Nara: Você dormiu muito Rosa, pensei que isso fosse só
privilégio de uma dondoca como eu.
Rosa: Não costumo dormir até tarde mesmo, mas a minha noite
foi bem movimentada, se é que você me entende... Disse com um sorrisinho
cínico.
Nara começou a se irritar e fazia um esforço sobre humano para
conduzir aquela conversa...
Rosa: Eu acho muita falta de educação entrar na casa dos
outros sem ser convidada.
Nara: Essa casa não é sua, eu praticamente morava aqui quando
o Claude vinha passar férias ou então resolver os negócios dele aqui no Brasil,
posso considerar mais minha do que sua... Falou Nara se levantando do sofá onde
ela estava sentada como se fosse a própria dona da casa.
Rosa: Isso foi a muito tempo atrás, Nara... Falou sorrindo.
Nara: Um tempo que certamente o Claude nunca esqueceu e nem
vai.
Rosa: Sabe que às vezes eu sinto pena de você, Nara.
Nara ficou com mais raiva depois disso...
Nara: Pois se eu fosse você não gastaria esse sentimento de
pena comigo, você vai precisar muito dele quando o Claude voltar de viagem e te
mandar embora daqui.
Rosa: Viagem??
Nara: Hahaha... Não tá sabendo né?
Rosa: Que viagem você tá falando?
Nara: Pra namorada dele que teve uma noite tórrida de amor,
você tá bem desenformada hein... Falou ela debochada.
Rosa: Fala logo o que você quer e vai embora... Disse Rosa
irritada.
Nara: Eu vim aqui te dar um conselho, vai embora antes dele
voltar, pra você não passar por outra humilhação de ser rejeitada novamente
queridinha.
Rosa: Agora quem vai rir sou eu desde quando você resolve
alguma coisa na vida do Claude, qual a parte da frase “Minha noite foi bem
movimentada”’ Você não entendeu hein?
Nara: Você é uma pateta mesmo, ontem ficamos conversando na
biblioteca, rolou até um beijo.
Rosa: Mentira sua.
Nara: Verdade, pergunte pra Mrs. Smith ela te confirmará bem
ontem ele ainda estava meio indeciso, magoado com tudo que aconteceu, ele morre
de ciúmes do Júlio, mas hoje pela manhã ele me ligou disse que assim que
voltasse de viagem queria ter uma conversa séria comigo.
Rosa: Você acha mesmo que eu vou acreditar nessa palhaçada?
Nara: Eu só vim aqui falar pra você não ficar novamente com
aquela cara de coitada que você fez pro Júlio quando ele terminou com você,
porque vai ser isso que vai acontecer assim que Claude entrar pela aquela
porta.
Nesse momento o capataz da fazenda, que estava com a carta que
Nara havia ditado pra Milton escrever como sendo Claude...
Entra na sala interrompendo Rosa que ia começar a gritar com
Nara.
Capataz: Desculpa incomodar, mas Dr. Claude me deixou esse
bilhete, falou que era pra entregar à senhora... Disse o capataz fazendo
exatamente o que Nara falou pra ele fazer, Rosa pegou o bilhete e se afastou
pra ler.
Não pude esperar você acordar, tive quer ir a São Paulo resolver
um assunto urgente e tive que sair as pressas, sei que esse assunto deveria ser
falado pessoalmente não através de um bilhete, mas foram as circunstâncias que
me levou a isso, ter passado essa noite com você foi bom pra eu saber exatamente
o que eu quero pra mim, eu pude ver que quero estar com Nara ela me completa,
por mais que eu tenha tentado estar com você, é ela que me faz feliz eu não
poderia viver sem ela, por isso quando eu voltar vou atrás da minha felicidade,
sinto muito, espero que você me entenda e não me procure mais.
Claude.
Rosa não podia acreditar no que estava lendo, seu coração
acelerou e uma lágrima brotou dos olhos dela, Nara via tudo e contendo um riso
ela perguntou...
Nara: Más notícias?
Rosa: Saia daqui...
Nara: O que ele disse no bilhete?
Rosa: SAIA DAQUI... Gritou Rosa... Saia antes que eu te tire
daqui pelos cabelos... Nara vendo que Rosa faria isso mesmo saiu, mas saiu
sorrindo com ar de vitória, o que deixou Rosa ainda mais perdida.
Rosa subiu rápido arrumou suas coisas, colocou no carro,
quando ela entrou no carro olhou o bilhete e disse...
Rosa: Vou guardar você na minha bolsa, que é pra quando eu
estiver a ponto de fazer outra besteira, você vai me abrir os olhos como fui
burra... Esmurrou o volante em seguida saiu dali.
Enquanto isso em São Paulo...
Claude e Frazão estavam num restaurante negociando com os tais
empresários ingleses, Claude estava impaciente queria conversar com Rosa nem
que fosse por telefone, precisava ouvir a voz da mulher amada.
