Amália: Que bom que desceram o jantar já vai ser servido...
Rosa: Mãe eu e o Claude precisamos conversar com você.
Amália: Aconteceu alguma coisa? Perguntou assustada.
Rosa: Não, mãe são só umas perguntas.
Amália: Perguntas?
Claude: Acho melhor irmos conversar na biblioteca... Disse
Claude guiando as duas até a biblioteca.
Rosa: Mãe o Claude quer saber como foi o dia da Joana?
Amália: Foi normal minha filha.
Claude: Mas vocês foram ao cemitério, não foram?
Amália: Sim, mas já era um habito nosso, eu sempre vou toda
semana trocar as flores do tumulo de Giovanni.
Rosa: E como ela estava?
Amália: Já falei filha. Ela tava normal como sempre.
Rosa: Mãe os empregados falaram que ela chegou muito estranha
em casa e saiu sem que ninguém tenha visto, alguma coisa aconteceu no
cemitério.
Amália: O que foi Serafina? Você tá achando que tô mentindo
pra você? Perguntou ela já nervosa.
Claude: Por que a senhora não veio com o Afrânio? A senhora
foi pra onde?
Amália: Mas o que é isso? Um interrogatório?
Rosa: Mamãe, não enrola fala logo, não sei por que a senhora
foge das perguntas... Falou Rosa alterada.
Claude: Calma cherry...
Rosa: Calma nada...
Amália: Me respeite Serafina, era só o que me faltava eu estar
sendo interrogada por vocês... Falou isso e se virou querendo sair da
biblioteca.
Rosa correu pra porta e disse...
Rosa: A senhora não vai sair daqui enquanto não esclarecer
essa historia... Falou se colocando na frente da mãe.
Amália: Você tá achando o que hein? Que eu sou a assassina?
Que sou eu que ando matando todo mundo? Olha bem pra mim, você acha que eu
seria capaz de matar alguém? Gritou Amália bem perto do rosto de Rosa.
Claude: Ninguém tá acusando a senhora de nada, só queremos
saber o que aconteceu.
Amália começou a chorar e não tirava os olhos de Rosa, que não
recuou do lugar onde estava.
Claude: Cherry vem sentar aqui ham... Falou pegando no braço
de Rosa.
Amália: Vocês devem achar que sou um monstro não é mesmo?
Rosa: Mãe para com isso e fala o que a senhora fez ontem
depois que o Afrânio a deixou lá no portão do cemitério.
Amália: Você acha mesmo, Serafina que se eu soubesse de alguma
coisa que pudesse ajudar o Claude eu não falaria? Falou ela chorando.
Rosa e Claude se olharam, depois baixaram a cabeça.
Amália: Você acha o que eu me divirto vendo a aflição de
vocês?
Rosa: Mamãe ninguém falou isso.
Claude: A senhora tem tido atitudes estranhas...
Amália: Chega!! Eu não sei de nada que possa ajudar vocês, eu
daria minha vida pra não ver vocês dois sofrendo, eu sei que sou chata às
vezes, mas você Claude, é pra mim como
se fosse um filho... Ela fez uma pausa e disse... Ontem eu não queria que
Afrânio me visse indo atrás de Joana, eu fiquei curiosa queria saber de que
amiga ela falava.
Rosa: E a senhora viu alguma coisa? Descobriu que amiga era
essa? Perguntou Rosa apreensiva.
Amália: Eu andei e acabei me perdendo no cemitério, não a vi
mais.
Rosa: Mamãe, a senhora deve saber de quem se tratava Joana não
tinha ninguém, só a gente, ela falava que a gente era a família dela, mãe faz
um esforço e tenta se lembrar de alguém que tenha sido próximo dela pra ela ter
essa vontade de ir ver o tumulo.
Amália: Minha filha que diferença isso vai fazer?
Rosa: Muita mamãe.
Amália: Eu não tenho certeza, mas acho que ela deve ter ido
ver o tumulo de uma mulher que foi arrumadeira da mansão, a muitos anos atrás.
Claude: Como era o nome dela?
Amália: Mirtes, ela trabalhou aqui muito pouco tempo, mas fez
amizade com Joana, só pode ser ela que Joana foi ver, pronto falei, eu não sei
o que isso vai interessar a vocês, uma mulher que morreu a muitos anos.
Claude: Como ela morreu?
Amália olhou pros dois que esperavam a resposta ansiosos.
Amália: Assassinada.
Rosa: Quem a matou e por quê? Perguntou um pouco assustada.
Amália: Não sei, ela não trabalhava mais aqui quando a
mataram... Falou nervosa.
Rosa: Como foi?
Amália: Não sei direito, parece que entraram na casa dela e
atiraram nela, filha isso aconteceu a muito tempo, não tem nada a ver com o que
tá acontecendo agora.
Rosa: Por que que ela não permaneceu aqui como arrumadeira?
Amália ficou ainda mais nervosa olhou pra Claude e disse...
Amália: Ela não era competente.
Rosa: Ah mamãe!! A Pepa é uma fofoqueira e cozinha mal e nem
por isso a senhora mandou embora, faz anos que ela trabalha aqui e se essa
Mirtes era assim tão amiga da Joana o motivo com certeza não foi ela ser incompetente.
