domingo, 12 de julho de 2015

Capitulo 12

Claude: Não entendi!!




Frazão: Ela foi embora, passou aqui entregou a carta de demissão e foi embora, eu tentei fazê-la mudar de idéia, mas ela tava irredutível..




Claude: E como você aceitou isso, por que não me ligou? Gritou ele desesperado.




Frazão: Claude o que queria que eu fizesse, hein? Você cansou de dizer que não a queria, que só tinha contratado ela porque precisava, admita que você falou pra mim la na França que quando chegasse aqui iria se livrar dela.




Claude: Mas isso foi antes de..  Se interrompeu quando viu que iria falar o que não devia.




Frazão: Do que?




Claude: Ela não podia ter feito isso, ela tinha um contrato com a minha empresa e não podia romper... Falou furioso andando de um lado pro outro.




Frazão: Calma, a maior dificuldade era pra viajar, você não tinha opção, agora você pode entrevistar outras pessoas, com mais tranqüilidade.




Claude: Eu quero ela, eu preciso dela.. Falou quase se entregando com seu desespero.




Frazão: Como? Você precisa dela?




Claude disfarça coloca as mãos nos cabelos tentando e acalmar e diz..





Claude: Ela entende esse projeto mais do que ninguém, acho que até melhor do que eu que o criei. Você deveria ter me avisado.




Frazão: Nossa!! Eu sinceramente não te entendo, você sempre a maltratou, nunca demonstrou carinho por ela, muito pelo contrario, só a criticava, qual é Claude queria que ela te servisse sempre baixando a cabeça pra suas grosserias??





Claude pegou sua bolsa e saiu falando..





Claude: Não posso mais confiar em ninguém nessa droga de vida.. Gritou ele batendo a porta.




Frazão ficou sem entender nada daquele ataque..




Frazão: Eu hein, esse francês ta louco.




Claude pensa em ir até o departamento pessoal e procurar o endereço de Rosa, mas seu orgulho não permite, esta revoltado com ela..** Como ela pode ir embora sem ao menos falar comigo, depois daquela noite que passamos juntos, ela sair assim..**




Claude começou a andar sem rumo pelas ruas não queria mais pensar nela, mas não conseguia..




Foi andando, andando pelas ruas e quando se deu conta já estava numa rua que nem ele conhecia, pegou um taxi e foi para casa..





Os dias se passaram Rosa já tinha dado a noticia de que não tinha mais trabalho para sua família.. O que acharam muito estranho pois quando foi fazer a entrevista a viram muito empolgada com a idéia de trabalhar nessa empresa.. Sua irmã Terezinha havia ido morar no Rio de Janeiro com uma amiga e trabalhava numa empresa de arquitetura, cujo o dono, estava precisando de uma secretaria..




Terezinha: Então Fina, o Dr. Roberto adorou seu currículo, mas ele estranhou você ter saído de dois empregos bons num tempo muito curto, quis saber o motivo, mas eu não soube explicar, ai ele disse que iria ligar pra empresa que você trabalhou por ultimo, por isso já estou te avisando pra você conversar com seu antigo chefe e dizer a ele falar muito bem do seu trabalho, você tem como fazer isso?




Rosa: Claro! Eu vou ligar pro Dr. Frazão ele vai me ajudar.




Giovanni se lamentava com a noticia de ter mais uma filha longe dele..




Giovanni: Dio Santo, isso deve ser castigo, duas filhas longe de casa.




Amália: Giovanni, para com isso, deixa Serafina resolver a vida dela, home.




Giovanni: Você parece que não gosta de suas filhas.




Amália: Claro que eu gosto, seu velho turrão, eu amo minhas filhas, por isso so quero o bem delas.. O casal de italianos começou uma briga interminável..




Terezinha ouvia do outro lado da linha..




Terezinha: O que houve??




Serafina: Ai o papai que ta reclamando dizendo que vou abandoná-los.




Terezinha: Não liga pra ele, ele exagera.. Fina eu mal posso esperar pra que você venha logo, se quiser posso te mandar um dinheirinho que guardei aqui, pra sua passagem, depois você me paga..




Rosa sorriu e disse.




Rosa: Não, meu amor! Eu tenho dinheiro, já vou reservar uma passagem pra amanhã, não quero que chegue outra ai e eu perca essa oportunidade.





Terezinha: Isso Fina, faz isso mesmo, agora vou ter que desligar, beijos me liga depois..




Rosa: Ta, tchau!! Disse isso e desligou.




Giovanni: Filha mia, pense bem, ham!!




Rosa: Já pensei, papai, eu vou, não posso ficar esperando um emprego cair do céu, da licença vou arrumar minha mala.




Giovanni: Mas já?? Falou com os olhos cheios d’agua.




Rosa: Papai não fica assim, não é o fim do mundo, eu vou pro Rio de Janeiro, não China!! Falou beijando seu pai.




Enquanto isso...




Claude estava se sentindo perdido e saiu um pouco pra espairecer, viu que estava perto da escola onde seu tio dava aulas de francês decidiu entrar e conversar um pouco com o tio




Eduard: Claude!! Que surpresa boa ver você por aqui.




Claude: Eu sumi né tio, mas eu to tendo muito trabalho.




Eduard: Eu sei que você é um homem ocupado e eu entendo isso.




Claude: Esses últimos dias tem sido uma loucura.




