sábado, 14 de julho de 2012

Capítulo 12

Na manhã seguinte...


Frazão liga pro celular de Claude que só dá desligado, ele cansa de ligar no celular e tenha o telefone residencial da fazenda...


Claude: Mon Die Frazon o que você quer ham? Falou ainda sonolento.


 Frazão: Sinto muito Claude, mas você precisa vir cá.


Claude: Hoje? Perguntou assustado se levantando da cama devagar pra não acordar Rosa que se mexeu.


Frazão: Claude lembra aqueles empresários ingleses que viriam pra cá semana que vem?


Claude: Sim... Falou baixinho colocando seu roupão e indo pra varanda.


Frazão: Então eles mudaram de plano, estão desembarcando hoje aqui em São Paulo, você tem que estar aqui.


Claude: Frazon non posso ir non.


Frazão: Por quê?


Claude da um sorrisinho...


Claude: Passei uma noite maravilhosa com Rosa, mon Die que noite ham... Falou ele quase que sussurrando no telefone e olhando pra ela que dormia profundamente.


Frazão ficou alegre e disse...


Frazão: Mon Ami eu fico muito feliz que vocês tenham se entregado a esse amor, porque o que você sente é amor né!


Claude: Claire, nunca desejei tanto uma mulher como eu desejo ela, não sei como fiquei tanto tempo sem ela, sem nem ir atrás dela... Falou não acreditando que sempre foi apaixonado por ela e nunca lutou por ela.


Frazão: Claude explica pra ela direitinho, ela vai entender depois você não precisa nem passar a noite aqui em São Paulo, vem resolve os negócios com os ingleses e volta.


Claude: Ela tá dormindo, vou deixar um bilhete explicando, mas como vou chegar ai tão rápido hein Frazon, non sou o Clark Kent non.


Frazão deu uma gargalhada e disse...



Frazão: Da um jeito mon ami.


Claude: Oh mon Die esta bem ham, vou ver se Mr Smith me ajuda ele tem um helicóptero.


Frazão: Ótimo, vem cá porque você não atende o celular hein?


Claude: Celular?? Falou ele procurando o celular pelo quarto, mas não sabia onde tinha deixado... Non sei onde está Frazon.


Nesse momento na fazenda de Nara...


Nara segurava o celular de Claude e ria a toa ainda com a roupa da festa bem deitada no sofá da sala.


Egídio: Vai dormir filha.


Nara: Já vou... Falou sem tirar os olhos do celular de Claude.


Egídio: O que tanto olha pra esse celular hein?


Nara: Esse celular é do Claude, eu roubei dele ontem na festa... Falou rindo.


Egídio revira os olhos e diz...


Egídio: Nara vê lá o que você vai fazer, não quero brigar com o Claude, ele é meu sócio esqueceu?


Nara: Não se preocupe, não sei ainda o que vou fazer, mas não vou prejudicar sua sociedade com ele, agora vou me deitar e depois de um belo sono eu penso no que fazer... Falou se levantando do sofá... Boa noite papai... Nara subiu para seu quarto.


Enquanto isso na fazenda de Claude...


Frazão: Tá bom Claude cuida disso outra hora, agora trata de vir pra cá... Tchau amigão... Disse isso e desligou o telefone.


Claude ficou ainda por um tempo olhando Rosa que dormia tranquila como um anjo.


Ao tomar banho deixou a água quente escorrer pelo seu corpo, fechou os olhos e só conseguia ver o rosto de Rosa em sua frente... Ele sorria parecia que ainda estava sob o efeito daquela noite mágica que passara com a mulher amada...


Antes de sair Claude teve o cuidado de escrever um bilhete expressando naquelas poucas linhas, tudo o que ele estava sentindo naquele momento, sorria ao escrever o bilhete, por ultimo deu um beijo de leve na face de Rosa e deixou o bilhete sobre o criado mudo, para que quando ela acordasse pudesse vê-lo.

Um tempo depois na casa dos americanos...


Erci bate na porta já logo cedo querendo saber tudo sobre o que ela pode ou não publicar no jornal...


Mrs. Smith: Você deveria trabalhar com a mulher do prefeito...


Erci: Que horror Mrs. Smith, eu não sou uma fofoqueira como ela, sou uma colunista profissional.


Mrs. Smith: Ahan, esse é apenas um nome chique pra se dar aos fofoqueiros da alta sociedade... Falou a senhora sorrindo em ver que Erci se incomodava com a comparação.


Erci: Mencionarei sobre sua festa num dos mais lidos jornais de São Paulo, vai ser bom pra senhora.


Mrs. Smith: Ok... As duas começam a ver as fotos que seriam publicadas no jornal retratando passo a passo de sua festa.


Não demorou muito Claude chegou à casa dos americanos...


