sexta-feira, 22 de junho de 2012

Capítulo 2




Rosa: Claude!!


Claude: Mon Die quanto tempo ham! Falou olhando ela de cima baixo.


Rosa não disse nada ficou olhando pra ele sem tirar os olhos daquele corpo, sua respiração chegou a ficar falha, com a proximidade dele.


**Como pode esse imbecil ficar ainda mais lindo do que já era??** Se perguntou Rosa mentalmente.


Claude: Sabia que existe um programa de televisão que conserta esses tipos de lata velha?!?! Você pode mandar um e-mail.


Rosa: Engraçadinho!!! Falou ela brava.


Claude: Nervosinha como sempre ham...


Rosa: E você irritante como sempre...


Claude: Mal educada como sempre...


Rosa: Metido como sempre...


Claude: Vamos parar senão eu vou achar que você deve ter algum líquido ai escondido pra jogar em mim...


Rosa: Tá desculpa você não mudou nada... Falou ela meio sem jeito.


Claude: Nem você!!


Rosa: Pensei que não fosse mais voltar ao Brasil depois... De... Rosa gaguejou e não terminou a frase.


Claude: Depois da notícia de que Nara vai casar com seu ex? Você achou que eu nunca mais viria pro Brasil? Era isso que você ia falar?


Rosa: É sim...


Claude: Tenho negócios aqui!!


Rosa: Aqui em Santa Maria?


Claude: Non... Aqui no Brasil em Son Paulo.


Rosa: Você veio pra festa?


Claude: Uhum... Claude não queria falar sobre aquele assunto e disse... Parece que você tá precisando de ajuda? Perguntou ele debochado.


Rosa revirou os olhos e viu que logo vinha uma de suas gracinhas...


Rosa: Estou, será que você pode me ajudar? Ou chamar alguém que possa?


Claude: Kkkkkk, acho que a única ajuda que você precisa é de um ferro velho.


Rosa: Hahaha... Que engraçado, é pra rir agora ou daqui quinze minutos?


Claude: Você não tem o mínimo senso de humor ham.


Rosa: Você tá enganado, eu tenho muito senso de humor, só não acho graça nas bobices que você fala... Quer saber, pode deixar, eu me viro... Falou isso e se virou fazendo de conta que sabia o que estava fazendo.


Claude: Kkkkkk... Aposto que você não sabe nem trocar um pneu, muito menos mexer no motor...


Rosa: Vai pro inferno Claude!!


Claude: Me peça...


Rosa não disse nada...


Claude: Me peça Serafina!! Adoro isso, sempre sonhei com esse momento, ver você me pedir alguma coisa, pedir não, implorar... Kkkkk... Falava e ria de ver que Rosa não conseguia arrumar o carro.


Rosa se zangou pegou a vareta do óleo e jogou nele...


Claude: Sua... Sua... Destrambelhada, minha camisa italiana... Gritou ele vendo os pingos de óleo escorrendo pelo tecido fino da camisa.


Rosa: Kkkkkkk, ficou muito melhor assim, agora você não está parecendo um francês metido, tá parecendo um francês fedido... Kkkkk...


Claude ficou furioso...


Claude: Essa não vai ficar assim... Falou indo pra cima dela, Rosa correu pra trás do carro.


Rosa: Não se aproxime eu grito.


Claude: Como voce é idiota, vai gritar pra quem ham? Claude sorriu e começou a correr atrás dela em volta do carro.


Rosa: Para Claude não gosto dessas brincadeiras.


Claude: Quem disse pra você que eu tô brincando? Italianinha dos infernos...


Rosa: Francês dos diabos, para já com isso... Rosa pegou um copo que ela tinha deixado no carro com um pouquinho de suco... Se não parar eu jogo isso em você...


Claude: Barraqueira sempre jogando alguma coisa na gente, sempre assim né, café, suco, refrigerante, eu perdi as contas das vezes que tive que voltar pra casa pra mudar de roupa, por sua causa sua peste... Falou Claude bravo.


Rosa: Você merecia, vivia rindo de mim pelas minhas costas com aquela piranha da sua namorada, bem feito pra você, ela te traiu com o Júlio, porque provavelmente você não deu conta do recado... Gritou ela.


Claude se calou de raiva, seu sangue ferveu e a vontade que ele tinha era de estrangular aquela mulher...


Rosa: Que foi? A mariquinha tá com medinho é?? Rosa debochou e isso foi a gota d’água, pra ele, Claude avançou nela não dando chances dela fugir, a pegou pelos pulsos e a prendeu contra seu corpo.