Frazão: Claude pede licença e vai ligar logo pra Rosa assim
você relaxa e podemos prosseguir com as negociações... Falou ele discretamente
no ouvido de Claude.
Claude: Me deem licença por favor... Falou isso já se
levantando, Claude foi até o gerente do restaurante e disse... Preciso de um
telefone, perdi meu celular e preciso falar urgente com minha mulher... Disse
Claude sorrindo.
Gerente: Pode usar esse aqui senhor Geraldy... Disse mostrando
o aparelho em cima da mesa... Claude ligou pra fazenda, mas ninguém atendia...
Claude: Atende Serafina... Atende meu amor, preciso dizer que
te amo... Sussurrou ele baixinho no telefone, tentou novamente e mesma coisa.
Gerente: Conseguiu ligação senhor? Perguntou o gerente
gentilmente.
Claude: Consegui sim obrigado, acho que ela saiu pra
almoçar... Falou ele meio decepcionado, Claude voltou pra mesa e tentou se
concentrar nos negócios, mas a imagem de Rosa na noite anterior não saia de sua
cabeça.
Rosa já tinha pegado a estrada quando ela pensa bem e faz o
retorno, dirige até parar com o carro na frente do restaurante de Joana...
Rosa chega nervosa no restaurante de Joana, a velha amiga
percebe e vai conversar com ela...
Joana: O que houve?
Rosa não aguentou e começou a chorar...
Joana: Serafina o que aconteceu? Perguntou preocupada... Senta
aqui espera um pouquinho vou te trazer uma água.
Rosa se sentou ainda meio desnorteada, as imagens de Claude na
noite anterior fazendo amor com ela tão carinhoso e atencioso, não combinava em
nada com as palavras escritas naquele bilhete.
Joana volta com a água ela toma um gole e se acalma um pouco.
Serafina fica conversando com Joana e conta tudo o que
aconteceu...
Joana: Você não vai ser ingênua o suficiente pra acreditar em
mais uma tramoia de Nara né!
Rosa: Tem esse bilhete também... Pegou o bilhete e mostrou pra
Joana.
Joana leu atentamente o tal bilhete...
Joana: Minha filha isso não prova nada.
Rosa: Mas é a letra dele.
Joana não teve como argumentar já que Rosa conhecia a letra de
Claude.
Joana: Mesmo assim eu acho isso muito estranho, o Claude não é
esse tipo de homem.
Rosa: Ela falou que os dois se beijaram ontem na festa de Mrs.
Smith... Falou Rosa triste.
Joana: Não fique assim minha querida, espere se acalme com
certeza ele vai ter uma explicação.
Rosa ficou ali com ela conversando, Joana lhe deu o máximo de
atenção... Um tempo depois Mrs. Smith entra no restaurante e avista Rosa num
canto sentada numa mesa junto com Joana, a americana decide ir até lá.
Enquanto isso em São Paulo.
Frazão: Ai que bom que conseguimos negociar com esses cabeças
duras dos ingleses.
Claude: Ótimo Frazon eu preciso ir agora não quero chegar
tarde.
Frazao: Calma Claude, a Rosa não vai fugir de lá não.
Claude: Eu sei, mas não quero mais ficar longe dela e também
tem o helicóptero, temos que sair antes de escurecer.
Frazão: Ok vai lá com sua amada, desculpa ter te incomodado,
mas você precisava estar presente.
Claude: Claire Frazon agora vou indo tchau... Falou saindo
apressado.
Depois de muito conversar com Mrs. Smith Rosa criou coragem e
perguntou...
Rosa: A senhora viu os dois se beijando?
Mrs. Smith não tinha como negar...
Mrs. Smith: Vi sim... Rosa começou a ficar com seus olhos
vermelhos novamente, mas a americana se apressou em dizer… Mas tenho certeza de
que foi um engano, ela o agarrou, ele estava segurando o braço dela como se
quisesse impedir o beijo...
Rosa: A senhora tem certeza disso?
Mrs. Smith: Claro querida, eu tenho certeza que ele te ama,
senão não estaria tão preocupado em me esclarecer tudo hoje pela manhã.
Rosa: Ele esteve com a senhora?
Mrs. Smith: Sim, muito rápido, mas esteve falou que quando
chegasse conversaria com você e contaria o que houve ontem.
Rosa ficou indecisa, essa conversa que Claude teria com ela
podia ser pra dizer que ele queria voltar com Nara.
Mrs. Smith: Não deixe que mais uma mentira destrua o que vocês
sentem um pelo outro.
Joana: Eu concordo plenamente com Elizabeth.
Rosa sorri e diz...
Rosa: Eu vou lá...
Rasa saiu decidida do restaurante, mas no meio do caminho
ficou com medo, medo de que Claude realmente quisesse Nara, não aguentaria
outra decepção, foi então que foi parar na igreja...
Rosa entrou se ajoelhou e começou suas orações.
O padre Colibri a observava de longe e viu a angustia de Rosa.
Colibri: Serafina...
Rosa olhou pra ele e como de costume o chamou pelo apelido.
