Capítulo 9

Claude olha pra trás assustado.

Claude: Rosa!!

Rosa estava nervosa e fez um esforço sobre humano pra conseguir falar...

Rosa: Bem se você já está sabendo da verdade, não vejo mais motivos pra ficar aqui... Falou ela olhando pra Brigitte.

Brigitte: Minha filha...

Claude ficou parado olhando pra ela sem saber o que fazer ou dizer...

Brigitte: Faz alguma coisa Claude... Gritou Brigitte.

Claude: Rosa eu... Ele foi interrompido pela voz tremula de Rosa...

Rosa: Não precisa se explicar, já entendi tudo, não se preocupem comigo... Falou isso e subiu.

Brigitte: Parece que seu tiro saiu pela culatra tentou me magoar, mas acabou atingindo a mulher que você ama, vai lá Claude, vai tentar desfazer o que você fez, porque sem ela você não será feliz nunca.

Claude não falou nada e subiu atrás de Rosa.

Já no quarto Claude entra e Rosa está fazendo uma mala pequena.

Claude: Rosa...

Rosa: Eu vou levar só isso depois eu peço pra alguém vir buscar o resto das minhas coisas... Falou tentando manter uma calma que não existia.

Claude: Para com isso, para... Falou ele tirando as roupas das mãos dela... Me escuta por favor.

Rosa: Escutar o que Claude, não precisa me falar mais nada, eu entendi tudo, não sou burra.

Claude: Eu non quis dizer aquilo que você ouviu...

Rosa: Mas disse e pode acreditar foi bem convincente...

Claude: Por favor, non é nada disso ham...

Rosa: Não tô te culpando de nada Claude, você sempre evitou uma aproximação, você tava certo, a culpa foi minha, porque eu sabia o tempo todo que isso aqui era uma mentira e mesmo assim eu me iludi... Disse ela dobrando suas roupas.

Claude: Mon Die Rosa olha pra mim... Falou ele desesperado.

Rosa parou o que fazia e o encarou, com os olhos vermelhos já sem conter o choro.

Claude: Você acha mesmo que tudo que aconteceu aqui foi mentira?? Ham?? Tudo que a gente sentiu aqui nessa cama?? Falou tentando se aproximar, mas Rosa desviou o olhar.

Rosa: Da minha parte foi tudo verdade, você sabe disso, agora da sua parte só quem pode responder isso é você... Falou e continuou a fazer o que estava fazendo.

Claude: Claro que foi verdade, non só essa noite que passamos juntos, mas sim tudo que passamos juntos até agora, todas as dificuldades que passamos, o que eu falei lá em baixo non significa nada perto do que é o nosso casamento, non foi a minha intenson te magoar, eu queria ferir a minha mãe, por favor, acredita em mim.

Rosa não parou de arrumar sua mala e disse...

Rosa: Não acredito...

Claude: Fica, por favor...

Rosa: Vou passar essa noite aqui, não quero assustar meus pais chegando assim, nesse horário, eles já se preocupam demais comigo, não merecem mais aborrecimentos, mas vou embora pela manhã, dá licença... Disse passando por ele em direção a porta.

Claude: Aonde você vai?

Rosa: Dormir no meu antigo quarto...

Claude: Non... Claude falou numa tentativa de fazê-la ficar, ele a segura querendo lhe dar um beijo.

Rosa: Se você sente o mínimo de carinho por mim, não faça isso... Falou ofegante junto ao corpo dele.

Claude começou a chorar...

Claude: Por favor, tô te pedindo não vai... Falou acariciando o rosto dela.

Rosa: Eu vou e se você diz gostar de mim tanto assim, não me procure... Falou isso e saiu rápido, não podia mais suportar segurar o choro preso na garganta.

Rosa vai para o quarto que antes de Brigitte chegar ali, ela ocupava, quando entrou não aguentou sentou na cama e chorou.

