Capítulo 41

Rosa praticamente carregou Claude pro restaurante...

Claude se sentou, mas estava nervoso respirava ofegante pela raiva...

Claude: Cretino, cafajeste...

Rosa: Claude calma, não vai ficar assim por causa desse homem.

Claude: Só de pensar ele encostando em você... Disse com raiva.

Rosa baixou a cabeça se sentiu culpada por ter se envolvido com um canalha feito o Júlio.

Claude: Desculpa amor, eu perco a cabeça, vem aqui mais pertinho de mim vem... Disse a puxando pra ficarem bem pertinho um do outro.

Rosa: Você não tem que levar em consideração o que ele diz tudo o que importa é o que a gente sente um pelo outro.

Claude: Tenho medo Rosa, medo do que ele possa fazer pra nos separar...

Rosa: Ele não vai conseguir fazer nada... Disse isso acariciando o rosto do francês, Claude a beijou...

Nesse momento Júlio que está num canto do restaurante fica remoendo seu ódio contra Claude...

Henrique: Não quero interromper nada... Disse ele brincando.

Claude e Rosa ficam sem jeito, se levantam pra complementá-lo...

Claude: Desculpe...

Henrique: O que é isso, no precisa pedir desculpas, são cada dia mais raros essas demonstrações de carinho entre um casal... Como vai? Disse apertando a mão de Claude.

Claude: Bem essa aqui é a Rosa, minha mulher... Disse com orgulho, Rosa se sentiu tão lisonjeada por Claude apresentá-la assim daquela forma, finalmente ela deixaria de ser amante para ser a mulher dele.

Henrique: Hum... Você é um rapaz de sorte Claude, sua mulher é muito linda... Disse beijando a mão de Rosa.

Rosa ficou vermelha e disse...

Rosa: Muito obrigada.

Henrique: Sabe que fui casado três vezes e acho que em nenhuma vez eu fui assim tão apaixonado como você Claude...

Claude e Rosa se olharam deixando claro a cumplicidade...

Depois de analisar o projeto que Claude apresentou a ele, Henrique disse...

Henrique: Quando seu pai falava que você era muito competente eu achava que era só um pai babão, mas vejo que ele tinha razão...

Rosa olhou pra Claude e viu um olhar de espanto...

Claude: Meu pai?

Henrique: É Claude, seu pai sentia muito orgulho de você...

Claude: E como você tem tanta certeza disso?

Henrique: Eu passei uns dias com ele antes dele morrer, tudo aconteceu muito rápido... Disse meio triste pelo que aconteceu ao amigo... Mas uma semana antes, eu passei com ele na França, ele só sabia falar de você, que você tinha se tornado um homem de sucesso e ele se orgulhava muito de você...

Os olhos de Claude se encheram de lágrimas ao ouvir aquela declaração, Rosa percebeu o quanto aquilo era importante pra ele, pegou em sua mão e apertou demonstrando apoio...

Henrique nem percebeu que o que ele disse sobre o pai de Claude havia o deixado emocionado e continuou a falar que tinha gostado muito do projeto...

Henrique: Bem se for tudo isso que está aqui no papel mesmo, acho essa ideia maravilhosa, eu vou pro Brasil daqui uns quatro ou cinco dias, vou gostar muito de ver isso que está aqui no papel, já em andamento.

Claude sorriu aliviado e disse...

Claude: Muito obrigado, por me dar essa chance...

Henrique: O que é isso sabe Claude, eu sou um homem meio fora do comum, sou bem diferente desses empresários chatos, mas sempre fui muito responsável nos meus negócios e consigo enxergar um bom negócio de longe...

Os três continuam o jantar conversando animadamente, sob os olhares de inveja de Júlio, que os observava de longe...

Júlio: Vai pensando que ganhou essa também francês, de agora em diante não deixo mais você ganhar mais nada.

Assim que Júlio percebe que Henrique se afasta da mesa do casal ele vai atrás dele...

Júlio: Henrique?

Henrique se vira, vê Júlio e diz...

Henrique: Júlio Smith?

Júlio fica feliz ao ver que Henrique se lembra dele...

Júlio: Sou eu mesmo, quanto tempo??

Henrique: Muito tempo mesmo você era apenas um rapaz a última vez que o vi... Diz Henrique sorrindo... E o seu pai quanto tempo que também não vejo o meu amigo??

Júlio: Ele está bem, aposto que ele vai ficar muito feliz quando eu disser a ele que estive com você...

Henrique: Nossa meu dia hoje foi muito proveitoso, estive com os filhos dos meus dois grandes amigos...

Júlio: É exatamente sobre isso que eu queria falar com você... Você poderia me dar um pouquinho do seu tempo??

Henrique: Claro Júlio vamos ali ao bar do hotel tomar um drinque...

Júlio: Prometo que não vou tomar muito do seu tempo...

Eles vão em direção ao bar e lá cada um pede um whisky...

