Claude: Não entendi!!
Frazão: Ela foi embora, passou aqui entregou a
carta de demissão e foi embora, eu tentei fazê-la mudar de idéia, mas ela tava
irredutível..
Claude: E como você aceitou isso, por que não me
ligou? Gritou ele desesperado.
Frazão: Claude o que queria que eu fizesse, hein?
Você cansou de dizer que não a queria, que só tinha contratado ela porque
precisava, admita que você falou pra mim la na França que quando chegasse aqui
iria se livrar dela.
Claude: Mas isso foi antes de.. Se interrompeu quando viu que iria falar o
que não devia.
Frazão: Do que?
Claude: Ela não podia ter feito isso, ela tinha um
contrato com a minha empresa e não podia romper... Falou furioso andando de um
lado pro outro.
Frazão: Calma, a maior dificuldade era pra viajar,
você não tinha opção, agora você pode entrevistar outras pessoas, com mais
tranqüilidade.
Claude: Eu quero ela, eu preciso dela.. Falou quase
se entregando com seu desespero.
Frazão: Como? Você precisa dela?
Claude disfarça coloca as mãos nos cabelos tentando
e acalmar e diz..
Claude: Ela entende esse projeto mais do que ninguém,
acho que até melhor do que eu que o criei. Você deveria ter me avisado.
Frazão: Nossa!! Eu sinceramente não te entendo, você
sempre a maltratou, nunca demonstrou carinho por ela, muito pelo contrario, só
a criticava, qual é Claude queria que ela te servisse sempre baixando a cabeça
pra suas grosserias??
Claude pegou sua bolsa e saiu falando..
Claude: Não posso mais confiar em ninguém nessa
droga de vida.. Gritou ele batendo a porta.
Frazão ficou sem entender nada daquele ataque..
Frazão: Eu hein, esse francês ta louco.
Claude pensa em ir até o departamento pessoal e
procurar o endereço de Rosa, mas seu orgulho não permite, esta revoltado com
ela..** Como ela pode ir embora sem ao menos falar
comigo, depois daquela noite que passamos juntos, ela sair assim..**
Claude começou a andar sem rumo pelas ruas não
queria mais pensar nela, mas não conseguia..
Foi andando, andando pelas ruas e quando se deu
conta já estava numa rua que nem ele conhecia, pegou um taxi e foi para casa..
Os dias se passaram Rosa já tinha dado a noticia de
que não tinha mais trabalho para sua família.. O que acharam muito estranho
pois quando foi fazer a entrevista a viram muito empolgada com a idéia de trabalhar
nessa empresa.. Sua irmã Terezinha havia ido morar no Rio de Janeiro com uma
amiga e trabalhava numa empresa de arquitetura, cujo o dono, estava precisando
de uma secretaria..
Terezinha: Então Fina, o Dr. Roberto adorou seu
currículo, mas ele estranhou você ter saído de dois empregos bons num tempo
muito curto, quis saber o motivo, mas eu não soube explicar, ai ele disse que
iria ligar pra empresa que você trabalhou por ultimo, por isso já estou te
avisando pra você conversar com seu antigo chefe e dizer a ele falar muito bem
do seu trabalho, você tem como fazer isso?
Rosa: Claro! Eu vou ligar pro Dr. Frazão ele vai me
ajudar.
Giovanni se lamentava com a noticia de ter mais uma
filha longe dele..
Giovanni: Dio Santo, isso deve ser castigo, duas
filhas longe de casa.
Amália: Giovanni, para com isso, deixa Serafina
resolver a vida dela, home.
Giovanni: Você parece que não gosta de suas
filhas.
Amália: Claro que eu gosto, seu velho turrão, eu
amo minhas filhas, por isso so quero o bem delas.. O casal de italianos começou
uma briga interminável..
Terezinha ouvia do outro lado da linha..
Terezinha: O que houve??
Serafina: Ai o papai que ta reclamando dizendo que
vou abandoná-los.
Terezinha: Não liga pra ele, ele exagera.. Fina eu
mal posso esperar pra que você venha logo, se quiser posso te mandar um
dinheirinho que guardei aqui, pra sua passagem, depois você me paga..
Rosa sorriu e disse.
Rosa: Não, meu amor! Eu tenho dinheiro, já vou
reservar uma passagem pra amanhã, não quero que chegue outra ai e eu perca essa
oportunidade.
Terezinha: Isso Fina, faz isso mesmo, agora vou ter
que desligar, beijos me liga depois..
Rosa: Ta, tchau!! Disse isso e desligou.
Giovanni: Filha mia, pense bem, ham!!
Rosa: Já pensei, papai, eu vou, não posso ficar
esperando um emprego cair do céu, da licença vou arrumar minha mala.
Giovanni: Mas já?? Falou com os olhos cheios
d’agua.
Rosa: Papai não fica assim, não é o fim do mundo,
eu vou pro Rio de Janeiro, não China!! Falou beijando seu pai.
Enquanto isso...
Claude estava se sentindo perdido e saiu um pouco
pra espairecer, viu que estava perto da escola onde seu tio dava aulas de francês
decidiu entrar e conversar um pouco com o tio
Eduard: Claude!! Que surpresa
boa ver você por aqui.
Claude: Eu sumi né tio, mas eu
to tendo muito trabalho.
Eduard: Eu sei que você é um
homem ocupado e eu entendo isso.
Claude: Esses últimos dias tem
sido uma loucura.