Claude também sentou na cama e chorou, o que mais doeu nele foi ver a expressão de Rosa, ela sofria e isso ele era imperdoável...

Claude: Como fui capaz de fazer a única pessoa que realmente me ama, sofrer assim desse jeito...

Voz da consciência: Eu te avisei, eu disse que isso ia acabar mal.

Claude sabia que tinha que fazer algo, só não sabia o que, não sabia como chegar em Rosa, ela estava muito magoada, o que ele disse na cozinha foi muito grave...

Brigitte não aguenta o silêncio e resolve subir...

Brigitte: Filho?? Ma petit, abre a porta... Batia ela na porta, mas Claude não abriu a porta só gritou de dentro quarto.

Claude: Me deixa em paz...

Brigitte saiu dali e foi pro quarto onde estava Rosa...

Brigitte: Cherry, eu sei que está aí? Eu vi a sua mala aqui na porta, por favor, abre pra gente conversar...

Rosa que estava deitada na cama se levantou e foi abrir a porta lentamente.

Rosa: Brigitte se veio me convencer de não ir embora vai perder seu tempo, já tomei minha decisão, vai ser melhor assim.

Brigitte: Melhor pra quem hein? Porque, você vai sofrer e ele também...

Rosa: Não vai não, ele só tá se sentindo culpado por tudo, mas isso vai passar...

Brigitte: Eu tô admirada, pensei que o conhecesse.

Rosa a interrompe...

Rosa: Brigitte...

E agora é vez de Brigitte a interromper...

Brigitte: Rosa escuta, ele nunca faria nada pra te magoar, porque ele te ama, talvez até nem ele saiba disso, mas ele te ama... Falou Brigitte firme.

Rosa: Não vou mudar de opinião, eu já deveria ter ido embora a muito tempo, teria evitado muitas coisas.

Brigitte: Não desiste Rosa... Pediu Brigitte passando as mãos na cabeça de Rosa.

No dia seguinte Rosa levantou cedo...

Dadi: D. Rosa, o que aconteceu?

Rosa: Estou indo embora Dadi.

Dadi: Mas por quê? Eu cheguei a achar que vocês...

Rosa: É eu também, foi um erro... Falou Rosa ainda na porta.

Nesse momento Claude acordou assustado, por impulso colocou o roupão e desceu rápido, ele viu Rosa na porta.

Claude: Rosa, por favor...

Dadi: Da licença... Falou saindo da sala.

Claude: Não vai...

Rosa continuou parada onde estava com a mão na maçaneta da porta.

Claude desceu mais um degrau e repetiu...

Claude: Não vai Rosa, por favor...

Rosa ainda segurava a maçaneta, ela não resistiu e olhou pra Claude...

Ele desceu mais um degrau, outro e outro, quando ele encostou um dos pés no piso da sala, Rosa viu que se ele pedisse outra vez, ela não aguentaria por isso se virou rápido antes que ele chegasse até ela e saiu mais rápido ainda.

Claude não conseguiu detê-la, ficou encostado na porta se pudesse amenizar o vazio que ficou com a saída dela.

Um tempo depois na construtora...

Frazão: O que foi que aconteceu Claude a Brigitte me disse que a Rosa foi embora...

Claude: Minha mãe ela é a culpada de Rosa ter ido embora de casa.

Frazão: Como assim? Me conta o que aconteceu...

Claude: Ah Frazon a situaçon saiu do meu controle, eu non resisti...

Frazão: Eu não tô entendendo francês, fala o que aconteceu?

Claude: Nós fizemos amor... Disse Claude com um sorriso nos lábios ao se lembrar da esposa... Eu tentei resistir, eu juro que tentei, mas ela tava lá tão linda com aquele sorriso, ela me enlouquece Frazon eu me deixei levar pelo desejo e tive uma noite de amor com ela e foi a melhor noite da minha vida...

Frazão: Claude você só deixou vir a tona o que o seu coração pedia a muito tempo...