Eduard: Eu vi você no jornal, vi que você finalmente fechou um contrato que fazia tempo você estava tentando fechar não é mesmo? Com uns russos.




Claude: É issi mesmo, a muito tempo eu tenho o sonho de construir esse resort na Rússia e agora finalmente eu consegui fechar o negócio.




Eduard: Eu vi também que a Rosa agora trabalha pra você e que ela te ajudou nesse projeto né?




Claude: O senhor conhece a Serafina?




Eduard: Ela foi minha aluna.




Claude: É verdade eu esqueci que ela estudou no colégio que o senhor leciona.




Eduard: Uma menina fantástica, esforçada, íntegra, inteligente, um ser humano especial, Serafina Rosa.




Claude: O senhor acha mesmo tudo isso dela?




Eduard: Claude essa menina foi bolsista no colégio onde eu trabalho, ela deu duro pra se formar nunca teve quem desse a ela mordomia, mas ela correu atrás e não se deixou abater por ter nascido pobre, ela é um exemplo e sempre foi apaixonada por você.




Claude: Por mim? Como assim ela nem me conhecia.




Eduard: Você não a conhecia, mas ela te conhecia muito bem, ela suspirava cada vez que você chegava ao colégio, tinha verdadeira adoração por você, acho que ela pensava que você era o príncipe encantado dela, pobre moça, imagino que emoção ela deve sentir agora tendo você tão perto dela.




Claude: Tio por que você nunca me disse isso?




Eduard: Claude que diferença faria isso pra você? Você nunca deu confiança a nenhuma menina desse colégio não seria com Serafina Rosa que seria diferente.




Claude: Talvez eu gostasse de saber.




Eduard: Non acredito, você era um universitário naquela época ela uma colegial, simples, muito tímida sabe que eu nunca a vi com nenhum rapaz, acho que ela tinha a esperança que um dia você fosse olhar pra ela coitadadinha!




Claude: Sabe tio, tudo o que o senhor disse aí de Serafina, é a mais pura verdade e ela continua assim ate hoje, ela é maravilhosa... falou e sorriu lembrando da meiguice de Rosa.




Eduard: Vejo que finalmente ela conseguiu que você a enxergasse, não é mesmo?




Claude: Tio eu tenho que fazer uma coisa muito importante agora, volto outro dia pra te ver, esta bem?




Eduard: Ta bem, meu filho, vai com Deus.




Claude sai apressado ele tinha que ver Rosa e não podia mais esperar.




Claude sai a procura de um taxi, já no taxi ele  liga pra Frazão.




Claude: Procure pra mim o endereço de Serafina, por favor.




Frazão: Aconteceu alguma coisa?




Claude: Será que uma tarefa tão simples assim você não consegue realizar sem fazer perguntas?




Frazão: Como você é cavalo hein, francês, só perguntei por que acabei de falar com Rosa pelo telefone.




Claude: Como? O que? Por quê?




Frazão: Ela me ligou pra me avisar que o Roberto Siqueira vai ligar aqui na empresa pedindo referências dela.




Claude: Mon Die, Frazon!! Esse Roberto Siqueira não é aquele empresário carioca?




Frazão: Sim




Claude: E a troco de que ele quer referências de Serafina?




Frazão: Ta lento hein, lógico que é pra trabalho né, parece que ele ta precisando de uma secretária ela vai trabalhar pra ele.




Claude: No Rio de Janeiro?




Frazão: Claro francês onde mais?? Na china?




Claude: Mas essa italianinha ta muito enganada se acha que eu vou permitir isso, me da logo o endereço dela.




Frazão deu risada e deu o endereço e sem saber do romance do casal dispara.




Frazão: Isso mesmo francês não deixa o Roberto tirar a Rosa da nossa empresa, ofereça o dobro do salário e seja gentil, por favor.




Claude: Frazon você é muito burro mesmo né, não quero Srta. Petroni longe de mim, pelo simples fato de que  a amo muito e não posso perde-la... Disse com seu coração aliviado por poder admitir isso.




Frazão sentou na cadeira de boca aberta sem saber o que dizer.




Claude: Ahh Frazon, acho que você estava certo, adoro chamá-la de Srta Petroni, deve ser fetiche mesmo... Falou isso e desligou o celular.




Enquanto isso no Bexiga..




Amália: Anda home, para de reclamar, nossas filhas tem que trabalhar e terem as próprias vidas, você quer o que ficar com elas debaixo das asas o tempo todo?




Giovanni: Custava pegar um emprego aqui mesmo em São Paulo? Terezinha já esta longe agora Serafina também assim eu morro..




Gino que estava na sala disse..




Gino: Muito obrigado pela parte que me toca.




Amália: Deixa de frescura, o Rio de Janeiro é aqui pertinho podemos visitá-la e elas vão sempre estar aqui com a gente, agora levanta daí e vamos pra igreja rezar para que de certo esse emprego de Serafina.





Giovanni se levanta e fala...




Giovanni: Vamos Gino, vamos Serafina.




Amália: Ai Dio Santo esse home parece que ta surdo, não ouviu ela dizer que tem que arrumar a mala.




Giovanni: Ah é, então vamos Gino.




Gino: Não posso agora pai, tenho que treinar, vou à missa mais tarde.




Giovanni: Hum... Acha que Deus vai ficar te esperando é?? Resmungou o velho.





Amália: Anda... Falou puxando o marido...CONTINUA... RSRS...

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