Rosa: Me solta!!


Claude: E você hein?


Rosa estava ofegante e Claude podia sentir a respiração pesada dela contra seu próprio peito.


Rosa: Para com isso me solta!! Falou tentando se soltar, mas ele a segurava com força.


Claude: E você?? O que fez pra ser traída assim hein? Ou ele viu que Nara é muito melhor do que você, que você vai ser sempre essa mulherzinha irritante e barraqueira que você é... Falou quase que com os lábios colados nos dela.


Aquelas palavras dele a magoaram profundamente, já estava se sentindo ferida pela traição de Júlio, estava com sua auto estima abalada.


Rosa jogou o suco nele, mesmo ele tentando segurar a mão dela, depois disso se soltou dele e disse...


Rosa: Sai da minha frente vai embora... Gritou ela.


Claude: Eu vou mesmo, fica aí com esse sapato velho que você chama  de carro, tomara que o psicopata da estrada te encontre, igual aqueles filmes de terror, que ele persegue a suas vítimas pelas estradas, ele nem vai ter o trabalho de te perseguir, sua louca... Falou isso e foi pro seu carro, entrou, deu partida e saiu.


Rosa ficou assustada e se trancou no carro...


Enquanto isso...


Egídio: Minha filha por que demorou tanto hein? Eu estava morrendo de preocupação.


Nara: Papai relaxa tô aqui não tô!


Egídio: Nara com segurança não se brinca, não era pra você ter vindo de helicóptero essa hora da noite...


Nara: O que queria papai? Que eu viesse enfiada num carro? Ainda tenho muitas coisas pra resolver, todos os convidados já confirmaram presença?


Egídio: Não sei, mas passei pela cidade e só se fala nessa festa, o hotel já está lotado.


Nara: Maravilha!! E ele papai?


Egídio: Ele quem?


Nara: Como ele quem? O Claude? Ele vem?? O senhor falou com ele não falou?


Egídio: Falei sim, morrendo de vergonha por você ter traído ele, mas falei sim, ele disse que não sabia se vinha, tinha muitos compromissos...


Nara: Hum... Muitos compromissos?? Hahaha... Ele deve tá se roendo de raiva isso sim.


Egídio: Por que faz tanta questão da presença dele?


Nara: Pra ele ver o que perdeu... Disse isso e subiu para seu quarto.


Egídio só revirou os olhos e sentou em sua poltrona.


Enquanto isso na estrada...


Rosa quando se vê sozinha no carro...


Rosa: Estúpido eu não sei o que esse homem tem que consegue me tirar do sério assim... Agora eu tô aqui sozinha nessa estrada escura, meu Deus me ajuda não deixa aparecer nenhum tarado aqui não, a gente ouve falar em tanta coisa que acontece com mulheres assim na estrada...


Enquanto isso Claude batia no volante e dizia...


Claude: Mulherzinha insuportável essa italianinha dos infernos, ela tem o dom de me irritar esse desastre ambulante... Quero ver só o que ela vai fazer sozinha nessa estrada, burra ao invés de aceitar a minha ajuda, você é um idiota mesmo Claude ainda para pra ajudar é bom pra você aprender a deixar de ser estúpido e não se importar com os outros...


Rosa começa a rezar encolhida encostada no vidro do carro...


Rosa: Meu Deus me proteja de todo mal não deixe que aparece ninguém aqui... Mas senão aparecer ninguém aqui como eu vou chegar à cidade? Jesus manda sim, mas uma pessoa boa que não tenha intenção de me fazer mal, que só queira me ajudar... Mas uma pessoa assim o que será que vai fazer a essa hora nesse fim de mundo? Manda uma pessoa com intenção de ajudar só pra me ajudar mesmo...


Claude: Quero ver se um tarado, um maníaco sexual, um louco, aparecer la pra se aproveitar dela, só espero que ele faça bom proveito daquela louca, mulherzinha irritante mon Die... Tomara que non aconteça nada com aquela maluca senon eu ainda vou me sentir culpado... Eu non sou culpado de nada eu ofereci ajuda ela que é uma cabeça dura e non aceitou...


Rosa: Meu Deus tá vindo um carro ali, tomara que não seja um tarado, maníaco ou ladrão... O carro para, Rosa não quer nem ver de quem se trata, ela fecha os olhos e abaixa a cabeça no volante do carro...  Depois o homem bate no vidro... Meu Deus manda esse homem pra bem longe de mim... Rezava ela ainda com os olhos fechados...