Claude: Como assim??

Frazão: Ah francês todo mundo tá careca de saber que você é louco pela Rosa...

Claude não disse nada só baixou a cabeça.

Frazão: Claude será que você ainda não percebeu que vocês se amam??

Claude: Era disso que eu tinha medo, de non corresponder ao que ela sente.

Frazão: Mas você a ama, só não quer admitir, mas aí conta por que a Rosa foi embora? Por que você disse que era culpa da Brigitte? Ela fez alguma desfeita pra Rosa? Sempre me pareceu que ela gostava tanto dela.

Claude: O problema foi que a minha mãe pra variar estava me irritando, me fazendo um monte de perguntas depois da gente ter se encontrado com o seu Giovanni no elevador ele falou da “gravidez” da Rosa...

Frazão: E aí? Conta...

Claude: Aí que maman resolveu me encher, me fazendo muitas perguntas e pra ela parar de me perturbar, eu contei pra ela que Rosa era minha secretária, que eu me casei com ela por causa do visto, que eu nunca amei Rosa e que nosso casamento nunca passou de uma grande mentira...

Frazão: Meu Deus e aí Brigitte fez o que brigou com Rosa por ela ter mentido foi isso??

Claude: Non, claro que non, o que eu non sabia era que Rosa tava na cozinha escutando tudo que eu falei ela se magoou com o que eu disse, ela falou que já que maman já sabia de toda a verdade non tinha mais porque ela ficar vivendo lá em casa...

Frazão: E te conhecendo como eu te conheço, eu posso imaginar com que sutileza você falou todas essas coisas pra Rosa se magoar assim.

Claude: Frazon eu estava com raiva de maman, ela tem o dom de me irritar eu queria magoá-la eu só non contava que Rosa estava escutando tudo...

Frazão: Coitada da Rosa eu imagino como ela se sentiu...

Claude: Eu non queria magoá-la Frazon eu juro essa nunca foi a minha intençon... Falou ele aflito.

Frazão: Que ironia né mon ami você queria ferir sua mãe e acabou ferindo a única pessoa que não gostaria de ferir na vida né mesmo?

Claude abaixou a cabeça e só conseguiu responder...

Claude: É verdade...

Frazão: E você pelo menos já foi atrás dela pra se explicar pra dizer a ela que você não queria magoá-la que falou todo da boca pra fora...

Claude: Ela pediu pra eu deixá-la em paz Frazon, agora eu non consigo parar de pensar nela, eu tô sentindo muita falta de Rosa...

Frazão: Isso se chama amor mon ami... Falou ele batendo nas costas do amigo.

Uma semana se passou e Claude andava desanimado, triste não tirava Rosa dos seus pensamentos, Brigitte tentou várias vezes se aproximar dele, mas foi inútil, ele se fechava cada vez mais... Ele ligava pra Rosa, mas ela não atendia...

Criou coragem e ligou pra casa dela.

Amália: Alô...

Claude: D. Amália como vai? É o Claude.

Amália: Oi Dotore, estou bem e o senhore?

Giovanni que ouvia a conversa perguntou...

Giovanni: Quem é Amália?

Amália: Dotore Crodii...

Giovanni: Me dá aqui esse telefone.... Falou tentando tirar o aparelho das mãos da esposa.

Claude: D. Amália?? Chamava Claude do outro lado da linha escutando seu Giovanni falando.

Amália: Larga home... Gritou Amália para o marido que sossegou, mas quando ela colocou o fone no ouvido, seu Giovanni fez questão d gritar...

Giovanni: Non adianta o senhore ligar, porque ela não vai atender avisa ele Amália, que se ele aparecer por aqui, eu mato ele... Gritou o velho bravo.

Claude ouviu tudo...

Amália muito envergonhada voltou a falar com o genro...

Amália: Me desculpa dotore, o senhore conhece o Giovanni né!!

Claude: Não faz mal, D. Amália, eu sei como é eu só queria falar com a Rosa.