Amália: Eu não estou gostando do jeito com que você esta
falando comigo, Serafina.
Claude fez um sinal pra Rosa desistir porque Amália não
contaria nada mais do que havia contado.
Rosa: Desculpa, mamãe.
Amália: Vocês acreditam em mim?
Rosa: Claro... Falou isso e foi abraçar a mãe.
Claude deu um sorriso de ver as duas abraçadas, Amália se
afastou de Rosa e foi até ele e deu um abraço nele também.
Amália: Fique calmo, não vai acontecer nada com você meu
querido, Deus não vai permitir isso, logo a policia vai achar quem esta fazendo
isso... Falou fazendo carinho no rosto dele.
Claude: Obrigado D. Amália... Falou com os olhos vermelhos
emocionado.
Rosa sorriu e foi abraçar os dois.
Amália: Agora podemos jantar?
Rosa: Claro... Amália seguiu na frente pra dar ordens de
servir o jantar.
Rosa: O que você achou? Perguntou ainda na biblioteca.
Claude: Achei que ela tá escondendo o motivo de ter mandado a
tal Mirtes embora.
Rosa: Eu também achei isso. Mas a gente vai descobrir... Falou
fazendo carinho no rosto dele.
Claude: Eu te amo... Disse isso e a beijou.
Depois do jantar Claude se despediu de Rosa e foi pra casa,
quando ele chegou à portaria o porteiro lhe entregou um chaveiro.
Claude: Esse chaveiro não é meu, seu Francisco.
Porteiro: Dr. Claude, esse chaveiro caiu do bolso daquele
delegado que veio na sua casa ontem.
Claude: Delegado? O Fernando?
Porteiro: Esse mesmo, eu vi quando caiu do bolso dele, eu
tentei avisar, mas ele tava com tanta pressa e nem me ouviu.
Claude: Que hora ele teve aqui ontem?
Porteiro: No final da tarde, sua mãe não estava, mas ela
chegou logo depois.
Claude ficou confuso, não sabia o motivo de Fernando ter ido
em sua casa, no final da tarde justo quando ele tinha ido se encontrar com Joana.
Claude subiu e Estela o aguardava na sala...
Claude: Boa noite maman...
Estela: Boa noite meu filho, como está Rosa?
Claude: Tá melhorzinha... Falou sentando no sofá ao lado da
mãe.
Estela: Que foi meu filho?
Claude: O Fernando teve aqui ontem mamãe?
Estela se assustou com a pergunta de Claude.
Estela: Como você sabe?
Claude: O que ele veio fazer aqui?
Estela levantou e ficou de costas pra Claude, não queria que
ele notasse seu nervosismo.
Estela: Ah filho, a mesma coisa de sempre, queria saber
detalhes das nossas vidas.
Claude: Por que a senhora não me contou?
Estela: Ontem foi tudo muito confuso e hoje eu não queria te
incomodar com isso, você e Rosa estavam muito abalados com a morte de Joana.
Claude: O que exatamente ele queria saber?
Estela: Já disse filho, as mesmas coisas de sempre, o que
fizemos no dia da morte de Giovanni... Falou nervosa esfregando os braços...
Bem você já jantou? Tá com fome? Se quiser eu faço alguma coisa pra você...
Falou tentando mudar o foco da conversa.
Claude ficou desconfiado da atitude da mãe, mas preferiu não
falar mais nada...
Claude: Não quero nada não, vou subir tomar um banho e dormir,
boa noite mamãe... Falou dando um beijo na testa de Estela.
No dia seguinte na construtora...
Frazão: Já fiz o que você me pediu... Falou entrando na sala
de Claude.
Claude: E aí?
Frazão: Claude não consegui descobrir muita coisa não, só que
essa tal de Mirtes era uma empregada domestica e que foi assassinada, mas até
hoje não descobriram quem foi o assassino, tudo indica que tenha sido um crime
passional.
Claude: Crime passional? Mas então ela devia ter alguém um
marido uma amante?
Frazão: A polícia na época achou que foi um crime passional,
pelas evidencias, mas não pode ir muito além nas investigações, ninguém
conhecia a vitima, ela tinha acabado de se mudar pro interior, não tinha
família muito menos amigos, a polícia ficou de pés e mãos atadas.
Claude sentou na cadeira ao lado de Frazão desanimado...
Frazão: Não fica assim Claude, hoje mesmo vou mandar tudo que
investiguei pro Fernando.
Claude: Talvez a gente esteja dando murro em ponta de faca,
talvez D. Amália tenha razon, e a morte dessa mulher não tenha nada a ver com
as mortes de agora.
Frazão: Não custa tentar, esse assassino tem que ter deixado
alguma pista e vai ser daí que vamos conseguir pega-lo.
Claude: Eu só queria que esse pesadelo acabasse eu tenho tanto
medo por Rosa, medo do que possa acontecer com ela.
Frazão: Bem... Eu vou lá levar esse relatório que fiz pro investigador...