Mrs. Smith: Claude bom dia!!


Claude: Bom dia Mrs. Smith, bom dia Erci... Falou sem nem olhar pra Erci.


Mrs. Smith: O que deseja aqui em minha casa tão cedo, não vai me dizer que também é um “colunista”... Disse a senhora num tom brincalhão.


Claude: Non... Eu preciso muito falar com Mr. Smith ele está?


Mrs. Smith: Non, mas posso ajudar?


Claude: Por favor, podemos conversar em outro lugar?


Mrs. Smith: Claro... Falou sorrindo, pois não podiam conversar na frente de Erci que era uma fofoqueira de plantão.


Os dois foram pra biblioteca, mas Erci não perderia aquela conversa por nada na vida, então logo que entraram ela se colocou a escutar a conversa.


Claude: Mrs. Smith eu gostaria de me explicar sobre o que a senhora viu ontem.


Mrs. Smith: Pare Claude, já disse que não é a mim que você deve explicação e sim a Rosa.


Claude: Eu sei, eu vou contar pra ela exatamente o que aconteceu, mas agora não dá tempo preciso ir pra São Paulo, por isso vim até aqui, queria que Mr. Smith emprestasse seu helicóptero, eu tenho que estar em São Paulo o mais rápido possível, senon eu perco um negocio milionário.


Mrs. Smith: Claro, vai ser só o tempo de eu ligar pro piloto... Sente-se, por favor... Falou a senhora gentilmente.


Erci correu dali e se trancou no lavabo pra poder ligar pra Nara e dar a notícia de que Claude teria que viajar e deixou Rosa sozinha em casa.


Nara: Espero que seja muito importante pra você me ligar a essa hora da manhã.


Erci: Já são quase meio dia.


Nara: Fala logo... Falou impaciente.


Erci contou o que ouviu e disse...


Erci: Acho a oportunidade perfeita pra você escorraçar aquela cafoninha da fazenda do Claude, ele nunca vai saber o porquê ela foi embora, você pode até inventar que ela foi embora com o Júlio.


Nara sorriu e disse...


Nara: Claro amiga, eu sei muito bem como espantar aquela breguinha de lá... Falou rindo na cama.


Um tempo depois Claude já estava em São Paulo.


Frazão: Que bom que chegou a tempo de pegar os empresários no aeroporto... Claude sorria a toa... Nossa!! A Rosa te faz um bem hein?!.


Claude: Muito Frazon, muito, ela me completa, Serafina se entregou de corpo e alma pra mim essa noite, isso só reforçou o que eu sinto por ela.


Frazão: Quem diria hein? Você e Rosa juntos e apaixonados, se me falassem isso a uns três meses atrás talvez eu ia rir da pessoa, mas agora vendo sua carinha de felicidade, só tenho a dizer que você tá no caminho certo amigão... Falou batendo nas costas de Claude.


Claude: Acho que sempre a amei, mas tomamos rumos diferentes na vida, apesar dela estar sempre ligada a mim né, ela trabalha em minha construtora, mas nesses anos todos, eu evitava me aproximar dela que sempre foi tão apaixonada pelo Júlio, acho que isso me afastou um pouco.


Frazão: Com certeza.


Claude: Depois que nos formamos, ela veio pra São Paulo com Júlio e eu fui pra França, quando vinha pro Brasil pouquíssimas pessoas me viam, ela era uma delas, Nara também não desgrudava de mim, mas tenho certeza de que se a gente tivesse se visto antes, acho que essa paixão já tinha explodido a muito tempo... Falou sorrindo.


Os dois continuaram a caminhar pelo aeroporto esperando o voo com os ingleses e Claude contava todos os momentos vividos juntos com Rosa nessa semana que esteve com ela.


Enquanto isso na fazenda de Claude...


Nara: Me deixa entrar anda.


Capataz: Tenho ordens de Dr. Claude pra não deixar ninguém entrar sem a permissão de D. Rosa.


Nara: Então a chame... Gritou ela.


Capataz: Ela está dormindo.


Nara: Escuta aqui seu roceiro, eu sei muito bem que você está de caso com a Cleide, irmã do delegado, ela é casada, imagina se eu conto alguma coisa pra ele hein? Ele não vai permitir que isso vá à frente... Sem contar o marido dela que vai ficar uma fera. Agora saia da minha frente e me deixe passar... Falou nervosa.


O capataz não viu outra alternativa a não ser ceder a chantagem de Nara.


Nara entrou na casa e viu que não tinha ninguém, Dadi tinha ido visitar uns parentes numa cidadezinha perto dali, Rosa ainda dormia...


Nara foi andando pela casa até chegar no quarto de Claude, ele ferveu de raiva em ver que Rosa e Claude dormiram juntos, Rosa ainda sem roupa debaixo dos lençóis... O vestido de rosa jogado num canto do quarto só reforçaram os vestígios de uma noite tórrida de amor...