Henrique: Então Júlio o que você gostaria de conversar comigo

Júlio: Bem Henrique em nome da amizade que meu pai tem por você, eu me sinto na obrigação de te alertar, eu vi você conversando com o Claude hoje e imagino que ele estivesse querendo que você invista na Construtora dele não é isso??

Henrique: Realmente o motivo do nosso encontro foi esse sim...

Júlio: Então eu acho que devia te avisar que nossa empresa tinha um contrato com ele e rescindimos o contrato...

Henrique: O que foi que aconteceu?

Júlio: Claude é um boa vida um playboy, ele não leva nada a sério, vive deixando as obras em segundo plano, não pode ver uma mulher que ele logo deixa sua obrigação pra depois...

Henrique: Mais eu tive uma impressão totalmente diferente dele, me pareceu um homem tão centrado, a Rosa a noiva dele também me pareceu uma ótima moça...

Júlio: O problema é justamente esse, a Rosa e a nova conquista dele, não a noiva a verdadeira noiva de Claude se chama Nara...

Henrique: Não pode ser... Disse meio desconfiado.

Júlio: Eu tô te dizendo o cara é um irresponsável, você vai perder seu tempo e o seu dinheiro se decidir investir no projeto desse Casa nova...

Henrique: De qualquer jeito eu gostei do projeto, eu já dei minha palavra que vou ver de perto tudo agora eu vou analisar friamente se vale ou não a pena investir nesse projeto, eu agradeço muito por você me alertar Júlio...

Júlio: Eu não fiz mais do que a minha obrigação você é amigo do meu pai isso pra mim não tem preço... Diz Júlio fingindo ser um bom amigo.

Júlio saiu dali e Henrique ficou olhando pra Júlio, que caminhava para fora do restaurante e pensou...** Parece que você tá muito preocupado com o Claude não é mesmo Júlio...**

No quarto do hotel, Rosa tinha tomado banho e Claude estava deitado na cama pensativo, não conseguia tirar da cabeça o que  Henrique havia falado sobre seu pai...

Rosa se ajeitava pra deitar ao seu lado e disse...

Rosa: Por que que tá com essa carinha hein?

Claude: Tô pensando no que Henrique falou sobre meu pai...

Rosa: O que que tem?

Claude: Non sei, non imagino meu pai falando que se orgulhava de mim.

Rosa: Sabe o que eu acho? Que ele se orgulhava muito de você, assim como o Henrique falou, porque ele não se orgulharia meu amor? Você só demonstrou que era capaz de fazer o que sempre sonhou, foi em frente e conseguiu fazer o que sempre acreditou...

Claude: Por que ele nunca me falou?

Rosa: Talvez por orgulho, não deve ter sido fácil pra ele ver você sair assim de casa, largar o que ele queria que você fizesse, o que ele achava que era certo pra você, os pais não fazem nada pra nos prejudicar, eles só não querem que a gente sofra, acho que ele pensava assim, devia ter medo que tudo desse errado, pode ter certeza que ele te amava muito, meu amor... Disse acariciando seu rosto.

Claude: Sabia que eu te amo muito, muito, muito... Disse apegando pela cintura e a colocando sentada em seu colo de frente pra ele.

Rosa deu uma gargalhada e disse...

Rosa: Eu também te amo muito, muito... Disse isso e os dois logo estavam se beijando ardentemente, Claude já passava suas mãos por baixa da camisola de seda que Rosa usava e assim ele deslizou suas mãos do quadril percorrendo suas costas, até retirar aquela peça que o impedia de acariciar a pele macia de sua amada...

Assim eles fizeram amor, aquela noite foi ainda mais especial, Rosa irradiava felicidade, pois teve a certeza  que Claude não iria voltar atrás na decisão de assumir tudo o que sentia por ela, pra sociedade...

Na manhã seguinte, Claude já estava acordado, começou a beijar o ombro de Rosa com delicadeza, logo ela se mexeu, virou-se pra ele e disse...

Rosa: Bom dia meu amor... Disse ela sorrindo.

Claude: Bom dia...  Eu tenho uma coisinha pra você.

Rosa: Hum... Murmurou sorrindo.

Claude sorriu e levantou...

Rosa: Ah... Disse ela decepcionada quando viu ele se levantar...

Claude: Calma cherry... Veio ele com uma caixinha de veludo escondida nas mãos...

Rosa: O que é isso... Disse se sentando

Claude pegou o anel do estojo e colocou no dedo dela... Rosa começou a tremer de emoção...

Claude: Eu a amo, Rosa, quer casar comigo?? Perguntou olhando nos seus olhos profundamente.

Rosa sentiu uma felicidade imensa invadir seu coração... Seus olhos se encheram de lágrimas...

Claude: Non aguento mais, iria fazer esse pedido assim que chegasse ao Brasil, mas non suporto esperar...

Rosa não conseguia falar nada, seu coração estava batendo descompassado.

Claude: Mon Die Rosa me responda, non me deixe nessa agonia ham... Disse ansioso.

Rosa: Você ainda tem duvida... Disse com os olhos cheios de lágrimas.

Claude a abraçou e disse...