Claude: Serafina... Abre aqui... Falou ele sem paciência.


Rosa sentiu um alivio de ouvir essa voz tão conhecida, abriu a porta rápido e abraçou Claude.


Claude sorriu e abraçou Rosa também...


Rosa se lembrou que aquele medo todo que ela estava sentindo era culpa dele mesmo, que tinha falado aquelas coisas...


Rosa: Seu cretino, imbecil... Começou a bater no peito dele.


Claude segurou os punhos dela e disse...


Claude: Mon Die você parece uma onça...


Rosa: Você me assustou falando aquelas coisas agora me assustou de novo, eu achei que fosse um tarado.


Claude: Hum tá decepcionada? Eu posso ser seu tarado... Falou ele bem perto do ouvido dela, com a cara mais deslavada do mundo.


Rosa ficou vermelha e agradeceu a escuridão da noite, por Claude não enxergá-la naquele estado...


Claude: Agora deixa de ser chata abre o porta-malas vou pegar suas coisas, você vai comigo... Falou num tom autoritário.


Rosa: Mas o meu carro??


Claude: Você não quer que eu o leve nas costas né, Serafina ele vai ficar aqui, amanhã você manda alguém aqui pra rebocar essa lata velha.


Rosa respirou fundo e viu que não tinha outra alternativa a não ser aceitar o que Claude propunha, abriu o porta-malas e pegou sua bolsa.


Claude: Me da aqui, não sou esse grosso que você pensa não.


Rosa: Não precisa não tá tão pesada.


Claude: Me da isso aqui... Falou pegando as duas bolsas de viagem das mãos de Rosa.


Rosa foi com Claude... Ela não deixou de reparar em cada movimento que ele fazia ao dirigir, parecia tão imponente, tão másculo...


**Mas o que está acontecendo?? Anos que eu não o vejo, ontem mesmo estava chorando por Júlio agora tô aqui toda nervosa ao lado de um homem que eu sempre odiei...** Pensou Rosa.


Claude reparou que ela não tirava os olhos dele.


Claude: O que foi?


Rosa: Na... Na... Nada... Disse ela nervosa.


Claude: Não vou te sequestrar não, vou te levar no único hotel que existe aqui, nesse fim de mundo.


Rosa: Você vai ficar no hotel também?


Claude: Non, eu ainda tenho a fazenda, lembra daquela fazenda?


Rosa: Claro que sim, eu adorava ir pra lá nos finais de semana, seus pais sempre chamavam meus pais.


Claude: Eu lembro, mas não lembro de te ver contente la não, você ia porque seus pais a obrigavam.


Rosa: Isso não é verdade, sempre gostei de ir lá, não gostava de ver sua cara azeda.


Claude: Mon Die, nunca te tratei mal ham...


Rosa: Porque seus pais o obrigavam a tratar bem a filha do casal amigo deles, mas você nunca me suportou.


Claude ia falar, mas viu que já estavam chegando ao hotel preferiu se calar...


Claude: Chegamos...


Rosa: Obrigada, desculpa pelo óleo na sua camisa.


Claude: Pelo suco também ham...


Rosa: Também, mas você tem o dom de me tirar do sério e esses dias não tem sido fácil pra mim... Falou Rosa com a cabeça baixa, Claude sentiu vontade de abraçá-la e protegê-la...


**Mon Die o que que tá acontecendo comigo? Nunca gostei dela, agora tô aqui sentindo a necessidade de protegê-la...** Pensou ele.


Claude: Bem vamos... Eu vou te ajudar com as malas.


Rosa e Claude entraram no hotel...


Rosa: Como assim não tem vaga?


Rec: Vai ter uma festa de noivado da filha de um fazendeiro muito conhecido aqui na região, de ontem pra hoje foram ocupados todos os quartos, sinto muito.


Rosa revirou os olhos...


Rosa: Aquela cretina direta e indiretamente ela consegue me prejudicar... Resmungou Rosa sem saber o que fazer.


Claude: O que houve?


Rosa: Não tem vaga...


Claude: Por que non reservou?


Rosa: Eu lá ia saber que esse hotel que vive as moscas ia encher assim?


Claude viu o desespero nos olhos dela.


Claude: E seus pais?


Rosa: Não estão na cidade já faz muitos anos, eles venderam aquela fazenda e foram pra Itália assim que eu fui morar em São Paulo.


Claude pegou as malas dela que ele tinha colocado no chão e disse...


Claude: Vem comigo!! CONTINUA... RSRSRS...

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