Relaxa Claude, não vai acontecer nada com Rosa... Falou dando um tapinha nas
costas do amigo.
No momento em que Frazão saia, Silvia entrava com um monte de
papéis pra Claude assinar.
Claude: Mon Die, tudo isso?
Silvia: Tudo sim doutor... Falou sentando na cadeira ao lado
pra ajudar Claude com os papéis.
Claude: Se non tem outro jeito vamos lá ham... Falou ele
pegando um dos documentos para ler.
Silvia: Como vai D. Rosa?
Claude: Está se recuperando, a morte de Joana foi um choque.
Silvia: Eu sinto tanto, ela tem passado por momentos muito
difíceis mesmo, primeiro o Seu Giovanni agora a mulher que foi sua baba,
coitada... Falou num suspiro.
Claude: Não tá sendo nada fácil.
Alguns dias se passaram...
Rosa: Pode falar Silvia.
Silvia: Desculpa eu tá incomodando a senhora com esse tipo de
assunto, mas...
Rosa: Silvia se você tá precisando de alguma coisa e eu puder
ajudar, não precisa ter tanto receio de me falar, fale... Incentivou Rosa
sentada em sua cadeira olhando de frente pra Silvia.
Silvia: Bem, eu fico com um pouco de vergonha, de pedir isso,
seu pai, ele já tinha me prometido ajudar, mas aconteceu tudo aquilo, depois as
coisas se complicaram ainda mais, ai não tive coragem de chegar pra senhora e
pedir...
Rosa: Silvia você tá me deixando preocupada, me diga logo
menina...
Silvia: Eu tenho um amigo, que ele tá precisando muito de um
emprego, mas ele não tem estudo nenhum, o seu Giovanni havia comentado que
estavam precisando de um jardineiro na mansão ai eu pensei nele, ele é muito
bom em jardinagem, ele tem referencias a senhora pode ficar tranquila... Falou
ela um pouco envergonhada.
Rosa sorriu e disse...
Rosa: Que susto você me deu, Silvia, quem cuidava dessas
coisas lá na mansão era Joana, acho que não tem mesmo nenhum jardineiro fixo,
eu posso falar com a minha mãe, acho até que seria mais pratico ter um
jardineiro permanente. Afinal o jardim daquela mansão é enorme e precisa de
cuidados.
Silvia: A senhora tá querendo dizer que...
Rosa: Primeiro vou conversar com minha mãe, mas pode ficar tranquila,
assim que ela der permissão eu falo com você pra mandar seu amigo lá pra fazer
uma entrevista com ela. Está bem assim?
Silvia: Ótimo, nem sei como agradecer, a senhora é um anjo.
Rosa: Que isso, como é o nome do seu amigo?
Silvia: Carlos, mas o apelido dele é colibri... Disse
sorrindo.
Rosa: Hum, percebi uma pontinha de entusiasmo na sua voz ao
mencionar o nome dele ou foi impressão minha... Provocou Roa vendo Silvia ficar
desconsertada.
Silvia: Que isso D. Rosa, ele é só um amigo mesmo... Falou
envergonhada.
Rosa: Às vezes as coisas acontecem assim, de uma linda amizade
nasce um lindo amor... Falou sorrindo.
Nesse momento Claude bate na porta da sala de Rosa...
Rosa: Pode entrar.
Claude: Oi cherry... Disse indo dar um selinho em Rosa... Oi
Silvia, não quero atrapalhar.
Silvia: Não atrapalha nada não, eu já estava de saída... Falou
pegando alguns papeis da mesa e vendo que teria que sair rápido dali e
deixá-los à vontade.
Rosa: Eu e Silvia só estávamos conversando.
Claude: Conversando é? Aposto que estavam falando de mim... Disse
ele brincando.
Rosa: Convencido, estávamos falando um assunto de mulher...
Falou já envolvendo seus braços no pescoço de Claude.
Claude: Hum... Silvia sorriu encantada com o casal.
Silvia: Da licença... Ainda tenho que organizar algumas coisas
antes de ir embora... Disse isso e saiu.
Claude e Rosa ficam sozinhos na sala...
Claude: Que tal você ir dormir lá em casa hoje ham?
Rosa: Na sua casa?
Claude: Sim cherry, tenho passado esses dias todos na mansão
com você, minha mãe tem reclamado que não dizendo que não me vê mais, hoje eu
quero jantar em casa, mas não quero você longe de mim ham, vamos?
Rosa: Claro que eu vou, sob espera eu arrumar minhas coisas.
Claude: Deixo sim, mas só depois de um beijo... Falou
levantando Rosa e a colocando sentada na mesa.
Rosa: Claude!!!
Claude: Só um beijo cherry, prometo... Sussurrou ele no ouvido
dela, para em seguida a beijar tão intensamente que Rosa o agarrou pelo
colarinho de sua camisa.
Enquanto isso o investigador Fernando é surpreendido pelo seu
assistente entrando na sala dele todo afobado.
Fernando: Isso é jeito de entrar na minha sala?
Pedro: Chefe tenho uma bomba nas mãos... Falou sorrindo e
mostrando um envelope... CONTINUA... RSRSRS...
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