Eduard: Eu vi você no jornal,
vi que você finalmente fechou um contrato que fazia tempo você estava tentando
fechar não é mesmo? Com uns russos.
Claude: É issi mesmo, a muito
tempo eu tenho o sonho de construir esse resort na Rússia e agora finalmente eu
consegui fechar o negócio.
Eduard: Eu vi também que a Rosa
agora trabalha pra você e que ela te ajudou nesse projeto né?
Claude: O senhor conhece a
Serafina?
Eduard: Ela foi minha aluna.
Claude: É verdade eu esqueci
que ela estudou no colégio que o senhor leciona.
Eduard: Uma menina fantástica,
esforçada, íntegra, inteligente, um ser humano especial, Serafina Rosa.
Claude: O senhor acha mesmo
tudo isso dela?
Eduard: Claude essa menina foi
bolsista no colégio onde eu trabalho, ela deu duro pra se formar nunca teve
quem desse a ela mordomia, mas ela correu atrás e não se deixou abater por ter
nascido pobre, ela é um exemplo e sempre foi apaixonada por você.
Claude: Por mim? Como assim ela
nem me conhecia.
Eduard: Você não a conhecia,
mas ela te conhecia muito bem, ela suspirava cada vez que você chegava ao
colégio, tinha verdadeira adoração por você, acho que ela pensava que você era
o príncipe encantado dela, pobre moça, imagino que emoção ela deve sentir agora
tendo você tão perto dela.
Claude: Tio por que você nunca
me disse isso?
Eduard: Claude que diferença
faria isso pra você? Você nunca deu confiança a nenhuma menina desse colégio
não seria com Serafina Rosa que seria diferente.
Claude: Talvez eu gostasse de
saber.
Eduard: Non acredito, você era
um universitário naquela época ela uma colegial, simples, muito tímida sabe que
eu nunca a vi com nenhum rapaz, acho que ela tinha a esperança que um dia você
fosse olhar pra ela coitadadinha!
Claude: Sabe tio, tudo o que o
senhor disse aí de Serafina, é a mais pura verdade e ela continua assim ate
hoje, ela é maravilhosa... falou e sorriu lembrando da meiguice de Rosa.
Eduard: Vejo que finalmente ela
conseguiu que você a enxergasse, não é mesmo?
Claude: Tio eu tenho que fazer
uma coisa muito importante agora, volto outro dia pra te ver, esta bem?
Eduard: Ta bem, meu filho, vai
com Deus.
Claude sai apressado ele tinha
que ver Rosa e não podia mais esperar.
Claude sai a procura de um
taxi, já no taxi ele liga pra Frazão.
Claude: Procure pra mim o
endereço de Serafina, por favor.
Frazão: Aconteceu alguma coisa?
Claude: Será que uma tarefa tão
simples assim você não consegue realizar sem fazer perguntas?
Frazão: Como você é cavalo hein,
francês, só perguntei por que acabei de falar com Rosa pelo telefone.
Claude: Como? O que? Por quê?
Frazão: Ela me ligou pra me
avisar que o Roberto Siqueira vai ligar aqui na empresa pedindo referências
dela.
Claude: Mon Die, Frazon!! Esse
Roberto Siqueira não é aquele empresário carioca?
Frazão: Sim
Claude: E a troco de que ele
quer referências de Serafina?
Frazão: Ta lento hein, lógico
que é pra trabalho né, parece que ele ta precisando de uma secretária ela vai
trabalhar pra ele.
Claude: No Rio de Janeiro?
Frazão: Claro francês onde
mais?? Na china?
Claude: Mas essa italianinha ta
muito enganada se acha que eu vou permitir isso, me da logo o endereço dela.
Frazão deu risada e deu o
endereço e sem saber do romance do casal dispara.
Frazão: Isso mesmo francês não
deixa o Roberto tirar a Rosa da nossa empresa, ofereça o dobro do salário e
seja gentil, por favor.
Claude: Frazon você é muito
burro mesmo né, não quero Srta. Petroni longe de mim, pelo simples fato de que a amo muito e não posso perde-la... Disse com
seu coração aliviado por poder admitir isso.
Frazão sentou na cadeira de
boca aberta sem saber o que dizer.
Claude: Ahh Frazon, acho que
você estava certo, adoro chamá-la de Srta Petroni, deve ser fetiche mesmo...
Falou isso e desligou o celular.
Enquanto isso no Bexiga..
Amália: Anda home, para de
reclamar, nossas filhas tem que trabalhar e terem as próprias vidas, você quer
o que ficar com elas debaixo das asas o tempo todo?
Giovanni: Custava pegar um
emprego aqui mesmo em São Paulo? Terezinha já esta longe agora Serafina também
assim eu morro..
Gino que estava na sala disse..
Gino: Muito obrigado pela parte
que me toca.
Amália: Deixa de frescura, o
Rio de Janeiro é aqui pertinho podemos visitá-la e elas vão sempre estar aqui
com a gente, agora levanta daí e vamos pra igreja rezar para que de certo esse
emprego de Serafina.
Giovanni se levanta e fala...
Giovanni: Vamos Gino, vamos
Serafina.
Amália: Ai Dio Santo esse home
parece que ta surdo, não ouviu ela dizer que tem que arrumar a mala.
Giovanni: Ah é, então vamos
Gino.
Gino: Não posso agora pai,
tenho que treinar, vou à missa mais tarde.
Giovanni: Hum... Acha que Deus
vai ficar te esperando é?? Resmungou o velho.
Amália: Anda... Falou puxando o
marido...CONTINUA... RSRS...
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