Rosa: Colibri... Se arrependeu e disse... Desculpa Padre...
Colibri: Pode me chamar como quiser... O que houve? Parece que
está aflita.
Rosa: Eu queria ter a certeza de uma coisa.
Colibri: Nessa vida não se tem certeza de nada, só do amor que
Deus tem por nós.
Rosa: Eu queria saber se o Claude me ama.
Colibri lhe deu um sorriso terno e disse...
Colibri: Você o ama?
Rosa: Sim... Falou com os olhos brilhando.
Colibri: Então acredite nesse amor que você sente por ele, vá
enfrente Serafina, não se deixe levar pelo que dizem.
Enquanto isso Claude chega à fazenda já estava escurecendo...
Claude: Serafina... Dizia ele andando pelos corredores da
casa... Meu amor aparece, eu não via a hora de voltar pra casa... Falou ele
entrando no quarto e viu que estava tudo ainda espalhado.
Claude foi até o quarto onde estava as coisas de Rosa, ele viu
tudo vazio.
Ele foi ate a cozinha e Dadi também não estava o capataz assim
que viu Claude pegou o celular e informou Nara...
Nara: Estou indo aí.
Capataz: Ele tá igual doido procurando D. Rosa.
Nara: Entregue o bilhete a ele imbecil... Disse isso e
desligou, Claude não entendia o que estava acontecendo, pegou o telefone e ia
ligar pra Rosa, mas ele não sabia o numero do celular, só tinha gravado em seu
próprio aparelho, mas que ele tinha perdido sabe Deus onde.
Capataz: Olá doutor como foi de viagem?
Claude: Bem, onde está Serafina? Ela saiu?
Capataz: Ela foi embora doutor.
Claude: O que? Você deve estar enganado.
Capataz: Não estou não, ela deixou um bilhete pro senhor, me
falou que não podia mais esperar... Falou entregando o bilhete pra Claude.
Claude começou a ler o bilhete...
Claude achei melhor
sair enquanto você não estava, pra evitar constrangimentos essa noite foi um
erro só me levou a perceber que eu amo muito o Júlio ainda e vou amá-lo pra
sempre não adiantou nada tentar esquecê-lo me atirando em seus braços é ele que
vou amar pra sempre, todo esse tempo eu estive me enganando, mas decidi correr
atrás da minha felicidade que está junto do homem que eu amo, eu liguei pra ele
e pedi que me desse uma chance de fazê-lo feliz e ele me aceitou de volta, por
isso peço que você não me procure mais.
Rosa.
Claude: Non… Gritou ele.
Capataz: Aconteceu alguma coisa? Posso ajudar?
Claude: Non... Falou andando de um lado pro outro, nesse
momento Nara entra... O que você tá fazendo aqui? Perguntou irritado.
Nara: Ai Claude isso é jeito de me tratar? Eu só vim trazer
seu celular... Falou ela cinicamente, reparando que Claude já havia lido o tal
bilhete.
Claude: Você roubou meu celular??
Nara: Assim você me ofende... Falou demonstrando indignação...
Pra que eu iria roubar seu celular hein? Você deixou cair ontem na festa, eu
guardei quando vi que era seu, tentei te devolver ontem mesmo, mas você sumiu
da festa com a Rosa.
Claude baixou a cabeça e disse...
Claude: Desculpa, mas você chegou numa péssima hora.
Nara: O que foi Claude? Perguntou se aproximando dele.
Claude: Non foi nada Nara, quer fazer o favor de ir embora,
preciso ficar sozinho.
Nara: Sozinho? Onde está Rosa?
Claude: Non sei me deixa Nara.
Nara: Ela foi embora né!!
Claude não falou nada só se virou ficando de costas pra ela.
Nara: Eu sabia, por isso que eu tô ligando pro Júlio o dia
inteiro e ele não me atende, não que eu esteja doida pra falar com ele, mas é
porque eu quero que ele saia da construtora, não tem mais clima ele trabalhar
lá...
Claude: Por favor, Nara vá embora... Pediu Claude se virando
aquele assunto não estava fazendo bem a ele, Nara se aproximou dele e disse...
Nara: Eu disse pra você que isso ia acabar Rosa sempre foi
louca pelo Júlio, ela não ia sossegar até consegui-lo de volta.
Claude: Já chega vai embora... Falou ele bravo.
Nara: Isso mesmo Claude grita comigo, eu sei que você se
apaixonou por ela, mas olha pra mim, vê que eu também tô sofrendo... Falou
fingindo um choro.
Claude não fez nada, Nara vendo que ele não se mexia se grudou
no pescoço dele.
Nara: Claude não me manda embora da sua vida, por favor, eu te
amo... Falou isso e lhe deu um beijo.
Rosa aconselhada por Colibri resolveu ir até a fazenda
esclarecer tudo...
Mas quando entra na sala vê Nara beijando Claude.
Rosa: Claude!!!CONTINUA... RSRSRS...
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