Claude: Non chora meu amor... Disse beijando carinhosamente seus lábios depois limpando suas lágrimas... Eu te amo, acho que nosso amor e como o amor da história que meu pai sempre falava pra mim...

Rosa: Que história?

Claude: Ele contava que no século XVIII na França, tinha um casal muito apaixonado eles iriam se casar, se chamavam Josephine e Henri, mas infelizmente o príncipe Renê, da época conheceu Josephine em um baile, a partir daí começou a persegui-la, até que a sequestrou...

Rosa: Que horror coitada...

Claude: Henri quase morreu, pois sabia que não poderia lutar contra o príncipe, Josephine se recusou a casar com o príncipe, ele pra castigá-la a prendeu no porão do castelo...

Rosa: Que triste, acho que essa história não se parece em nada com a nossa...

Claude: Calma cherry, deixa eu terminar ham...

Rosa sorriu e ele continuou...

Claude: Era quase impossível sair daquele porão, era impossível pro Henri entrar naquela fortaleza do castelo também, o castelo era enorme como ele ia entrar lá sem nem ao menos saber onde era a localização dela para resgatá-la, por isso o príncipe nem se preocupava, mas o amor dos dois era tão grande, que numa noite chuvosa, Henri decidiu se arriscar, não falou nada pra ninguém, ele pensava que se ele não pudesse ficar com Josephine então preferia a morte...

Rosa: E aí?

Claude: Aí ele foi conseguiu entrar no castelo como um dos guardas, ele já estava lá dentro, só que não sabia nem por onde começar a procurá-la, ele só tinha certeza de uma coisa...

Rosa: O que??

Claude: Do amor que sentia por ela e foi com a intensidade desse amor que ele seguiu seu coração...

Rosa: E o que aconteceu?

Claude: Josephine parecia saber que ele estava por perto, foi quando ela chamou o nome dele...

Rosa: Ele conseguiu resgatá-la?

Claude: Sim, os dois conseguiram fugir no meio da madrugada, é claro que não foi fácil, mas o amor que um sentia pelo outro foi mais forte que qualquer dificuldade... Disse isso e beijou o dedo dela onde ele tinha colocado o anel...

Rosa: Que lindo meu amor, linda essa história.

Claude: Assim que chegarmos ao Brasil vamos marcar a data do nosso casamento, quero me casar o quanto antes...

Rosa: Por que tanta pressa? Eu não vou ser sequestrada por nenhum príncipe... Disse rindo.

Claude: Tenho medo que você fuja de mim... Disse brincando, Rosa envolveu os braços no seu pescoço e disse...

Rosa: Como vou fugir do homem que amo, só se eu tiver louca... Disse isso e o beijou, Claude foi deitando sobre ela delicadamente.

Claude e Rosa passaram o dia todo passeando, Claude a levou em lugares lindos, depois como faziam todos os dias no final da tarde iam visitar Terezinha...

Terezinha: Mas vocês já vão?

Rosa: Acho que comi alguma coisa que não me fez bem, tô meio enjoada minha irmã, mas não se preocupa porque ainda temos uns dois dias pra ficar aqui.

Terezinha: Ahh só isso?

Claude: Sinto muito, mas tenho negócios que não posso adiar, também queremos marcar logo a data do casamento.

Terezinha: Que pena não vou estar lá... Disse fazendo biquinho.

Rosa: Não vai ter festa, só o casamento no cartório, no Máximo um jantarzinho com alguns amigos, não é meu amor?

Claude: Como você quiser cherry... Disse abraçando ela por trás.

Enquanto isso no Brasil.

No final do expediente naquele dia Silvia saia da construtora quando de repente é surpreendida por um homem que a aborda, ela leva um susto e diz...

Silvia: Que susto o que você quer??

Flavio: Você é a Silvia?

Silvia: E quem quer saber??

Flavio: Eu sou Flavio um amigo do Júlio, ele mandou eu te procurar pra resolver aquele “’probleminha”’ que está te impedindo de pegar uma coisa que ele quer muito...

Silvia: Eu sei do que se trata...

Flavio: E aí? Como vamos fazer??

Silvia: Hoje eu já sei se eu voltar vai levantar suspeita é muito arriscado...

Flavio: Ham...

Silvia: Vamos fazer o seguinte amanhã eu vou arrumar uma desculpa pra ficar até mais tarde no escritório aí com a desculpa de que meu computador deu defeito eu vou falar para o porteiro que o técnico vai consertar porque eu preciso dele pra trabalhar aí você entra e faz o serviço tá bom assim??

Flavio: De boba você só tem a cara né moça.

Silvia: Eu não sou boba, você faz a sua parte ok? Pode deixar que da minha parte cuido eu.

Flavio: Então estamos combinados amanhã eu volto e fico esperando você me da o sinal pra começar a agir.

Silvia: Assim que eu estiver sozinha eu te ligo, deixa seu numero comigo.

Flavio passa o numero do seu celular para Silvia eles acertam os últimos detalhes do plano para arrobar o cofre da sala de Frazão e então se despedem... CONTINUA... RSRSRS...