais tarde já em casa, Claude chega cansado, com seu terno nos ombros ele sobe e quando entra em seu quarto que se depara com a figura de Rosa dormindo tão tranquilamente, ele sente que seu lugar é ali, ao lado dela.


Claude vai pro banheiro toma um banho e vem pro quarto com uma toalha enrolado na cintura, ele retira a toalha ficando completamente nu, sem tirar os olhos de Rosa ele se deita ao seu lado, Rosa instintivamente se aconchega no corpo nu de seu amado, ele sorri e a coloca em seu peito num gesto de proteção...


Assim sentindo o perfume de seus cabelos ele adormece...


Na manhã seguinte, Rosa já estava acordada ela se arrumou para descer, mas antes ela vai até Claude que dormia pesadamente...


Rosa: Eu te amo... Sussurrou em seu ouvido depois lhe deu um beijo suave nos lábios. Em seguida saiu do quarto.


Na parte inferior do apartamento, Dadi  já havia preparado o café dos patrões e folheava o jornal tranquilamente encostada no balcão da cozinha.


Quando de repente ela vê  uma foto de Claude beijando Nara. Uma manchete com letras garrafais...


 “ Parece que o clima ficou quente na festa do empresário Egídio Paranhos, sua filha,  Nara estava toda feliz com seu ex affair Claude Antonie Geraldy. O francês tentou disfarçar, mas Nara parecia bem a vontade, será que teve uma reconciliação??”




Rosa: Bom dia, Dadi... Falou dando um susto na empregada, que escondeu rápido o jornal atrás de si... Desculpa te assustei.


Dadi: Não imagina, pode se sentar já vou lhe servir o café... Falou disfarçando e andando de lado tentando esconder o jornal.


Rosa: O que que você tá escondendo aí, Dadi?


Dadi: Eu escondendo? Não tô escondendo nada não... Falou nervosa deixando Rosa ainda mais cismada.


Rosa: Me dá... Estendeu a mão para a empregada.


Dadi: D. Rosa? Falou ainda na tentativa de contornar a situação.


Rosa: Anda, Dadi...


Dadi estendeu a mão com o jornal para ela, Rosa abriu o jornal que se encontrava dobrada, na página da tal manchete, a cor sumiu de sua face imediatamente quando ela viu a foto e em seguida lendo a manchete, uma lágrima escorreu de seus olhos silenciosamente... CONTINUA... RSRSRS...

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