Frazão: Tem certeza que não
quer carona?
Rosa: Tenho sim, muito
obrigada!
Frazão: Então, tchau, querida!!
Descanse bem, porque nosso trabalho esta apenas começando.. Disse ele sorrindo
depois de ter dado um beijo no rosto dela.
Rosa pegou um taxi e foi para
casa, no caminho não aguentou e começou a chorar.. O taxista que a conhecia,
ficou preocupado e disse.
Taxista: Por que esta chorando?
O que aconteceu?
Rosa: Nada, so estou precisando
do colo da minha mãe.
O taxista viu que ela não iria
se abrir e achou melhor deixá-la em paz.
Enquanto isso..
Claude: Chegamos, Nara, pode
sair.. Falou frio.
Nara: Ai que horror, Claude!!
Que grosseria.
Claude: Chega, Nara!! Disse
alto.. Já chega com esse seu teatrinho,
não tem mais nenhuma platéia aqui pra você, não vou mais fingir que não odiei o
que você fez no castelo, praticamente impondo sua presença e me forçando a
aceitar que viesse junto comigo no meu jatinho, faz o seguinte, esquece que eu existo,
não apareça mais na minha empresa, porque senão vai passar vergonha, porque vou
proibir sua entrada la, muito menos na minha casa, esqueça meu numero de
celular, faça de conta que eu nunca entrei na sua vida, que é o que eu já estou
fazendo a muito tempo, tenha um pouquinho de dignidade e siga sua vida.. Falou
saindo do carro e pegando as malas dela do porta mala, Nara ferveu de raiva,
seus olhos encheram de lagrimas, Claude a olhou e disse..
Claude: Boa noite, Nara!! Falou
isso e saiu arrancando com o carro deixando Nara paralisada ali, feito uma
estatua.
Depois de um tempo, Claude
entra em seu apartamento deixa a mala e segue para o bar e pega uma dose de
whisky, ele precisava de uma bebida pra colocar seus pensamentos em ordem, a
verdade que ele so pensava em uma coisa e já havia algum tempo, Serafina...
Claude: Mon Die, eu non consigo
tirar ela da minha cabeça... Disse impaciente.
Claude pensou que na verdade
ele não conseguia tirar Serafina do seu coração.. **Mas por que ela tinha que ser essa italianinha tão teimosa, hein? Ela nem ao
menos quis ouvir o que eu tinha pra lhe falar, será que pra ela o que aconteceu
entre nós não teve importância? Mas não podia ser, ela se entregou pra mim de
um jeito que eu nunca tinha sentido em nenhuma outra mulher..**
Claude riu sozinho ao se
lembrar que Rosa tinha realmente esperado, esperado pra se entregar pra ele, **Mon Die, eu
sou um homem de muita sorte em ser eu o homem que ela escolheu pra se
entregar**... Pensa isso e toma mais um gole do whisky.
Claude: Teimosa é issi que ela
é...? Mon Die, por que ela mexe tanto assim comigo?
Então ele se lembrou de como
era bom beija-la, sentir seu gosto, seu cheiro, **Como ela é cheirosa, ainda posso sentir o
cheiro dela na minha pele**... Toma mais um gole, **Eu so posso ta
ficando louco, so penso nela...** decide então tomar um banho e
dormir so assim durante algum tempo deixaria de pensar nela, se bem que ela
sempre estava nos seus sonhos...
Claude: Mon Die acho que to
ficando louco mesmo, ainda por cima falando sozinho, vou tomar banho non quero
mais pensar nela hoje ham, amanha eu penso o que fazer, já basta a semana toda
que ela me tirou o sono, aquela diabinha... Diz Claude deixando o copo em cima
do barzinho e subindo a escada para tomar o seu banho e tentar dormir.
Já na casa de Rosa..
Giovanni: O que foi?? Te
trataram mal la nesse lugare?
Rosa: Não, papai, todos foram
muito educados comigo.
Giovanni: Não sei, não! Você
veio quieta demais, ta triste, eu sei como são esses franceses, todos de nariz em
pé, parece que tem o rei na barriga.
Amália que já tinha reparado na
tristeza da filha, tentou distrair o velho Giovanni antes que ele so piorasse o
estado de Rosa..
Amália: Para de ser
empliquento, home, você não ouviu ela dizendo que a maioria que estava nesse
castelo eram brasileiros, que tinha até uma governanta do nordeste.
Rosa so balançava o garfo na
comida sem animo para comer.
Giovanni: Amália eu sei como
são essas coisas, gente rica que acha que é melhor que a gente.
Rosa: Não é nada disso, papai,
não se preocupe, so estou cansada, vou dormir, boa noite!! Bença mãe, bença
pai... falou dando um beijo na mão de sua mãe e de seu pai e subiu para seu
quarto.
Amália: ta vendo o que você
fez? Espantou a menina, velho chato.
Giovanni: Eu?? Falou com o olho
arregalado.
Rosa se deitou em sua cama e
chorou compulsivamente, não demorou muito para que sua mãe batesse na porta.
Amália: Filha, abra aqui,
prometo não fazer como seu pai, ficou te atormentando, so quero te dar carinho
meu anjo... Falou Amália com o coração na mão em ver sua filha naquele estado.
Rosa abriu a porta e Amália
entrou, colocou a cabeça da filha em seu colo e disse..
Amália: Não precisa me falar
nada, so chore, faça como se você ainda tivesse seis anos quando você caia e a
mamãe ficava lhe fazendo carinho..
Rosa fez o que sua mãe falou,
se aconchegou mais naquele colo tão quentinho, que lhe trazia tanta proteção e
desabou em choro.