Amália: Ela não está...

Claude: Ah non?? Onde ela foi?

Amália: Ela foi à igreja com Terezinha e Beto eles vão marcar a data do casamento e Terezinha pediu a ela que ajudasse com os preparativos.

Claude sentiu um aperto no coração, em pensar que ela estava vendo essas coisas, quando na verdade ela teria que estar vendo os preparativos do casamento dos dois, se ele não fosse tão covarde.

Claude: Hum... Murmurou Claude, se sentando no sofá... Eu tenho ligado pro celular, mas ela não me atende.

Amália: É eu sei dotore...

Claude: D. Amália, a última coisa que eu queria nessa vida era magoar ou ferir a Rosa, ela é muito importante pra mim, a senhora acredita em mim?

Amália: Acredito sim, ela também acredita, mas o que ela espera do senhore não é bem esse tipo de explicação...

Claude fechou os olhos e respirou fundo...

Claude: D. Amália?

Amália: Sim...

Claude: A senhora pode dar um recado pra ela?

Amália: Claro!!

Claude: Diga a ela que preciso dela na construtora, se ela puder ir amanhã, estarei esperando...

Amália: Claro!! Algum problema grave??

Claude: Non, pode ficar tranquila, Rosa faz tudo com muita competência, a senhora acha que ela vai?

Amália: Vai sim, afinal a americana a deixou cuidando do dinheiro não foi?

Claude: Ahan... Resmungou ele nem lembrando mais dos dólares.

Amália: Está bem dotore, agora preciso desligar...

Claude: Claire me desculpa incomodar... Amália colocou o telefone no gancho e ficou olhando pra Giovanni...

Giovanni: Não me olhe assim só estou defendendo minha filha desse farabuto.

Amália virou o rosto fazendo uma careta e voltou pra cozinha...

Rosa e sua irmã chegam à igreja pra marcarem a data do casamento de Terezinha e Beto, estava tendo um casamento e Rosa fica olhando a noiva que estava muito feliz recebendo os comprimentos dos convidados a noiva estava linda e irradiando alegria o que faz com que Rosa fique um pouco triste e Terezinha diz...

Terezinha: Ow minha irmã ficou triste né?

Rosa: Não Terezinha eu não tô triste...

Terezinha: Tá sim Fina e a culpa é minha, também como eu ia saber que estava tendo um casamento aqui justamente hoje...

Rosa: Minha irmã não se preocupa comigo eu tô bem...

Terezinha: Não tá não, eu tô começando a achar que não foi uma boa ideia te chamar pra me ajudar com os preparativos do meu casamento Fina...

Rosa: Terezinha fica tranquila eu acho que os preparativos do seu casamento vão me ajudar a pensar em outras coisas que não seja no Claude, isso vai ser bom pra mim... Falou ela triste.

Terezinha: Fina eu acho que vocês dois deveriam conversar...

Rosa: Nós não temos nada pra conversar Terezinha.

Terezinha: Eu não acredito que o Claude não sinta nada por você, eu via nos olhos dele...

Rosa: Você se enganou, eu ouvi foi ele mesmo quem disse que não sente nada por mim... Disse Rosa triste com os olhos marejados.

Terezinha: Mas Fina...

Rosa: Terezinha vamos deixar isso pra lá, eu não quero mais me aborrecer com esse assunto, pra falar a verdade acho que essa história de casamento não é pra mim não, acho que não nasci pra casar...

Terezinha vendo que aquele assunto magoou a irmã decide não falar mais a respeito e diz...

Terezinha: Vem vamos lá marcar a data e vamos falar sobre outras coisas anda...

Rosa antes de entrar ainda da uma última olhada pra noiva, que continuava sorrindo naquele que devia ser o dia mais feliz da sua vida e pensa...

**Eu acho mesmo que não nasci pra ser feliz, isso sim...** CONTINUA... RSRSRS...