Nara: Cretina, vagabunda... Falou entre os dentes. Logo ela viu o bilhete que Claude deixou no criado mudo, para Rosa.


Ela caminhou lentamente até o criado mudo e pegou o bilhete...


 Quando ela começou a ler sua raiva só aumentou...


Bilhete...


Gostaria de estar aqui pra te beijar na hora que você acordasse e pra te dizer que passar essa noite com você foi muito melhor do que eu podia sonhar, mas você estava dormindo tão gostoso fiquei com pena de te acordar e se você acordasse confesso que não conseguiria te deixar então preferi sair enquanto você estava dormindo... Frazão me ligou e tive que ir ate São Paulo resolver um problema urgente, mas prometo que vou fazer de tudo pra voltar o mais rápido possível, quando eu voltar vamos conversar sobre nós dois, já não consigo ficar muito tempo longe de você ter você essa noite foi o que de melhor aconteceu na minha vida não posso mais viver sem você Serafina... Beijos

Claude...


Nara saiu do quarto para poder ter aquele ataque longe dali...


Ela rasgou o bilhete que Claude deixara para Rosa, com tanta raiva, que não sobrou nem um pedaço que pudesse compreender o que estivesse escrito...


Nara: Aiiiiiii... Gritou ela já dentro do seu carro, seus olhos estavam vermelhos de raiva, aquelas palavras que Claude colocou naquele bilhete ele nunca falou pra ela que fora sua namorada por tanto tempo, agora ela teve que ler e saber que não era pra ela foi um golpe muito grande, pra sua autoestima que sempre fora elevada...


Imediatamente ela teve uma ideia, não deixaria Rosa naquela casa por nem mais um minuto, deu partida no seu carro e arrancou dali como um foguete...


No centro da cidade Milton irmão de Antoninho e de Cleide, era o dentista da cidade, o único, ele não gostava queria ter um consultório em São Paulo, mas foi um fracasso, teve que voltar a sua terra natal, ali pelo menos cuidava dos dentes dos parentes e conhecidos, mas Milton além de um péssimo dentista era um falsificador, desde a época da escola ele já enganava as professoras escrevendo bilhetes como sendo sua mãe...


Nara sabia desse “talento” de Milton e foi até sua casa pegou uma carta que Claude uma vez mandou pra ela... Foi até o consultório de Milton...


Milton: Você quer que eu faça um bilhete no nome do Claude?


Nara: Aham...


Milton: O que eu ganho com isso?


Nara: Dinheiro claro.


Milton: Quanto?


Nara: Quinhentos reais...


Milton: Por quinhentos não escrevo nem bom dia.


Nara: Vai ser quinhentos sim ou então te denuncio ou acha que não sei de suas falcatruas?


Milton: Esqueceu que o delegado da cidade é meu irmão?


Nara: Não seja tolo, meu pai conhece todo mundo, vai ser só um telefonema, aceita os quinhentos e escreve logo.


Milton: Porque você quer fazer isso?


Nara: Você vai gostar do meu plano... Nara se colocou a falar todo o seu plano pra ele... Agora rápido porque ainda preciso procurar alguma coisa lá em casa pra ver se acho a letra de Rosa.


Milton: Nada me dará mais prazer do que fazer isso pra Serafina, aquela dedo duro, senão fosse ela ter se intrometido eu estaria casado com Terezinha, mas ela foi abrir aquela bocona dela falando que me viu no cinema com outra... Falou ele com raiva.


Nara: Então mais um motivo pra você fazer isso logo, vai escrevendo o bilhete de Claude, que eu vou procurar alguma coisa que Rosa tenha escrito pra você poder imitar a letra. Acho que essa besta deve ter escrito alguma coisa, afinal estudamos juntas a vida toda até na faculdade, eu devo ter alguma coisa lá em casa... Falou ela tentando lembrar.


Milton: Não precisa, a letra de Serafina eu sei de cor, cansei de fazer bilhetes pra professora de Terezinha pedindo que a liberasse, assim sempre ficava namorando com ela atrás da igreja.


Nara: Ótimo, assim me poupa tempo, ande comece logo preciso levar os bilhetes pro capataz da fazenda de Claude...


Milton fez como Nara pediu, ela ditou exatamente o que ela queria que Claude tivesse escrito para Rosa...


Um tempo depois Rosa acorda e se vê sozinha no quarto fica um pouco decepcionada, mas acha que Claude deve estar na cozinha ela levanta toma um banho relaxante se arruma e desce, mas tem uma desagradável surpresa...


Rosa: Nara!!!


Nara: Oi cherry, precisamos conversar... CONTINUA... RSRSRS...

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