No dia seguinte
De manha bem cedo Rosa vai à
empresa pois sabia que Claude não estaria la aquela hora, então ela vai falar
com Frazão...
Rosa: Bom Dia Dr. Frazão.
Frazão: Bom dia Rosa, me chame
só de Frazão afinal trabalhamos juntos e não podemos nos tratar so pelos nossos
nomes, chegou cedo eu não imaginava que viesse hoje tão cedo depois da viagem,
eu mesmo so vim cedo assim pra pegar uns papeis que eu estava precisando
revisar.
Rosa: Eu vim cedo porque eu
sabia que o senhor estaria aqui, eu precisava fazer uma coisa importante e
decidi conversar com o senhor.
Frazão: Você podia falar mais
tarde, não precisava vir tão cedo, você merece descansar depois de tudo o que
fez la na França pra assinatura do contrato.
Rosa: É que eu tomei uma
decisão e acho que devo resolver logo isso.
Frazão: Ta acontecendo alguma
coisa, Rosa? To achando você muito seria.
Rosa: Eu vim aqui pra entregar
a minha carta de demissão ao senhor.
Frazão: O que?
Rosa: É isso mesmo doutor, eu
pensei bem e acho que a minha permanência na empresa é impossível.
Frazão: É o Claude ne? Rosa
tenha paciência com ele, eu sei que ele tem um jeitão meio estourado, mas ele é
um bom homem e um patrão justo também, sei que o inicio da relação entre vocês
ele foi bem grosseiro com você, ele não fala, mas ele já tem admiração pelo seu
trabalho.
Rosa: Ele não gosta de mim e
isso é bem evidente, doutor, por isso acho mais conveniente que eu saia.
Frazão: Rosa pense bem, eu sei
que ele é um sujeito difícil, mas você é uma executiva muito competente e seu
lugar é numa grande empresa como a nossa, onde você pode mostrar todo o seu
potencial, aqui você pode crescer profissionalmente, não vá.
Rosa: Eu não posso ficar Dr.
Frazão, eu não me sentiria bem ficando num lugar onde sei que meu chefe apenas
me suporta, de qualquer jeito logo a Janete vai voltar o emprego so seria por
seis meses mesmo, melhor eu sair de uma vez.
Frazão: Mas aqui tem espaço pra
vocês duas... Garanto que Janete vai gostar de você, ela é uma pessoa
maravilhosa.
Rosa: Tenho certeza que sim..
Mas eu já me decidi doutor... Diz Rosa estendendo um envelope para Frazão onde
estava sua carta de demissão.
Frazão: Eu fico realmente muito
triste com a sua decisão, eu sei que o melhor lugar pra você é aqui conosco, me fala o que aconteceu? Ele fez
outra grosseria com você?
Rosa: Se o senhor não se
importar, não quero falar disso..
Frazão: Eu vi o jeito de vocês
dois na viagem, mas não imaginei que dessa vez o francês tenha passado tanto
assim dos limites, é uma pena, vou sentir sua falta.
Rosa: Eu também já estava me
apegando a vocês, mas é melhor assim tenho certeza que vocês vão ficar bem sem
mim, logo a Janete estará de volta.
Frazão: É uma pena mesmo,
gostaria muito que você ficasse.
Rosa: É melhor assim doutor...
Diz Rosa triste pensando que não conseguiria ficar ao lado de Claude depois de
tudo o que aconteceu entre eles e vê-lo reatar seu romance com Nara, ela não
suportaria ser desprezada por ele... Bem eu já vou indo doutor, ate qualquer
dia.
Frazão: Foi um enorme prazer
conhecer você Rosa, eu sinto muito que você não fique, mas tenho certeza que
você vai encontrar outro emprego a sua altura, você é maravilhosa.
Rosa: Eu também adorei conhecer
o senhor.
Frazão: Acho que agora então
você já pode me chamar so de Frazão ne?
Rosa: Esta bem, ate qualquer
dia, Frazão... Diz Rosa se forçando a sorrir para Frazão.
Frazão: Assim é bem melhor,
tchau Rosa, ate qualquer dia... Diz Frazão beijando a mão de Rosa que se
despede. Passe no departamento pessoal, eu ligarei pra la pra eles fazerem as
suas contas..
Rosa: Obrigada, doutor.. Ele
ficou olhando pra ela, e ela se corrigiu.. Obrigada, Frazão!
Depois de passar no
departamento pessoal, Rosa sai da empresa triste de saber que não voltaria mais
pra esse lugar onde ela gostou tanto de trabalhar, mas tinha Claude o amor da sua vida que ela teria que
aprender a viver sem ele.
Claude acordou já passava
do meio dia.
Claude: Mon Die, dormi demais..
Falou pulando da cama. Tomou seu banho rápido e saiu..
Frazão: Eu já ia te ligar..
Claude: Já estou aqui.
Frazão: O que foi, não
conseguiu se livrar de Nara?
Claude: Non, já despachei essa
criatura pra bem longe da minha vida, acontece que não consegui dormir, fiquei
acordado pensando em.
Frazão: Em quem?
Claude viu que ia falando
demais e disse.
Claude: Mon Die!! Em ninguém,
eu fiquei pensando no contrato, e em como teremos trabalho de agora em diante,
onde esta Serafina, preciso dela.. Falou nervoso.
Frazão: Ué? Eu pensei que você
soubesse.
Claude: Soubesse do que, ham?
Frazão: Claude ela entregou a
carta de demissão, hoje bem cedo..
Claude:
Como é que é? Falou levantando da sua cadeira num salto...
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